A DIFÍCIL ARTE DE SER PASTOR
“Eu sou o bom pastor. O bom
pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo.10:11)
Ninguém mais ousou asseverar estas
palavras de Jesus. Somente Ele, com sua relação íntima e especial com o Pai
ousou assumir o papel de pastor, não somente um pastor, mas “o bom pastor”.
Creio que temos algumas razões práticas e realistas para jamais nos arrogar a
ostentação de ser “o bom pastor”.
1- Não há espaço para mais
um bom pastor.
Jesus foi enfático ao dizer, “Eu sou o bom pastor”.
Ele não disse ser um dos bons pastores que surgiriam após ele. Ele deixa claro
que o único bom pastor é ele. Antes dele, durante seu ministério e depois dele
jamais haverá um outro bom pastor. Ele é o único. Todos os pastores ordenados,
consagrados ou ungidos para função de pastorear a Igreja dele, terão que se
contentar em saber que serão apenas canais dele. Todo aquele que se arroga a
dizer que é um bom pastor, está na verdade se posicionando ao lado de Cristo e
tentando tira-lo do lugar único dele. Todos devem se sentir feliz em ser
chamado para pastorear o rebanho de Jesus e contentar em ser apenas pastor.
Afinal, bom só Ele.
2- Pastor não dá a vida pelas
ovelhas.
Esta atitude foi exclusiva de Jesus como o bom pastor. “o
bom pastor dá a vida...” Jesus doou totalmente a sua vida
pelas ovelhas. Jesus jamais cobrou que seus simples pastores dêem suas
vidas pelas ovelhas como ele doou. Esse
peso Jesus não colocou sobre os ombros de mortais pastores, ele sabe que nenhum
pastor poderia realizar. Jesus requer que seus pastores se doem em amor, se
desgastem em prol de suas ovelhas, que as defendam contra os lobos e falsos
pastores. O que passar disso é cobrança que vem de outro lugar, menos do céu.
3- Pastorear é uma arte difícil,
mas prazerosa.
Pastorear implica cuidar de um rebanho que possui uma vasta
diversidade de ovelhas. Ovelhas simples e complicadas, humildes e soberbas,
submissas e rebeldes. Todas são ovelhas do mesmo aprisco e, portanto precisam
ser pastoreadas. Ser pastor de ovelhas humildes e simples é mais fácil, difícil
é pastorear ovelhas exigentes, chatas e até rebeldes. Pensando nisto, encontrei
em meus arquivos um escrito nada atraente, mas real, que mostra como é difícil
ser o pastor ideal para estas classes de ovelhas.
“Se o pastor ora muito é um fariseu. Se não ora é um herege.
Se dá atenção a
família é um dividido. Se não da atenção
é um irresponsável.
Se prega de gravata
é um conservador. Se não prega com gravata é um liberal.
Se prega muito é
prolixo. Se prega pouco é um vazio.
Se conta piada é um
irreverente. Se fala sério é um carrancudo.
Se é idoso é um
ultrapassado. Se é jovem é um moleque.
Se é culto é um
esnobe. Se tem pouca cultura é um “pica-fumo”.
Se é casado, sai
muito caro. Se é solteiro é inexperiente.
Se é amigável é
vulgar. Se é seco é mal educado.
Se é teólogo é um
E.T. Se não é teólogo é um evangelista.
Se é presidente do
presbitério é o Papa. Se não é, é um incompetente.
Se é pastor de igreja grande é
um lobo. Se é pastor de igreja pequena é um Pé de Chinelo”.
O eterno consolo, bem como a fonte
motivacional de todo aquele que foi chamado para pastorear, de forma oficial ou
de forma leiga, é que todo pastor também é ovelha do “o bom pastor”
Jesus. Nele, todo pastor-ovelha tem instrução, alimento, poder e graça para
distribuir ao rebanho. Permaneçamos nele e teremos vida em abundância.
Com muito temor e tremor:
Pr. Nilton Jorge. (041) 95829892.
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