segunda-feira, 23 de março de 2020

CHAMADOS PARA UMA VIDA COM PROPÓSITO

TEXTO: Rm 8:28
INTRODUÇÃO:
·      A epístola de Paulo aos romanos, segundo Martinho Lutero, é a principal composição do Novo Testamento e a mais pura descrição dos ensinos contidos nos Evangelhos.
·      Todos os reformadores da igreja viam Romanos como sendo a chave divina para o entendimento de toda a Escritura, já que aqui Paulo une todos os grandes temas da Bíblia: Pecado, Lei, julgamento, destino humano, fé, obras, graça de Deus, justificação, eleição, o plano de salvação, a obra de Cristo e do Espírito Santo, a esperança cristã, a natureza e vida da igreja, o lugar do judeu e do gentio nos propósitos de Deus, a filosofia da igreja e a história do mundo, a mensagem do Antigo Testamento, os deveres da cidadania cristã e os princípios de retidão e moralidade pessoal.
·      O capítulo 8 é a carta magna da nossa liberdade. Aqui Paulo fala sobre as quatro liberdades essenciais da vida cristã:

1.    LIBERTOS DO JULGAMENTO, NENHUMA CONDENAÇÃO v. 1-4. Tanto da natureza do pecado como da Lei. Em Adão estávamos condenados, os pecados de Adão foram imputados a todos os homens, mas em Cristo estamos justificados. Cristo levou sobre si a nossa culpa, morreu a nossa morte, suportou em seu corpo o nosso castigo, bebeu sozinho o cálice da ira de Deus que deveríamos beber, satisfez as demandas da lei em nosso lugar e nos justificou diante do trono de Deus. Por isso, estamos livres de toda condenação. Ele pagou a nossa dívida. Ele nos justificou.
2.    LIBERTOS DA DERROTA, NENHUMA OBRIGAÇÃO v. 5-17. Não há nenhuma obrigação com a velha natureza. Paulo descreveu a vida em três níveis:
a)   Aqueles que não têm o Espírito v. 5-8. Eles vivem na carne (v. 5), eles estão mortos espiritualmente (v. 6), eles estão em guerra com Deus (v. 7), eles não podem agradar a Deus (v. 8).
b)   Aqueles que têm o Espírito v. 9-11. A evidência da conversão é a presença do Espírito Santo habitando o crente. Seu corpo se transforma no templo do Espirito Santo.
c)    Aqueles que o Espírito os têm v. 12-17. Não é suficiente para nós termos o Espírito, é preciso que o Espírito Santo nos tenha.
3.    LIBERTOS DO DESENCORAJAMENTO, NENHUMA FRUSTRAÇÃO v. 18-30. Paulo trata aqui com o problema do sofrimento e da dor. Ele contrasta o sofrimento presente com a glória futura. Ele menciona aqui três gemidos.
a)   Os gemidos da criação v. 18-22. Esse gemido não é de alguém que está morrendo, mas é como o gemido de uma mulher que sofre as dores de parto. A criação geme aguardando, a gloriosa segunda vinda de Cristo.
b)   Os gemidos da igreja v. 23-25. Nós gememos porque embora já fomos libertos da condenação do pecado (na justificação), do poder do pecado (na santificação) ainda não fomos libertos da presença do pecado (só o seremos na glorificação).
c)    Os gemidos do Espírito Santo v. 26-30. Deus se importa com você. Ele não despreza você por causa de suas fraquezas, mas o Espírito o assiste intercedendo por você:
4.    LIBERTOS DO MEDO, NENHUMA SEPARAÇÃO v. 31-39. A ênfase aqui é a segurança do crente. Não precisamos temer o passado, Não precisamos temer o presente e não precisamos temer o futuro, porque nada nem ninguém pode nos separar do amor de Deus (v. 38-39).

TRANSIÇÃO: Dentro desse contexto sobre a liberdade que temos em Cristo é que Paulo vai falar sobre nossa chamada com propósito.
ð O propósito de sua vida é muito maior que sua realização pessoal, sua paz de espírito ou mesmo sua felicidade. É muito maior que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais ambiciosos sonhos e aspirações. Sem um propósito, a vida é um movimento sem sentido, uma atividade sem direção. Sem um propósito, a vida é trivial, mesquinha e inútil. Uma vida só encontra sentido quando seus propósitos se alinham com os propósitos estabelecidos pelo criador.

· HÁ QUATROS VANTAGENS DE UMA VIDA DIRIGIDA POR PROPÓSITOS

1.    CONHECER O PROPÓSITO DA SENTIDO A VIDA.
2.    CONHECER SEU PROPÓSITO SIMPLIFICA A VIDA. 
3.    CONHECER O PROPÓSITO ESTIMULA A VIDA (Entusiasmo).
4.    CONHECER O PROPÓSITO O PREPARA PARA A ETERNIDADE.

1) DEUS NOS CHAMA COM O PROPÓSITO DE SERMOS ADORADORES.

·      A tarefa primordial da Igreja de Jesus Cristo é celebrar o Seu Nome, adorá-Lo, cultuá-Lo. João 4.23,24. Foi para cultuar e adorar a Deus que fomos trazidos à fé e à salvação. O objetivo da adoração é despertar a consciência da santidade de Deus.
O verdadeiro culto, então, é medido pela transformação de quem cultua pelo fato de estar na presença de Deus. Mede-se por uma nova visão de Deus, por uma compreensão que torna a caminhada diária, a aventura do dia a dia mais profunda com Deus na nossa vida, com Cristo no nosso coração, com o Espírito Santo segurando a nossa mão. O verdadeiro culto incomoda a nossa vida e o modo como temos vivido.
·      Em primeiro lugar, a adoração não é centrada em lugares sagrados. Não é o lugar que autentica a adoração, mas a atitude do adorador.
·      Em segundo lugar, a adoração não pode ser sem entendimento. O verdadeiro culto a Deus é racional. Havia em Samaria uma liturgia desprovida de entendimento.
·      Em terceiro lugar, a adoração não pode ser descentralizada da pessoa de Deus. Os Judeus adoravam porque conheciam a Deus de verdade. Nossa adoração será vazia se Cristo não for o seu centro. O culto não é para agradar os homens. A música não é para entreter. A verdadeira música vem do céu e é endereçada ao céu.

2) DEUS NOS CHAMA COM O PROPÓSITO DE SERMOS ANUNCIADORES.

ð Roma, a cidade eterna, como era designada, era uma cidade voltada ao prazer a qualquer preço. Basta lembrar uma das frases de Júlio César, no tocante a isso. Dizia ele: “Quero ser o homem de todas as mulheres, e a mulher de todos os homens”. Quão difícil era viver como cristão em meio a tais circunstâncias. Eis ai a necessidade do Evangelho.
ð Após introduzir sua carta de maneira admirável e mostrar um interesse genuíno pelos Romanos, Paulo declara o tema principal da sua carta: o Evangelho. Nestes dezessete versículos do primeiro capítulo, Paulo menciona cinco vezes este tema (1: 1, 9, 14, 16 e 17).
a)   A declaração de Paulo é ousada e destemida, pois, escreve para a capital do império, contrariando todo o conceito adotado pelo império Romano sobre a crucificação dos seus réus condenados. A cruz era um símbolo de vergonha, porque somente os mais baixos, vis e desprezíveis é que tinham esta forma de morte. Ser um pregador da cruz significaria ser um pregador de algo baixo, vil e desprezível. O próprio Paulo afirma aos Coríntios que a pregação da cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas Paulo diz: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos é o poder de Deus”. 
b)   A cruz foi o púlpito de onde o Evangelho foi pregado e Paulo não se envergonhava disto.

3) DEUS NOS CHAMA PARA QUE SEJAMOS FACILITADORES.

·      Um cristão facilitador ele não anda embaraçado. Paulo conclui este capítulo magistral fazendo cinco perguntas:
1.    Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus é por nós como protetor (v. 31), como provedor (v. 32) e como justificador (v. 33). Se Deus é por nós, todos os inimigos estão derrotados. Você e Deus são maioria.
2.    Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas? O argumento aqui é do maior para o menor. Se quando éramos pecadores, Deus nos deu o seu Filho, agora que somos filhos ele porventura nos abandonaria?
3.    Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Nenhuma acusação poderá ser levada em conta se Jesus Cristo, nosso advogado, nos defende e se Deus, o juiz, já nos declarou justificados.
4.    Quem os condenará? Às vezes nosso coração nos acusa. O mesmo faz os nossos críticos e inimigos. Todos os demônios do inferno nos acusam. Porém sua condenação não tem sentido. Por que? Por causa de Jesus Cristo: Paulo fala quatro coisas sobre ele: ele morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós.
5.    Quem nos separará do amor de Cristo? É possível que tenhamos que enfrentar agruras na vida, passar por vales escuros e trilhas estreitas. É possível que a pobreza nos atinja, a fome nos alcance, as perseguições nos firam, mas em vez de derrota, somos mais que vencedores. Nem as agruras da morte, nem os problemas da vida, nem os poderes sobre-humanos, nem o tempo, nem o espaço, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo. Amém!

Precisamos de facilitadores do caminho.
Como Os quatros amigos do paralitico de Cafarnaum.
Como Barnabé que não desistiu de Paulo e Marcos.
Como os carregadores de Pedra da Aldeia de Betânia.

CONCLUSÃO

Esse sermão não tem conclusão, tem um apelo. 

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