sexta-feira, 3 de maio de 2019

ANSIEDADE E ORAÇÃO (Série "O Sermão da Montanha")


TEXTO: Mt 6:25-34

INTRODUÇÃO:

·      Jesus da continuidade no texto sobre a preocupação com o ter que afeta fortemente o ser, ele revela no contexto da ansiedade que não é somente ricos que podem ter mamom como seu deus, mais até mesmo o pobre, que nem sabe de onde virá a próxima refeição. Mais do que isso mostra que a ansiedade é uma forma de adoração a mamom, porque demonstra a falta de confiança em Deus.
·      A palavra ansiosos vem de um termo grego que significa distrair. A idéia básica é que a mente procura seguir em duas direções ao mesmo tempo.
·      A ansiedade é a raiz da avareza. Quem vive ansioso mostra possuir a idéia primitiva  e vil sobre os propósitos e alvos da vida humana, rebaixando-a, a pouco, mais do que a vida dos animais irracionais.

1)   A ansiedade é considerada pelos psicólogos como a mais perigosa doença do século. Mais de 50% das pessoas que passam pelos hospitais são vítimas da ansiedade. A ansiedade é o mais urgente e o mais grave problema desta geração.

2) A ansiedade atinge todas as idades:
1) As crianças estão sofrendo de ansiedade: algumas já nascem ansiosas.
2) Os adolescentes estão enfrentando ansiedade. A idade da afirmação, a briga com o espelho, a pressão da família em relação ao vestibular;
3) Os jovens estão vivendo em ansiedade. Com quem vou me casar? Onde vou trabalhar?
4) Os casados estão ansiosos, vivendo a pressão da estabilidade financeira; a garantia no emprego; o estudo dos filhos; o namoro dos filhos; o medo de perder o emprego;
5) Os idosos vivem ansiosos, é o medo da doença, medo da solidão. Ansiedade em relação aos filhos e aos netos.

3) Milhões de dólares são gastos em calmantes e em entretenimentos para aliviar o homem do mal da ansiedade. A ansiedade é uma doença causada pelo pecado. Por isso, a Palavra de Deus traz solução para esse mal.

·      Jesus apresenta dois exemplos dos cuidados do Pai pela sua criação: as aves dos céus e os lírios dos campos. As aves ilustram os cuidados do Pai a respeito de nossa alimentação. Os lírios ilustram a provisão quanto ao vestuário
·      Jesus não falou que deveríamos eliminar o trabalho. Jesus não fazia apologia à preguiça nem falava contra o esforço do trabalho. Paulo diz enfaticamente: II Ts 3:10 Porque, quando ainda estávamos convosco isto vos mandamos: se alguém não quer trabalhar, também não coma.
·      As aves do céu nada devem ao cuidado humano. É Deus quem lhes dá a existência e as sustenta. Ao mesmo tempo, requer que usem da capacidade que lhes deu para procurar-se o alimento. Poucas pessoas trabalham tão dura e incansavelmente como o fazem os passarinhos para conseguir-se o alimento, sobretudo quando têm filhotes no ninho. Do mesmo modo, Deus espera que o homem aceite a responsabilidade de trabalhar para ganhar o que faz falta para sustentar a vida.
·      O Criador tem ordenado leis naturais que operem para produzir alimentos. Jó 38:41; Salmos 145:15 e 16 e 147:9. O alimento está ali, mas as aves devem ir para buscá-lo.
·      O ponto que Jesus apresentou em referência ao cuidado de Deus dispensado aos pássaros não era de que eles não trabalham. Ninguém trabalha mais arduamente para sobreviver do que os pardais. Certamen­te eles não se sentam nos mourões da cerca, esperando que alguém co­loque comida em seu bico. O que Jesus salientou é que eles não ficam ansiosos. Não se esforçam para enxergar um futuro que eles não podem ver, nem buscam segurança em coisas armazenadas e acumuladas.
·      A Preocupação é Cega. A principal diferença entre a fé e a preocupação é que a primeira tem olhos, enquanto a segunda não os tem.

1.             AS CAUSAS DA ANSIEDADE.

·      São diversas as suas causas, mas abordaremos apenas três que serão suficientes para se obtiver uma visão geral do problema.
A – Apreensão quanto ao futuro. Não conhecemos o futuro. Mas baseados no presente, podemos ter algumas intuições sobre o que virá. Pelo que passamos e pelo que vivemos, tendemos a sofrer antecipadamente. Como será minha velhice? Quando e como vou me aposentar? O que será de meus filhos?
ð Além disso, planos que temos e ainda não foram concretizados geram ansiedade. Quando vou ter minha casa própria? Ou quando vou terminar? Ou quando vou reformar? Quando vou ter meu carro? Quando vou ter meu próprio negócio? Estas são perguntas típicas que geram ansiedade.
ð Segundo o dicionário Aurélio, ansiedade é definida como: “estado afetivo em que há sentimento de insegurança”. Em todas as causas da ansiedade, poderemos sempre associar o fator “insegurança” como determinante para o aparecimento desse “estado afetivo”. Jesus ensina que a ansiedade é desnecessária, inútil e pecaminosa, e nos estimula a darmos prioridade ao Reino de Deus.

B – Apreensão quanto as nossas necessidades. O discurso de Jesus no Sermão do Monte denuncia a preocupação exagerada com vestuário e alimentação, necessidades básicas para a sobrevivência humana. O Salmo 127 mostra que a ansiedade leva a pessoa a um desgaste físico e emocional exagerado. Sl 127.1,2 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados Ele o dá enquanto dormem.

C – Apreensão diante das dificuldades. Viver é correr riscos. É transitar por estradas que algumas vezes serão úmidas, mas que outras serão áridas e secas; com paisagens floridas e belas, mas outras cheias de galhos secos e espinhos; estradas retas e planas, mas as vezes pedregosas, com muitos obstáculos e cheias de curvas.
ð Ninguém pode afirmar categoricamente que alguém da família não enfrentará uma doença, ou que não terá tristezas provocadas por um filho ou por uma filha. Em determinados momentos da vida enfrentamos problemas colossais, maiores que a gente, e muitas vezes parecendo maiores que a nossa fé. Isso também gera ansiedade.
ð O problema não consiste em sermos apreensivos, mas na intensidade de nossa apreensão. Há pessoas que pensam somente nas coisas terrenas, pensam que a vida é constituída de ter e ter sempre mais e nunca estar satisfeito, vivendo em uma corrida frenética para ter, para possuir, para juntar.

2.             A INUTILIDADE DA ANSIEDADE v. 27 - Quem dentre vós com as suas preocupações, pode prolongar, por pouco que seja, a duração de sua vida?

ð A ansiedade não prolonga a duração da vida.  Salmos 46:10 Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus, Sou exaltado entre as nações, Sou exaltado na terra.
ð A confiança e o sossego andam juntos. Isaias 30:15 Pois assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel:Voltando e descansando, sereis salvos; no sossego e na confiança estará a vossa força. Mas não quisestes.

·      No verso 27 Jesus faz alusão de que a inutilidade da ansiedade é que ela não muda o curso da vida. O côvado era usado como medida linear, mas também como medida de tempo. Quando tinha o sentido de espaço, indicava uma medida de cerca de 45 centímetros. Quando tinha sentido de tempo, indicava um período breve. Provavelmente o uso no verso indique tempo, e não extensão, porquanto o crescimento de 45 centímetros devido à preocupação seria um grande milagre, mas Jesus mostra que a ansiedade para nada serve, não tem efeito algum.
·      Outra pessoa sugeriu que existem pelo menos duas coisas sobre as quais nunca devemos nos preocupar.
Primeiro, com as coisas sem concerto. Se não podemos remediá-las, ficar preocupado é com certeza a coisa mais tola e inútil a fazer.
Segundo, com as coisas que podemos consertar. Se podemos fazer algo a respeito, devemos é agir e não ficar desperdiçando nossas forças, preocupando-nos.

28 - E com a roupa, porque andais preocupados? Aprendei dos lírios do campo, como crescem não trabalham e nem fiam.

·      As encostas dos montes achavam-se matizadas de flores. Apontando-as no orvalhado frescor da manhã, disse Jesus: Olhai para os lírios do campo, como eles crescem.
29 - E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em todo o seu esplendor, se vestiu como um deles.

·      Em contraste com Davi, reinou em paz. Utilizou-se das riquezas do país para construir o templo, e muito material foi importado para aumentar a gloria deste. Adquiriu riquezas mais do que qualquer outro monarca em Israel, e sua reputação se tornou universal entre as nações, como um soberano muito rico. II Crônicas 9 faz uma descrição minuciosa das riquezas e da fama de Salomão. Qualquer judeu compreenderia o significado das palavras de Jesus, mas a providência divina no tocante ao vestuário ultrapassa o esplendor de Salomão. Lê-se na tradição judaica, que até os assistentes de Salomão derramavam ouro em pó nos seus cabelos, mas a glória do simples lírio tornaria Salomão menor.

3.             DEUS PEDE O MELHOR DAS NOSSAS AFEIÇÕES v. 31 – Por isso, não andeis preocupados dizendo: Que iremos comer? ou que iremos beber? ou que iremos vestir?

·      Jesus resume os principais desejos dos gentios: comida, bebida e roupa. Eclesiastes 6:7 Todo o trabalho do homem é para sua boca, e, contudo não satisfaz o seu desejo. Os desejos não são errados, mas o indivíduo que passa a vida toda satisfazendo apenas os desejos da carne certamente não é um discípulo do reino. Jesus fazia um contraste dos desejos terrestres em comparação aos desejos espirituais.
NÃO ANDEIS PREOCUPADOS - A vida é mais importante do que o alimento, mas o reino de Deus tem mais importância que qualquer dos dois.
·      Se estivermos sempre pensando nas coisas desta vida e por elas lutando, não podemos manter os pensamentos fixos nas coisas que são do céu. Satanás procura levar o espírito para longe de Deus, e fixá-lo nas modas, nos costumes, nas exigências do mundo, que trazem enfermidade e morte.
·      Cumpre-nos buscar aqui, neste mundo, o preparo para o mundo superior.
v. 32 - De fato, são os gentios que estão à procura de tudo isso: O vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas estas coisas.

·      VAMOS FAZER UMA ANÁLISE DE FILIPENSES 4:6-9

I.              DIAGNOSTICANDO A DOENÇA QUE NOS ATACA – V. 6

è Paulo fala sobre vários aspectos da ansiedade:

1.    A ansiedade é resultado de olharmos para os problemas em vez de olharmos para Deus. Os crentes de Filipos não estavam vivendo num paraíso existencial. Eles viviam num mundo cercado de perigos. Eles estavam enfrentando perseguições (1:28). Eles corriam risco de perder seus bens e até a liberdade. Paulo estava em prisão quando escreveu para eles. Ele estava na ante-sala da guilhotina romana. Ele estava com os pés na sepultura. As nuvens acima da sua cabeça eram tenebrosas.
ð Quando olhamos as circunstâncias e os perigos à nossa volta, em vez de olharmos para o Deus que governa as circunstâncias ficamos ansiosos. Quando removemos nossos olhos do Senhor e os colocamos nas circunstâncias, tornamo-nos como Pedro, começamos a afundar.

2.    A ansiedade é resultado de relacionamentos quebrados. As pessoas nos fazem sofrer mais do que as circunstâncias. Nós desapontamos as pessoas e as pessoas nos desapontam. No capítulo 2 desta carta Paulo diz que as pessoas têm a capacidade de roubar a nossa alegria. Há muitas pessoas ansiosas e deprimidas por causa de um relacionamento quebrado, de uma mágoa não curada, de uma ferida aberta. Há muitas pessoas prisioneiras da amargura. A falta de perdão torna você prisioneiro da pessoa com que você menos gostaria de conviver.

3.    A ansiedade é resultado de uma exagerada preocupação com as coisas materiais Paulo diz que algumas pessoas vivem ansiosas porque elas só se preocupam com as coisas materiais (3:19). Nós vivemos numa sociedade materialista. O dinheiro tornou-se o deus desta geração. As pessoas compram o que não precisam, com o dinheiro que não têm, para impressionar as pessoas que não conhecem.
ð Na década de 50 os homens consumiam 5 vezes menos que hoje. Nem por isso somos mais felizes. O luxo do ontem tornou-se necessidade do hoje. Na década de 70, 70% das famílias dependiam apenas de um orçamento para sustentar a família. Hoje mais de 70% das famílias, precisam de duas rendas para manter o mesmo padrão. Hoje, coisas estão substituindo relacionamentos. Sacrificamos no altar do urgente, as coisas importantes.

4.    Em sua manifestação, a ansiedade tem dois aspectos: passado e futuro.
a) Em relação ao passadoHá muitas pessoas que vivem ansiosas porque nunca resolveram os traumas e problemas do passado. Elas são prisioneiras do passado. Paulo fala dessa realidade no capítulo 3 verso 13. Paulo tivera um terrível passado. Mas, quando Jesus transformou a sua vida, ele sepultou o passado no passado. Paulo não continuou a ser prisioneiro dos seus sentimentos. Ele olhou para a cruz e tirou de suas costas o fardo que o oprimia. Ele disse: 2 Co 5:17 “Se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo”.
b) Em relação ao futuroHá pessoas que abandonam o presente com medo do futuro. Eles estão tristes hoje, porque estão com medo do amanhã. Eles têm medo de viver e medo de morrer. Medo de ficar solteiro e medo de casar. Medo de trabalhar e medo de perder o emprego. Medo da multidão e medo da solidão.

5.    Os resultados da ansiedade.
3.1. A ansiedade produz uma estrangulação íntimaA palavra ansiedade traz a idéia de estrangulação. Ela produz uma fragmentação existencial. A pessoa é rasgada ao meio. Ela produz uma esquizofrenia emocional. A pessoa ansiosa perde o equilíbrio.
3.2. A ansiedade rouba as nossas forças. Uma pessoa ansiosa normalmente antecipa os problemas. Eles sofrem antecipadamente. O problema ainda não aconteceu e eles já estão sofrendo. A ansiedade rouba a energia antes e quando o problema chega se chegar, a pessoa já está fragilizada.
3.3. A ansiedade é uma eloqüente voz da incredulidade. Paulo exorta: “Não andeis ansiosos de cousa alguma”. A ansiedade é uma desobediência a uma ordenança divina. A ansiedade é perder a confiança de que Deus está no controle. A ansiedade ocupa o nosso coração quando tiramos os olhos da majestade de Deus para colocá-los na grandeza dos nossos problemas. Devemos ser como Josué e Calebe: se o Senhor se agradar de nós, podemos triunfar sobre os gigantes.
3.4. A ansiedade é inútil. Mt 6:27 “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” . A preocupação em vez de dilatar a vida, a encurta. Em vez de querer administrar o inadministrável, lança sobre os pés do Senhor toda a vossa ansiedade (1 Pe 5:7).
3.5. A ansiedade é incompatível com a fé cristã. Mt 6:31-33 “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas”. A ansiedade não concubina com aqueles que conhecem a Deus.
3.6. A preocupação é incompatível com o bom senso. Mt 6:34 “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus próprios cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Você sofre hoje pelas coisas de amanhã. Você antecipa não o futuro com a ansiedade, mas o sofrimento que ele pode trazer. Você sofre duas vezes ou sofre desnecessariamente. Ansiedade é uma perda de tempo, de energia, de fé.

II.           ENCONTRANDO O REMÉDIO CERTO PARA A NOSSA DOENÇA – V. 6

è A ansiedade é o oposto da vontade de Deus para nós. Um cristão ansioso é uma contradição. Deus não apenas dá uma ordem: Não andeis ansiosos, mas oferece a solução. Não apenas diagnostica a doença, mas oferece o remédio celestial.

1.    Nós devemos entender que Deus é maior do que os nossos problemas. Nossa vida está nas mãos do Deus que governa o universo. Nossa vida não está solta, sendo jogada de um lado para o outro ao sabor das circunstâncias. O Deus que está no trono, governa a nossa vida. Ele é maior do que os nossos problemas.

2.    A medicina de Deus deve ser usada de acordo com a divina prescrição.

A) Aprenda a orar corretamente (v. 7) – Paulo fala sobre três diferentes tipos de oração: adoração, petição e ações de graças. A oração pode fazer por nós o que a ansiedade não pode fazer.
ð Primeiro, Paulo diz que devemos aprender a adorar a Deus. Nós adoramos a Deus por quem Deus é. Em vez de ficarmos ansiosos, devemos contemplar a majestade de Deus e descansar nos seus braços. Se Deus é quem é e se ele é o nosso Pai, não precisamos ficar ansiosos.
ð Segundo, Paulo diz que podemos trazer a Deus os nossos pedidos. Ele é o nosso Pai amoroso. Ele cuida de nós. Ele sabe o que precisamos. Dele procede todo dom perfeito. Se você não ora por todas as coisas, você estará ansioso pela maioria das coisas.
ð Terceiro, Paulo diz que podemos agradecer a Deus o que já temos recebido. Olhe para o que Deus já fez Salmos 116:7.

B) Aprenda a pensar corretamente (v. 8) – Assim como você pensa assim você é. Você é produto dos seus pensamentos. A luta é ganha ou perdida na sua mente. Se você armazena coisas boas na sua mente, você é um vencedor. Mas se você entulha só coisas negativas, sua vida não prosperará. Ana, enquanto ficou ouvindo os arautos do pessimismo, mergulhou em profundo choro. No que dia que ouviu a promessa de Deus, sua alma e seu ventre foram curados.

C) Aprenda a agir corretamente (v. 9) – Ser cristão não é apenas conhecimento é, sobretudo vida. Conhecimento sem prática não fará de você uma pessoa melhor do que os demônios. Eles conhecem. Eles crêem e tremem, mas não obedecem.

III.        DESFRUTANDO DA CURA QUE PROVÉM DE DEUS – V. 7

è A cura para a ansiedade não está nos recursos humanos, mas na provisão divina. Paulo nos ensina algumas lições importantes neste texto:

1.    A cura é o resultado do uso correto do remédio divino. “E a paz de Deus…”.
ð A paz de Deus é o resultado da nossa cura. A paz de Deus é o substituto para a ansiedade. O mesmo coração que estava cheio de ansiedade, pela oração, agora está cheio de paz. Temos não apenas a paz com Deus, um relacionamento certo com Deus. Mas, temos também além da paz de Deus, o Deus da paz conosco Fp 4:9. Você tem não apenas um sentimento, mas uma Pessoa, a Pessoa divina, onipotente com você.

2.    A paz que recebemos é uma paz celestial e não terrena. A paz de Deus não é paz de cemitério. Não é ausência de problemas. Não é fuga dos problemas. Não é a paz de mosteiro. Essa paz não é produzida por circunstâncias. Ela co-existe com a dor, com as lágrimas e até com a morte. Esta paz não é produzida por circunstâncias. O mundo não conhece essa paz nem a pode dar. Governos humanos não podem gerar essa paz. Esta paz vem de Deus.

3.    A paz que recebemos é relacional e existencial. Todo cristão tem paz com Deus Rm 5:1 e todo cristão pode ter a paz de Deus Fp 4:7. A paz com Deus é relacional. Ela significa um correto relacionamento com Deus pela justificação. A paz com Deus fala sobre nossa confiança diante do trono de Deus, porque Cristo morreu por nós, pagou a nossa dívida e nos reconciliou com Deus. Mas a paz de Deus é existencial. Ela é experimental. Ela fala daquela calma interior no meio dos problemas. Esta paz fala da visitação especial de Deus nos dias tenebrosos. A paz com Deus descreve o estado entre o cristão e Deus. A paz de Deus descreve a condição dentro do cristão.

4.    A paz de Deus transcende a compreensão humana. Esta paz não é misteriosa, mas é transcendente. Ela vai além da compreensão humana. A despeito da tempestade do lado de fora, podemos desfrutar de bonança dentro de nós. Esta é a paz que os mártires sentiram diante da morte.

5.    A paz de Deus é uma sentinela celestial ao nosso redor. A palavra “guardará” traz a idéia de uma sentinela, um soldado na torre de vigia, protegendo a cidade. A paz de Deus é como um exército protegendo-nos dos problemas externos e dos medos internos. Paulo diz que esta paz guarda os nossos corações (sentimentos errados) e nossas mentes (pensamentos errados). A paz de Deus guarda as nossas emoções e o nosso intelecto, nossos sentimentos e nossos pensamentos.

CONCLUSÃO:
ð Esta não é uma mensagem teórica. Ela é prática e funcional. Paulo não escreveu esses princípios como um acadêmico ou teórico. Ele experimentou tudo isso que nos ensinou. Ele estava no portão da morte. Esta caminhando para a guilhotina romana. Mas ele estava livre de ansiedade. Sua mente e seu coração estavam guardados pela paz de Deus. Deus não mudou e ele pode fazer o mesmo por nós.

Pr. Nilton Jorge
Contatos pelo Telefone (55) 22 998746712



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