segunda-feira, 26 de junho de 2023

FAMILIAS EDIFICADAS SOBRE A ROCHA

TEXTO: Mateus 7:24-27

INTRODUÇÃO:

·      Jesus, ao final do Sermão do Monte, adverte seus ouvintes quanto a uma fé nominal. Para Jesus, não basta apenas professar a fé nele, ouvir suas palavras. É preciso, acima de tudo, que seus ouvintes sejam praticantes de sua Palavra, para que tenham sucesso na vida cristã. O cristão genuíno tem sua vida edificada sobre a prática da Palavra de Deus. O cristão nominal, porém, ignora isso e consequentemente arruinará sua vida.

·      Esta é uma parábola sobre construtores. (parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia), em que compara uma pessoa prudente que ouve a Palavra de Deus e a pratica, e o louco que ouve, mas não pratica a Palavra de Deus. Essa comparação é baseada na construção de uma casa que é feita sobre a rocha ou que é feita sobre a areia. As parábolas são ilustrações tiradas de situações do cotidiano dos ouvintes.

·      Jesus está sempre dividindo seus ouvintes em duas classes. Nesse sermão, ele fez isso algumas vezes. Por exemplo, em Mt 7:13-14, ele fala das duas portas, a estreita e a larga. Há os que entram por uma e os que entram por outra. Em Mt 7:17-18, o Senhor fala da árvore boa, que dá bom fruto, e da árvore má, que dá fruto ruim. Aqui no texto Jesus comparou seus ouvintes a dois tipos de construtores, um prudente e outro insensato.

·      Para Jesus, viver é como construir ou edificar casas. Aquilo que fazemos, falamos, pensamos, planejamos,  executamos  e  cada obra que realizamos é, por assim dizer, um tijolo  que  assentamos  em nossa  construção. Cada um deve  considerar  a maneira como  edifica  sua  vida, pois, o  sucesso na vida cristã dependerá do modo como ela é edificada. Tudo o que fazemos encontra-se em conformidade ou em oposição ao ensino de Cristo.

·      O escritor F. Bastos de Ávila em seu livro “Introdução à Sociologia” diz: “A família é o único fenômeno social, além do fenômeno religioso, que se encontra em todos os tempos e em todas as culturas”.

1.    No plano de Deus a família é uma ordem da criação (Gn 1:26-31; 2:18-25).

2.    A família é uma economia sócio comportamental ideal. Não existe outra que se possa comparar, ou seja, ela é a origem de tudo o que se possa pensar sobre relacionamento interpessoal.

3.    Para os judeus, a família sempre foi o agente integrador de grupo, o estabilizador emocional, e o corretivo psicológico. Eis a razão porque para eles, preservar a família, era preservar a pureza do seu povo, da sua nação.

4.    A família é o lugar privilegiado em que se inicia a educação e o exercício da fraternidade e da solidariedade em suas múltiplas formas. Aquilo que se aprende na experiência familiar, permanece por toda a vida. Não existe uma outra oficina, que se possa comparar à família, na modelagem do caráter do individuo.

5.    Além desta função, a família também serve como moderadora da ordem social. É nela que todos são chamados para servir. É nessa convivência que aprendemos que: “quem não serve não serve”.

6.    A família também é o centro de promoção e laboratório do desenvolvimento cultural, social e humano pela sua própria vocação. Observe que tudo começa a partir da família. No caso da família cristã, sua função é desenvolver as virtudes do homem em sua tríplice dimensão: cultural, espiritual e material.

ð Deus criou a família com propósitos bem claros, procriação, recreação, unificação e glorificação. Quando a família vive para cumprir os propósitos de Deus, ela se torna o lugar da manifestação da sua glória. Isso nos ajuda a compreender o porquê a presença de Deus na família é imprescindível. O salmista escreveu Salmo 127:1a“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam…”.

TRANSIÇÃO: Quando edificamos o nosso lar sobre a rocha, somos levados a aprender as seguintes lições: 

1.             EDIFICAR SOBRE A ROCHA NÃO NOS ISENTA DE PROVAÇÕES NO LAR.

 

·      Embora fique demonstrado que os dois construtores se distinguem basicamente na escolha do solo em que alicerçam suas casas, no entanto, há algumas semelhanças entre eles.

a)   Semelhança no tipo de casa que constroem. Na época de Jesus, as casas eram bastante frágeis, devido ao tipo de material utilizado. As paredes eram facilmente atravessadas por ladrões (Mt 6:19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam). O teto, geralmente era feito de barro e palha, podia facilmente ser aberto. Os quatro amigos do paralítico abriram um buraco no teto da casa onde Jesus estava, para que o homem tivesse acesso a Jesus e ter a chance de ser curado. Portanto, no caso dos dois construtores, suas casas eram semelhantes na maneira como foram construídas. A técnica para a construção foi a mesma, bem como o material utilizado. Jesus não destaca a diferença entre o tipo de material ou a arquitetura. Não são nessas coisas que os dois construtores se diferenciam, sendo um chamado prudente, e o outro, insensato.

b)   Semelhança quanto ao local escolhido para a construção. Aí também não há diferenças entre eles, pois ambos constroem próximo ao leito seco de um rio. Enquanto a estação das chuvas não vem, ambas as casas permanecem sem sofrer risco algum. As coisas mudam quando chegam às chuvas, quando aquele leito de rio seco se transforma em um rio de  rio com fortes correntezas. Só então, a diferença entre os dois construtores é colocada em relevo.

c)    Semelhança quanto às circunstâncias enfrentadas. Ambas as construções estarão sujeitas às mesmas circunstâncias climáticas. Em certas áreas da Palestina, as tempestades não são frequentes, no entanto, elas podem vir repentinamente e transformar drasticamente a paisagem. Ambas as casas sofrerão com as tempestades. Os ventos baterão com força contra suas paredes. A chuva fará com que os rios transbordem e coloquem em perigo a ambas. Não há diferença entre esses construtores, quanto a circunstâncias que haverão de enfrentar, pois, segundo o texto, as construções de ambos sofrerão os ataques das tempestades.  

·      As tempestades são figuras das provas que todos nós enfrentamos, mais não viera sozinhas, elas estão acompanhadas de ventos fortes e rios que transbordaram pelas enchentes. As provas podem chegar de várias maneiras, tais como tribulação (exemplo de Jó, tentação ou pornografia que quebrará a aliança, luto na família ou morte que se aproxima por enfermidades).

·      São diversas as circunstâncias que servem para nos provar. Para que serve, ou que diferença faz uma fé que ainda não foi provada? Em outras palavras, é diante das provações que o valor de nossa fé é testado e aprovado. É na provação que a diferença entre as casas é realçada. As provações vêm sobre todos os edificadores prudentes ou insensatos. Mas é diante delas que se sabe quem é quem. Ninguém está isento da tempestade! Nenhuma família está isenta da tribulação.

 

2.             EDIFICAR SOBRE A ROCHA NOS DÁ CONDIÇÃO DE SUPORTAR E VENCER AS DIFICULDADES DO LAR.

 

·      Jesus demonstra que a diferença entre os dois construtores está em como lançam os alicerces de suas casas.

a)   O construtor prudente. O construtor prudente sabe que, no futuro, aquele leito de rio seco poderá, com a chegada de uma tempestade, transformar-se em um rio com forte correnteza. Por isso ele é prudente, lançando o alicerce de sua casa num local que ofereça segurança. Conforme o registro de Lucas, o construtor prudente “abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha”.

·      Chegando as provas da vida, porém, fica evidente quem construiu sua casa sobre a rocha. As tempestades colocam em descoberto os alicerces. Quem ouve e pratica as palavras de Jesus, em chegando as lutas e tribulações, permanece com sua vida inabalada, firme e segura.

·      Muitos são os desafios de uma família nos dias atuais, mas talvez os maiores desafios sejam manter-se ilesos e firmes em seus princípios e valores sem qualquer influência das vozes que gritam fora das nossas casas, tentando nos dizer como devemos ser, o que devemos ter, como devemos pensar e educar a nosso família. Sl 127:1 Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção.

·      Veja o que Jesus diz na parábola em Mateus 7.25  e caiu à chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. As tempestades, tribulações, calamidades, tragédias da vida podem até se abater sobre o nosso lar e família, mas quando estamos edificados sobre a rocha, temos condições de suportar e vencer as dificuldades que nos sobrevém.

·      Quando praticamos a palavra que temos ouvido do Mestre, fica muito mais fácil suportarmos e superarmos as tribulações que acometem o nosso lar. É na palavra e na sua prática que experimentamos o agir de Deus em nossas vidas. Deus muitas vezes age nos dando condições para lidarmos com os problemas e encontrarmos a solução para as dificuldades.


3.             EDIFICAR SOBRE A ROCHA NOS LIVRA DA RUINA NO LAR.

Mt 7:26-27 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. 

·      Jesus deixa claro nesta parábola que mesmo passando pelas tempestades, os que conhecem e praticam a palavra estão livres da ruína resultante de se passar pelos vendavais da vida. Aquele que ouve e não pratica ou despreza os ensinos do Senhor é comparado ao homem que edificou sobre a areia. A tempestade se abateu e foi grande a sua ruína. A casa não só cai, mas o Senhor acrescenta: …e foi grande a sua ruína. Não foi uma simples queda, mas sua ruína total.


CONCLUSÃO:

Para pensar, onde a sua casa está edificada? 



Pr. Nilton Jorge - Contato (22) 998746712 Whatsapp

 

 

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