INTRODUÇÃO AO JUIZES (Série Juízes -1)

TEXTO: Jz 1:1

INTRODUÇÃO: 

·      O livro de Juízes foi escrito para o povo de Israel, da época de Davi. Os assuntos tratados em Juízes sugerem que o livro foi composto num período em que havia forte controvérsia em torno da questão se o rei deveria ser da casa de Davi (Tribo de Judá) ou da casa de Saul (Tribo de Benjamim). Quando Davi reinou em Hebron, Isbosete (filho de Saul) reinou no Norte. Israel estava em crise sobre guardar ou não sua aliança com Deus. Israel precisava de um rei que capacitasse e encorajasse a nação a manter os termos da sua aliança com Deus.

 

·      O autor do livro de Juízes é desconhecido. O Talmude atribui o livro de Juízes a Samuel. O livro de Juízes cobre o período que vai da morte de Josué até a inauguração da monarquia somando-se 350 anos.  O livro de Juízes mostra um padrão ou um ciclo, que se repete na história antiga de Israel, 7 Apostasias, 7 Opressões, 7 Arrependimentos com clamores e 7 Libertações. Se fossemos dar um tema ao Livro seria, as constantes misericórdias de Deus nos constantes fracassos dos homens.

·      Após a morte de Josué, não tinha em Israel um governo central forte. Era uma confederação de tribos independentes, sem qualquer força unificadora, exceto Deus. Foram 350 anos de anarquia moral, religiosa e social.

·      O tempo dos Juízes de Israel foi o tempo da Teocracia ou o governo de Deus, mas também foi um tempo de extremos para Israel. Extremos de fartura e escassez, extremos de pessoas comprometidas e pessoas distantes de Deus.

·      Aquele foi um tempo de três séculos e meio com algumas marcas em suas gerações:

 

a)   UMA GERAÇÃO QUE NÃO EXPERIMENTOU QUE NÃO PROVOU DE DEUS Jz 2:10b “...e eis que se levantou outra geração depois deles que não conhecia o senhor, tampouco as obras que Ele havia feito por Israel”.

·      A SEPTUAGINTA VERSÃO DOS 70 traduz o verbo conhecer YADA no hebraico para o grego ‘gínomai’ ou ‘gignósko’dai o termo “conhecer” nas Escrituras tem um sentido que vai além do sentido básico de simplesmente ter conhecimento intelectual de algo ou de alguém. Na concepção bíblica, o conhecimento não está essencialmente, nem mesmo primariamente, enraizado no intelecto e na atividade mental. Em vez disso é mais experimental e está embutido nas emoções, de modo que possa abranger qualidades tais como contato, intimidade, preocupação, parentesco e reciprocidade.

b)   UMA GERAÇÃO SEM ABSOLUTOS MORAIS OU ESPIRITUAIS Jz 21:25 “Naqueles dias não havia reis em Israel; cada homem fazia aquilo que era certo aos seus próprios olhos”. A instabilidade política, o colapso moral e a infidelidade espiritual foram as marcas distintivas desse tempo. Viviam de forma antropocêntrica, e não teocêntrica. A forma de vida do politicamente correto estava estampada no estilo de vida, não havia verdade absoluta e a moral bem como o padrão de moralidade havia ruído. ONDE NÃO HÁ SUBMISSÃO A AUTORIDADE A DESORDEM E O CAOS É INSTAURADO.

 

c)     UMA GERAÇÃO QUE NÃO VALORIZA A VIDA COM DEUS 1 Sm 3:1b

“...E a Palavra do Senhor era Rara naqueles dias: as visões não eram frequentes”. Acredito que esse é o resultado gradativo das outras duas marcas dos dias dos Juízes, pois onde há pessoas que não desfrutam de Deus e de suas obras, onde não absolutos divino e verdade absoluta, não haverá valorização a palavra profética e as coisas espirituais.

Obs: O NOSSO MAIOR PROBLEMA NÃO SÃO OS NOSSOS INIMIGOS, E SIM O NOSSO DISTANCIAMENTO DE DEUS. As pessoas sempre tendem a culpar alguém, alguma coisa ou alguma circunstância por seus fracassos, quando deveriam, primeiramente, avaliar seu coração e seu relacionamento com Deus.

Pr. Nilton Jorge - Contatos para agenda (22) 998746712 Whatsapp