TEXTO: Lucas 9: 23-24
INTRODUÇÃO:
O pensador cristão John
Maxwell, ao falar sobre a liderança de Jesus, diz que “Ele nos chamou
não para sermos seus seguidores, mas para sermos seus discípulos”.
J. Vernon
MacGdee, comentarista bíblico, afirma que os evangelhos apresentam três tipos
de chamados: para
a salvação (João 1:35-51),
para o apostolado (Mateus
10:1) e para o discipulado (Mateus 4:18-22).
O discipulado é
um imperativo bíblico Mt 28:19 “Ide, portanto, fazei
discípulos...”, ou seja, é uma ordem e não uma opção. Mas para realizarmos
ou falarmos de qualquer coisa na vida, precisamos primeiramente entender o que
isso é.
Primeiramente o
significado do discipulado é aprendizado (didaktikos = grego), enquanto o discípulo é
o aprendiz (mathétés =
grego). Assim, a partir da bíblia, temos como discipulado o
processo de ensino a partir da vida e dos assuntos que dela provém.
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No Hebraico a expressão é talmidim (aprendizes,
discípulos).
A mera tradução da palavra TALMIDIM não é suficiente
para esclarecer sua relevância nos dias de hoje.
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Precisamos
conhecer sua história e seu contexto mais remoto para sabermos exatamente o que
ela significa.
Na Galiléia do tempo de Jesus, os meninos em Israel iniciavam seus estudos
da Torah aos seis anos de idade. Aos 10 anos já tinham a Torah decorada. O
ensino era geralmente oferecido por um rabino nas sinagogas. A partir dos 10 anos de idade, quando
encerravam os estudos na escola primária (Beit Sefer) apenas os melhores
e mais destacados alunos eram selecionados para a escola secundária (Beit
Talmud). Os meninos que não prosseguiam os estudos eram ensinados na
profissão da família.
Os
que haviam sido selecionados para dar seguimento aos seus estudos, aos 14 anos
já sabiam de cor todas as Escrituras: além da
Torah (a Lei de Moisés, composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia,
chamados de Pentateuco), também os livros históricos, de sabedoria e todos os
profetas.
Com essa idade eram também iniciados na tradição oral, a sabedoria dos rabinos
acumulada ao longo da história de Israel, e passavam a discutir as
interpretações e aplicações da Lei de Moisés.
Aos 14 e 15 anos, somente os melhores
entre os melhores estavam estudando, geralmente aos pés de um rabino famoso e
respeitado.
Esses pouquíssimos meninos da elite intelectual de Israel eram chamados talmidim
(trad. discípulos). Os rabinos daquela época se distinguiam na
maneira de interpretar e ensinar como aplicar a Lei de Moisés. Cada rabino
possui seu conjunto de regras e interpretações. Por exemplo, discutiam o que
poderia ou não ser feito para guardar o shabat.
Esse conjunto de regras e interpretações
era chamado de “o jugo do rabino”. Hillel e Shamai, por exemplo, eram dois
rabinos famosos no tempo de Jesus. Cada um deles tinha seus talmidim,
e muitos seguidores que se colocavam sob seu jugo.
A
relação entre um rabino e seus talmidim era intensa e pessoal. Em Israel havia
uma recomendação aos talmidim: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi”. Isso
significava que um talmidim deveria observar tudo quanto seu rabino dizia,
fazia e a maneira como vivia, pois sua grande ambição não era meramente saber o
que seu rabino sabia, mas principalmente se tornar semelhante ao seu rabino.
· Jesus, o Cristo
de Deus, escolheu o sistema rabino/talmidim para se relacionar com os seus
seguidores com duas
diferenças.
1.
A primeira é que Jesus criticou os
rabinos, afirmando
que colocavam um jugo pesado demais sobre seus seguidores, e que eles mesmos
não conseguiam suportar. Eram rabinos do tipo “faça o que digo, mas não faça o
que eu faço”. Jesus, além de viver de modo absolutamente coerente com seu
ensino, oferece descanso aos talmidim dos outros rabinos, que viviam cansados e
sobrecarregados, e promete aos seus talmidim “um jugo suave e um fardo
leve”.
2.
A segunda diferença é que os talmidim em
Israel eram meninos extraordinários, uma elite intelectual e privilegiada. Mas Jesus
convida a todos, indistintamente, para que se tornam seus talmidim. Pessoas
comuns, como você e eu, podem seguir a Jesus e viver sob a promessa de que um
dia se tornarão exatamente iguais a ele.
TODO
DISCIPULADO É UM CHAMADO PARA ESTAR COM JESUS. Mt 11:28-30 Vinde a
mim, todos os que estão cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu
fardo é leve.
·
Vejamos sobre
isto em Marcos 3:14 “Então
escolheu doze homens para ficarem com ele…”. Esse verso deixa claro que
muito mais do que obedecer a doutrinas, muito mais que cumprir rituais ou ter
uma religião, a oportunidade de ser discípulo de Jesus consiste num chamado
para “estarmos com Ele”.
·
Isso fala de
relacionamento, fala de amizade, fala de uma intimidade com Ele. E isto é muito
mais do que você ter uma religião ou participar de alguma igreja. Pessoas podem
ter religião, ter objetos religiosos, hábitos religiosos, ações religiosas… e
defenderem com paixão os princípios, as doutrinas, o nome da religião, mas o
que Jesus quer são pessoas que estejam com Ele.
·
Jesus espera que
Seus discípulos sejam agentes de impacto na sociedade. O v.14 mostra que os que ficam com Ele
que são enviados para anunciar o Evangelho.
· ANTES DE ANUNCIAR EXISTE UM
TEMPO A SÓS COM JESUS, ANTES DO IDE VEM O FICAI, ANTES DO FICAI EXISTE O VINDE.
·
Em At 9:15 “Disse-lhe
então o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido...”. Os irmãos sabem o que eu acho de mais bonito aqui neste versículo?
O que eu acho de mais bonito é: PARA MIM.
· Eis aqui o grande segredo do
êxito espiritual. O discípulo é dado à Igreja em 2° lugar, porque em 1° lugar
ele é dado ao próprio Deus.
·
Jesus
estabeleceu um princípio espiritual: um discípulo é, em primeiro lugar, um
escravo de Jesus, e em segundo, um servo da Igreja.
TODO DISCIPULADO
NASCE DE UMA DECISÃO DE SEGUIR.
·
Jesus se volta à
multidão e faz um convite pessoal: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me (v.23).
·
Quatro aspectos
envolvem esta decisão:
1)
É uma decisão
pessoal e calculada: “Se alguém
quer vir após mim”. A decisão de seguir a Jesus é pessoal e intransferível.
“O chamado de Jesus ao discipulado faz do discípulo um ser solitário”. Lucas
afirma que o discipulado é um empreendimento que também precisa ser calculado.
Ele usa o exemplo de uma construção
(Lc 14: 28-30). Certifique-se do
custo da obra e tenha certeza de que você tem dinheiro suficiente antes de
construir. Outro exemplo é o da
guerra (Lc 14:31-33). Antes
de partir para guerra verifique se o seu exercito é forte o suficiente para
vencer o inimigo. Quando as pessoas iniciam um discipulado sem avaliar os
custos, muitos se desviam e perecem pelo caminho.
2)
É uma decisão que
implicará em renunciar a si mesmo: “a
si mesmo se negue”.
Negar-se a si mesmo significa renunciar o “eu”, numa atitude de autonegação. É abrir mãos da sua vontade pessoal e sujeitar-se totalmente a vontade de Deus. É renunciar a sua justiça pessoal, as suas opiniões contrarias a Bíblia e a sua amizade com mundo. Negar a si mesmo é abrir mão dos seus planos para viver a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Ninguém pode ser um discípulo de Jesus se não renunciar a tudo que toma o lugar de Deus em sua vida. Lc 14:33 “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”.
Negar-se a si mesmo significa renunciar o “eu”, numa atitude de autonegação. É abrir mãos da sua vontade pessoal e sujeitar-se totalmente a vontade de Deus. É renunciar a sua justiça pessoal, as suas opiniões contrarias a Bíblia e a sua amizade com mundo. Negar a si mesmo é abrir mão dos seus planos para viver a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Ninguém pode ser um discípulo de Jesus se não renunciar a tudo que toma o lugar de Deus em sua vida. Lc 14:33 “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”.
3)
É uma decisão de
tomar a sua cruz:
“tome a sua cruz”. Essa cruz não é
uma doença, um inimigo, uma fraqueza, uma dor, um filho rebelde, um casamento
infeliz. Essa cruz fala da nossa disposição de morrer para nós mesmos, para
os prazeres e deleites. É considerar-se morto para o pecado e andar com um
atestado de óbito no bolso. Tomar a cruz é uma exigência universal
para qualquer discípulo de Jesus. Tomar a cruz é algo permanente para o resto
da vida, o que requer perseverança. Tomar a cruz é algo diário, penoso e
mortal.
4)
É uma decisão de
seguir a Jesus:
“siga-me”. Após renunciar a sua
vontade e tomar a sua cruz, o discípulo olha para Jesus e o segue. Trata-se de
um desafio diário de viver como Cristo viveu. “Seguir a Cristo é imitá-lo”.
É fazer o que ele faria em nosso lugar. É amar o que ele ama e aborrecer
o que ele aborrece. É viver a vida na sua perspectiva.
·
Todo discípulo é um seguidor, mas nem todo seguidor
é um discípulo. Sabe por quê?
*
O seguidor espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.
* O seguidor luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.
* O seguidor se ganha; o discípulo se faz.
* O seguidor gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo.
* O seguidor entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.
* O seguidor cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.
* O seguidor precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.
* O seguidor reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
* O seguidor é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercer a sua fé.
* O seguidor busca na Palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.
* O seguidor pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.
* O seguidor se senta para adorar; o discípulo anda adorando.
* O seguidor pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.
* O seguidor vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.
* Os seguidores esperam milagres; os discípulos os fazem.
* O seguidor sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.
* O seguidor necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.
* O seguidor espera um avivamento; O discípulo é parte dele.
* O seguidor é sócio; o discípulo é servo.
* O seguidor responde "talvez..."; o discípulo responde "eis-me aqui".
* O seguidor espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.
* O seguidor espera que o mundo melhore; o discípulo sabe que não é deste mundo e espera o encontro com seu Senhor.
* O seguidor luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.
* O seguidor se ganha; o discípulo se faz.
* O seguidor gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo.
* O seguidor entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.
* O seguidor cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.
* O seguidor precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.
* O seguidor reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
* O seguidor é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercer a sua fé.
* O seguidor busca na Palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.
* O seguidor pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.
* O seguidor se senta para adorar; o discípulo anda adorando.
* O seguidor pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.
* O seguidor vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.
* Os seguidores esperam milagres; os discípulos os fazem.
* O seguidor sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.
* O seguidor necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.
* O seguidor espera um avivamento; O discípulo é parte dele.
* O seguidor é sócio; o discípulo é servo.
* O seguidor responde "talvez..."; o discípulo responde "eis-me aqui".
* O seguidor espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.
* O seguidor espera que o mundo melhore; o discípulo sabe que não é deste mundo e espera o encontro com seu Senhor.
CONTATOS:
Pr: Nilton Jorge
Tel (22) 998746712 Whatsapp
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