sexta-feira, 3 de maio de 2019

TESOUROS ACORRENTAMENTO DE ALMAS (Série "O Sermão da Montanha")


TEXTO: Mt 6:19-24; Lc 10:30-35; Lc 11:37-41
INTRODUÇÃO:

·      Em Mateus 6:19 a 24 Jesus nos apresenta três conjuntos de antíteses: a Terra versus o Céu, versos 19 a 21, as trevas versus a luz, ver­sos 22 e 23 e o dinheiro versus Deus, verso 24.
·      A primeira an­títese nos apresenta dois tesouros; a segunda, dois olhos; e a terceira, dois senhores. As três tratam de alvos e prioridades. Todas tratam da matéria-prima da vida cotidiana. As três tratam do Céu e do mundo.
·      A acumulação de bens terrenos geralmente se deve ao desejo de ter segurança no futuro e reflete temor e incerteza. Jesus indica aos que querem ser cidadãos de seu reino que a posse de riquezas materiais é um motivo de ansiedade mais do que um meio de liberar-se dela. O cristão não se angústia pelas necessidades materiais da vida porque confia em que Deus as conhece e lhe dará o que lhe faça falta. Versos 31 a 34. Como destaca Paulo, isto não significa que o cristão será indolente ante suas próprias necessidades e as de sua família. I Tss 4:11 Empenhai a vossa honra em levar vida tranqüila, ocupar-vos dos vossos negócios, e trabalhar com vossas mãos conforme as nossas diretrizes.
·      Pv 10:22: É a bênção de Iahweh que enriquece, e nada ajunta a fadiga.
·      Alguns pensam que as riquezas dependem só da habilidade e a diligência. Outros crêem que resultam da boa fortuna. Mas não pode ter riqueza verdadeira nem duradoura sem a bênção do Senhor. A riqueza não pode multiplicar-se sem a cooperação de Deus, e os tesouros acumulados se desvanecem quando Deus não adiciona sua bênção. Ageu 1:5 a 9; Malaquias 3:8 a12.
·      A palavra grega thêsaurós pode significar o lugar onde o tesouro é guardado, numa caixa ou cofre onde o tesouro é depositado.

·      Jesus destaca em Mateus 6:19 e 20 a transitoriedade da vida. Ao fazê-­lo, tece comentários sobre as três grandes fontes de riqueza da Palestina.

a)   Ele nos diz para não colocarmos nossa confiança em coi­sas que a traça pode destruir. Na antiga Palestina, a riqueza de uma pessoa consistia muitas vezes em roupas caras. Assim, quando Geazi, ser­vo de Eliseu, quis tirar proveito de Naamã, depois que este ficou cura­do da lepra, pediu-lhe um talento de prata e duas mudas de roupa, II Reis 5:22. E uma das coisas que tentou Acã foi um belo manto babi­lônico, Josué 7:21. Jesus, porém, nos adverte de que essas coi­sas não possuem segurança em si mesmas, pois a traça as devora ainda que estejam bem guardadas.

b)   Ele nos adverte a evitar as coisas capazes de ser destruí­das pela ferrugem ou pelos vermes, Mateus 6:19. A riqueza pode ser cor­roída pela ferrugem e pelos vermes, ou mesmo pelos ratos e ratazanas. As pestes destes últimos, no mundo antigo, tornavam o alimento ar­mazenado uma fonte duvidosa de riqueza a longo prazo.

c)    Terceiro, Jesus sugere que, se a traça, a ferrugem e outras coisas não se apoderam de sua riqueza, os ladrões o fazem. O roubo era um pro­blema constante na Palestina, onde as paredes da maioria das casas eram feitas de barro cozido. O arrombador tinha apenas que escavar através da parede. Imagine a surpresa do dono da casa ao voltar e en­contrar não apenas uma abertura extra na parede, mas dar pela falta de suas economias.

ð Assim é que Jesus nos adverte da fragilidade de três classes de prazeres e possessões.

1.  Adverte-nos da brevidade dos prazeres que se desgastam e passam a ser inúteis como a roupa velha. Os trajes e vestidos mais luxuosos, com ou sem carunchos, acabam por desintegrar-se. Todos os prazeres puramente físicos tem a característica de desgastar-se. Cada vez que se desfruta, satis­fazem menos que a vez anterior. Necessita-se mais para produzir o mesmo efeito. São como as drogas, que perdem seu efeito inicial e se tornam cada vez menos efetivas. Uma pessoa tende a ser estúpida para buscar sua essência das coisas que cada vez resultam em menos resultados.

2.  Adverte-nos da fragilidade dos prazeres que se corroem. O graneleiro está exposto ao acesso das ratazanas e dos ratos, roem tudo. Existem certos prazeres que perdem inevitavelmente seu atrativo conforme avança a idade. Pode ser que seja porque se é fisicamente menos capaz para desfrutar; a idade avançada e certas coisas deixam de satisfazer. Uma pessoa não deveria nunca entregar seu coração a prazeres que os anos vão desvanecer; deveria encontrar seu prazer nas coisas cujo atrativo no tempo é impotente para corroer.

3.  Adverte-nos da insegurança que são os prazeres que nos podem roubar. Isto passa com todas as posses ma­teriais: não há nenhuma entre elas que seja segura; e, nenhuma que edifica sua felicidade sobre elas, está edificando sobre uma base que não é estável e nem segura. Suponhamos que se organiza sua vida de tal maneira que sua felicidade depende de suas posses e dinheiro; suponhamos que chega uma quebradeira, e se descobre que seu dinheiro não vale nada. Então, com seu dinheiro, se foi sua felicidade.

·      “Não ajunteis tesouro na terra...”. O que Jesus quis dizer com isso?

1.    Devemos evitar interpretar essa declaração como se ela girasse torno de dinheiro ou outras coisas que façam de nós pessoas ricas, monetariamente falando.
a.    Jesus não disse “não ajunteis dinheiro; ele disse “não ajunteis tesouros.
b.    Jesus não disse “não sejam ricos”, monetariamente falando; ele disse “não ajunteis tesouros.
c.    Ora, “tesouro” é um vocábulo bem amplo, que inclui muita coisa, inclusive o dinheiro e outras coisas mais que possam fazer de nós pessoas ricas monetariamente falando, mas não só e não necessariamente essas coisas.
d.    Um correto entendimento dessa palavra de Jesus deve contemplar o fato de que Ele aqui não se interessava tanto pelas nossas possessões, e, sim, pela nossa atitude em relação a essas possessões. Não está em evidência aqui o que um homem porventura possua, mas antes, o que ele pensa sobre seus bens materiais, e qual é a sua atitude em relação a eles. Nada há de errado em se possuir bens, mas pode haver grande erro na relação de uma pessoa para com os seus bens.

2.    Jesus, podemos assim dizer, alerta para o perigo em que uma pessoa pode incorrer de derivar a sua principal ou mesmo total satisfação de coisas desta vida.
·      A advertência de Jesus ultrapassa os limites das meras posses. Indivíduos pobres precisam desta exortação tanto quanto os abastados, porque, sob este ponto de vista, todos temos os nossos “tesouros”. Pode ser marido, mulher ou filhos; pode ser uma “posição”, pode ser dinheiro, jóias, poder, amigos, namorado (a), um emprego, conforto pessoal, honra pessoal, qualquer coisa! Não importa o que seja e nem o quanto valha, se representa tudo para você, então isso é o seu tesouro; se por esse “algo” você é capaz de comprometer até mesmo a sua fidelidade a Cristo, então isso é o seu tesouro; se a esse “algo” o seu coração pertence, então aí está o seu tesouro.
·      A questão: não é o ajuntar tesouros, mas o onde juntar. O local é a questão, o acumular não tem problema algum, mas onde juntar pode ser o problema.
·      I Timóteo 6:10. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
Paulo deixa claro que a raiz de todos os males não é o dinheiro. Antes, é o amor ao dinheiro.

ð Onde não acumular? Não devo acumular tesouros na Terra (v.19)
Por quê? Porque se eu acumular tesouros na terra eu vou ter 3 tipos de problemas:
1.    Transitoriedade (v.19) Traça e ferrugem.
2.    Insegurança (v.19) Os Ladrões.
3.    Acorrentamento (v.21) Estará a vossa alma.

ð Onde eu devo acumular? Devo acumular tesouros no céu (v.20)
Por quê? Porque no céu eu não terei problemas, pois lá:
1.    Não tem Transitoriedade, lá o estado é eterno.
2.    Não tem insegurança, lá há total segurança, lá não entra ladrões.
3.    Minha alma estará segura, se meu tesouro tiver lá estou acorrentado a ele lá.

Como juntar tesouros no céu?

1.             Tendo bons olhos (percepção) Pv 22.9

(v.22): se os teus olhos forem bons todo teu corpo terá luz.
(v.23): se os teus olhos forem maus todo teu corpo será trevas.
Há uma diferença de ser e de ter:
·        Ter é aquilo que eu possuo, e ao passo que
·        Ser é aquilo que eu sou.
Quando meus olhos são bons, eu tenho luz (v.22)
Quando meus olhos são maus, eu sou trevas (v.23).
Os olhos movem os pés e a pessoa. Pra onde estão voltados os teus olhos, estarão voltados o teu coração e os teus tesouros.

2.             Servindo a Deus e não as riquezas (v. 24).

É a conclusão e aplicação de Jesus sobre os tesouros, a luz e as trevas. O homem que cuida das coisas espirituais procura apenas um tesouro, isto é, o tesouro dos céus.
·      SERVIR - No grego significa escravo, indicando fidelidade total, sem reservas, o escravo não tinha vida própria, mas tudo fazia segundo a vontade de seu senhor. 
Não servindo aos bens que nós possuímos, mas servindo ao próximo com os bens que possuímos.
·      A psicologia nos fala sobre a dupla personalidade. Uma alma dividida é uma alma enferma, furtada do seu poder de concentração, assaltada pôr apreensões, distraída.
Ninguém pode servir a dois senhores. Há pessoas que tem um Deus no domingo e outro durante a semana.

·      Para entender tudo o que isto quer dizer implica que devemos recordar duas coisas sobre os escravos no mundo antigo. Primeiro, um escravo não era uma pessoa, mas uma coisa aos olhos da lei.
 Aos olhos da lei, o escravo era uma ferramenta viva. Seu amo poderia vender, agredir, expulsar e até matar.

·      A Bíblia 215 vezes em seus versículos fala sobre a fé. Em 218 versículos fala sobre a importância da salvação. Aparecem na Bíblia 500 versículos fala sobre a Oração, então temos 933 versículos que abordam sobre a fé, oração e salvação. Porém tem outro tema na Bíblia que é reportado em 2085 versículos (isto é muito importante para Deus), O poder espiritual do dinheiro.
·      EXERCÍCIO: levante o que você tiver uma moeda ou nota, olha para ela, suje um pouco sua mão, como é possível algo tão pequeno, insignificante, tenha tanto poder sobre nossas vidas, emoções, relações, motivações, profissões e ministério?
·                       O dinheiro é a causa nº 1 das guerras, dos suicídios, das violências urbanas, de destruição Familiar, Eclesiástica, de relacionamentos, em qualquer parte do mundo.
·      A maior traição do NT foi feita por causa do dinheiro.
·      O 1º juízo divino no NT foi feito por causa do dinheiro. (Ananias e Safira).
·      A maior honra que Jesus fez, foi por causa de atitude cara (o perfume de alabastro).
·      Um dos maiores ensinamentos de Jesus foi sobre o dinheiro (a oferta da viúva).
·      Uma das maiores reações de Jesus no templo foi sobre o dinheiro (os mercadores e vendedores ambulantes).
·      A maior mentira do NT foi dos soldados romanos, disseram que os discípulos tinham roubado o corpo de Jesus. (foram corrompidos a mentir por causa do dinheiro).

O princípio espiritual do dinheiro, não é qto dinheiro eu tenho, mas o que eu faço com o dinheiro que eu tenho. O principio não é a quantia, mas a atitude. Is 55:2

3.             Ajudando ao próximo. Lucas 11.37-41

·      Enquanto Jesus estava discursando quando ele chega exatamente nesta parte da candeia do corpo ser os olhos, Lucas faz menção de um fariseu interromper a Jesus para convidá-lO para um jantar. Mateus não menciona tal convite, porque Mateus esta preocupado em mencionar o sermão inteiro.
·      Lucas quer mencionar o jantar, pois Lucas nem conclui o sermão, mas vai daqui da candeia do corpo, para o jantar.
·      A palavra grega para esmola Bíblica é eleêmosunê que quer dizer:
Dar com amor e carinho ajuda ao pobre e necessitado. 

CONCLUSÃO: A principal busca do cristão deve ser ao reino de Deus e a sua justiça.
Não tenham estas coisas como primazia, busquem em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (v.33). Não deixe que as coisas físicas tomem lugar daquilo que é primário para a vida de vocês.

(v.33) Mas buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Pr. Nilton Jorge
Contatos pelo telefone: (55) 22 998746712

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