sábado, 13 de abril de 2019

O PAI NOSSO (Série "O Sermão da Montanha")


TEXTO: Mt 6:9
INTRODUÇÃO:

ð Vós, porém, orareis assim: Pai Nosso... Sem Jesus, não sabemos verdadeiramente o que é um Pai.
ð Dentro deste texto Jesus falou sobre três observações sobre a oração:
1. Quando forem orar não sejam como os hipócritas.
2. Quando forem orar, não façam da oração uma reza.
3. Quando forem orar façam isso em comunhão com Deus. (O pai nosso não é um mantra)

·      Orar não é simplesmente recitar algumas palavras. As palavras são apenas a armação de concreto sobre a qual a casa do pensamento é edificada.
O poder do Pai Nosso reside não nas palavras, mas sim na configuração mental que gera em nós.
·      PAI NOSSO - A ORAÇÃO MODELO.
As primeiras três petições são dirigidas a Deus e Sua glória;
As três seguintes se referem as nossas necessidades. Inicia dando a Deus o lugar supremo que a Ele corresponde, e depois, e só depois, nos voltamos para nos e nossas necessidades. (Só quando se dá a Deus o lugar que Lhe corresponde, todo o demais passa a ocupar o lugar que lhe corresponde).
·      A oração não deve ser nunca um intento de forçar a vontade de Deus a nossos desejos, mas sempre um intento de submeter nossa vontade a vontade de Deus.
A segunda parte da oração, que trata de nossas necessidades, tem uma unidade preciosamente encaixada. Trata das três necessidades básicas do ser humano, e as três esferas do tempo em que se move.
Primeiro, pede pão, o que necessita para se manter a vida, e desta maneira apresenta as necessidades do presente ante o trono de Deus.
Segundo, pede perdão, e assim traz o passado a presença de Deus.
E terceiro, pede ajuda na tentação, e deixa assim o futuro nas mãos de Deus. Estas três breves petições nos ensina a depositar o passado, o presente e o futuro nas mãos e na graça de Deus.

·      Uma oração que apresenta-nos a ajuda da trindade. Esta oração não se limita a apresentar a Deus a to­talidade da vida; também é uma oração que traz a totali­dade de Deus às nossas vidas. Quando pedimos pão para nosso sustento, esta petição dirige nosso pensa­mento imediatamente a Deus o Pai, Criador e Mantenedor de toda vida. Quando pedimos perdão, este pedido dirige o pensamento imediatamente a Deus o Filho, Jesus Cris­to nosso Salvador e Redentor. E quando pedimos ajuda nas tentações futuras, este pedido se dirige imediatamente nosso pensamento a Deus e ao Espírito Santo, o Consolador, Iluminador, Guia e Guardião de nossas almas.

ð O Pai Nosso é um modelo quanto ao conteúdo, mas não necessariamente com respeito à forma. O contexto indica que esta oração se apresenta como um modelo que contrastasse com as vãs repetições e o palavreado das rezas pagãs, características que tinham sido adotadas pelos fariseus. Aos cidadãos de seu reino, Cristo disse: Não sejais semelhantes a eles... Vocês, pois, orareis assim. Versos 8 e 9. 
ð PAI NOSSO – Jesus nos lembrou que nosso relacionamento com Deus pode ser como o de um filho com seu pai; ressalvou também que esse Pai não é só meu, mas nosso, convidando-me a enxergar os outros como irmãos.
ð Quando Ele afirma que o Pai nosso está nos céus, introduz a perspectiva de que existem céus

ESPECULAÇÕES E FANTASIAS SOBRE O CÉU
1. Lugar invisível onde habitam os espíritos dos mortos.
2. Lugar onde habitam os justos após a morte.
3. A terra já é o céu e Cristo habita entre nós.

Maomé cria em sete céus:
1. De prata onde habitam os que morrem.
2. De ouro para onde são transferidos.
3. De diamante.
4. De Esmeralda.
5. De Adama.
6. De carbúnculo, pedra preciosa vermelha viva.
7. De Luz gloriosa após jornadas de purificação.
Jesus na oração do Senhor nos ensinou: Pai nosso que estás nos céus.

II Coríntios 12: 2 a 4  - Hebreus 4: 14.
Existem três céus: O atmosférico, o sideral e o terceiro onde há habitação de Deus.

I - O CÉU ATMOSFÉRICO. Gênesis 1: 6 a 8

A atmosfera é um invólucro gasoso que circunda a terra, sem a qual a vida seria impossível.
Etimologicamente o termo atmosfera vem do grego. atmos sphara - esfera de vapor. Mais de vinte elementos entram em sua composição, sendo muitos deles considerados contaminantes.
Os principais são: nitrogênio 78,03% e o oxigênio 20,99%, que constituem quase a totalidade da mistura. O restante é formado por gás carbônico, argônio, metano, ozônio, e os gases inertes ou raros, a saber: neônio, criptônio, hélio e xenônio, alem de gases sulfurosos e sulfídricos, hidrocarbonetos, ex.: iodo, que leva o ar das praias e estraga alguns metais.
O oxigênio é o elemento mais importante do ar, o qual depende a existência de grande parte dos seres vivos inclusive o homem. O ar vai penetrando nos pulmões, e o oxigênio é separado dos outros gases, absorvido pelos glóbulos vermelhos do sangue e distribuído no organismo.
Um homem respira em media por dia 12 metros cúbicos de ar. O nitrogênio que é inspirado pelos homens não sofre alteração ao ser expirado, já os animais ao expirarem, restituem a atmosfera dióxido de carbono, e em todas estas etapas constituem um processo biológico fundamental. Compõe o chamado ciclo do carbono, que e um dos fatores mais importantes para a manutenção e composição do ar.
O ozônio concentrado numa tênue camada ao redor da terra, a cerca de 48 km de altitude, desempenha papel importante. Aspirada em grande quantidade é um veneno. Se o ar fosse comprimido entre 20 e 50 km de altitude bastaria para envenenar todo o ar do planeta. Essa camada é de vital importância à absorção das radiações ultravioletas provenientes do sol, sem o total bloqueio, da camada deste gás a humanidade morreria queimada.
A cor do céu deve-se ao ar. A luz solar visível compõe-se de uma gama de radiação que corresponde ao arco-íris: do violeta ao vermelho.

A atmosfera é composta por três camadas básicas:
TROPOSFERA - ESTRATOSFERA - IONOSFERA.

Última camada atmosférica, dividida em três partes:                                                   
1. Mesosfera -
2. Termosfera -
3. Esfera
Isaías 55: 10.

II - O CÉU SIDERAL. Salmo 8: 3 a 5. A terra que parece muito grande, na realidade é bem menor que o sol. O diâmetro da terra é de 12.000 km, ao passo que o sol mede aproximadamente 1.300.000 km. O sol é tão grande que requereriam 1.300 mundos do tamanho do nosso para fazer o seu tamanho. Ele anda a velocidade de 16 km por segundo na direção de uma estrela chamada Vega, levando consigo sua família de planetas e cerca de 1.200 asteróides.

A VELOCIDADE DOS RAIOS DO SOL. Leva oito minutos para que os raios do sol cheguem à terra na velocidade de 300.000 km por segundo. Suponhamos que iniciássemos nossa jornada pelo sol, viajando na velocidade de seus raios 300.000 km por segundo, chegaríamos a Mercúrio, cujos anos são muito curtos, consistindo em apenas 88 dias de nosso tempo; mais três minutos estaríamos em Vênus, que não possui satélites, seu diâmetro é do tamanho da terra; mais dois minutos, estaríamos na Terra, planeta azul e habitado por nós humanos; mais quatro minutos e estaríamos em Marte, seu diâmetro é um pouco menor do que a terra. Tem dois satélites, ou luas; e seguindo mais trinta minutos chegaremos a Júpiter que é 1.312 vezes maior do que a terra e tem 11 luas, é o maior dos planetas de nosso sistema; e em mais 37 minutos estaremos em Saturno, que é 714 vezes maior do que a terra possuí ao seu redor três enormes anéis que o circundam, formado por bilhões de pequenas luas; e em mais 75 minutos de viagem estaremos em Urano, que e 60 vezes maior do que a terra e possui 4 luas; com mais 90 minutos chegaremos a Netuno, que como a Terra possui uma lua; e finalmente com mais 75 minutos chegaremos ao último planeta de nosso sistema solar que e Plutão, uma viagem que levou 8 horas e meia, na velocidade dos raios do sol.
Tudo se move e anda de acordo com leis previamente estabelecidas, o salmista exclama em louvor: Os céus contam a glória de Deus, e o firmamento proclama a obra de suas mãos. Salmo 19: 1.

A VIA LÁCTEA. A que pertence o nosso sistema solar. Segundo os astrônomos possui cerca de 40 bilhões de sóis, e supondo que cada sol possui em media nove planetas, revolvendo em torno de si, isto significa que sistema solar possuísse nove planetas em média, na Via Láctea poderia haver 360 bilhões de planetas, além dos sóis, perfazendo um total de 400 bilhões de corpos celestes, de tamanho, cor e composições diferentes.
Se fossemos viajar a velocidade da luz de um extremo ao outro da via láctea, em seu cumprimento, levaríamos 300.000 anos de viagem ininterrupta, e em sua largura levaríamos cerca de 30.000 anos.
Os astrônomos crêem que existem cerca de 200 bilhões de galáxias, também chamadas de ilhas do Universo, ou Nebulosas, e algo muito grande para a nossa compreensão. E o salmista admirado exclama a grandeza do Criador. Ele conta o número das estrelas, e chama cada uma por seu nome. Nosso Senhor é grande e onipotente e sua inteligência é incalculável. Salmo 147: 4 e 5. Isaías 40: 15 a 18.

III. O TERCEIRO CÉU: HABITAÇÃO DE DEUS. Efésios 1: 20 I Reis 8: 26.
Isaías 33: 17.

PAI QUE ESTÁ NO CÉU
Bem se poderia dizer que a palavra Pai aplicada a Deus é um resumo breve da fé cristã. O grande valor desta palavra Pai está em que se estabelece todas as relações des­ta vida.

1. Estabelece nossa relação com o mundo invisível. Um dos maiores desafios que o Cristianismo traz a mente e aos corações dos pagãos é a certeza de que há um só Deus. O paganismo vive em um mundo infestado de deuses. A oração do Pai nosso nos ensina sobre a Soberania de Deus, só Deus é Deus, todo resto é criação.
2. Estabelece nossa relação com o mundo visível, este mundo de espaço e de tempo em que vivemos. É fácil pensar que este mundo é hostil. Tem circunstâncias e eventualidades na vida; existem leis duras do universo que que­bramos a nosso gosto; o sofrimento e morte; mas, se podemos estar seguros de que atrás deste mundo existe, não um deus caprichoso, zeloso, e zombador, mas um Deus cujo nome é Pai.
3. Se cremos que Deus é Pai, isto estabelece nossa relação com nossos semelhantes. A Oração do Senhor não nos ensina a dizer Meu Pai, ensina-nos a dizer Pai nosso. A paternidade de Deus é a única base para a fraternidade humana.
4. Se crermos que Deus é Pai, isto estabelece nossa relação conosco mesmos. Há pessoas que se despreza e se odeia a si mesmo, se reconhece como a criatura mais mi­serável que existe sobre a terra. O coração conhece sua própria amargura, e ninguém conhece a indignidade de uma pessoa melhor que ela mesma. Ele é o modelo de Pai.
5. Se crermos que Deus é Pai, isto estabelece nossa relação com Deus. Não é que isto exclua Sua santidade, majestade e poder. Isto não faz de Deus um ser menor; mas nos faz acessíveis a esta santidade, majestade, e poder.

Há uma antiga história romana que nos fala de um imperador que estava entrando em Roma em triunfo. Tinha o privilégio, que Roma concedia a seus grandes heróis, de fazer marchar suas tropas pelas ruas de Roma, com todos os troféus e prisioneiros que havia capturado. O imperador a desfilando com suas tropas. As multidões, alinhadas em todas as ruas, aclamavam a vitória. Os corpulentos legionários se alinhavam em marcha pelas avenidas para manter em seu lugar os que aplaudiam. Em certo ponto da rota triunfal havia uma plataforma em que estavam sentadas a imperatriz e sua família, para ver o imperador passar com toda sua glória de seu triunfo. Na plata­forma, com sua mãe estava o filho menor do imperador, um garotinho. Quando se aproximou o imperador, o menino saltou da plataforma, abriu o passo ante a multidão, apressou-se entre as pernas dos legionários e chegou ao centro da avenida ao encontro do carro de seu pai. Um legionário se inclinou e deteve o menino, tomando-o em seus braços: Não pode fazer isto, lhe disse. Você não sabe quem vem neste carro? É o imperador! Não podes se dirigir a ele. O menino respondeu rindo: Pode ser que para você seja teu imperador, ele disse, mas para mim é meu pai. Este é exatamente o sentido do cristão para com Deus.

A ORAÇÃO PELA REVERÊNCIA Santificado seja Tu nome.

ð Há alguma palavra em português que queira dizer dar a Deus um lugar único e soberano que requer Sua natureza e caráter? A palavra é: reverência. 

Em toda autêntica reverência de Deus há quatro elementos essenciais:

1. A fim de reverenciar a Deus, devemos crer que Deus existe. Não podemos reverenciar alguém que não exista; de­vemos começar por estar seguros da existência de Deus. Para a Bíblia, Deus é um axioma. Um axioma é um fato auto evidente que não necessita demonstração, é a base para todas as outras provas.
ð Quando olhamos o mundo vemos uma máquina imensa que funciona com ordem. O Sol sai e se põe em uma sucessão invariável. As marés têm seu avanço e reflux
2. Antes de reverenciar a Deus temos que crer, não somente que Deus existe, mas saber como é Deus. Não se pode sentir reverência pelos deuses gregos, com suas reações, zelos, rivalidades, ódios, adultérios, e trapaças. Deus que Jesus Cristo nos veio revelar tem três grandes qualidades. Ele é Santo; Justo, e é amor. Devemos reverenciar Deus, não só porque existe, mas por ser o Deus Que sabemos que é.
3. Pode ser que uma pessoa creia que existe Deus; e que está intelectualmente convencida de que Deus é santo, justo e amoroso; e pode reverenciá-lo. Porque para ter reverência é necessário ter consciência permanen­te de Deus. Reverenciar a Deus é viver em um mundo que está viva a presença de Deus, uma vida que se sucede em Sua presença. Esta consciência não se limita à igreja, nem aos chamados luga­res santos; tem que ser uma consciência que nos acompanha sempre e em todas as partes.
Salmo 139:1 a 12. Reverência quer dizer a consciência constante da presença de Deus.
4. Todavia nos falta outro ingrediente da reverência. Temos que crer que Deus existe; temos que saber que classe de Deus é; devemos ser sempre conscientes da presença de Deus. Pode uma pessoa ter tudo isto, e não ter reverência. A tudo isto está implícito a obediência e a submissão a Deus. Reverência é conhecimento somado à submissão. Lutero perguntava em seu catecismo: Como é santificado o nome de Deus entre nós? E sua resposta era: Quando tanto nossa vida como nossa doutrina são verdadeiramente cristãs. É dizer: Quando nosso convencimento intelec­tual e todas nossas ações estão perfeitamente submetidas à vontade de Deus.

A oração, conforme registrada em Mateus 6: 9 a 13, é composta de sete petições:
1. Santificado seja Teu nome.
2. Venha o Teu reino.
3. Faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu.
4. O pão nosso de cada dia dá-­nos hoje.
5. Perdoa-nos as nossas dívidas.
6. Não nos deixes cair em ten­tação.
7. Livra-nos do mal.


CONCLUSÃO:
A verdadeira oração sempre começa com Deus e a adoração de Sua Pessoa. Temos aqui uma lição. Jamais devemos começar a orar preocupados com nós mesmos.
Somente depois de nos dirigir a Deus e a Seus interesses é que a oração passa para as petições referentes às necessidades humanas. Jesus volta a por o foco da oração em Deus, onde ela deveria estar, já que Ele é a fonte de tudo quanto existe. Salmo 20: 7. 

Contatos com Pr. Nilton Jorge
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Um comentário:

  1. paz do Senhor pastor. seus sermões tem abençoado muito minha vida

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Os comentários serão lidos pelo autor, só serão respondidos os de grande relevancia teológica, desde já agradeço pela visita.