sábado, 9 de novembro de 2024

TEXTO: 1Pd 1:18-21.
INTRODUÇÃO:
·      Pedro escreve aos forasteiros e dispersos do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, cinco partes do império romano, todas elas localizadas na Ásia Menor (atual Turquia).
·      Pedro dirige sua carta ao resto da Ásia Menor que não havia sido evangelizado por Paulo e que eram na sua maioria gentios. Pedro usa três palavras diferentes para descrever seus destinatários:
a)   Em primeiro lugar, o termo grego paroikos, cujo signifi­cado é “exilados”. Essa palavra descreve o morador de um país estrangeiro. Um paraikos é alguém que está longe do seu lar, em terra estranha, e cujos pensamentos sempre retor­nam à pátria.
b)   Em segundo lugar, o termo grego diáspora, cujo signi­ficado é “dispersão”. Essa palavra era atribuída aos judeus dispersos por entre as nações, em virtude de perseguição ou mesmo por interesses particulares. Agora, essa mesma palavra é atribuída aos cristãos, espalhados pelo mundo, devido aos ventos da perseguição. Só que a perseguição, porém, em vez de destruir a igreja, promoveu-a. O vento da perseguição apenas espalhou a semente, e cada cristão era uma semente que florescia onde estava plantado.
c)    Em terceiro lugar, o termo grego eklektos, cujo signifi­cado é “eleitos”. Os cristãos foram eleitos por Deus desde a eternidade, antes da fundação do mundo. Foram eleitos em Cristo para a salvação, mediante a fé na verdade e a santificação do Espírito. 
·      Os leitores de Pedro estão passando por um tempo de prova e perseguição. Tal perseguição assumira forma de acusações caluniosas, ostracismo social, levantes populares e ações policiais locais.
·      Após o louvor a Deus pelas bênçãos da salvação, Pedro volta sua atenção para as implicações da salvação. E na segunda parte desse capítulo Pedro vai tratar do viver de modo digno da nossa vocação. O apóstolo Pedro conecta a salvação com a santidade no versículo 13, quando inicia o parágrafo: Por isso... Em virtude do que Deus fez por nós, devemos viver de modo digno dessa salvação. A dádiva graciosa da salvação em Cristo deve levar-nos a uma conduta ajustada e compatível. A doutrina desemboca na ética. A teologia produz vida. 
·      Dos versos 17-21, o apóstolo Pedro passa da santidade dos salvos para a reverência que eles devem prestar a Deus, sendo essa a segunda marca dos que receberam a salvação.
ð A reverência a Deus deve ser observada por três razões.
a)   Em primeiro lugar, o julgamento de Deus.
b)   Em segundo lugar, a redenção de Cristo.
c)    Em terceiro lugar, a f é em Deus. 
·      É nessa segunda observação da reverencia a Deus que destaca o nosso tema. Nos versos 18-20 apóstolo Pedro escreve: Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.
1.    O sangue de Jesus é o tema central da Bíblia. De Gênesis a Apocalipse, esse fio escarlata, o sangue de Jesus, é o tema principal. No Antigo Testamento, o sangue de Jesus é prefigurado no derramamento do sangue dos animais sacrificados nos holocaustos. No Novo Testamento, o sangue de Jesus é derramado para a nossa redenção. Você não é reconciliado com Deus por suas obras, méritos ou religiosidade, mas por meio do sangue de Jesus.
2.    O sangue de Jesus é o fundamento da sua salvação. A sua salvação depende do sangue de Jesus. Se você não estiver debaixo do sangue de Jesus não haverá esperança para você. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado. Suas obras não são suficientes para levar você ao céu. Sua igreja não pode levar você ao céu. Fora do sangue do Cordeiro de Deus ninguém pode entrar no céu.
·      A palavra grega para “redenção” nos remete à instituição da escravatura no antigo império romano. Todas as igrejas cristãs do primeiro século tinham três tipos de membros: escravos, homens livres e homens libertados. Pessoas tornavam-se escravas de várias formas: por causa da guerra, de falência financeira, vendiam-se a si mesmas, eram vendidas por seus pais ou já nasciam escravas. Um escravo podia obter libertação após um tempo de serviço ou principalmente mediante o pagamento de um preço de resgate. Esse preço deveria ser pago por outra pessoa. Portanto, uma pessoa libertada era alguém que já tinha sido escrava, mas agora estava livre.
 
TRANSIÇÃO: Algumas verdades devem ser aqui destacadas:
 
1.             A NOSSA REDENÇÃO CUSTOU UM ALTO PREÇO. (1:18a).

·      Pedro fala sobre do preço da redenção primeiro de forma negativa e depois de forma positiva. Negativamente, não fomos resgatados mediante coisas corruptíveis como prata e ouro, os mais importantes meios de pagamento na época. Embora esses metais sejam nobres e duráveis, desgastam-se com o tempo e corrom­pem-se. Podem ser úteis no comércio, mas são inúteis para o resgate espiritual. São insignificantes para nos libertarem da antiga vida e possibilitar a nova. Nem todo o ouro da terra seria suficiente para nos resgatar do pecado e da mor­te.
·      Estávamos na casa do valente, no império das trevas, na potestade de Satanás. Fomos arrancados da prisão do peca­do, da escravidão do diabo e do terror da morte. Suas obras não são suficientes para levar você ao céu. Sua igreja não pode levar você ao céu. Fora do sangue do Cordeiro de Deus, ninguém pode entrar no céu.
·      O grande avivalista João Wesley sonhou que foi ao inferno e perguntou: Há metodistas aqui? Sim, muitos! Há presbiterianos? Sim, muitos! Há católicos? Sim, muitos! Sonhou também que foi ao céu. E perguntou: Há metodistas aqui? Não! Há presbiterianos? Não! Há católicos? Não! Aqui só há aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro!
ð Pedro evoca a libertação de Israel do cativeiro no Egito. Naquela fatídica noite, um cordeiro pascal foi morto no lugar da cada família, seu sangue foi aspergido nos batentes das portas e sua carne foi comida com ervas amargas.
ð A figura do cordeiro pascal contém dois pensamentos gêmeos: ser emancipados da escravidão e ser libertados da morte. O profeta Isaías, no capítulo 53 de seu livro, descreve esse Cordeiro mudo que foi imolado pelos nossos pecados, e João Batista aponta para Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Isaque perguntou: Onde está o cordeiro? E João Batista respondeu, apontando para Jesus: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!  Jesus é o ofertante e a oferta, o sacerdote e o sacrifício. O autor aos Hebreus declara que Cristo não entrou nos Santo dos Santos por sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos uma vez por todas. E, em Apocalipse, João registrou Ap 5:9 a nova canção que os santos no céu entoavam a Cristo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.

2.             A NOSSA REDENÇÃO ERA UM PLANO ETERNO. (1:20a).

·      O plano eterno da redenção Jesus Cristo é o eterno propósito de Deus. Pedro deixa claro que a morte de Cristo não foi um acidente, mas o cumprimento de um plano, pois Deus a determinou antes da fundação do mundo. Às vezes tendemos a pensar em Deus primeiro como Criador e depois como Redentor. Pensamos que Deus criou o mundo e depois, quando as coisas se complicaram com a queda, buscou alguma maneira de resgatar o mundo mediante Jesus Cristo. Mas aqui temos a majestosa visão de Deus como Redentor antes de ser Criador. O plano da redenção precedeu à criação do universo. Nosso resgate não foi uma decisão de última hora, não foi o plano b. Deus planejou nossa salvação nos refolhos da eternidade. Ap 13:8 O Cordeiro de Deus foi morto desde a fundação do mundo
·      O Filho de Deus manifestou-se no fim dos tempos (Ephifanéia). Ele inaugurou esse tempo do fim em sua encarnação e consumará esse tempo em sua segunda vinda.  
 
3.             A NOSSA REDENÇÃO TEM SUA VIRTUDE NO SANGUE DE JESUS.
 
·      Quem comete pecado é escravo do pecado (Jo 8:34). Por natureza e prática, o homem é escravo do pecado. O pecado pode tomar a forma de um temperamento incontrolado, orgulho, vício, impureza, ganância, vaidade. Nós temos redenção através do sangue de Jesus. Cristo sofreu o castigo do nosso pecado. Ele recebeu a condenação do nosso pecado. Que tipo de pecado ainda está acorrentando a sua vida? Cigarro, álcool, drogas, sexo ilícito, impureza da sua mente? Adultério? Mentira? Mau gênio? O sangue de Cristo pode libertar você do poder desse pecado!
·      Há poder no sangue de Jesus para lidar com a punição do pecado. O salário do pecado é a morte (Rm 6:23). A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:4). Cristo assumiu o nosso lugar. Ele foi à cruz como nosso fiador, substituto e representante. Ele morreu a nossa morte. Ele sofreu o nosso castigo. Ele pagou a nossa dívida. Ele morreu por nós. Rm 5:9 Tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Você não precisa temer mais o inferno, a condenação, o juízo. Cristo morreu sua morte. Ele carregou seus pecados. Ele pagou sua dívida. Você está quite com a lei de Deus, com as demandas da justiça. Nenhuma condenação há mais para você. Seus pecados foram jogados no fundo do mar.
·      Há poder no sangue de Jesus para lidar com a poluição do pecado. O pecado é sujo e ele suja as pessoas, mas o sangue de Jesus nos limpa. O pecado contamina, mas o sangue de Jesus purifica. Como você lidado com a sua mente? Seu coração não precisa mais ser um poço de impureza. Você não precisa mais ser um escravo da impureza sexual. Você pode ser limpo de coração. Você agora pode ter a mente de Cristo!

4.             A NOSSA REDENÇÃO TEM VOZ NO SANGUE DE JESUS Hb 12:24,25.
 
·      O sangue de Abel clamou por vingança, mas o sangue de Jesus clama por perdão.
·      O sangue de Jesus é a voz do perdão Ef 1:7 Nele nós temos redenção através do seu sangue. Jesus disse para o paralítico de Cafarnaum Mc 2:5 Filho, os teus pecados estão perdoados.  Hb 12:25 Veja que você não recuse aquele que fala. O perdão só é possível com base no sangue de Jesus.
·      O sangue de Jesus é a voz da paz Cl 1:20 Tendo feito a paz através do sangue da sua cruz. Nós fomos reconciliados com Deus através do sangue de Cristo.
·      O sangue de Jesus é a voz do poder. O diabo é visto como acusador e opressor do povo de Deus. Como o venceremos? É pelo sangue de Jesus! Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu! Se estamos debaixo do sangue de Jesus estamos protegidos. O sangue de Jesus não é apenas arma de defesa (Ex 12), mas também arma de ataque Ap 12:11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Nós vencemos as hostes do inferno pelo poder do sangue de Cristo. O inferno treme diante do poder do sangue de Cristo. Foi na cruz que Cristo esmagou a cabeça da serpente e desbaratou o inferno. Foi na cruz que Cristo abriu uma fonte de cura e libertação para o seu povo. Foi na cruz que ela nos libertou, nos remiu e pagou a nossa dívida. Foi na cruz que ele tirou de nós o veneno da antiga serpente.

CONCLUSÃO:
·      O sangue de Jesus tem dois brados:
a)   Ele brada pedindo a minha condenação se eu o rejeitar. Os judeus gritaram: “Caia sobre nós e sobre os nossos filhos o seu sangue”. Oh, eles foram dispersos, perseguidos, endurecidos.
b)   Ele brada pedindo o meu perdão Ap 1:5 Em seu sangue, ele nos lavou dos nossos pecados. Agora podemos cantar: Alvo mais que a neve. Alvo mais que a neve. Sim nesse sangue lavado. Mais alvo que a neve eu estou.

Pr. Nilton Jorge
Linhares E.S

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

OS CINCO PILARES DA REFORMA PROTESTANTE

TEXTO:Rm 1:17

INTRODUÇÃO:

·      Na Idade Média, quem mandava na Igreja era o Papa. Ele tinha plenos poderes para instituir e derrubar reis e reinos. A igreja da idade média estava profundamente corrompida e afastada dos primórdios do cristianismo. Uma igreja que nasceu no primeiro século da era cristã sob dura perseguição, sem influência política ou riquezas, na idade media era rica, extremamente influente e perseguindo seus adversários.

·      Foi criado o clero no quarto século, formado por padres, bispos, arcebispos, cardeais e o papa, a expressão clero significa, aqueles que fazem a intermediação entre os homens e Deus, esta era uma liderança muito mais política que espiritual, e mantinha uma distância enorme do povo. O clero não tinha nada a ver com os apóstolos que viviam em comunhão com o povo. O clero em suas reuniões mudaram a forma doutrinária apostólica acrescentado ao fundamento apostólico alguns erros distorcendo e distanciando o povo e a igreja da Palavra de Deus:

ð Em 380 d.C. foi estabelecido como doutrina a oração pelos mortos.

ð Em 535 d.C. foi estabelecida a instituição das procissões.

ð Em 538 d.C. foi estabelecida a celebração da missa de costa para o povo.

ð Em 757 d.C. foi estabelecida a adoração de imagens.

ð Em 884 d.C. começou a canonização de santos.

ð Em 885 d.C. foi estabelecida a adoração da Virgem Maria.

ð Em 1022 d.C. foi legalizada a penitência por dinheiro.

ð Em 1215 d.C. foi estabelecido a adoção da confissão auricular (confessar ao padre)

ð 1470 d.C. inventaram o rosário.

·      Como se reservar moralmente e espiritualmente em meio a tanta corrupção? A igreja estava vivendo um período pior que o das perseguições, o problema estava nos púlpitos e no seio da igreja. Na chamada e intitulada Igreja Católica Romana, havia corrupção de todas as formas. Havia muita violência, baixa expectativa de vida, vida sexual ativa dos padres e bispos fora de um casamento se prostituindo com freiras e mulheres da comunidade, profundos contrastes socioeconômicos e um crescente sentimento nacionalista, enriquecimento ilícito entre muitas coisas. Existia também muita insatisfação, tanto dos governantes como do povo, em relação à igreja, principalmente ao alto clero e a Roma. Na área espiritual, havia insegurança e ansiedade acerca da salvação em virtude de uma religiosidade baseada em méritos, também chamada de religiosidade contábil ou “matemática da salvação”, na qual os pecados equivaliam aos débitos e as boas obras aos créditos.

·      Nesse meio de corrupção destacava as reservas morais e muitos deles lutaram pela reforma. Portanto são chamados de pré-reformadores que se dispuseram a enfrentar as irregularidades e monstruosidades provindas do trono papal. Neste período da Igreja, vivido pelos pré-reformadores, surgiram homens que exerceram grande influência sobre os reformadores.

ð Entre estes citemos o nome de Pedro Bruys, natural do sul da França, era considerado um homem de espírito indomável. Suas pregações eram provocantes e revoltava o clero, por essa razão viveu fugindo para escapar das perseguições. Com a adesão de muitos à sua luta, surgiu o movimento que se chamou de “Petrobrussiano”.

ð Outro pré-reformador foi o frade dominicano Jerônimo Savonarola, de Florença na Itália, ele se levantou contra a imoralidade tanto na sociedade como na Igreja, pra silenciar Savonarola, a igreja romana o condenou como herege e o enforcou.

ð Semelhantemente ao caso de Savonarola, destaca o movimento dissidente liderado por Pedro Valdes, de Lião, que ficou conhecido como “Os Valdenses”.

ð Dois nomes se destacam como tendo sido de grande influência nos reformadores do século 16:

a)   John Wycliffe um sacerdote na Inglaterra, professor na Universidade de Oxford. John Wycliffe se levantou contra pontos centrais dos dogmas adotados pela Igreja Medieval. Ele protestou contra as irregularidades do clero, rejeitou os ensinos acerca da transubstanciação na Ceia do Senhor, do purgatório, do celibato e até das indulgências, também pregou contra as superstições e sincretismos que inundavam a Igreja da época, como a fé em relíquias sagradas, peregrinações com propósitos místicos e veneração de santos. John Wycliffe foi muito perseguido por conta de suas ideias, mas acabou morrendo devido a uma enfermidade. Alguns anos depois de sua morte, John Wycliffe foi condenado como herege pela Igreja no Concílio de Constança. Seus restos mortais foram exumados e queimados, para que lhe fosse aplicada a sentença mesmo depois de morto. Os seguidores de John Wycliffe ficaram conhecidos como “Os Lolardos”, e valorizavam a Bíblia como regra de fé e prática.

b)   John Huss era um sacerdote na Boêmia, professor da Universidade de Praga, e foi muito influenciado pela obra de John Wycliffe. John Huss defendia que o cabeça da Igreja é Cristo, e não o Papa, e pregava que essa Igreja deveria ser mais e mais semelhante à Cristo. Além disso, John Huss entendia que as Escrituras possuem autoridade suprema, acima de tudo e todos. Ele acabou sendo condenado como herege pelo Concílio da Igreja e sentenciado à fogueira, onde morreu cantando salmos.

Os seguidores do John Huss ficaram conhecidos na História de Igreja como Irmãos Boêmios, que se tornaram precursores de outro importante grupo protestante conhecido como Irmãos Morávios.

·      No cárcere, sentenciado pelo papa para ser queimado vivo, João Huss disse: Podem matar o ganso (em alemão, sua língua natal, huss é ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar.

Em 1483 na pequena cidade de Eisleben, na Turíngia Alemanha, em um lar muito religioso nasceu um garoto cujo nome era Martinho Lutero. Seu pai trabalhava nas minas de cobre e a família tinha uma vida confortável. Inicialmente, o jovem pretendeu seguir a carreira jurídica, mas em 1505 defrontou-se com a morte durante uma tempestade e resolveu abraçar a vida religiosa. Ingressou no mosteiro agostiniano de Erfurt, onde se dedicou a uma intensa busca da salvação. No verão de 1511, a negócios de sua Ordem, fez uma visita a Roma, visita que tem sido muito mal entendida. Rezou em muitas igrejas e lugares sagrados de santos e de mártires. Viu muitas relíquias e ouviu muitas histórias dos seus poderes milagreiros. Para livrar seu pai do purgatório subiu de joelhos a Scala Sancta, a escala que se diz ter sido trazida da casa de Pilatos, repetindo em cada degrau, o Pai Nosso. Ao chegar ao topo surgiu-lhe uma pergunta: “Quem sabe se tudo isto é verdade?” Mas isso logo passou, apesar de escandalizado com muita coisa que vira em Roma. Não obstante, sua fé na igreja não sofreu arrefecimento.Voltou ao mosteiro e ao seu ensino. Em 1512, tornou-se doutor em teologia em Wittenberg. Depois ele próprio confessou, que a esse tempo era ainda ignorante do Evangelho. 

·      Em 1512, tornou-se professor da Universidade de Wittenberg, onde passou a ministrar cursos sobre vários livros da Bíblia, como Salmos, Romanos, Gálatas e Hebreus. Isso lhe deu um novo entendimento acerca da “justiça de Deus”: ela não era simplesmente uma expressão da severidade de Deus, mas do seu amor e graça que justifica o pecador mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 1:17).

·      Entre as principais acusações de Lutero estava à doutrina da doutrina do purgatório (estágio intermediário entre inferno e céu para pagar pecados), venda de indulgências (venda de perdão de pecados) e a simonia (venda de cargos e objetos sagrados).

·      No dia 31 de outubro de 1517, cento e dois anos após a morte de João Huss, o monge agostiniano Martinho Lutero, seguindo o mesmo ideal de Huss, de lealdade às Escrituras, afixa à porta da igreja do castelo de Witenberg, as suas 95 teses contra algumas doutrinas da igreja. Este é o principal marco da Reforma, portanto o dia em que a celebramos.

·      A Reforma Protestante não foi um desvio da igreja ou um simples movimento separatista, na verdade os primeiros reformadores nunca quiseram uma divisão, pelo contrário eles queria realmente reformar a igreja, corrigindo os erros com base no ensino da Bíblia. O surgimento das igrejas protestantes e consequentemente avanço do protestantismo no mundo foi um desdobramento de tudo isto, mas não foi idealizado pelos primeiros reformadores. Entre os que auxiliaram a reforma de modo geral estão:

ð Ulrico Zuinglio na Suiça por meio dele veio os Anabatista.

ð João Calvino na França, em 1536 foi persuadido por Farel a ajudar na reforma em Genebra, foi forçado a sair de Genebra e estabeleceu-se em Estranburgo, onde se casou. Em 1541 retornou a Genebra e comandou a reforma ali, refugiados protestantes de todas as partes da Europa iam a Genebra e levavam consigo idéias de Calvino. 

ð João Knox da Escócia. Foi influenciado por Tomás Guilherme e Jorge Wishart; Passou um ano e meio como escravo galé; Em 1549 foi para a Inglaterra e começou a pregar contra o catolicismo; Em 1553 foi para Genebra, influenciado por Calvino; Em 1558 publicou o Primeiro toque de clarim, assim que Elisabeth subiu ao trono; Em 1559 retornou à Escócia e conduziu a Reforma ali.

·      O movimento teve 5 pilares (mas não apenas), que são fundamentais para qualquer igreja evangélica atual. Independente da ênfase teológica e denominacional os pilares da reforma fundamentais. Estes pontos são tão importantes, que ouso dizer, que se uma igreja discorda de qualquer um destes pilares ela não é mais uma igreja evangélica. Apesar de os conceitos expressos nos 5 Solas serem evidentes na teologia da Reforma Protestante, tais conceitos foram sintetizados tempos depois quando teólogos reformados analisaram de forma sistemática as diretrizes da Reforma. São elas:

a)   A centralidade das Escrituras (Sola Scriptura);

b)   A justificação pela fé (Sola Gratia, Solus Christus, Sola Fide, Soli Deo Gloria);

c)    E o sacerdócio de todos os crentes.

·      Quando a igreja medieval se perdeu, a redescoberta dessas doutrinas fundamentais durante a Reforma ajudou a igreja a recuperar o equilíbrio.


1.    A Primeira Sola: Sola Scriptura. Em primeiro lugar, precisamos entender que a doutrina da Reforma da Sola Scriptura surgiu como uma resposta ao erro percebido no ensino da igreja. A disputa com Roma não era sobre a inspiração ou inerrância das Escrituras. Roma afirmou ambas as doutrinas. O problema, em vez disso, era devido ao fato de que, ao longo de muitos séculos, Roma havia gradualmente adotado uma visão da relação entre a igreja, a Escritura e a tradição que efetivamente colocava a autoridade final em algum lugar diferente de Deus. A tradição foi concebida como uma segunda fonte de revelação, e o papa e o magistério romano foram vistos como a autoridade final em questões de fé e prática. A doutrina da Reforma do sola Scriptura, afirma que a Escritura deve ser entendida como a única fonte de revelação divina, a única norma inspirada, infalível, final e autorizada de fé e prática. Em outras palavras, o que a Escritura diz, Deus diz. A Escritura é metafisicamente única. A Escritura deve ser interpretada na e pela igreja, e deve ser interpretada dentro do contexto hermenêutico da regra de fé. O Sola Scriptura não significa afirmar que o cristão deve consultar, pesquisar e analisar única e exclusivamente as Escrituras na busca pelas respostas que necessita, mas ao analisar outras fontes, independentes de quais sejam, o veredito final sobre tais respostas sempre deve ser das Escrituras. São as Escrituras que devem “bater o martelo” sobre se tais respostas encontradas devem ou não serem aceitas pelo verdadeiro cristão.

 

2.     A segunda Sola: Sola Fide. Muitas vezes referida como “a causa material” da Reforma, a doutrina da justificação Sola Fide (somente pela fé) foi um ponto chave do debate entre os reformadores protestantes e a Igreja Católica Romana no século XVI, e permaneceu um ponto de desacordo desde então. Martinho Lutero e seus seguidores expressaram a importância da doutrina da justificação pela fé somente ao ensinar que é “o artigo pelo qual a igreja permanece ou cai”. A justificação é um ato da graça gratuita de Deus aos pecadores, no qual ele perdoa todos os seus pecados, aceita e considera suas pessoas justas aos seus olhos; não por qualquer coisa realizada neles ou por eles, mas apenas para a perfeita obediência e plena satisfação de Cristo, por Deus imputada a eles e recebida pela fé somente.

3.    A terceira Sola: Sola Gratia. No início do século V, ocorreu uma controvérsia teológica que moldaria para sempre o pensamento da igreja. Em suas Confissões , Agostinho de Hipona escreveu na forma de uma oração as palavras: “Dê o que tu comandas e comanda o que tu queres”. O monge britânico Pelágio ficou chateado com essas palavras, acreditando que elas dariam aos cristãos uma desculpa para não obedecer a Deus. Pelágio acreditava que se Deus ordenasse algo, então o homem era naturalmente (sem a graça) capaz de fazê-lo. Ele acreditava que isso era possível porque ele também acreditava que o pecado de Adão afetou apenas Adão. Todos os seres humanos nascem no mesmo estado em que Adão nasceu, capaz de obedecer a Deus ou desobedecê-lo. Se eles obedecem, suas boas obras merecem a salvação. Caso contrário, eles merecem o castigo de Deus. Agostinho, por outro lado, ensinou que o pecado de Adão impactou dramaticamente todos os seus descendentes. Desde a queda, todos os seres humanos nascem neste estado decaído com sua vontade em escravidão ao pecado. Por causa da queda, nascemos espiritualmente mortos, incapazes de escolher ou desejar o bem. Não somos salvos puxando-nos para cima. O pecador caído não é um homem que está se afogando e precisa apenas fazer sua parte estendendo a mão para agarrar o salva-vidas lançado por Deus. Não, o pecador está em uma condição muito mais séria. Ele não pode pegar um colete salva-vidas porque não está apenas se afogando. Ele é um cadáver frio, morto e sem vida no fundo do mar. Se ele quiser ser salvo, não será capaz de cooperar com Deus. Sua salvação será um ato de pura graça, e somente graça, da parte de Deus (Ef 2: 8).

4.    A quarta Sola: Solus Christus. Os reformadores não rejeitaram a doutrina da Igreja Católica Romana sobre a pessoa de Cristo. O trinitarismo niceno e a cristologia calcedoniana não eram o problema, e os teólogos das igrejas reformadas prontamente usaram os argumentos bíblicos e teológicos de teólogos patrísticos e medievais para defender o trinitarismo e a cristologia tradicionais. O problema, então, não era a pessoa de Cristo. O problema era a obra de Cristo. O debate centrou-se no sistema sacramental que Roma havia construído, um sistema no qual a graça de Cristo era mediada para o povo por meio de um elaborado sistema de sacerdotes e obras sacramentais. Por meio desse sistema sacramental, a igreja romana controlava efetivamente a vida do cristão desde o nascimento (batismo) até a morte (extrema unção) e até mesmo depois (missas pelos mortos). Martinho Lutero e outros reformadores perceberam que esse elaborado sistema de obras obscurecia a pessoa e a obra de Cristo, pois era tão claramente ensinado nas Escrituras. Lutero argumentou que o papado, por meio desse sistema sacramental, usurpou as prerrogativas de Cristo, tornando-se dispensador da graça de Deus. Somente Cristo, e não a igreja, é nosso único Mediador. Como Huldrych Zwingli proclamou: “Cristo é o único meio de salvação para todos os que foram, são ou existirão”. Os reformadores e seus herdeiros tinham a intenção de proclamar Jesus Cristo e Ele crucificado. Eles reconheceram que, porque Cristo é o único meio de salvação para o homem, Ele é o centro da mensagem da Bíblia. Seus livros eram centrados em Cristo. Seus sermões eram centrados em Cristo. Sua adoração era centrada em Cristo. Tudo isso contrastava fortemente com a religião centrada no homem do catolicismo romano da Idade Média tardia.

 

5.    A quinta Sola: Soli Deo Gloria. Soli Deo gloria não é precisamente paralelo aos outros quatro solas porque, em certo sentido, é o início e o fim dos outros quatro. O Espírito Santo inspirou as Escrituras apenas para a glória de Deus. Cristo se humilhou até a morte e foi ressuscitado e exaltado à destra do Pai, somente para a glória de Deus. Graça e misericórdia são oferecidas aos pecadores rebeldes somente para a glória de Deus. A justificação é pela fé somente para a glória de Deus. Soli Deo gloria, portanto, é central.

·      É importante entender que quando falamos sobre a glória de Deus, estamos falando antes de mais nada sobre um atributo de Deus. Ele também manifesta Sua glória nas obras de criação e redenção, mais significativamente na pessoa e obra de Jesus Cristo, o Senhor da glória. Deus também se glorifica na igreja e por meio dela. Adoração não existe para nosso entretenimento. A adoração existe apenas para a glória de Deus.

TRANSIÇÃO: As mensagens proclamadas pela Reforma continuam sendo pertinentes aos nossos dias. Quais foram os legados da reforma para a igreja?

1)             A REFORMA RESGATOU O CONCEITO DE PECADO - Rm 3:10-23.

·      A venda das indulgências mostra como o conceito do pecado estava distorcido na ocasião da Reforma do Século XVI. A Igreja Medieval e, principalmente, as ações de Tetzel, fugiram totalmente da visão bíblica de que pecado é uma transgressão da Lei de Deus, qualquer falta de conformidade com Seus padrões de justiça e santidade. A essência do pecado foi banalizada ao ponto de se acreditar que o seu resgate podia se efetivar pelo dinheiro. É fácil ver as implicações que a falta de um conceito bíblico de pecado traz para outras doutrinas chaves da fé cristã. Por exemplo: se o resgate é em função da soma de dinheiro paga, como fica a expiação de Cristo, qual a necessidade dela? Ao se insurgir contra as indulgências, Lutero estava, na realidade, reapresentando a mensagem da Palavra de Deus sobre o homem, seu estado, suas responsabilidades perante o Deus Santo e Criador e sua necessidade de redenção.

·      Hoje, estes conceitos estão cada vez mais ausentes da doutrina da Igreja contemporânea. Estamos nos acostumando a ouvir que todas as ações são legítimas; que pecado é um conceito relativo e ultrapassado, que o que importa é a felicidade pessoal e não a observância de princípios.  Nos meios liberais da forma de crer, há uma preocupação muito maior com a necessidade de encontrar justificativas, explicações e racionalizações do que com a convicção e o arrependimento. Arrependimento e uma volta para Deus é o clamor do céu pra essa geração.


2)             A REFORMA PREGOU A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO SOMENTE PELA FÉ - Gl 3:10-14.

·      A Igreja Católica havia distorcido o conceito da salvação, pregando abertamente que a justificação se processava por intermédio das boas obras de cada fiel. Lendo a Palavra, Lutero verificou o quão distanciada essa pregação estava das verdades bíblicas, a salvação é uma graça concedida mediante a fé e as boas obras não fornecem a base para ela, mas apenas a evidenciam e são subprodutos dela. A salvação procede da infinita misericórdia de Deus para com o homem pecador. É Deus quem arranca o homem da lama e perdição do pecado. Enfim, a obra completa da salvação é realizada por Deus.

·      Hoje, estamos novamente perdendo essa compreensão, a mensagem da Reforma é necessária. A justificação pela fé continua sendo esquecida e procura-se a justificação pelas obras. Muitas vezes prega-se e procura-se a justificação perante Deus através do envolvimento em ações de cunho social. A justificação pela fé está sendo considerado um ponto secundário, mesmo no campo evangélico. Assim, muitos têm partido para trabalhos de ampla cooperação com Deus para a salvação, entenda nada do que você faça fará você obter a salvação.

3)             A REFORMA RESGATOU O CONCEITO DA AUTORIDADE VITAL DA PALAVRA DE DEUS - 2 Pe 1:16-21.

·      Na ocasião da Reforma, a tradição da Igreja já havia se incorporado aos padrões determinantes de comportamento e da doutrina e, na realidade, já havia abandonado as prescrições das Escrituras. A Bíblia era conservada distante e afastada da compreensão dos devotos, era considerada um livro só para os entendidos, um livro obscuro e até perigoso para as massas.

·      Os Reformadores redescobriram e levantaram bem alto o único padrão de fé e prática: a Palavra de Deus e, por este padrão, aferiram tanto as autoridades como as práticas religiosas em vigor.

ð Hoje o mundo está sem padrão. Mas não é somente o mundo, a própria Igreja Evangélica está voltando a enterrar o seu padrão em meio a um entulho místico pseudo-espiritual, a mensagem da Reforma continua necessária. As pessoas não querem pensar, as pessoas querem sentir. Não buscamos o que é certo, mas o que da certo.

ð Sabemos que nas pessoas sem Deus imperam o subjetivismo e o existencialismo. A única regra de prática existente parece ser: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos.

ð No meio eclesiástico liberal, já nos acostumamos a identificar o ataque constante à veracidade das Escrituras. Já há mais de dois séculos os liberais têm contestado sistematicamente a Palavra de Deus, como se a fé cristã verdadeira fosse capaz de subsistir sem o seu alicerce principal.

ð No campo evangélico neopentecostal a suficiência da Palavra de Deus é desconsiderada e substituída pelas supostas "novas revelações", que passam a ser determinantes das doutrinas e práticas do povo de Deus.

·      A Confissão de Fé de Westminster, em seu Capítulo 1º, apresenta a mensagem inequívoca da Reforma do Século XVI, cada vez mais válida aos nossos dias. Ali a Bíblia é descrita como sendo a "… única regra infalível de fé e de prática".

4)             A REFORMA REDESCOBRIU NA PALAVRA A DOUTRINA DO SACERDÓCIO INDIVIDUAL DO CRENTE – Hb 10:19-21.

·      O sacerdócio individual do crente foi uma outra doutrina resgatada. Ela apresenta a pessoa de Cristo como único mediador entre Deus e os homens, concedendo a cada salvo "acesso direto ao trono" por intermédio do sacrifício de Cristo na cruz e pela operação do Espírito Santo no "homem interior". O ensinamento bíblico, transmitido pela Reforma, eliminava os vários intermediários que haviam surgido ao longo dos séculos, entre o Deus que salva e o pecador redimido. Na ocasião, esse era um ensinamento totalmente estranho à Igreja de Roma, que sempre se apresentou como tendo a palavra final de autoridade e interpretação das Escrituras.

·      O ensinamento do sacerdócio individual do crente foi o grande responsável pelo estudo aprofundado das Escrituras e pela disseminação da fé reformada. Levados a proceder como os bereanos.

·      A mensagem da Reforma continua sendo necessária hoje. A igreja contemporânea está multiplicando-se em quantidade de adeptos, mas é uma multiplicação estranha que segue acompanhada de uma preguiça mental quanto ao estudo. Parece que fomos todos tomados de anorexia espiritual, onde nos contentamos com muito pouco, nos achamos mestres sem estudar, nos concentramos na periferia e não no cerne das doutrinas e ficamos felizes com o recebimento só do "leite" e não da "carne".

·      A mensagem da Reforma é necessária para que não venhamos a testemunhar a consolidação de toda uma geração de "analfabetos cristãos". Em vez de procurar "tudo enlatado" e de deixar que apenas formas de entretenimento povoem nossa mente e coração, devemos nos lembrar constantemente da importância de "guardar a palavra no coração".

·      Precisamos nos aperceber de que a objetividade da Palavra de Deus é verdade proposicional objetiva. Mas esta objetividade tem que ser acompanhada do nosso estudo e da nossa capacidade de compreensão, sob a iluminação do Espírito Santo de Deus, e da aplicação coerente dos ensinamentos desta Palavra em nossa vida.


CONCLUSÃO:

·      Devemos reconhecer a Reforma como um movimento operado por homens falíveis, mas poderosamente utilizados pelo Espírito Santo de Deus para resgatar Suas verdades e preservar a Sua Igreja.

Não devemos endeusar os Reformadores nem a Reforma, mas não podemos deixá-la esquecida e nem deixar de proclamar a sua mensagem, que reflete o ensinamento da Palavra de Deus para os dias de hoje. A natureza humana continua a mesma, submersa em pecado. Os problemas e situações tendem a se repetir, até no seio da Igreja. O Deus da Reforma fala ao mundo hoje, com a mesma mensagem eterna. Devemos, em oração e temor, ter a coragem de pregá-la e proclamá-la à nossa Igreja.



Pr. Nilton Jorge

Linhares - AD Comunhão