Texto: Mateus 5:1-6
Introdução:
·
No
Monte, nos altas montanhas sempre foi o lugar escolhido por Jesus para grandes
ensinos.
·
Há em toda a
Bíblia 73 citações que falam de bem-aventuranças. Só no Novo
Testamento há 50 citações. Esta
palavra é uma promessa de felicidade e prosperidade, proferida por Deus para
aqueles discípulos tementes que fazem a sua vontade.
·
O
reconhecimento de Deus aos homens diz respeito a várias atitudes e atividades
que estes realizam no dia a dia; mas, também fala de reconhecimento de grupos
sociais excludentes, marginalizados, fala de povos, nações que temem a Deus.
·
Vejamos alguns
destes reconhecimentos:
SL 1: 1,2 “Bem-aventurado o homem que não anda no
conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na
rodas dos escarnecedores; antes o seu prazer está na lei do Senhor e nela
medita de dia e de noite”.
SL 32: 1 “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é
perdoada”.
SL 33: 12 “Bem-aventurada a nação cujo Deus é o Senhor”.
SL 40: 4 “Bem-aventurado o homem que põe a sua
confiança no Senhor e não pende para os arrogantes”.
SL 41: 1 “Bem-aventurado o que acode o necessitado”.
SL 84: 4,5 “Bem-aventurados, Senhor, os que habitam em
tua casa. Bem-aventurado o homem cuja força está no Senhor”.
SL 112: 1 “Bem-aventurados, os que guardam a retidão,
e o que pratica a justiça em todo o tempo”.
No livro de Apocalipse as
Bem-aventuranças dizem respeito a nossa vida pós-morte:
AP. 14: 13 “Bem-aventurados os mortos que morrem no
Senhor. Porque descansarão de suas fadigas”.
AP 19: 9 “Bem-aventurados aqueles que são chamados à
ceia do Cordeiro”.
AP 20: 6 “Bem-aventurados são os que participam na
primeira ressurreição”.
AP 22: 14 “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da
vida, e entrem na cidade pelas portas”.
· O sermão do
monte nos mostra como estão nossos frutos espirituais. Trata-se de uma
radiografia de nosso interior, e é uma identificação de nosso passaporte para
os céus.
Lucas claramente relaciona com o apelo a
ordenação dos doze Lucas 6: 12 a 20; e conserva a devida seqüência dos
acontecimentos desse dia notável:
1) a noite passada em oração,
2) a ordenação dos doze,
3) A descida à planície,
4) o Sermão.
· Mais de mil e quatrocentos
anos antes do nascimento de Jesus em Belém, os filhos de Israel se haviam
reunido no belo vale de Siquém e, das montanhas que o ladeavam, ouviu-se a voz
dos sacerdotes proclamando as bênçãos e as maldições: A bênção, quando
ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus,... a maldição, se não ouvirdes.
Deuteronômio 11: 27 e 28.
· E assim o monte de
onde foram proferidas as bênçãos veio a ser conhecido por monte das
bem-aventuranças. Não foi, no entanto, do monte Gerizim que foram proferidas as
palavras que vêm como uma bênção ao mundo pecador e aflito.
· Um grande
investigador chamou o Sermão do Monte de: O Sermão de ordenação dos Doze. Da mesma maneira
que se apresenta a tarefa a um jovem pastor que está pronto para a
responsabilidade de seu primeiro trabalho, assim Jesus se dirigiu aos Doze
neste sermão de ordenação antes que saíssem para realizar seu trabalho. Por
esta razão outros investigadores tem dado ao Sermão do Monte outros títulos.
Tem sido chamado de: O Compêndio da doutrina de Cristo. A Carta Magna
do Reino, O manifesto do Rei.
SUBIU AO MONTE - Uma das colinas próximas a
Cafarnaum. Moisés subiu para encontrar-se com Deus. Jesus subiu e era o próprio
Deus.
Capítulo 8: 1. Sem dúvida se tratava do mesmo
monte onde tinha passado a noite em oração e onde, essa mesma manhã, tinha
ordenado aos doze; Marcos
3: 14. Desconhece-se a localização deste monte.
Desde o tempo das cruzadas, assinalou-se como possível lugar aos Chifres
de Hattin, Kurn Hattin, 8 km ao oeste da antiga cidade de Tiberíades. No entanto, esta tradição não pode remontar-se além das cruzadas, e
portanto não é fidedigna. Os guias de turistas costumam assinalar como lugar
onde foi pregado o Sermão do Monte, uma ladeira junto ao mar de Galiléia, não
longe de Cafarnaum, onde os religiosos franciscanos mantêm uma bonita capela e
o chamado Hospício Italiano.
·
A montanha onde
Cristo pregou o Sermão do Monte se chamou o Sinai do Novo Testamento,
pois tem a mesma relação com a igreja cristã que tem o monte Sinai com a nação
judaica.
1. Jesus passou a ensinar depois de sentar.
Quando um rabino judeu estava ensinando oficialmente, se assentava para
fazê-lo. Tem um lugar marcado para falar e ao se assentar demonstra autoridade
para uma exposição oficial. Alguns rabinos ensinavam em pé e andando; mas
quando o ensino era oficial eles ocupavam um assento. Assim ao Jesus sentar-se
para falar indicava que passava a ensinar um ensino oficial.
2. Mateus segue dizendo que Jesus abriu sua
boca e lhes ensinava. Esta frase é apenas uma perífrase rodeio
de palavras, circunlóquio decorativa para dizer, e tem no grego um
duplo significado.
2.1.
Se usa para um pronunciamento solene, grave e digno. Por exemplo
para os ditos dos oráculos. É um prefácio natural para um dito importante.
2.2.
Usado para manifestação de uma pessoa que abre seu coração e deseja fluir os
sentimentos que vão em sua mente totalmente. Para o ensino íntimo sem
barreiras entre o Mestre e os discípulos. Novamente esta frase nos indica que o
Sermão do Monte não é uma peça ocasional de ensino. Ele é grave, solene
pronunciado sobre temas centrais. Jesus abria e expunha aqui seu coração e
mente aos que haviam de ser os homens de sua confiança.
2.3.
No grego existem dois passados simples. O aoristo que
corresponde ao nosso pretérito indefinido que expressa uma ação que teve lugar
e se completou no passado, e o imperfeito como nosso pretérito
imperfeito, que descreve uma ação repetida, contínua e semelhante à ação
praticada no passado.
è No grego este frase
que estamos estudando não está no aoristo, mas no imperfeito e,
portanto descreve uma ação contínua e habitual, que poderia ser
traduzida: E passou a ensinar-lhes dizendo. Mateus não
disse no grego para maior claridade que no Sermão do Monte não
é um sermão que Jesus ensinou no passado, mas que ensina constantemente e
habitualmente seus discípulos.
Jesus, o maior
pregador prega sobre a verdadeira felicidade V.3.
·
Antes de estudar
em detalhes cada uma das bem aventuranças há dois fatos gerais que devemos
observar.
1)
A primeira parte
de cada bem-aventurança não há nenhum verbo. Se poderia esperar que depois da
primeira palavra aparecesse o verbo. Porque é assim? Jesus não disse as
bem-aventuranças em
grego, Jesus falou em aramaico,
língua parecida com o hebraico. Estes
dois idiomas têm uma forma de expressão corrente que na realidade é uma
exclamação que quer dizer: Oh bem aventurados! Essa expressão hebraico: ashrê é muito freqüente no AT.
Exemplo o primeiro Salmo inicia em hebraico Oh Bem-aventurado o
homem que não anda no conselho dos ímpios! Salmo 1: 1, que é a forma
que usou Jesus para as Bem-aventuranças, não são simplesmente afirmações, são
exclamações. Oh Bem-aventurados os pobre de espírito!
2)
A palavra
bem-aventurado que se usa em cada verso é uma palavra muito especial. É a palavra
grega Makarius, um termo que se
aplica especialmente aos deuses. Makarius
descreve esse gozo que é sereno inalterável e auto-suficiente, o gozo que é
completamente independente de todos os problemas e dificuldades da vida. A
palavra Bem aventurados revela sua origem. Contém a palavra ventura que indica algo que depende das
circunstâncias da vida, algo que a vida pode dar como pode também destruir.
è As
Bem-aventuranças declaram quem são felizes aos olhos de Deus.
O
cristianismo é a religião do prazer e da felicidade
·
O homem é um ser
obcecado pelo prazer. O hedonismo, a filosofia que ensina que o prazer é
o fim último do ser humano parece reger a humanidade. A grande questão é onde
está esse prazer: nas coisas externas? No dinheiro? No sucesso? Na cultura? No
sexo? Na diversão? Nas viagens psicodélicas?
·
Salomão buscou a
felicidade na bebida, na riqueza, no sexo e na fama e viu que tudo era vaidade
(Eclesiastes 2:1-10).


TRANSIÇÃO: O QUE JESUS
QUIS DIZER AO CHAMAR O TEMA DE BEM AVENTURADO?
I.
A VERDADEIRA FELICIDADE É UM GRANDE
PARADOXO AOS OLHOS DO MUNDO.
1. A
verdadeira felicidade é abraçar o que o mundo repudia e repudiar o que o mundo
aplaude.
Jesus diz que feliz é o pobre, o
que chora, o manso, o puro, o perseguido.
Jesus diz que bem-aventurado é o
pobre de espírito e não a pessoa auto-suficiente, arrogante, soberba.
Jesus diz que bem-aventurado é o
que chora e não aquele que é durão, insensível.
Jesus diz que bem-aventurado é o
manso, o que abre mão dos seus direitos e não o valente, o brigão.
Jesus diz que bem-aventurado é o
pacificador, aquele que não apenas evita contenda, mas busca apaziguar os
ânimos exaltados.
Jesus diz que bem-aventurado é o
puro de coração e não aqueles que se banqueteiam com todos os prazeres do
mundo.
Jesus diz que bem-aventurado é o
perseguido por causa da justiça e não aquele que procura levar vantagem em
tudo.
Jesus diz que quem ganha a sua
vida, a perde; mas o que a perde, esse é o que a ganha.
Jesus diz que o humilde é que
será exaltado.
2. A
verdadeira felicidade não está nas coisas externas, mas nas coisas internas.
·
Jesus
não disse que bem-aventurados são os ricos. Essa felicidade não está centrada
em coisas externas. As riquezas não satisfazem. Deus colocou a eternidade no
coração do homem. Nem todo o ouro da terra poderia preencher o vazio da nossa
alma.
·
A
verdadeira felicidade está centrada não na posse das bênçãos, mas na fruição da
intimidade com o abençoador. Para alcançar a felicidade, não basta posse, mas
fruição. Um homem pode morar num palácio e não se deleitar nele. Ele pode ter o
domínio de um reino e não ter paz na alma. Sl
144:15 “Feliz é a nação cujo Deus é o
Senhor”.
·
A
verdadeira felicidade é deleitar-se em Deus, é alegrar-se com o sorriso de Deus
Sl 116:7 Deus é o descanso da alma.
·
A
verdadeira felicidade consiste em desfrutar da plenitude de Deus: ele é sol,
escudo, herança, fonte, rocha, alegria, esperança.
A verdadeira felicidade consiste
em tomar posse da bem-aventurança agora e na eternidade.
3. A
verdadeira felicidade não é uma promessa para o futuro, mas uma realidade para
o presente.
·
Jesus
não disse: Bem-aventurados serão os
pobres de espírito, mas bem-aventurados são.
Os crentes não serão felizes quando chegarem ao céu, eles são felizes agora. Os
crentes são felizes antes mesmo de serem coroados. Eles são felizes não apenas
na glória, mas a caminho da glória.
II.
A VERDADEIRA FELICIDADE ESTÁ FUNDAMENTADA NO SER E
NÃO NO TER
1.
O que ser pobre de espírito não
significa.
a)
Não significa pobreza financeira – Francisco de Assis foi o patrono
daqueles que pensaram que renunciar as riquezas financeiras para viver na
pobreza ou num monastério dava crédito ao homem diante de Deus. Mas a pobreza
em si não é um bem, como a riqueza em si não é um mal. Uma pessoa pode ser
pobre financeiramente e não ser pobre de espírito. A pobreza financeira pode
ser fruto da obra do diabo, da exploração, da ganância e da preguiça.
b) Não significa ter uma vida espiritual
pobre – Jesus não está elogiando aqueles que são espiritualmente
pobres, descuidados com a vida espiritual. Ser pobre em santidade, verdade, fé
e amor é uma grande tragédia. Jesus condenou a igreja de Laodicéia: Ap 3:17 “Sei que tu és pobre, miserável, cego e nu”.
c) Não significa pobreza de auto-estima
– Jesus não está falando que as pessoas que pensam menos de si mesmas são
felizes. Auto-estima baixa não é um bem, mas um mal.
d) Não significa timidez ou fraqueza
– Essas características não são virtudes, senão males que devem ser combatidos.
2.
O que significa ser pobre de espírito.
a)
Ser pobre de
espírito é a base para as outras virtudes – A primeira bem-aventurança é o
primeiro degrau da escada. Se Jesus começasse com a pureza de coração, não
haveria esperança para nós. Primeiro precisamos estar vazios, para depois
sermos cheios. Não podemos ser cheios de Deus, enquanto não formos esvaziados
de nós mesmos. Esta virtude é a raiz, as outras são os frutos. Uma pessoa não
pode chorar pelos seus pecados até saber que não tem méritos diante de Deus.
Ele jamais sentirá fome e sede de justiça a não ser que saiba que carece
totalmente da graça.
b)
Ser pobre de
espírito é reconhecer nossa total dependência de Deus – No
grego há duas palavras para designar “pobreza”. Penês = é o homem que tem que trabalhar para ganhar a vida,
é aquele que não tem nada que lhe sobre. É o homem que não é rico, mas que
também não padece necessidades. Ele não possui o supérfluo, mas tem o básico. Ptokós = descreve a pobreza absoluta
e total daquele que está afundado na miséria. É o mendigo, o extremamente
necessitado. Aquele que não tem nada. Esta é a palavra que Jesus usou. Feliz é
o homem que reconhece sua total carência e coloca a sua confiança em Deus.
Feliz é o homem que reconhece que o dinheiro, o poder e a força não significam
nada, mas Deus significa tudo.
O
poeta expressou bem o pobre de espírito:
Nada em minhas mãos eu trago,
Simplesmente à tua cruz me apego;
Nu, espero que me vistas
Desamparado, aguardo a tua graça;
Mau, à tua fonte corro,
Salva-me, Salvador, ou morro.
·
Ser pobre de
espírito é agir como o publicano: “Senhor,
compadece-te de mim, um pecado”. João
Calvino disse: “Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa
na misericórdia de Deus, é pobre de espírito.” Moisés: “Senhor, quem sou eu,
eu não sei falar”. Isaías clamou:
“Ai de mim, estou perdido…”. Pedro gritou: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou pecador”. Paulo clamou: “Miserável homem que eu sou”.
·
Ser
pobre de espírito é expor suas feridas ao óleo do divino Médico. Se uma pessoa
não é pobre de espírito, ela não acha sabor no pão do céu, não sente sede da
água da vida; ela vai pisar nas riquezas da graça, ela não vai jamais desejar a
redenção nem ter prazer na santificação.
c)
Ser pobre de espírito
é a nossa verdadeira riqueza – A riqueza de Cristo só pode ser
apropriada pelos pobres de espírito. Há aqueles que pensam que se pudessem
encher suas contas bancárias com ouro seriam ricos. Mas aqueles que são pobres
de espírito, esses é que de fato são ricos. Quão pobres são aqueles que pensam
que são ricos: Jesus disse para a rica igreja de Laodicéia: Você é pobre e
miserável. Mas Jesus disse para a pobre igreja de Esmirna: “Conheço a tua pobreza, mas és rica”.
3.
Porque devemos ser pobres de espírito.
·
Ser
pobre de espírito é a jóia que o cristão deve usar. Primeiro o homem se torna
pobre de espírito, depois Deus o enche com sua graça.
a) Enquanto você não for pobre de espírito,
jamais Cristo será precioso para você. Enquanto não enxergarmos nossa
própria miséria, jamais veremos a riqueza que temos em Cristo. Enquanto você
não perceber que está perdido, jamais buscará refúgio em Cristo. Enquanto não
enxergar a feiúra do seu pecado, jamais desejará o perdão e a graça de Cristo.
b) Enquanto você não for pobre de espírito,
você não estará pronto para receber a graça de Deus. Aqueles que
abrigam sentimentos de auto-suficiência e se sentem saciados, jamais terão sede
de Deus. Aqueles que se sentem cheios de si mesmos, jamais poderão ser cheios
de Deus. Aqueles que pensam que estão são, jamais buscarão o Médico. Aqueles
que pensam que têm méritos, jamais desejarão ser cobertos pela justiça de
Cristo.
c) Enquanto você não for pobre de espírito,
você não pode ir para o céu – O Reino de Deus pertence aos pobres de
espírito. A porta do céu é estreita e aqueles que se consideram grandes aos
seus olhos não podem entrar lá.
4.
Como podemos saber que somos pobres de
espírito.
a) Quando toda a base da nossa aceitação
por Deus está nos méritos de Cristo – Uma pessoa pobre de espírito não
tem nada a exigir, a merecer, a reclamar. Ela se vê desamparada até refugiar-se
em Cristo. Ela não tem descanso para a alma até estar firmada na rocha que é
Cristo. Ela não busca nenhuma outro tesouro ou experiência além de Cristo. Ela
está plenamente satisfeita com Cristo.
b) Quando o nosso coração está desprovido
de toda vaidade – Jó mesmo sendo um homem piedoso, que se desviava do
mal, que suportou provas tremendas sem negociar sua fidelidade a Deus, disse: Jó 42:6 “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza”. Quanto mais
graça ele tem, mais humilde ele se torna, porque mais devedor.
c) Quando o nosso coração anseia e clama
mais por Deus em oração – Um homem pobre está sempre pedindo como
Moisés. Ele sempre quer mais de Deus. Ele sempre está batendo no portal da
graça. Ele sempre está derramando suas lágrimas no altar.
5.
Motivos para sermos pobres de espírito.
a) Ser pobre de espírito é nossa riqueza
– Você pode possuir as riquezas do mundo e ser pobre. Mas você não pode ter
essa pobreza de espírito sem ser rico. O pobre de espírito é aquele que se
prepara para receber toda a riqueza de Cristo.
b) Ser pobre de espírito é nossa nobreza
– Se você é pobre de espírito, Deus olha para você como uma pessoa de honra.
Aquele que é pobre aos seus próprios olhos, é precioso aos olhos de Deus.
Quanto mais você se humilha, mais Deus o exalta.
c) Ser pobre de espírito aquieta nossa alma
– Então, pode dizer como o salmista: “Eu
sou pobre e necessitado, mas Deus cuida de mim.”
III.
A VERDADEIRA FELICIDADE É UMA RECOMPENSA
PARA O PRESENTE E PARA O FUTURO.
1. A posse do
Reino de Deus é algo presente e não apenas futuro.
Jesus disse: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque dos tais é o Reino dos
céus”. Ele não disse, “porque dos
tais será o Reino dos céus”.
·
A felicidade
cristã não é para ser desfrutada apenas no céu, mas agora, a caminho do céu. O povo de Deus
deve ser o povo mais feliz da terra. Dt
33:29 “Feliz és tu, ó Israel! Quem é
como tu? Povo salvo pelo Senhor, escudo que te socorre, espada que te dá
alteza”.
·
A palavra
Makários descreve uma alegria e uma felicidade permanente, que não sofre
variações.
É uma alegria que não pode ser destruída pelas circunstâncias da vida. Jesus
disse: Jo 16:22 “A vossa alegria ninguém poderá tirar”. É a felicidade que existe
na dor, na perda, na doença, no luto. É o gozo que brilha através das lágrimas
e que nada, nem a vida nem a morte, pode tirar.
·
Entramos no
Reino e o reino entrou em nós Lc
17:21. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Nascemos de cima, do alto,
do Espírito. Estamos em Vitória, mas estamos em Cristo. Estamos em Vitória, mas
estamos assentados nas regiões celestiais em Cristo. Estamos passando por
lutas, mas já estamos abençoados com toda sorte de bênção em Cristo.
2. A nossa
felicidade será completa quando tomarmos posse definitiva do Reino no futuro.
a) Os salvos não apenas vão entrar na posse
do Reino, mas vão reinar com o Rei da glória – Ap 3:21 Estaremos não apenas no céu, mas também nos tronos. Teremos
uma coroa, teremos vestes reais, receberemos um trono.
b) O reino dos céus excede ao esplendor dos
maiores reinos do mundo.
1) Porque o
fundador desse Reino é o próprio Deus.
2)
Porque
esse Reino será mais rico do que todos as riquezas de todos os reinos. Tudo que
é do Pai é nosso. Somos os herdeiros de todas as coisas.
3) Porque o Reino
dos céus excede aos demais em perfeição. As glórias de Salomão serão nada. As
glórias dos palácios dos skaikes dos Emirados Árabes serão palhoças.
4) Porque o Reino
dos céus excede em segurança – Nada contaminado vai entrar lá, nenhuma
maldição.
5) Porque o Reino
dos céus excede em estabilidade – Os reinos do mundo caíram e cairão, mas o
Reino de Deus permanecerá para sempre. O crente mais pobre é mais rico do que
os reis mais opulentos da terra.
CONCLUSÃO
·
Temos
nós andado de modo digno desse Reino? Temos vivido de modo compatível com
aqueles que vão assentar em tronos? Temos resplandecido a glória de Deus em
nós?

·
No
tempo de Cristo quem entrou no Reino não foram os fariseus que se consideravam
ricos em méritos, nem os zelotes que sonhavam com o estabelecimento do Reino
com sangue e espada; mas os publicanos e as prostitutas, o refugo da sociedade
humana que sabiam que eram tão pobres que nada tinham para oferecer, nem
receber.
·
Tudo
o que podiam fazer era clamar pela misericórdia de Deus.
Pr. Nilton Jorge
Contatos pelo telefone (22) 998746712 Whatsapp
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