quinta-feira, 16 de novembro de 2023

REFIDIM A GEOGRAFIA DA BENÇÃO

TEXTO: Ex 17:7

INTRODUÇÃO:

·      Por volta de 1440 a.C, Israel escapou da escravidão do Egito e tornou-se uma nação peregrina. Segundo o livro de Números 33:1-14, o povo acampou primeiramente em Sucote, em seguida em Etã, depois retornou e acampou em Pi-Hairote. Então, os israelitas atravessaram o mar, acampando no deserto de Mara. Na sequência, acamparam em Elim. Após Elim, acamparam no deserto de Sim, depois em Dofca, em Alus, e só então chegaram em Refidim ao sul da península do Sinai. 

·      Após toda essa peregrinação, estavam bem próximos de chegar ao Monte Sinai, onde iriam receber as tábuas da Lei. Tudo isso ocorreu em apenas três meses!

·      O povo chegou a Refidim possuídos de grande esperança e boas expectativas, pois o significado do nome infundia esperança: Refidim quer dizer: lugar de espalhar ou expandir, ali infundia a idéia de um lugar de refrigério, um lugar para descanso, lugar de sustento, lugar para restaurar as energias perdidas.

·      Porém o lugar de se expandir não tinha água e o povo chegou aquele lugar sedente. A falta de água no lugar que deveria ter água virou lugar de contendas e desavenças e murmurações. Esse lugar onde Deus fez a água brotar do coração da pedra passou a ser chamado de Massa e Meribá, ou seja, provocação e contestação ou murmuração. Massa e Meriba passaram, a partir daí, a significar muito mais que o nome de um lugar. Passou a designar toda situação de falta de fé e de provocação a Deus.

·      A parada em Refidim era estratégica por parte de Deus, que queria provar os israelitas Sl 81:7 Provei-te nas águas de Meribá.

LIÇÃO: Deus, poderia fazer jorrar água de onde Ele bem entendesse: Do céu (em forma de chuva), das rochas (como uma fonte), do solo, enfim, água não seria problema para quem já havia aberto o mar, realizado sinais e maravilhas na terra do Egito, feito maná cair do céu. Mas, os Israelitas, esqueceram cedo, quem era Deus.

ð As benções de ontem, via de regra serve para nós termos motivação (motivo para a ação), para crermos em uma ação poderosa para o Haja de Deus hoje.

ð Ao invés de se motivarem com o que Deus havia feito em provas passadas, eles murmuram, questionam a liderança, querem voltar ao Egito, paralisam a fé, não olham para os sinais visíveis que Deus havia dado como presente (a nuvem que os dirigia e a coluna de fogo que os protegia).


TRANSIÇÃO: Há algumas verdades no texto a serem observadas.

1)             NA GEOGRAFIA DA JORNADA, CUIDADO COM A CARAVANA.

·      As pessoas de todos os tempos se pautam por 3 coisas: Conforto físico, interesses e conveniências. A jornada cristã não é uma coisa fácil. Deus tem suas paradas para provações na jornada para ensinar lições extraordinárias que nos levarão a maturidade.

a)   O povaréu queria um Deus utilitário, que atendesse prontamente suas necessidades, um deus de preferência com um cartão crédito ilimitado, um Deus para satisfação de seus desejos carnais.

·      LIÇÃO: Deus nem sempre dará o que você pede, mas o que você necessita.

b)   Eles insistiam em ter um Deus particular como um amuleto. Quem busca um deus particular, busca facilitações, um Deus apenas para as horas ruins.

c)    A geração de Moisés não conheceu a intimidade nem desfrutou da presença. Tinham interesses pelas “Demais coisas” e não pelo Reino de Deus e sua Justiça.

As gerações mudaram, mas o sentimento ainda é o mesmo que nos dias de Jesus.

1. Pessoas que o seguiam em busca de novidades, que estavam sempre atentas ao próximo milagre, um movimento que quebrasse a rotina. Estes seguidores queriam saber quando iria sair à próxima fornada de pão. Gente que estava buscando conforto físico e conveniência.

2. Pessoas que o seguiam por que achavam bonita a sua oratória, que se deliciavam com suas palavras, mas sem ter envolvimento algum mais efetivo com seus ensinos.  

3. Pessoas que o seguiam por falta de opção de outro líder ou fonte de entretenimento.

4. Pessoas que estavam à espera de um milagre. Tendo o alcançado, passaram a seguir a Jesus se comprometendo com seus ensinos.

5. Pessoas que o seguiam unicamente por uma questão de fé. Se Deus fizer Ele é Deus, se não fizer continua sendo Deus, não são as benções Deus que, que revelam quem Ele é, mas sua Soberania. DEUS BUSCA ADORAÇÃO NOS VALES DA VIDA.

2)             NA GEOGRAFIA DA JORNADA, CUIDADO PARA NÃO TRANSFORMAR O LUGAR DE EXPANDIR E ESPALHAR, EM LUGAR DE MURMURAÇÃO.

·      O que Deus queria deles era adoração, um coração sincero e contrito. Deus queria um relacionamento sério, íntimo e duradouro.

·      AQUI EM MERIBÁ HÁ 4 ADVERSÁRIO DA ORAÇÃO:

a) Incredulidade: Afastamos-nos de Deus porque duvidamos de Sua fidelidade. Não permita que a incredulidade crie raízes. Às vezes, Deus pode parecer distante, mas jamais duvide da fidelidade dEle. A incredulidade é o pecado que mais irrita a Deus. Deus não ficou irritado com as reclamações em si, mas pela falta de fé das pessoas, mesmo Ele tendo operado milagres grandiosos em suas vidas.

b) Murmuração: A murmuração de cada um deles tirou deles o direito de ver o milagre acontecer. Ex 17:5-6 Murmurador não tem direito a ver as operações e os milagres de Deus em suas vidas. A murmuração é fruto da ingratidão.

c) Impaciência: A insatisfação irmã gêmea da impaciência e da ingratidão levou o povo de Deus a esquecer dos benefícios dele recebidos, proporcionando-lhes água, maná, carne, proteção a ponto de dizerem: Nm 21:5 “Por que nos fizeste subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil”.

d) Endurecimento de coração: Salmo 95:8 Não endureçais o coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto. O endurecimento dos corações é uma dureza impenetrável.

ð É perder toda sensibilidade de entender a Deus;

ð É perder a sensibilidade da grandeza de Deus;

ð É perder a sensibilidade da reverência das coisas sagradas;

ð É perder a sensibilidade de se arrepender dos pecados e aceitar a salvação;

ð É perder a sensibilidade pela Palavra de Deus não se sujeitando ao Seu aprendizado;

ð Enfim, é ser uma pessoa insensível.

OBSERVAÇÃO: A cura da murmuração é o quebrantamento na oração. O que os israelitas tinham que fazer era se voltar para Deus e orar, buscar, clamar até que uma fonte jorrasse. Sl 34:18 Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido.

A oração de um coração quebrantado:

ð Ela é movida pela certeza de que não será desprezada.

ð Ela tem a convicção de que há um Deus criador e mantenedor de todas as coisas.

ð Ela é alimentada pela esperança de que o Deus da provisão irá suprir suas reais necessidades.

ð Ela é honesta em suas palavras, faz confissão de pecados.

ð Ela é decisiva quando feita em clamor.

ð Ela tem som de brisa quando feita em súplicas.

ð Ela é diplomata quando feita em petições.

 

3)             NA JORNADA DA VIDA A ROCHA SEMPRE O SEGUIRÁ.

ð Este incidente nos revela mais uma grande figura de Cristo.

a)   A rocha é uma figura de Jesus Cristo I Co 10:4 Beberam todos duma mesma bebida espiritual, porque bebiam da Pedra espiritual que os seguia; e a Pedra era Cristo.

b)   A vara era um símbolo do poder, autoridade e julgamento de Deus. Isto é visto repetidamente nos primeiros dezesseis capítulos de Êxodo.

c)    Moisés representava a santa lei de Deus.

1. A rocha devia ser ferida. Com que clareza isto nos faz lembrar de que Jesus Cristo somente poderia nos salvar sofrendo em nosso lugar (Isaías 53:4-5).

2. A rocha foi ferida por Moisés. O pecado é a transgressão da lei (I João 3:4) e a morte é a sua penalidade (Romanos 6:23). Cristo nasceu sob a lei (Gálatas 4:4), honrou seus preceitos com uma vida pura (Hebreus 7:26) e então tomou o nosso lugar no Calvário. A maldição da lei caiu sobre Cristo (Gálatas 3:13) porque levou os nossos pecados no madeiro (I Pedro 2:24). Tudo isto está tipificado no ferir da rocha pelo legislador de Israel.

3. A rocha foi ferida com a vara do Divino poder e julgamento. Quando Cristo padeceu por nós no Calvário, Ele estava sofrendo a justa ira do Pai sobre o pecado (Isaías 53, Zacarias 13:7).

4. A rocha foi ferida enquanto os anciãos de Israel serviam de testemunhas. Da mesma maneira, na morte e ressurreição de Cristo, houve um abundante número de testemunhas (Atos 26:26, I Coríntios 15:3-8).

5. O ferir da rocha supriu Israel com uma fonte de água para sustento da vida Sl 78:15-16 Fendeu as rochas no deserto e deu-lhes tanta água como a que flui das profundezas; da pedra fez sair regatos e fluir água como um rio.

·      Somente pela morte é que Cristo se tornou a água da vida para nós (Jo 7:37-38 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

·      Ele é superior em todas as formas quando comparado com as vazias promessas e prazeres desta vida Jo 4:13-14 Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

·      Hoje, aquele que tem sede é ainda convidado a vir às águas da vida Ap 22:17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.

6. A rocha seguiu Israel pelo o deserto I Co 10:4 E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mesmo hoje, nós descansamos na promessa de que o Salvador que nos sustém nunca nos abandonará.

7. A rocha nunca mais deveria ser ferida. Cristo morreu uma vez por nossos pecados e isto foi suficiente. Quando Moisés mais tarde feriu novamente a rocha, foi punido severamente por corromper o sentido que esta figura representava.

·      Há uma grande finalidade na cruz. Se você necessita de salvação, fale com a Rocha.

CONCLUSÃO:

TER UMA VIDA DE ORAÇÃO É DESFRUTAR DA PRESENÇA DELE NA JORNADA.


 

Pr. Nilton Jorge – Contatos (22) 998746712 Whatsapp

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