TEXTO: Jz 6-8
INRODUÇÃO:
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Israel passou por um período longo de 40 anos de paz
em Israel,
com a conquista da juíza Débora e Baraque sobre o rei Jabim II e Sísera ambos
cananeus que oprimiam Israel. A paz foi interrompida após os israelitas
se voltarem contra Deus e adorarem os deuses pagãos dos povos vizinhos, como Baal e Aserá.
Devido essa apostasia, o Senhor permitiu que Seu povo caísse sob o domínio e
exploração dos midianitas, que auxiliados amalequitas e outros povos a leste de
Israel como os amonitas e moabitas, invadiam as terras israelitas, saqueavam as
plantações, roubavam o gado e rebanho. Com isso Israel empobreceu e sua população
ficou vulnerável, foi necessário criarem esconderijos nas montanhas,
cavernas e fortalezas para se protegerem e esconderem os alimentos/riquezas.
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Os midianitas eram um povo nômade que viviam entre
as nações/povos de Canaã. Eram descendentes de Midiã, filho de Abraão com
Quetura.
Habitavam o deserto e se dedicavam ao comércio e criação de animais. Eles eram
inimigos de Israel desde os tempos de Moisés, quando tentaram seduzir os
israelitas à idolatria e à imoralidade, seguindo o conselho de Balaão.
·
Deus envia um profeta ao povo Jz 6:8, pra lhes
explicar o porquê estavam subjugados pelos Midianitas, e então veio o Anjo do
Senhor.
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A
história de Gideão se inicia quando ele estava malhando trigo em um lagar nas
terras de seu pai, Joás um homem idólatra, que adorava e conduzia o culto a
Baal e Aserá na cidade de Ofra que ficava na tribo de Manassés. Gideão
viveu os primeiros anos de sua vida durante um período de 40 anos de paz,
conquistados após a vitória da juíza Débora e Baraque sob
o rei cananeu Jabim II de Hazor.
ð
Gideão é
descrito como sendo um abriezita, ou seja, alguém do clã de Abiézer, da tribo
de Manassés.
Apesar de seu clã ser o menor de toda sua tribo, sua família era considerada
influente e de posses, pois possuíam terras, tinham prestígio entre os
moradores da cidade, possuíam servos e se relacionavam com concubinas, uma
prática comum de famílias ricas.
ð
Ele
malhava o trigo escondido, pois tinha medo dos midianitas aparecerem e roubarem
toda sua colheita. Enquanto ele trabalhava, o Anjo do Senhor lhe apareceu e
disse que o Senhor estava com ele, e que Gideão seria o libertador de Israel.
Ele,
porém, duvidou e pediu ao anjo um sinal. O anjo o atendeu e ele entendeu que o
Senhor o chamava para libertar seu povo e liderar os guerreiros em batalha.
· A primeira missão que Deus deu a Gideão foi a de destruir o altar de Baal e o poste-ídolo de Aserá que se encontravam na cidade de Ofra, e levantar em seu lugar um altar ao Senhor. Temendo ser interrompido por sua família, ou pelos moradores da cidade, durante a noite levou consigo dez homens e juntos eles derrubaram o altar de Baal e o poste-ídolo de Aserá. Em seguida, pegaram os pedaços de madeira dos ídolos e os queimaram no fogo do altar. Após a destruição dos ídolos em Ofra passaram a chamá-lo de “Jerubaal”, que significa “contendor com Baal” ou “adversário de Baal”.
·
Por
volta de 1150 a.C. os exércitos dos midianitas, amalequitas e demais povos do
leste, se uniram em um região ao entorno Vale de Jezreel, próximo do rio Jordão, para novamente invadir Israel e tomar sua plantações.
Gideão reuniu todos os clãs de Manassés, assim como os israelitas das tribos de
Aser, Zebulom e Naftali, para a batalha.
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Apesar
do Anjo do Senhor ter aparecido a Gideão e lhe dado os sinais que ele o havia
pedido. Ele ainda se encontrava inseguro quanto ao chamado que Deus o havia lhe
dado, novamente ele pede sinais ao Senhor.
ð
Primeiro
com o pedaço de lã na eira e depois o sonho contado no acampamento dos midianitas
sobre o pão de cevada rolava sobre a tenda dos midianitas e a derrubava.
·
Depois dos sinais dados a Gideão, ele reuniu os
guerreiros em Harode e
começou a formar um exército para enfrentar os inimigos, cerca de 22 mil homens. O Senhor
mandou Gideão dispensar os homens que estavam com medo, reduzindo o exército
para 10 mil homens. Deus ordenou que o exército fosse levada para beira d’água
na fonte de Harode. Os
homens que pegassem água com as mãos, fazendo uma concha, e levassem a boca,
seriam levados para a batalha. Assim, o exército foi reduzido para apenas 300
homens.
·
Gideão dividiu os guerreiros em três grupos, e lhes
deu trombetas, cântaros vazios e tochas acesas dentro dos cântaros. Eles cercaram
o acampamento dos midianitas, e, no meio da noite, tocaram as trombetas,
quebraram os cântaros e levantaram as tochas, gritando. Os midianitas se
assustaram com o barulho e a luz, e se puseram a fugir em confusão, matando uns
aos outros. Desse modo o Senhor deu vitória para os israelitas, apesar de toda
improbabilidade numérica.
· Após essa primeira vitória, os moradores da tribo de Efraim foram chamados para auxiliar nas batalhas. Os efraimitas cercaram parte do exército midianita nas cidades de Bete-Sita, perto de Zererá, e Abel-Meolá, perto de Tabate. Onde capturaram e executaram Orebe e Zeebe, dois comandantes de Midiã. Sucote e Peniel se recusam a auxiliar Gideão.
·
Gideão
e seus 300 guerreiros continuaram a perseguição do restante do exército
midianita e seus últimos reis, Zeba e Zalmuna. Essa parte do exército midianita se reorganizou na cidade
de Carcor. Durante
a perseguição pararam nas cidades de Sucote e Peniel,
pedindo pão, água e suprimentos para continuarem a batalha, visto que as tropas
estavam cansadas. Ambas as cidades se recusarem e dar apoio. Diante
disso Gideão jurou que, quando voltasse vitorioso, ele os castigaria com
espinhos e abrolhos do deserto, e que derrubaria a torre de Peniel.
·
Ao
fim da perseguição, o exército israelita derrotou o restante do exército
midianita e capturou Zeba e
Zalmuna, perto das cidades de Noba e Jogbeá. Gideão mata seus inimigos,
pondo fim a guerra. Ao voltar para Israel ele cumpriu o seu voto, e castigou
severamente os homens de Sucote, e matou os homens de Peniel, por causa da sua
ingratidão e rebeldia.
·
Após a derrota dos midianitas, os israelitas ficaram
tão agradecidos a Gideão que o pediram para se tornar o seu rei sobre ele. Ele,
sabiamente, se recusa a governar sobre Israel e estabelecer uma monarquia,
dizendo que apenas Deus poderia governar sobre o povo.
·
Apesar disto, ele cometeu um erro ao coletar
diversos despojos em ouro dos israelitas e fazer um manto sacerdotal. Pois Israel
passou a adorar aquele manto e torná-lo um ídolo.
Disso, aprendemos 14 lições de como Deus nos trata, a despeito das nossas circunstâncias:
1ª lição: Deus enxerga a
nossa realidade de um modo diferente do que a vemos.
2ª lição: Deus nos
observa e está conosco, embora as circunstâncias pareçam dizer o contrário.
3ª lição: Deus conhece o
nosso potencial, mesmo que não saibamos ainda que o possuímos.
4ª lição: Sem Deus, os
obstáculos são intransponíveis; porém, quando Deus entra em cena, transforma
não somente a sua vida, mas também todo o seu contexto.
5ª lição: Enquanto o
mundo cultua o poder e a força, Deus usa os fracos para aniquilar os fortes,
porque o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
6ª lição: A autoridade
de Gideão no trato com o grupo despreparado que liderava dependia da sua
fidelidade a Deus e da clareza com que transmitia ao povo as orientações
recebidas Dele.
7ª lição: “Mudou dentro,
mudou fora”.
8ª lição: Deus não chama
ociosos para trabalharem na Sua Seara.
9ª lição: Quando
decidimos erigir um altar para Deus, temos de assumir o compromisso de derrubar
todos os outros altares primeiro.
10ª lição: Para Gideão
realizar “uma obra para Deus”, foi preciso primeiramente confiar em Deus, que o
chamou.
11ª lição: Temos de
cuidar para que o nosso sucesso não seja a porta de trás do nosso fracasso.
12ª lição: O líder jamais
deve se impressionar muito com massa ou multidão, como se o número de
apoiadores fosse prenúncio de vitória.
13ª lição: O líder deve
evitar o culto à personalidade, assim como o culto ao poder da organização que
lidera.
14ª lição: O líder deve
ter cuidado com a vaidade e o orgulho, evitando cair na tentação de valorizar
sua habilidade pessoal acima da dependência de Deus, assim como esquivar-se de
exaltar suas técnicas e métodos, sacralizando-os como se fossem divinos.
APLICAÇÃO: Juízes 8:4 “Vindo Gideão ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam cansados, mas ainda perseguindo”.
· A Bíblia nos mostra lições surpreendentes nestes três textos quanto aos recursos de Deus. Descobri que uma destas lições é o quando Deus nos traz Seus incríveis recursos somente após termos exaurido nossos limites.
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Vejo quatro
grandes lições para nós hoje na história de Gideão
1. Os recursos limitados jamais limitam Deus. Se estivéssemos no lugar de Gideão poderíamos pensar, “Senhor, Tu tens de nos livrar agora mesmo. Precisamos de reforços, armas melhores, mais suprimentos – caso contrário, não temos chance”. Mas Deus fez exatamente o oposto. Ele diz a Gideão e seus homens, “Algum de vocês está confuso ou desencorajado? Vá então para casa. Imagine o que passou na mente de Gideão quando ouviu isso. “Puxa Senhor! Tu deverias nos aumentar e não diminuir”.
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Os midianitas tem armas e aliados, Eu lhes darei
algo que os midianitas não têm.
·
Deus
muitas vezes limita propositalmente os nossos recursos para assegurar que Ele
receba toda a glória
2. O desencorajamento pode retardar, mas jamais deter o plano final de vitória de Deus. Na manhã seguinte Gideão e seus homens chegaram a uma cidade israelita onde encontraram um grupo de homens. Em vez de se congratular com os vitoriosos, estes homens se chocaram com Gideão: Então, os homens de Efraim disseram a Gideão: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste quando foste pelejar contra os midianitas?
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Gideão tinha acabado de derrotar 85.000 soldados com
um exército de 300 e estava
sendo criticado pelos acomodados que ficaram em casa!
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Às vezes as experiências mais consternadoras, que
nos esgotam a alma e esvaziam a energia chegam não nas batalhas da vida, mas de
nossa própria família espiritual. Esperamos críticas dos inimigos, mas
somos pegos desprevenidos quando isso vem de nossos irmãos e irmãs. Gosto
de ver como Gideão reagiu a essa afronta. Ele se recusa a ser desencorajado.
No momento em que ele poderia deixar cada grama da gloriosa vitória esvair de
seu espírito, fez o oposto. Ele na verdade enalteceu os homens, dizendo, “Que
mais fiz eu, agora, do que vós?” (8:3). Gideão então enumerou as antigas
vitórias daqueles homens contra grandes inimigos.
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Aqui está um
grande perigo a distração. É tão fácil gastar energia em guerra com a família e
perder o foco da missão ordenada por nosso Deus.
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Gosto
do que as escrituras dizem que aconteceu a seguir 8:4: “Vindo Gideão ao
Jordão, passou”. Ele deixou a briga para trás e continuou
em frente. Que lição para nós: quando resistimos às distrações de
guerras menores, estamos verdadeiramente desenvolvendo nossa missão.
3. A graça pela vitória é estendida aos cansados. O que mais ouço diante das batalhas a ser travadas é: Agora não dá para descansar, apesar de estar cansado. O Senhor me chamou para essa luta.
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Que
dia tremendamente exaustivo havia sido para Gideão e seus homens. Tudo tinha
acontecido num período de 24 horas: a escolha gradual dos homens para o
exército, a intensa preparação para o conflito, uma batalha a noite inteira
contra 100.000 guerreiros. Na manhã seguinte Gideão teve um embate
emocional com irmão de tribo. Mas ainda assim lemos que Gideão e os
300 estavam “cansados, mas ainda perseguindo”. O seu foco estava na missão
de Deus!
·
Mas Gideão tinha mais exaustão para enfrentar. Ele e seus
homens estavam perseguindo os midianitas quando chegaram à cidade de Sucote com
muita fome. “(Gideão) disse aos homens de
Sucote: Daí, peço-vos, alguns pães para estes que me seguem, pois estão
cansados, e eu vou ao encalce... (dos) reis dos midianitas” (8:5).
O pedido de Gideão foi negado. Então Gideão
foi forçado a prosseguir exausto à cidade seguinte Penuel, mas de novo as
pessoas rejeitaram seu pedido de alimentos. Gideão reagiu dizendo “Quando eu voltar em paz, derribarei esta
torre” (8:9).
4. Deus não para deixando a vitória pela metade. Quando seguimos Jesus, não podemos nos acomodar com vitória parcial por estarmos exaustos. Deus não vai permitir isso. Depois de todos estes desapontamentos, Gideão poderia ter dito, “Pois é homens, vocês já conseguiram muito mais do que podíamos imaginar. Vivemos tudo que se poderia viver em um dia só. Por enquanto vamos voltar pra casa. Amanhã a gente começa de novo”.
· Creio que ele ouviu Deus dizendo, “Prossiga Gideão. Lute por seus filhos. Sim, Eu já predeterminei tua vitória, mas te chamo para que confie em Mim indo à frente”.·
Talvez
você esteja em um casamento tenso que você acha não vá durar nem mais um dia.
Talvez depois de toda oração por seus filhos, às coisas pareçam estar piores.
Talvez o futuro pareça desanimador. Deus está falando com você como falaria aos
300: “Quero que você disponha seu
coração e mente para guerrear um inimigo dez vezes maior do que você. Você não
consegue superar esse inimigo na sua própria força. Mas vou lhe dar algo que
teu inimigo não tem”.
Pr. Nilton Jorge - Contatos para agendas (22) 998746712 Whatsapp

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