sábado, 3 de novembro de 2018

BONDADE A EXCELÊNCIA DO FRUTO DO ESPÍRITO


TEXO: Gl 5: 22
INTRODUÇÃO:

·      Mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento, incluindo talvez até mesmo Romanos, a carta de Paulo aos Gálatas tem sido a fonte de ensino teológico para a igreja no meio de suas mais profundas crises.
·      Todas as cartas de Paulo foram escritas para lidar com problemas específicos, mas no caso de Gálatas, a situação era particularmente urgente. A crise era tão grande que Paulo começa a carta, não com o tipo de agradecimento que ele normalmente utilizava, mas com uma expressão de espanto, de que as igrejas da Galácia estavam sendo persuadidas por alguns professores a seguir um falso evangelho (1:6). Mestres judaizantes estavam cerceando com cerimonia da lei aos crentes não judeus, a se circundar-se praticar todas as cerimonias que a lei judaica mandava para serem salvos.
·      Paulo inicia a terceira e última parte da carta aos Gálatas, apresentando conselhos práticos no intuito de não destruirmos a liberdade que temos em Jesus. Por isso ele declara: Gl 5.1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.
·      Neste capítulo a grande ênfase do Apóstolo Paulo é que em Cristo estamos em verdadeira liberdade. Antes, estávamos escravizados pelo pecado, mas agora somos filhos de Deus.
ð A idéia de libertação vem do mercado de escravos romanos. Após o fim de uma guerra, os cativos eram levados ao mercado, onde podiam ser examinados e comprados. Nós éramos escravos do pecado e Jesus foi ao mercado das trevas e nos comprou, promovendo a nossa redenção 1Pe 1.18,19 Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
ð O conceito bíblico de liberdade espiritual possui três idéias básicas:
1.    O homem é escravo do pecado e totalmente impotente de libertar-se;
2.    A verdadeira liberdade se acha na vida com Deus e é oferecida ao homem, por meio da fé em Jesus;
3.    E, o homem livre demonstra a sua liberdade no serviço a Deus e ao próximo.
ð Há dois perigos no texto que ameaçam a liberdade do cristão: o legalismo e a licenciosidade.
ð Paulo inicia a segunda parte do capítulo cinco, revelando que o segredo para desfrutarmos a plenitude da liberdade e vencermos a licenciosidade é andarmos no Espírito Santo. O verso 16 nos ensina três verdades:
1) Todo crente tem o Espírito Santo, o qual foi recebido no ato da sua conversão.
2) Todo crente é pecador e tem impulsos para pecar.
3) O Espírito Santo capacita o crente a vencer a carne e as tentações.
·      No texto em apreço, Paulo fala do conflito entre a carne e o Espírito, mostra-nos ainda que o Espírito Santo é o nosso santificador, e o único que pode se opor à nossa carne e subjugá-la.
·      Sabemos que é Jesus Cristo que nos liberta. Mas sem a obra contínua, orientadora e santificadora do Espírito Santo, a nossa liberdade é deturpada.
Então, veremos que o texto referido pode ser dividido em duas partes: A realidade do Conflito (vs. 16 – 23). O Caminho da Vitória Cristã (vs. 24, 25).

è Cada natureza em conflito se evidencia por um tipo de comportamento ou inclinação. A lista tem quinze elementos que podem ser classificados em quatro áreas:
1) Vida sexual: prostituição, impureza e lascívia.
2) Vida Religiosa: idolatria e feitiçarias.
3) Relacionamento humano: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas.
4) Alimentação: bebedices e glutonarias (farras ou orgias).

·      A solução para o conflito
1) Ser guiados pelo Espírito (Gl 5.18).
2) Crucificar a carne ou a velha natureza (Gl 5.24). 
3) Andar no Espírito (Gl 5.25). 

·      Se a origem da nossa vida é o Espírito, devemos permitir que o Espírito conduza os nossos passos. Ser guiado pelo Espírito é uma submissão passiva. Andar no Espírito é uma decisão ativa e proposital. Precisamos tomar a atitude de andar com Deus (Rm 4.12).
ð O Espírito Santo reinando em nós produzirá o caráter cristão. Ele produzirá em nós as virtudes do caráter de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo chama estas virtudes de o "Fruto do Espírito Santo". O fruto do Espírito são qualidades morais divinamente implantadas. São resultados da ação do Espírito em nosso caráter.

·      HÁ TRÊS OBSERVAÇÕES A SEREM FEITAS:
1)   Quanto a sua origem é sobrenatural: "do Espírito". Enquanto as "obras da carne" são atos que-praticamos naturalmente, o "fruto do Espírito" é de responsabilidade do próprio Espírito. Precisamos ter humildade, pois não podemos produzir este fruto.
2)   O seu crescimento é natural. O "fruto" faz parte da "lei da semeadura e da colheita": Gl 6.7"aquilo o que o homem semear, isso também ceifará". O nosso interior é como um campo onde estamos semeando diariamente. Aquilo que você semear você irá colher.
ð "Semeie um pensamento, e você colherá uma ação”;
ð “Semeie uma ação, e você colherá um hábito”;
ð “Semeie um hábito e você colherá um caráter”;
ð “Semeie um caráter e você colherá um destino”.
3)   A sua maturidade é gradual. Antes de ser um fruto maduro, há etapas que precisam ser cumpridas. Isto demanda tempo: primeiro a flor, depois o embrião e por fim, o fruto. O Espírito Santo não tem pressa e um caráter cristão maduro é resultado de uma vida inteira.

TRANSIÇÃO: O fruto do Espirito tem nove virtudes ou gomos divido em 3 grupos de relacionamentos:
1.    Meu relacionamento com Deus: amor, alegria e paz;
2.    Meu relacionamento social: longanimidade, benignidade e bondade;
3.    Meu relacionamento comigo: fidelidade, mansidão e domínio próprio.

·      Quando o apóstolo Paulo cita a bondade como uma virtude do fruto do Espírito, ele o faz após mencionar a benignidade. Obviamente isso foi proposital, pois existe uma intima ligação entre as duas virtudes. Os comentaristas bíblicos tendem a interpretar benignidade como sendo um estado, o caráter da pessoa. E bondade com uma virtude mais ativa, ou seja, produto da benignidade.

Bondade é a palavra grega agatosinê (zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade ou na repreensão e na correção do mal), agatosinê vem de agatós, que significa “bom, útil, salutar”. Bondade é uma virtude típica da pessoa que não mede esforços para levar o bem aos outros e nunca o mal. O bondoso sempre estende sua mão para alguém.
Os dois termos são bastante parecidos. Esta palavra, agatosinê, só aparece no grego bíblico. Ou seja, a bondade não era uma virtude enfatizada na cultura grega.

·      A bondade não faz parte da natureza do homem, por quatro motivos:

1)   A Bíblia diz que a bondade do homem é falha. Is 53.6 diz que cada um quer fazer a própria vontade, andar nos próprios caminhos e ser o próprio deus. Rm 83.23 diz, está separado da glória de Deus – então o homem não é bom por natureza.
2)   Sabemos que o homem não pode ser naturalmente bom por causa dos fatos da história, a história é um registro de desumanidade: guerras, crimes, violência, preconceito.
3)   O ser humano tem a tendência inata de fazer o mal. Essa é a nossa inclinação.
4)   A bondade não faz parte da natureza do homem é o reconhecimento do meu próprio coração. Paulo em Rm 7.15 disse da sua própria experiência “Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio”. A Bíblia diz em Gl 6.10 que precisamos aprender a fazer o bem. está escrito “façamos o bem a todos”. Tito diz para estarmos “prontos a fazer tudo o que é bom”. E às mulheres, Tito diz (Tt 2:3): “... que sejam... mestras no bem”.

Eu quero dar cinco simples sugestões para você aprender a fazer o bem:

1.             TORNE-SE UM ESTUDANTE DA PALAVRA DE DEUS.

·      Você só tem duas fontes das quais obtém seus valores: o mundo ou a Palavra.
·      “Este livro vai mantê-lo afastado do pecado, ou o pecado vai mantê-lo afastado deste livro”.
·      Na Bíblia Viva 2Tm 3.16, está escrito: “toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver”.
·      Fp 4.8 “meus irmãos e minhas irmãs, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente”. Proteja a sua mente!

2.             SE VOCÊ QUER APRENDER A FAZER O BEM, VOCÊ DEVE DESENVOLVER CONVICÇÕES!

·      O que você defende? Já se disse que, se não defendemos alguma coisa, acabamos aceitando tudo, algumas pessoas gostam de se mostrar liberais, abertas, algumas pessoas têm a mente tão aberta que o cérebro delas está caindo pra fora!
·      Você sabe qual a diferença entre uma OPINIÃO e uma CONVICÇÃO? Opinião é algo que você defende; convicção é o que defende você. Opinião é algo que você discute, convicção é algo por que você sofre e, se necessário, morre.
è Você já percebeu que os crentes devem odiar determinadas coisas? Rm 12.9: “Odeiem o mal e sigam o que é bom”. Devemos odiar o mal. Por quê? O motivo é o que o mal faz às pessoas: as machuca, as destrói. Jesus odiava o mal nas pessoas; não odiava às pessoas, temos a inclinação de fazer exatamente o oposto: Odiamos os pecadores e amamos os pecados. Está errado.
è Você tem de assumir uma posição contra o mal, algumas pessoas vão chamá-lo de fanático ou de santarrão, mas lembre-se do que 1Pe 2.19,20 diz: “é melhor sofrer por fazer o bem do que por fazer o mal”.

3.             CRIE CORAGEM PARA SER DIFERENTE.

·      3 Jo 11 diz: “Não imites o mal, mas o bem”. Tenha coragem para ser diferente!
·      Você se lembra da história dos três jovens israelitas que não se inclinaram diante da estátua do rei Nabucodonosor e foram jogados na fornalha ardente? Se você é íntegro, terá de passar pelo fogo.
·      Rm 15 há um fato interessante: Paulo elogia os cristãos de Roma. Ele diz: “Minhas irmãs e meus irmãos, estou certo de que vocês estão cheios de bondade...”. Naquele tempo Roma era a capital do pecado do mundo antigo; todo tipo de depravação acontecia em Roma, se você estivesse lá, o que esperariam de você? Que agisse como os romanos? Mas certo grupo de cristãos recusou aceitar esse comportamento pecador. Eles tinham integridade e fizeram diferença! Você não gostaria de ter uma reputação como essa?

4.             SE QUISER FAZER O BEM, DEVE DESENVOLVER O HÁBITO DE SE REUNIR COM OUTROS CRENTES.

Hebreus 10.25, manda que: “Não abandonemos... o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros”.
è Deus vai proteger-nos do mal. E um dos meios mais poderosos que utiliza é a igreja. Gosto do que uma senhora respondeu ao seu médico, quando após a consulta, recomendou: “Agora, não saia de casa; faça repouso”. A mulher, que era cristã, questionou: “Mas doutor, e a minha igreja?” O médico lhe disse: “Ah! A igreja pode passar muito bem sem você”. Ela respondeu: “Eu sei disso; mas sou eu que não consigo passar bem sem a minha igreja”. Não encontramos soldados saindo sozinhos para lutar contra as tropas inimigas. Saem em grupos chamados guarnições ou batalhões. Sabem que uns precisam dos outros.

Você deve gostar das reuniões da igreja, são como postos de abastecimento para voltar à batalha!

CONCLUSÃO:

A vida cristã não é fácil, mas é eternamente valiosa e fazer o bem não é fácil, mas há uma recompensa. Gl 6.9: “Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita”.

·      Você é um termostato ou um termômetro, ou um ou outro? (Que faz um termômetro? Registra a temperatura; reflete o ambiente, se está quente ou frio. O termostato, por sua vez, controla a temperatura; ele influencia o ambiente). O que você é?
·      Você está satisfeito em ser um termômetro, simplesmente registrando a frieza espiritual do mundo à volta? Ou está pronto para ser o termostato de Deus em seu cantinho no mundo?


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