TEXTO: 2 Co 4:16-18.
INTRODUÇÃO:
·
Paulo nesse capítulo quatro da segunda epístola aos
coríntios, está dando continuidade do que estava falando no capitulo três, ele
está se defendendo de
seus acusadores e na sua defesa apostólica, apresenta o glorioso ministério da nova aliança que oferece às
pessoas vida, salvação, justificação e tem poder para transformar vidas.
·
Nessa defesa ele
aborda quatro verdades benditas no texto em relação ao ministério da nova
aliança.
1.
O ministério da nova aliança tem sua base em um
evangelho glorioso (4:1-6).
2. O
ministério da nova aliança proporciona um tesouro valioso (4:7-12).
3.
O ministério da nova aliança requer uma
fé vitoriosa (4:13-15).
4.
O ministério da nova aliança nos da uma
convicção maravilhosa (4.16-18).
Paulo
nesses três últimos versículos do capítulo quatro faz uma síntese de nossa
convicção abordando três verdades,
que nos direcionam na caminhada rumo à glória.
1.
TEMOS UM CORPO FRACO, MAS UM ESPIRITO
REVOVADO.
v.16 “Por isso, não desanimamos; pelo contrário,
mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se
renova de dia em dia”.
Os dois verbos (corromper e renovar)
estão no presente, indicando um processo contínuo. Na mesma
proporção que o corpo se enfraquece, o espírito se fortalece. Enquanto um
caminha para a morte, o outro deslancha em direção da vida plena.
No verso 7 Paulo faz uma comparação sugestiva. “Temos, porém, este tesouro em vasos de
barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. A palavra
“tesouro”, refere-se àquilo que é valioso e muito caro, enquanto que “vasos de barro”, fala da cerâmica,
aquilo que é feito de barro. A cerâmica coríntia era famosa no mundo antigo, e
Paulo pode ter se referido às pequenas lamparinas de barro que eram baratas e
frágeis ou, então, a vasos ou urnas de cerâmica. A idéia é de que o tesouro valioso é contido em recipientes frágeis
e sem valor.
Todo vaso tem um propósito, uma
finalidade e uma função. Ele é feito para conter algo e para transportar
algo.
Temos que entender as necessidades do
vaso, não espiritualizando o que é matéria e não materializando o que é de
necessidade espiritual (Elias no
deserto de Berseba).
Nossa fraqueza física é notória e
indisfarçável.
O tempo esculpe em nossa face rugas profundas. Nossas pernas ficam bambas,
nossos joelhos trôpegos e nossas mãos descaídas. Cada fio de cabelo branco que
surge em nossa cabeça é a morte nos chamando para um duelo. Estamos aqui de
passagem, somos transitórios.
Nosso homem
exterior, ou seja, nosso corpo enfraquece-se progressivamente. Ao mesmo
tempo em que o nosso corpo se enfraquece, nosso espírito se fortalece. Na mesma
proporção que o exterior se corrompe, o interior se renova.
A igreja de
Corinto, influenciada pela cultura grega, estava vivendo uma crise de fé,
pensando que os mortos em Cristo não tinham esperança de ressurreição.
·
No
capítulo 5 dando continuidade Paulo diz no verso primeiro que se esse corpo
fraco tombar, temos um edifício preparado nos céus.
·
Paulo está
usando uma figura de linguagem Ele menciona a tenda temporária para
falar do corpo físico, transitório, temporário, que se debilita, enfraquece,
adoece e morre e menciona o edifício permanente para falar do corpo glorioso da
ressurreição, que é permanente e eterno. Enquanto a tenda é apenas uma
moradia transitória para um viajante ou peregrino, a casa ou edifício é uma
residência permanente.
·
Um dia
precisaremos afrouxar as estacas dessa tenda e levantar acampamento.
2.
TEMOS UM PRESENTE DOLOROSO, MAS UM
FUTURO GLORIOSO.
v.17 “Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”.
Não
há vida cristã indolor. A vida cristã não é uma estufa espiritual nem uma
sala vip. Ser cristão não é pisar tapetes
aveludados, mas cruzar desertos abrasadores. As aflições são pesadas e contínuas, mas vistas sob a perspectiva da
eternidade são leves e momentâneas.
ð
O princípio
geral enunciado no versículo 7 é ilustrado aqui numa série de quatro
declarações paradoxais de um contraste profundo. Elas refletem
de um lado a vulnerabilidade de Paulo e de seus companheiros, e de outro lado,
o poder de Deus que os sustenta. “Em tudo
somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados;
perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”.
a)
Atribulados, mas
não angustiados (4:8). A tribulação é uma prova externa, enquanto a
angústia é um sentimento interno. A tribulação produz angústia. Quais as
tribulações que Paulo enfrentou? Ele foi perseguido em Damasco,
rejeitado em Jerusalém, esquecido em Tarso, apedrejado em Listra, açoitado em
Filipos, escorraçado de Tessalônica e Beréia, chamado de tagarela em Atenas, de
impostor em Corinto. Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém, acusado
em Cesaréia, enfrentou um naufrágio a caminho de Roma e foi picado por uma
cobra em Malta. Sofreu prisões, açoites, apedrejamento, fome, frio e pressão de
todos os lados. Contudo, Deus o assistiu não o deixando sucumbir diante de
tantas adversidades.
b)
Perplexos, mas
não desanimados (4:8).
A perplexidade é uma encruzilhada mental que nos exige uma decisão pronta e
imediata.
c)
Perseguidos, mas
não desamparados (4:9).
Paulo se descreve como um fugitivo caçado por seus adversários, contudo, na
última hora Deus lhe dava um escape. Foi perseguido pelos judeus e pelos
gentios, pelo poder religioso e pelo poder civil. No entanto, jamais se sentiu
desamparado.
d)
Abatidos, mas
não destruídos (4:9).
“abatidos”, significa lançar abaixo, derrubar
violentamente. A palavra era usada para falar da derrubada de um oponente na luta ou de derrubar uma pessoa com a espada ou qualquer outra arma.
violentamente. A palavra era usada para falar da derrubada de um oponente na luta ou de derrubar uma pessoa com a espada ou qualquer outra arma.
ð
O propósito
final da nossa existência, do nosso trabalho, do nosso sofrimento e da própria
igreja é a glória de Deus.
·
Aqui
pisamos estradas juncadas de espinhos, cruzamos vales escuros e atravessamos
desertos tórridos. Aqui nossos olhos ficam empapuçados de lágrimas e nosso
corpo geme sob o látego da dor. Aqui enfrentamos ondas encapeladas, rios
caudalosos e precisamos atravessar fornalhas ardentes. Aqui sofremos, choramos
e sangramos. Porém, em comparação com a glória por vir a ser revelada em nós, nossas
tribulações são leves e passageiras.
·
O presente é
doloroso, mas o futuro é glorioso. Nosso destino final não é um corpo
caquético, mas um corpo de glória. Nossa jornada não termina num túmulo gélido,
mas na Jerusalém celeste. Nosso fim não é a morte, mas a vida eterna.
·
O nosso futuro
de glória deve encorajar-nos a enfrentar com alegria a nossa presente
tribulação.
Vivemos na dimensão da eternidade!
3.
TEMOS AS COISAS VISÍVEIS QUE SÃO
TEMPORAIS, MAS AS COISAS INVISÍVEIS QUE SÃO ETERNAS.
·
v.18 “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas
que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são
eternas”.
ð
O visível e
tangível que enche nossos olhos e tenta seduzir nosso coração é aquilo que não
vai permanecer.
Tem prazo de validade e não vai durar para sempre. Mas, as coisas que não
vemos são as que têm valor e vão permanecer para sempre.
ð
Investir apenas naquilo que é terreno e temporal é
fazer um investimento insensato, pois é investir naquilo que não permanece. Investir, porém, nas coisas invisíveis e
espirituais, é investir para a eternidade.
ð
Jesus diz que
devemos ajuntar tesouros lá no céu, pois o céu é nossa origem e nosso destino. O céu é nosso
lar e nossa pátria. Nosso Senhor está no céu. Muitos dos nossos irmãos já foram
para o céu e nós, que fomos remidos e lavados no sangue de Jesus estamos a
caminho do céu. Lá está o nosso tesouro. Lá está a nossa herança. É lá que
devemos investir o melhor do nosso tempo e dos nossos recursos.
ð
Atentar
apenas nas coisas que se veem e que são temporais é viver sem esperança no
mundo; mas buscar as coisas que os olhos não veem nem as mãos apalpam é viver
na dimensão da eternidade, com os pés na terra, mas com o coração no céu!
·
Não
vivemos pelo que vemos, mas pela fé, e a fé é a certeza de que nossa cidade
permanente não é daqui. Foi por isso que Abraão não se encantou com a planície de Sodoma, porque via uma
cidade superior. A Palavra de Deus diz Hb
11:9,10: “Pela fé [Abraão],
peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com
Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade
que tem fundamentos, da qual Deus é o
arquiteto e edificador”.
ð Foi por isso que Moisés abandonou as
glórias do Egito para receber uma recompensa superior. Diz a Escritura Hb 11:27: “Pela fé, ele [Moisés] abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a
cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível”.
Os versículos 17 e 18, de 2
Coríntios Capítulo 4, estabelecem uma clara e gloriosa antítese,
contrastando nosso estado futuro com nosso estado presente:
·
Aqui
há "aflição" Jo
16:33 "Tenho-vos dito isto, para
que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci
o mundo".
·
Lá
há "glória" I Pd 5:10 "E o Deus de toda
a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes
sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e
fortalecer".
·
Aqui
há uma "leve aflição" Tg 1:12 "Bem-aventurado
o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da
vida, que o Senhor prometeu aos que o amam".
·
Lá
uma "glória mui excelente".
·
Em
nossa "aflição" há brevidade; é uma "aflição
leve", é apenas por um momento.
·
Em
nossa "glória futura" haverá solidez e
eternidade.
CONCLUSÃO: Como temos nos
comportado diante da "leve e momentânea tribulação" por
que temos passado? Será que temos confiado e descansado por termos a certeza
da "glória mui excelente" que nos espera? Ou será
que os "sofrimentos momentâneos" têm tirado a nossa paz,
a nossa confiança e a certeza da nossa vitória no Senhor?
Que
possamos aprender com a palavra de Deus a olhar para as
aflições do tempo presente (leve e momentânea), sob a luz e a ótica da
eternidade. Que Deus nos abençoe!
Contatos com o Pastor Nilton Jorge:
Telefone (22) 998746712 Whatsapp
E-mail: niltondalani@gmail.com
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