TEXTO: Ex 17:7
INTRODUÇÃO:
·
Por
volta de 1440 a.C, Israel escapou da escravidão do Egito e tornou-se uma nação peregrina.
Segundo o
livro de Números 33:1-14, o povo acampou primeiramente em Sucote,
em seguida em Etã, depois retornou e acampou em Pi-Hairote. Então, os israelitas
atravessaram o mar, acampando no deserto de Mara. Na sequência, acamparam em
Elim. Após Elim, acamparam no deserto de Sim, depois em Dofca, em Alus, e só
então chegaram em Refidim ao sul da península do Sinai.
·
Após
toda essa peregrinação, estavam bem próximos de chegar ao Monte Sinai, onde iriam
receber as tábuas da Lei. Tudo isso ocorreu em apenas três meses!
·
O povo chegou a Refidim possuídos de grande
esperança e boas expectativas, pois o significado do nome infundia esperança: Refidim quer
dizer: lugar de espalhar ou expandir, ali infundia a idéia de um lugar de
refrigério, um lugar para descanso, lugar de sustento, lugar para restaurar as
energias perdidas.
·
Porém o lugar de se expandir não tinha água e o povo
chegou aquele lugar sedente. A falta de água no lugar que deveria
ter água virou lugar de contendas e desavenças e murmurações. Esse lugar onde
Deus fez a água brotar do coração da pedra passou a ser chamado de Massa e Meribá,
ou seja, provocação e contestação ou murmuração. Massa e Meriba passaram, a
partir daí, a significar muito mais que o nome de um lugar. Passou a designar
toda situação de falta de fé e de provocação a Deus.
·
A parada em Refidim era estratégica por parte de
Deus, que queria provar os israelitas Sl 81:7 Provei-te nas
águas de Meribá.
LIÇÃO: Deus, poderia fazer jorrar água de onde
Ele bem entendesse: Do céu (em forma de chuva), das rochas (como uma
fonte), do solo, enfim, água não seria problema para quem já havia aberto o
mar, realizado sinais e maravilhas na terra do Egito, feito maná cair do céu.
Mas, os Israelitas, esqueceram cedo, quem era Deus.
ð
As benções de ontem, via de regra serve para nós
termos motivação (motivo para a ação), para crermos em uma ação
poderosa para o Haja de Deus hoje.
ð Ao invés de se motivarem com o que Deus havia feito em provas passadas, eles murmuram, questionam a liderança, querem voltar ao Egito, paralisam a fé, não olham para os sinais visíveis que Deus havia dado como presente (a nuvem que os dirigia e a coluna de fogo que os protegia).
TRANSIÇÃO: Há algumas verdades no texto a serem observadas.
1) NA GEOGRAFIA DA JORNADA, CUIDADO COM A CARAVANA.
· As pessoas de todos os tempos se pautam por 3 coisas: Conforto físico, interesses e conveniências. A jornada cristã não é uma coisa fácil. Deus tem suas paradas para provações na jornada para ensinar lições extraordinárias que nos levarão a maturidade.
a)
O povaréu queria
um Deus utilitário, que atendesse prontamente suas necessidades, um
deus de preferência com um cartão crédito ilimitado, um Deus para satisfação de
seus desejos carnais.
·
LIÇÃO: Deus
nem sempre dará o que você pede, mas o que você necessita.
b)
Eles insistiam
em ter um Deus particular como um amuleto. Quem busca um deus
particular, busca facilitações, um Deus apenas para as horas ruins.
c)
A geração de
Moisés não conheceu a intimidade nem desfrutou da presença. Tinham
interesses pelas “Demais coisas” e
não pelo Reino de Deus e sua Justiça.
As gerações mudaram, mas o
sentimento ainda é o mesmo que nos dias de Jesus.
1. Pessoas
que o seguiam em busca de novidades, que estavam
sempre atentas ao próximo milagre, um movimento que quebrasse a rotina. Estes
seguidores queriam saber quando iria sair à próxima fornada de pão. Gente que
estava buscando conforto físico e conveniência.
2. Pessoas
que o seguiam por que achavam bonita a sua oratória, que se deliciavam com suas
palavras, mas sem ter
envolvimento algum mais efetivo com seus ensinos.
3. Pessoas
que o seguiam por falta de opção de outro líder ou fonte de entretenimento.
4.
Pessoas que estavam à espera de um milagre. Tendo o
alcançado, passaram a seguir a Jesus se comprometendo com seus ensinos.
5. Pessoas que o seguiam
unicamente por uma questão de fé. Se Deus fizer Ele é Deus, se não
fizer continua sendo Deus, não são as benções Deus que, que revelam quem Ele é,
mas sua Soberania. DEUS BUSCA ADORAÇÃO NOS VALES DA VIDA.
2) NA GEOGRAFIA DA JORNADA, CUIDADO PARA NÃO TRANSFORMAR O LUGAR DE EXPANDIR E ESPALHAR, EM LUGAR DE MURMURAÇÃO.
· O que Deus queria deles era adoração, um coração sincero e contrito. Deus queria um relacionamento sério, íntimo e duradouro.
·
AQUI EM
MERIBÁ HÁ 4 ADVERSÁRIO DA ORAÇÃO:
a) Incredulidade: Afastamos-nos
de Deus porque duvidamos de Sua fidelidade. Não permita que a
incredulidade crie raízes. Às vezes, Deus pode parecer distante, mas jamais
duvide da fidelidade dEle. A incredulidade é o pecado que mais irrita a Deus. Deus
não ficou irritado com as reclamações em si, mas pela falta de fé das pessoas, mesmo
Ele tendo operado milagres grandiosos em suas vidas.
b) Murmuração: A murmuração
de cada um deles tirou deles o direito de ver o milagre acontecer. Ex 17:5-6
Murmurador não tem direito a ver as operações e os milagres de Deus em suas
vidas. A murmuração é fruto da ingratidão.
c) Impaciência: A insatisfação
irmã gêmea da impaciência e da ingratidão levou o povo de Deus a esquecer dos
benefícios dele recebidos, proporcionando-lhes água, maná, carne, proteção a
ponto de dizerem: Nm 21:5 “Por que nos fizeste subir do Egito, para
que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio
deste pão vil”.
d) Endurecimento de coração: Salmo 95:8 Não endureçais o
coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto. O endurecimento
dos corações é uma dureza impenetrável.
ð
É
perder toda sensibilidade de entender a Deus;
ð
É
perder a sensibilidade da grandeza de Deus;
ð
É
perder a sensibilidade da reverência das coisas sagradas;
ð
É
perder a sensibilidade de se arrepender dos pecados e aceitar a salvação;
ð
É
perder a sensibilidade pela Palavra de Deus não se sujeitando ao Seu
aprendizado;
ð
Enfim,
é ser uma pessoa insensível.
OBSERVAÇÃO: A cura da
murmuração é o quebrantamento na oração. O que os israelitas tinham que fazer
era se voltar para Deus e orar, buscar, clamar até que uma fonte jorrasse. Sl 34:18 Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado e salva os de
espírito oprimido.
A oração de um coração quebrantado:
ð
Ela
é movida pela certeza de que não será desprezada.
ð
Ela
tem a convicção de que há um Deus criador e mantenedor de todas as coisas.
ð
Ela
é alimentada pela esperança de que o Deus da provisão irá suprir suas reais necessidades.
ð
Ela
é honesta em suas palavras, faz confissão de pecados.
ð
Ela
é decisiva quando feita em clamor.
ð
Ela
tem som de brisa quando feita em súplicas.
ð
Ela
é diplomata quando feita em petições.
3)
NA JORNADA DA
VIDA A ROCHA SEMPRE O SEGUIRÁ.
ð Este incidente nos revela mais uma grande figura de Cristo.
a) A rocha é uma figura de Jesus Cristo I Co 10:4 Beberam todos duma mesma bebida espiritual, porque bebiam da Pedra espiritual que os seguia; e a Pedra era Cristo.
b)
A vara era um
símbolo do poder, autoridade e julgamento de Deus. Isto é visto repetidamente
nos primeiros dezesseis capítulos de Êxodo.
c)
Moisés
representava a santa lei de Deus.
1. A rocha devia ser ferida. Com que clareza isto nos faz lembrar de que Jesus Cristo somente poderia nos salvar sofrendo em nosso lugar (Isaías 53:4-5).
2. A rocha foi ferida por Moisés. O pecado é a transgressão da lei (I João 3:4) e a morte é a sua penalidade (Romanos 6:23). Cristo nasceu sob a lei (Gálatas 4:4), honrou seus preceitos com uma vida pura (Hebreus 7:26) e então tomou o nosso lugar no Calvário. A maldição da lei caiu sobre Cristo (Gálatas 3:13) porque levou os nossos pecados no madeiro (I Pedro 2:24). Tudo isto está tipificado no ferir da rocha pelo legislador de Israel.
3. A rocha foi ferida com a vara do
Divino poder e julgamento. Quando Cristo padeceu por nós no Calvário, Ele
estava sofrendo a justa ira do Pai sobre o pecado (Isaías 53, Zacarias 13:7).
4. A rocha foi ferida enquanto os
anciãos de Israel serviam de testemunhas. Da mesma maneira, na morte e
ressurreição de Cristo, houve um abundante número de testemunhas (Atos 26:26, I Coríntios 15:3-8).
5. O ferir da rocha supriu Israel com
uma fonte de água para sustento da vida Sl 78:15-16 Fendeu as rochas no deserto e deu-lhes tanta
água como a que flui das
profundezas; da pedra fez sair regatos e fluir água como um rio.
· Somente pela morte é que Cristo se tornou a água da vida para nós (Jo 7:37-38 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
·
Ele é superior em todas as formas quando comparado
com as vazias promessas e prazeres desta vida Jo 4:13-14 Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a
ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a
água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
·
Hoje, aquele que tem sede é ainda convidado a vir às
águas da vida
Ap 22:17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem
sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
6. A rocha seguiu Israel pelo o deserto I Co 10:4 E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra
espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mesmo hoje, nós descansamos
na promessa de que o Salvador que nos sustém
nunca nos abandonará.
7. A rocha nunca mais deveria ser ferida. Cristo morreu
uma vez por nossos pecados e isto foi suficiente. Quando Moisés mais tarde feriu
novamente a rocha, foi punido severamente por corromper o sentido que esta figura
representava.
· Há uma grande
finalidade na cruz. Se você necessita de salvação, fale com a Rocha.
CONCLUSÃO:
TER UMA VIDA DE ORAÇÃO É DESFRUTAR DA PRESENÇA DELE NA JORNADA.
Pr. Nilton Jorge – Contatos (22)
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