TEXO:
Gl 5: 22
INTRODUÇÃO:
·
Mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento, incluindo talvez até mesmo Romanos, a carta de Paulo aos Gálatas tem sido
a fonte de ensino teológico para a igreja no meio de suas mais profundas
crises.
·
Todas as cartas de Paulo foram escritas para
lidar com problemas específicos, mas no caso de Gálatas, a situação era
particularmente urgente. A crise era tão grande que Paulo começa a carta,
não com o tipo de agradecimento que ele normalmente utilizava, mas com uma
expressão de espanto, de que as igrejas da Galácia estavam sendo
persuadidas por alguns professores a seguir um falso evangelho (1:6).
Mestres judaizantes estavam cerceando com cerimonia da lei aos crentes não
judeus, a se circundar-se praticar todas as cerimonias que a lei judaica
mandava para serem salvos.
·
Paulo inicia a terceira e última parte da carta aos
Gálatas, apresentando conselhos práticos no intuito de não destruirmos a
liberdade que temos em Jesus. Por isso ele declara: Gl 5.1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.
·
Neste capítulo a grande ênfase do Apóstolo Paulo é
que em Cristo estamos em verdadeira liberdade. Antes, estávamos escravizados pelo pecado, mas agora somos filhos de
Deus.
ð A idéia de
libertação vem do mercado de escravos romanos. Após o fim de uma guerra, os cativos eram levados ao mercado, onde
podiam ser examinados e comprados. Nós éramos escravos do pecado e Jesus foi ao
mercado das trevas e nos comprou, promovendo a nossa redenção 1Pe 1.18,19 Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
ð O conceito bíblico de liberdade
espiritual possui três idéias básicas:
1.
O homem é escravo do pecado e totalmente impotente
de libertar-se;
2.
A verdadeira liberdade se acha na vida com Deus e é
oferecida ao homem, por meio da fé em Jesus;
3.
E, o homem livre demonstra a sua liberdade no
serviço a Deus e ao próximo.
ð Há dois perigos
no texto que ameaçam a liberdade do cristão: o legalismo
e a licenciosidade.
ð Paulo inicia a
segunda parte do capítulo cinco, revelando que o segredo para desfrutarmos a
plenitude da liberdade e vencermos a licenciosidade é andarmos no Espírito
Santo. O verso 16 nos ensina três verdades:
1)
Todo crente tem o Espírito Santo, o qual foi
recebido no ato da sua conversão.
2) Todo crente é pecador e tem impulsos para pecar.
3) O Espírito Santo capacita o crente a vencer a carne e as tentações.
·
No texto em apreço, Paulo fala do conflito entre a
carne e o Espírito, mostra-nos ainda que o
Espírito Santo é o nosso santificador, e o único que pode se opor à nossa carne
e subjugá-la.
·
Sabemos que é Jesus Cristo que nos liberta. Mas sem
a obra contínua, orientadora e santificadora do Espírito Santo, a nossa
liberdade é deturpada.
Então, veremos que o texto referido pode ser
dividido em duas partes: A realidade do Conflito (vs. 16 – 23).
O Caminho da Vitória Cristã (vs. 24, 25).
è Cada natureza
em conflito se evidencia por um tipo de comportamento ou inclinação. A lista
tem quinze elementos que podem ser classificados em quatro áreas:
1)
Vida sexual: prostituição, impureza e lascívia.
2)
Vida Religiosa: idolatria e feitiçarias.
3)
Relacionamento humano: inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas.
4)
Alimentação: bebedices e glutonarias (farras ou orgias).
·
A solução para o conflito
1)
Ser guiados pelo Espírito (Gl 5.18).
2)
Crucificar a carne ou a velha natureza (Gl 5.24).
3)
Andar no Espírito (Gl 5.25).
· Se a origem da nossa vida é o Espírito,
devemos permitir que o Espírito conduza os nossos passos. Ser guiado
pelo Espírito é uma submissão passiva. Andar no Espírito é uma decisão
ativa e proposital. Precisamos tomar a atitude de andar com Deus (Rm 4.12).
ð O Espírito Santo reinando em nós
produzirá o caráter cristão. Ele produzirá em nós as virtudes do
caráter de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo chama estas virtudes de o "Fruto do Espírito Santo". O
fruto do Espírito são qualidades morais divinamente implantadas. São resultados
da ação do Espírito em nosso caráter.
· HÁ TRÊS OBSERVAÇÕES A SEREM FEITAS:
1)
Quanto a sua
origem é sobrenatural: "do Espírito". Enquanto as "obras
da carne" são atos que-praticamos naturalmente, o "fruto do
Espírito" é de responsabilidade do próprio Espírito. Precisamos ter
humildade, pois não podemos produzir este fruto.
2)
O seu
crescimento é natural. O "fruto" faz parte da "lei da
semeadura e da colheita": Gl 6.7"aquilo o que o homem semear, isso
também ceifará". O nosso interior é como um campo onde estamos
semeando diariamente. Aquilo que você
semear você irá colher.
ð "Semeie um
pensamento, e você colherá uma ação”;
ð “Semeie uma
ação, e você colherá um hábito”;
ð “Semeie um
hábito e você colherá um caráter”;
ð “Semeie um
caráter e você colherá um destino”.
3)
A sua maturidade
é gradual.
Antes de ser um fruto maduro, há etapas que precisam ser cumpridas. Isto
demanda tempo: primeiro a flor, depois o embrião e por fim, o fruto. O Espírito
Santo não tem pressa e um caráter cristão maduro é resultado de uma vida
inteira.
TRANSIÇÃO: O fruto do Espirito tem nove virtudes ou gomos divido em 3 grupos
de relacionamentos:
1.
Virtudes
ligadas ao nosso relacionamento com Deus: amor,
alegria e paz;
2.
Virtudes
ligadas ao nosso relacionamento com o próximo: longanimidade, benignidade e bondade;
3.
Virtudes
ligadas ao nosso relacionamento com nós mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio.
A
sétima manifestação do fruto do Espírito é fidelidade. Mas o que significa fidelidade?
· Uma definição. O termo grego é Pitis, que na maior parte das
vezes em que surge no N.T, significa fé. Neste sentido, a palavra é uma
virtude teológica, mas o fruto é ético, ou seja, é de caráter e não de crença. Quando a expressão Pítis é usada no
sentido ético à tradução é fidelidade, confiabilidade, fidedignidade, lealdade.
A pessoa que tem tal fruto é uma pessoa com quem se pode fazer negócio, porque
é honesta, confiável.
· No capítulo 5
da Epístola aos Gálatas, a melhor tradução de fato é
“fidelidade” ou “lealdade”, já que tal palavra aparece após “benignidade” e “bondade”.
· É interessante notar que antes de Paulo
citar essa virtude no capítulo 5, ele já havia reclamado da infidelidade de
muitos cristãos da igreja da Galácia, não apenas para com ele, mas para com
o próprio Evangelho anunciado (Gl 4:16; cf. 1:6-9; 3:1; 5:7).
· Logo, o apóstolo citou muito apropriadamente essa
qualidade, que, no presente contexto, implica na fidelidade a Deus e à sua
vontade.
· A fidelidade deve ser exibida nas crises. Ap 2:13 “Eu
sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de satanás; e reténs
o meu nome e não negaste a minha fé,
ainda nos dias de Antipas, minha fiel
testemunha, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita”. O termo aqui significa lealdade. As pessoas que
desistem na primeira dificuldade.
· Deus nos chama para uma vida de
fidelidade.
1.
Em primeiro
lugar, devemos ser fiéis porque Deus é fiel. Sl 33:4 "As palavras do Senhor são verdadeiras; tudo o que ele faz merece
confiança". Deus é fiel consigo mesmo. Ele não age hoje segundo um
princípio e amanhã segundo outro princípio. Ele nunca muda. 2 Tm 2:13 "Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma
pode negar-se a si mesmo".
·
Deus é fiel no sentido de ser fiel à sua palavra. Cada palavra
que ele diz é verdade. Ele é verdadeiro quando fala. Quando o Senhor faz uma
promessa, podemos ficar certos de que a cumprirá integralmente. Deus é fiel para com o seu povo.
Assim como Ele é fiel para com seu povo, espera que seu povo o seja para com
Ele.
2.
Em segundo lugar,
a fidelidade é que torna a vida muito mais fácil. A
infidelidade é a causa de muitos problemas, Pv 25:19 "Num momento de
dificuldade, depender de uma pessoa que não merece confiança é como mastigar
com um dente estragado, andar com um pé aleijado".
3.
Outro motivo por
que devemos ser fiéis é que Deus recompensa a fidelidade. Na parábola
dos talentos em Mt 25, Jesus diz que
um dia Deus vai nos julgar e nos recompensar de acordo com a nossa fidelidade.
·
Vamos observar
nas escrituras um modelo de fidelidade a Deus. Vamos para Daniel 3. Os três jovens hebreus provocaram uma
nota dissonante no meio daquela sinfonia de servilismo.
·
Eles se recusam
a pecar.
Eles são ameaçados. Destoam da multidão. São intransigentes. São
inconformistas. A verdade é inegociável. Não transigem com os absolutos de
Deus. Não vendem a consciência. Preferem a morte que a infidelidade a Deus.
Estão prontos a morrer, mas não a pecar.
a) O v. 12 – a acusação: ingratidão e desrespeito.
b) O v. 15 – A nova oportunidade e a ameaça: morte e impossibilidade de livramento.
c) O v. 16 – Não precisamos defender Deus, apenas honrá-lo:
d) O v. 17-18 – Cabe-nos obedecer a Deus e não administrar as consequências
e) O v. 19-20 – A ira dos homens é louca: aquecer a fornalha sete vezes e atar os homens.
f) O v. 25 – A intervenção do quarto homem é miraculosa: O fogo os livra das cordas e o quarto homem os livra do fogo.
Nesse episódio, aprendemos algumas lições importantes sobre fidelidade:
a) O v. 12 – a acusação: ingratidão e desrespeito.
b) O v. 15 – A nova oportunidade e a ameaça: morte e impossibilidade de livramento.
c) O v. 16 – Não precisamos defender Deus, apenas honrá-lo:
d) O v. 17-18 – Cabe-nos obedecer a Deus e não administrar as consequências
e) O v. 19-20 – A ira dos homens é louca: aquecer a fornalha sete vezes e atar os homens.
f) O v. 25 – A intervenção do quarto homem é miraculosa: O fogo os livra das cordas e o quarto homem os livra do fogo.
Nesse episódio, aprendemos algumas lições importantes sobre fidelidade:
1.
A NOSSA
FIDELIDADE A DEUS É UMA QUESTÃO INEGOCIÁVEL v.
12.
·
Esses três
jovens hebreus entendem que agradar a Deus é mais importante do que preservar
suas próprias vidas. O principal ensino deste capítulo não é o
livramento miraculoso. Não temos dificuldade de acreditar em milagres. O
principal ensino nesta capítulo é que três crentes jovens são tentados a
praticar o mal e recusam-se a fazê-lo. Estão dispostos a discordar de
todos, ainda que isso signifique uma morte horrível.
·
“Transigir” não
é uma palavra do vocabulário deles. O pecado é pecado, e eles não o
cometerão. Estão dispostos a morrer, mas não pecar. Eles não eram produto do
meio. Eles estavam cercados de pessoas conformistas, mas eles tinham coragem
para ser diferentes.
·
A fidelidade
deles não era um negócio com Deus. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode
nos levar para as fornalhas ou mesmo para a cova dos leões. Muitas vezes a
fidelidade a Deus pode nos levar a ser rejeitados pelo grupo, a sermos
despedidos de uma empresa, a sermos rejeitados na escola ou até mesmo a sermos
mal compreendidos na família. Nosso compromisso não é com o sucesso,
mas com a fidelidade a Deus. Há muitas pessoas que conseguem o sucesso,
vendendo suas consciências, transigindo com os valores absolutos. Esses moços
não!
·
Muitos
jovens e muitos crentes hoje são tentados a ceder. Jovens cristãos são instados
a se embriagarem com os seus amigos ou a perder a virgindade antes do
casamento. São tentados a mentir para os pais, a ver filmes indecentes, a ficar
sob luzes piscantes e curtir músicas maliciosas. O mundo tem sua própria
fornalha ardente à espera daqueles que não se conformam em adorar seus ídolos.
É a fornalha de ser desprezado, ridicularizado. Os que são fiéis a Deus são
chamados de retrógrados. Para muitos crentes a pressão parece irresistível. Mas
fidelidade é uma questão inegociável.
2.
A NOSSA FIDELIDADE
NÃO NOS ISENTA DE PROBLEMAS, MAS NOS PROVÊ PROVISÃO NO MEIO DOS PROBLEMAS v. 21,25.
·
Deus não livrou os seus servos da provação, mas
preservou-os na provação. Ele não impediu que os seus servos fossem atados,
mas o fogo que devia destruí-los teve que livrá-los das cordas. Sabemos
que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. O Senhor está
acima de tudo e nada pode transtornar os seus planos. A inveja e o ódio dos
acusadores, a ira e a arrogância do rei, as cordas dos algozes e as chamas do
fogo, tudo está sob o controle de Deus.
·
Deus não livrou esses moços da ameaça nem os impediu
de cair na fornalha, mas os livrou na fornalha. Ser crente não
é ser poupado dos problemas, das provas, das aflições, dos problemas
financeiros, dos problemas de saúde, dos problemas familiares. Mas ser crente é
experimentar o livramento de Deus nos problemas.
·
Os jovens foram jogados na fornalha, mas o quarto
homem os livrou na fornalha. O fogo os libertou das amarras e o quarto homem os
libertou do fogo.
3.
A NOSSA
FIDELIDADE A DEUS, NÃO ESTÁ BASEADA SIMPLESMENTE NO QUE DEUS FAZ, MAS NO QUE
ELE É
v. 17-18.
·
Aqueles jovens
não serviam a Deus por causa dos benefícios recebidos de Deus. A religião
para eles não era um negócio lucrativo. Eles serviam a Deus por causa do
caráter de Deus. A vida deles não girava em torno do bem estar deles. O grande
objetivo da vida deles era honra a Deus a despeito das circunstâncias
adversas.
·
Eles
estão prontos a honrarem a Deus em toda e qualquer circunstância. As consequências pertencem a Deus. Nosso
dever é fazer o que é certo. Não importa o custo e as consequências. É melhor ser
morto prematuramente e encontrar o reto juiz em paz, do que viver um pouco mais
e encontrá-lo em terror.
·
Ter fé é confiar que a nossa vida está nas mãos de
Deus.
Ele faz o que lhe apraz. Fé não significa: Deus está nas minhas mãos e ele tem
que fazer o que eu quero.
4.
QUANDO SOMOS FIES A DEUS, ELE VEM AO NOSSO ENCONTRO v. 24-25.
·
O livramento no
fogo é a estratégia de Deus. Quando somos fiéis a Deus, ele tem um
encontro conosco na fornalha. Só temos duas escolhas: ou ficamos fora da
fornalha com Nabucodonosor, ou dentro dela, com Cristo. Não há meio termo. Mas
o lugar de calor irresistível é também o lugar de comunhão intensa com o
Salvador.
·
Não
há fornalha ardente que consiga destruir o povo de Deus. Tais fornalhas, de
fato, acabam se tornando o próprio meio que Deus usa para preservar seu
remanescente fiel e manter viva a sua verdade, no mundo.
·
O quarto homem
sempre vem ao nosso encontro na hora da aflição. Na hora da
dor, na hora da humilhação. Ele é o Deus do livramento. É o Deus das causas
perdidas. Jesus é o quarto homem que não o poupa da fornalha, mas o livra do
fogo.
·
EM QUE FORNALHA
VOCÊ ESTÁ?
a) Problemas conjugais: O amor está esfriando, as mágoas estão crepitando como fogo, o diálogo está acabando? Sente que o seu casamento está amarrado, atado e atirado numa fornalha acesa de dor e lágrimas? O quarto Homem pode hoje trazer a você livramento.
b) Problemas financeiros: Situação amarga, noites indormidas, madrugadas insones, ansiedade, portas fechadas, desemprego, salário defasado, compromissos à porta? O quarto Homem pode trazer livramento. Ele é o dono de todo o outro e de toda a prata.
c) Problemas espirituais: A sua vida devocional está doente. Acabou a alegria da intimidade com Deus. Cessou a oração fervorosa, a devoção a Deus, a paixão pelas almas. O quarto Homem pode incendiar de novo o seu coração.
d) Problemas sentimentais: Você está com medo: medo da solidão, do abandono, de não ser aceito, de tropeçar, de naufragar. Mas Jesus pode livrar você hoje.
CONTATOS:
Tel. (22) 998746712 Whatsapp
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