O EVANGELHO DE CRISTO SEGUNDO FILEMON

TEXTO: Fm 10

INTRODUÇÃO

ð A carta de Paulo a Filemom é uma das mais pessoais do apóstolo. Nela, ele revela muito de sua “alma e coração”. Não obstante, ela é investida de firmeza e autoridade apostólica.

ð É característica das cartas paulinas a presença de conteúdos doutrinários. Por causa da ausência destes conteúdos na carta a Filemom, no século quarto, a autoria paulina da mesma, tida como certa até então, fora questionada por não possuir quaisquer instruções e doutrinas importantes.

ð Paulo esta em uma prisão domiciliar sob custódia romana, aguardando o julgamento do imperador Nero. Ali, ele ficou dois anos. Nesta ocasião, ele escreveu as cartas de Colossenses, Filemon, Efésios e Filipenses, tidas como “Cartas da Prisão”.

ð Ela é a mais breve entre todas as cartas de Paulo, pequena no tamanho, mas grande no seu conteúdo.

ð É um pequeno bilhete de profunda emoção, que consiste de apenas 335 palavras no original (grego) e somente 25 versículos.

ð Ela é endereçada a um homem leigo. Está completamente ocupada com um incidente da vida doméstica, para resolver questões pessoais.

1.    Filemon era um homem rico, dono de escravos, convertido pelo ministério de Paulo (v. 19), que morava em Colossos. Ele era o marido de Áfia irmã de oração e pai de Arquivo o pastor da Igreja de Colossos e dono da casa onde a Igreja se reunia.

Obs. Essa família não apenas pertencia a Cristo, mas estava a serviço de Cristo. Eles não apenas faziam parte da igreja, mas também abrigavam a igreja em sua própria casa.

2.    Paulo estava preso em Roma. E por providência de Deus, o escravo Onésimo que havia fugido da casa de Filemon e também havia roubado de Filemon, foge para Roma e vai parar exatamente onde Paulo estava. E Paulo o levou a Cristo (v. 10).

Obs. O que parecia um desatino na vida de Onésimo serviu para ele ter um encontro com Deus.

3.    Onésimo era um escravo, fugitivo e ladrão. No império romano havia mais de 60 milhões de escravos no primeiro século. Um escravo quando capturado, eram marcados com um F (fugitivus) na testa com ferro quente ou eram crucificados. Um escravo não tinha direitos apenas deveres. Não era uma pessoa, mas uma coisa era considerado uma ferramenta viva. Podiam ser castigados, presos, torturados e mortos.

4.    Eram meras propriedades de seus senhores, existindo apenas para o conforto, conveniência e prazer dos seus donos.

ð Apesar dessa carta não conter nenhuma doutrina apostólica ela é uma perfeita ilustração da doutrina da “imputação”. Fm 18 E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta.

ð Paulo se apresentou como mediador entre Onésimo e Filemon para quitar todo o débito de Onésimo. A dívida de Onésimo foi colocada na conta de Paulo, que se dispôs a pagá-la. Essa identificação é uma ilustração do que Jesus fez por nós. 

ð Numa forma bastante simplificada, imputar significa “colocar na conta de”, “atribuir a”.

·      O conceito está intimamente relacionado a três grandes verdades teológicas:

a)   O pecado original (a culpa de Adão é imputada a todos os seus descendentes),

b)   A expiação (nossos pecados são imputados a Cristo). A linguagem do v. 19 soa como uma nota promissória legal.

c)    A justificação (a justiça de Cristo é imputada a nós). Ou seja, a imputação está fortemente ligada à reconciliação entre Deus e o homem.

ð A tônica da carta é o perdão. Filemon deveria perdoar aquele a quem Deus já havia perdoado. Filemon deveria receber o escravo Onésimo, como se fosse o próprio apóstolo Paulo em pessoa.

ð A EXPECTATIVA DE PAULO É QUE FILEMOM DESSE A ONÉSIMO:

a)   Boas Vindas v.17 Receber aqui é “receber dentro de um ciclo familiar” (ósculo no rosto, bacia com águas para os pés, o levasse a mesa).

b)   O perdoasse v.18,19.

c)    Que o libertasse v.21.

ð A nossa vida depende da cruz: governos, saúde, moralidade, liberdade, paz, segurança, prosperidade, santidade, ministério. A cruz é que resgata a dignidade de um povo.

ð Foi lá que Jesus abriu caminho de acesso a Deus. Na cruz toda maldição é quebrada, todo argumento do diabo é encerrado. Ainda na cruz Jesus disse: “Está consumado”. Eu só posso fechar aporta da legalidade para o pecado permanecendo na cruz. Quando eu vou à cruz, deixo lá os meus pecados. Poe isso, preciso permanecer crucificado na cruz de Cristo.

ð A cruz me leva ao perdão. Eu recebo perdão e recebo a capacidade de perdoar. Deixo tudo na cruz. O que fiz e o que fizeram comigo. Perdão é uma decisão, mas o ressentimento é um caminho para eu voltar ao pecado. Libere os ofensores. Deixe tudo na cruz. O sacrifício da cruz é o princípio e o fim da restauração na sua vida.

TRANSIÇÃO: APRENDEMOS MUITO SOBRE O EVANGELHO EM FILEMOM.

1.             EM FILEMOM APRENDEMOS SOBRE O PODER DO EVANGELHO v.10.

v O evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvação de todo o que crê. Ele transforma o rico e o pobre, o escravo e o livre, o patrão e o empregado, o rei e o vassalo. Aonde o evangelho chega todas as barreiras, preconceitos são rompidos, ele alcança todas as estratificações sociais e transforma o homem do palácio e também o da choupana é capaz de alcançar todos, não fazendo nenhuma distinção de classes sociais.

·      O mundo está empapuçado de más notícias. Tem um prazer mórbido de se alimentar com as informações dragadas do submundo do crime, da corrupção e da violência. Notícia boa não vende jornal nem desperta interesse.

·      O evangelho trata das boas novas de salvação num mundo imerso na mais completa perdição. O homem morto em seus delitos e pecados é escravo da carne, do mundo e do diabo. É filho da ira e caminha para a perdição. Está no reino das trevas e sob a potestade de Satanás. O Evangelho, portanto, é Deus buscando o perdido.

·      O PODER DO EVANGELHO RESGATA AS PESSOAS DAS GARRAS DO DIABO. O diabo é assassino, ladrão, venenoso como uma serpente, traiçoeiro como uma víbora, feroz como um leão, perigoso como um dragão. O diabo é o pai da mentira. Ele é estelionatário: promete liberdade e escraviza. Promete prazer e dá desgosto. Promete vida e paga com a morte.

·      Ele é sujo, é cruel. Ele escraviza pessoas. Ele destrói famílias. Ele aterroriza e atormenta as suas vítimas. Quando o evangelho chega, os cativos são libertos.
 

2.             APRENDEMOS ACERCA DA PROVIDÊNCIA DO EVANGELHO v.15.

ð A Providência de Deus diz respeito ao governo, ao controle, à direção sábia e amorosa do senhor ao dirigir e governar a vida de seus escolhidos, conduzindo-os sempre ao fim melhor.

ð OBS. “NA VIDA DAQUELE QUE É ESCOLHIDO POR DEUS NÃO EXISTEM COINCIDÊNCIAS, O QUE EXISTE É PROVIDÊNCIA DIVINA”. Aquilo que parecia um desatino na vida de Onésimo, acabou se tornando na estrada do seu encontro com Deus.

ð O que Deus é capaz de fazer para salvar um perdido? Alguém pode calcular? O Apóstolo Paulo fala em Rm 11:33: “Ó profundidade das riquezas tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus, quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os teus caminhos...”

ð A carta a Filemom nos ensina que Deus pode estar presente nas circunstâncias mais adversas (v. 15). Quando as coisas parecem fora de controle e as rédeas saem das nossas mãos, descobrimos que elas continuam sob o controle soberano de Deus. Aquilo que nos parecia perda é ganho. Deus reverte situações humanamente impossíveis.

·      O evangelho de Cristo é maravilhoso. Não há casos irrecuperáveis para Deus. não há poço tão fundo que o evangelho não seja mais profundo. A graça é maior que os nossos pecados.

·      ONÉSIMO ERA ESCRAVO, FUJÃO E LADRÃO MAIS A GRAÇA O ACHOU! Não há casos perdidos para Deus. Todos nós somos Onésimo.

a)   Todos nós éramos escravos do pecado.

b)   Todos nós andávamos errantes para a cidade do pecado.

c)    Todos nós estávamos perdidos e fomos achados.

d)   Todos nós estávamos condenados e fomos libertados.

e)    Todos nós estávamos mortos e recebemos vida.

v Nossa salvação não é resultado do nosso mérito, mas pura expressão da graça. Nada somos, nada temos, nada merecemos. Porém, Deus, por sua graça nos amou, nos alcançou, nos libertou, nos transformou e nos adotou como seus filhos amados.

3.             APRENDEMOS SOBRE A EXCELÊNCIA DO EVANGELHO v.15b,16.

 

v Paulo pede que Filemom receba Onésimo como a um irmão. O verbo “receber” AQUI no versículo 17 é "receber dentro do círculo familiar". Imagine um escravo entrando PARA o círculo familiar do seu senhor.

v A conversão a Cristo uniu na mesma família da fé e na mesma igreja senhores e servos. Em Cristo somos uma só família. Nenhuma diferença racial, econômica ou política deve nos separar.

CONCLUSÃO: Paulo termina a carta com uma saudação cheia de ensinos:

1) Quando se faz as coisas do jeito de Deus, os resultados sempre transcendem as expectativas v. 21

2) Tudo o que Deus faz, o faz através da intercessão do povo de Deus  v. 22.

CONTATOS:

Pr: Nilton Jorge

Tel: (22) 998746712 Whatsapp