TEXTO:
Rm 8:28
INTRODUÇÃO:
· A epístola de
Paulo aos romanos, segundo Martinho Lutero, é a principal composição do Novo
Testamento e a mais pura descrição dos ensinos contidos nos Evangelhos.
· Todos os reformadores da igreja viam
Romanos como sendo a chave divina para o entendimento de toda a Escritura, já que aqui
Paulo une todos os grandes temas da Bíblia: Pecado, Lei, julgamento, destino
humano, fé, obras, graça de Deus, justificação, eleição, o plano de salvação, a
obra de Cristo e do Espírito Santo, a esperança cristã, a natureza e vida da
igreja, o lugar do judeu e do gentio nos propósitos de Deus, a filosofia da
igreja e a história do mundo, a mensagem do Antigo Testamento, os deveres da
cidadania cristã e os princípios de retidão e moralidade pessoal.
· O capítulo 8 é a
carta magna da nossa liberdade. Aqui Paulo fala sobre as quatro liberdades
essenciais da vida cristã:
1.
LIBERTOS DO JULGAMENTO, NENHUMA
CONDENAÇÃO v. 1-4. Tanto da natureza do pecado como da Lei. Em
Adão estávamos condenados, os pecados de Adão foram imputados a todos os
homens, mas em Cristo estamos justificados. Cristo levou sobre si a nossa
culpa, morreu a nossa morte, suportou em seu corpo o nosso castigo, bebeu
sozinho o cálice da ira de Deus que deveríamos beber, satisfez as demandas da
lei em nosso lugar e nos justificou diante do trono de Deus. Por isso, estamos
livres de toda condenação. Ele pagou a nossa dívida. Ele nos justificou.
2.
LIBERTOS DA DERROTA, NENHUMA
OBRIGAÇÃO v. 5-17. Não há nenhuma obrigação com a velha
natureza. Paulo descreveu a vida em três níveis:
a)
Aqueles que não têm o Espírito v. 5-8. Eles
vivem na carne (v. 5), eles estão mortos espiritualmente (v. 6),
eles estão em guerra com Deus (v. 7), eles não podem agradar a Deus (v.
8).
b)
Aqueles que têm o Espírito v. 9-11. A
evidência da conversão é a presença do Espírito Santo habitando o crente. Seu
corpo se transforma no templo do Espirito Santo.
c)
Aqueles que o Espírito os têm v. 12-17. Não é suficiente
para nós termos o Espírito, é preciso que o Espírito Santo nos tenha.
3.
LIBERTOS DO DESENCORAJAMENTO, NENHUMA
FRUSTRAÇÃO v. 18-30. Paulo trata aqui com o problema do sofrimento e da
dor. Ele contrasta o sofrimento presente com a glória futura. Ele
menciona aqui três gemidos.
a)
Os gemidos da criação v. 18-22. Esse gemido não
é de alguém que está morrendo, mas é como o gemido de uma mulher que sofre as
dores de parto. A criação geme aguardando, a gloriosa segunda vinda de Cristo.
b)
Os gemidos da igreja v. 23-25. Nós gememos porque
embora já fomos libertos da condenação do pecado (na justificação), do poder do
pecado (na santificação) ainda não fomos libertos da presença do pecado (só o
seremos na glorificação).
c)
Os gemidos do Espírito Santo v. 26-30. Deus se importa
com você. Ele não despreza você por causa de suas fraquezas, mas o Espírito o
assiste intercedendo por você:
4.
LIBERTOS DO MEDO, NENHUMA
SEPARAÇÃO v. 31-39. A ênfase aqui é a segurança do crente. Não
precisamos temer o passado, Não precisamos temer o presente e não precisamos
temer o futuro, porque nada nem ninguém pode nos separar do amor de Deus (v.
38-39).
TRANSIÇÃO: Dentro
desse contexto sobre a liberdade que temos em Cristo é que Paulo vai falar
sobre nossa chamada com propósito.
ð O propósito de sua
vida é muito maior que sua realização pessoal, sua paz de espírito ou mesmo sua
felicidade. É muito maior que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais
ambiciosos sonhos e aspirações. Sem um propósito, a
vida é um movimento sem sentido, uma atividade sem direção. Sem um
propósito, a vida é trivial, mesquinha e inútil. Uma vida só encontra sentido
quando seus propósitos se alinham com os propósitos estabelecidos pelo criador.
· HÁ QUATROS VANTAGENS
DE UMA VIDA DIRIGIDA POR PROPÓSITOS
1.
CONHECER O PROPÓSITO DA SENTIDO A VIDA.
2.
CONHECER SEU PROPÓSITO SIMPLIFICA A VIDA.
3.
CONHECER O PROPÓSITO ESTIMULA A VIDA (Entusiasmo).
4.
CONHECER O PROPÓSITO O PREPARA PARA A ETERNIDADE.
1) DEUS NOS CHAMA COM O PROPÓSITO DE SERMOS ADORADORES.
1) DEUS NOS CHAMA COM O PROPÓSITO DE SERMOS ADORADORES.
·
A tarefa primordial da Igreja de Jesus
Cristo é celebrar o Seu Nome, adorá-Lo, cultuá-Lo. João 4.23,24.
Foi para cultuar e adorar a Deus que fomos trazidos à fé e à salvação.
O objetivo da adoração é despertar a consciência da santidade de Deus.
O verdadeiro culto, então, é medido pela transformação de quem cultua pelo fato de estar na presença de Deus. Mede-se por uma nova visão de Deus, por uma compreensão que torna a caminhada diária, a aventura do dia a dia mais profunda com Deus na nossa vida, com Cristo no nosso coração, com o Espírito Santo segurando a nossa mão. O verdadeiro culto incomoda a nossa vida e o modo como temos vivido.
O verdadeiro culto, então, é medido pela transformação de quem cultua pelo fato de estar na presença de Deus. Mede-se por uma nova visão de Deus, por uma compreensão que torna a caminhada diária, a aventura do dia a dia mais profunda com Deus na nossa vida, com Cristo no nosso coração, com o Espírito Santo segurando a nossa mão. O verdadeiro culto incomoda a nossa vida e o modo como temos vivido.
·
Em primeiro lugar, a adoração não é
centrada em lugares sagrados. Não é o lugar que autentica a adoração,
mas a atitude do adorador.
· Em
segundo lugar, a adoração não pode ser sem entendimento.
O verdadeiro culto a Deus é racional. Havia em Samaria uma liturgia desprovida
de entendimento.
·
Em terceiro lugar, a adoração não pode ser
descentralizada da pessoa de Deus. Os Judeus adoravam porque
conheciam a Deus de verdade. Nossa adoração será vazia se Cristo não for o seu
centro. O culto não é para agradar os homens. A música não é para entreter. A
verdadeira música vem do céu e é endereçada ao céu.
2)
DEUS NOS CHAMA COM O PROPÓSITO DE SERMOS ANUNCIADORES.
ð Roma, a cidade eterna, como era designada, era uma
cidade voltada ao prazer a qualquer preço. Basta lembrar uma das frases de
Júlio César, no tocante a isso. Dizia ele: “Quero
ser o homem de todas as mulheres, e a mulher de todos os homens”. Quão
difícil era viver como cristão em meio a tais circunstâncias. Eis ai a necessidade do Evangelho.
ð Após introduzir sua carta de maneira admirável e mostrar um interesse
genuíno pelos Romanos, Paulo declara
o tema principal da sua carta: o Evangelho. Nestes dezessete versículos
do primeiro capítulo, Paulo menciona
cinco vezes este tema (1: 1, 9,
14, 16 e 17).
a)
A declaração de Paulo
é ousada e destemida, pois, escreve para a capital do império, contrariando
todo o conceito adotado pelo império Romano sobre a crucificação dos seus réus
condenados. A cruz era um símbolo de
vergonha, porque somente os mais baixos, vis e desprezíveis é que
tinham esta forma de morte. Ser um pregador da cruz significaria ser um
pregador de algo baixo, vil e desprezível. O próprio Paulo afirma aos
Coríntios que a pregação da cruz era escândalo para os judeus e loucura para os
gentios, mas Paulo diz: “Pois a mensagem
da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo
salvos é o poder de Deus”.
b)
A cruz foi o púlpito de onde o Evangelho foi pregado e Paulo não se
envergonhava disto.
3) DEUS NOS CHAMA PARA QUE SEJAMOS FACILITADORES.
·
Um cristão facilitador ele não anda embaraçado. Paulo
conclui este capítulo magistral fazendo cinco perguntas:
1. Se
Deus é por nós, quem será contra nós?
Deus é por nós como protetor (v. 31), como provedor (v. 32) e como
justificador (v. 33). Se Deus é por nós, todos os inimigos estão derrotados.
Você e Deus são maioria.
2. Aquele
que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura
não nos dará graciosamente com ele todas as cousas?
O argumento aqui é do maior para o menor. Se quando éramos pecadores, Deus nos
deu o seu Filho, agora que somos filhos ele porventura nos abandonaria?
3. Quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus?
Nenhuma
acusação poderá ser levada em conta se Jesus Cristo, nosso advogado, nos
defende e se Deus, o juiz, já nos declarou justificados.
4. Quem
os condenará? Às vezes nosso coração
nos acusa. O mesmo faz os nossos críticos e inimigos. Todos os demônios do
inferno nos acusam. Porém sua condenação não tem sentido. Por que? Por causa de
Jesus Cristo: Paulo fala quatro coisas sobre ele: ele
morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós.
5. Quem
nos separará do amor de Cristo?
É possível que tenhamos que enfrentar agruras na vida, passar por vales escuros
e trilhas estreitas. É possível que a pobreza nos atinja, a fome nos alcance,
as perseguições nos firam, mas em vez de derrota, somos mais que vencedores.
Nem as agruras da morte, nem os problemas da vida, nem os poderes
sobre-humanos, nem o tempo, nem o espaço, nem qualquer outra criatura poderá
nos separar do amor de Deus que está em Cristo. Amém!
Precisamos
de facilitadores do caminho.
Como
Os quatros amigos do paralitico de Cafarnaum.
Como
Barnabé que não desistiu de Paulo e Marcos.
Como
os carregadores de Pedra da Aldeia de Betânia.
CONCLUSÃO
Esse sermão não tem
conclusão, tem um apelo.
CONCLUSÃO
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