quarta-feira, 1 de maio de 2019

LIVRAI-NOS DO MAL (Série "O Sermão da Montanha")


TEXTO: Mt 6:13
INTRODUÇÃO:

·      Como introdução seria bom explicar o significado da palavra mal: há duas palavras no verso, livra-nos e mal.
LIVRA-NOS - O verbo grego pode significar também resgatar
MALIGNO - MalGrego: põeurós. A forma que aqui se emprega pode referir-se a uma coisa má ou a uma pessoa má, Mateus 5:39, malvada ou maligna.
·      A Bíblia nunca põe em dúvida a existência do poder do mal no mundo. A Bíblia não é um livro especulativo, e não discute a origem do poder do mal; mas sabe que estão presentes. É seguro que esse pedido da Oração do Senhor não deve ser traduzido por: Livra-nos do mal, mas: Livra-nos do maligno.
·      Portanto, a Bíblia não considera o mal como um princípio abstrato ou como uma força impessoal, mas como um poder ativo e pessoal em oposição a Deus.
·      Mal - Aquilo que é nocivo, prejudicial, oposto ao bem, à virtude, à honra, moléstia, enfermidade, calamidade, sofrimento, infelicidade, dano, estrago, imperfeição, algo contra o direito, contra a moral, contra a justiça e as boas normas, ausência do bem.
·      Teologicamente, mal é tudo o que é contrário à natureza de Deus.
·      Filosoficamente, mal é o uso incorreto de algo bom. Nada é mal em si mesmo. Uma faca pode ser usada para o bem ou para o mal. A água é indispensável à vida, mas pode ser usada para o mal

·      DEUS NÃO CRIOU O MAL

ð Deus é onipotente. Isto significa que ele pode fazer todas as coisas, exceto aquilo que for contrário à sua natureza.
Gn 1:31- Deus viu que tudo o que ele fez era muito bom.
Jó 34:10 - Longe de Deus a impiedade e a perversidade.
Dt 32:4- Todas as suas obras são perfeitas.
Sl 34:8- Provai e vede que o Senhor é bom. Sendo bom, ele não criaria o mal
Sl 5:4 - Com Deus não subsiste o mal.
Sl 15:1-3 - Quem não faz mal ao próximo habitará com o Senhor.
Sl 23:4- Não temeria mal algum porque tu estás comigo.
Is 11:9 - Não se fará mal algum... porque o conhecimento de Deus dominará.
Gn 50:20 - Deus transformou o mal em bem na vida de José.
Jr 29:11 - Deus tem pensamentos de paz e não de mal
Am 5:14 - Buscai o bem e não o mal e o Senhor estará convosco.
Sof 3:15 - O Senhor está no meio de ti e não verás nenhum mal.
João 3:20-21 - Quem pratica o mal não vem para a luz. (Contrário a Deus).
Sl 13:6 - O Senhor tem feito bem.
Hab 1:13- Deus não pode ver o mal. Não poderia também criá-lo.
II Tim 2:13 - Deus não pode negar a si mesmo. Não poderia criar o mal.
Tg 1:13 - A tentação não vem de Deus. O mal também não viria.
I Jo 1:5 - Deus é luz e nele não há trevas.

ð ALGUMAS RAZÕES PORQUE DEUS NÃO CRIOU O MAL.
1.    Se Deus tivesse criado o mal, ele não poderia condenar quem o pratica.
Jz 2:11-14 - Julgamento de Deus contra os males praticados por Israel
I Rs 11:6 - Julgamento de Deus contra os males praticados pelos reis.
Sl.34:12-16 - Julgamento de Deus contra os que praticam o mal
I Pd.3:12 - Julgamento de Deus contra os que praticam o mal.

2.    Se Deus tivesse criado o mal, sua luta contra o mal seria incoerente, uma contradição.
I Jo.3:8 - Jesus se manifestou para desfazer as obras do Diabo.
III Jo.11 -Quem faz bem é de Deus. Quem faz mal não tem visto a Deus.

3.    Se Deus tivesse criado o mal, Jesus não oraria para que fôssemos guardados do mal e nós não oraríamos para que Deus nos livrasse do mal (Mat 6:13 Jo 17:15).

Algumas pessoas não admitem que exista algo sem que Deus tenha criado. Se pensarmos assim, atribuiremos a Deus a existência do pecado.
ð Por exemplo: Deus criou a galinha com a capacidade de botar ovos e assim se multiplicar. A galinha botou os ovos. O homem veio e quebrou os ovos e fez uma omelete. Podemos dizer que Deus criou a omelete? De modo nenhum. A omelete foi feita pelo homem usando o que Deus havia criado.

ð Existe um mundo espiritual que, embora não possamos ver, tem influência poderosa sobre o mundo físico. Antes da conversão, o homem é escravizado pelas forças do mal, Ef 2: 2-3, mas não tem consciência disso.

ð Deus criou os seres angelicais perfeitos. Eles, porém, deixaram o seu estado original (Jd 6). Lúcifer foi criado perfeito e assim foi até o momento quando quis ser maior que Deus. Esse foi o primeiro mal. Daí em diante, Satanás personificou o mal e trabalha para que ele continue acontecendo, pois acontecer é essencial à sua realidade e inerente ao seu significado.
ð Portanto a Tentação como o mal de sermos tentados e um chamado para a batalha espiritual.

     I.          POR QUE NÃO DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL.

a) A Bíblia dá muita ênfase ao assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno, 1 Pe 5: 8, 9. Há uma verdadeira riqueza de textos bíblicos que falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram intenso sofrimento às pessoas:

Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1: 12-19;
Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto, Mt 4: 1-11;
Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam: Mc 5: 1-20 o gadareno, possuído por legiões de demônios, Mc 9: 14-22 o jovem que era jogado na água e no fogo, Lc 8: 2 Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 13: 11-13 espíritos de enfermidade;
Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que mentissem ao apóstolo Pedro, At 5: 11-13.

Para ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros são capazes de se mascararem como ministros de justiça, 2 Co 11: 13-15.

b) O contexto cultural e religioso do país em que vivemos é outra forte razão para não ignorarmos a batalha espiritual. O Brasil é considerado hoje o maior país espírita do mundo, com aproximadamente 5.500 centros espalhados pelo território nacional. Deve haver um despertar do cristão para a realidade da batalha espiritual e, assim, preparar-se para vencê-la.

  II.          COMO DESFAZER AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO

1. Conhecer o inimigo. Paulo, em Efésios 6: 12, fala de uma hierarquia no reino das trevas. Principados são os chefes ou os líderes da maldade; os dominadores são espíritos malignos; as potestades são os que têm poder para governar. Todos promovem males na terra.
a) Estes principados, dominadores e potestades do mal procuram levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e insubordinadas quanto ao seu comportamento, Ef 2: 2.
b) Estes espíritos malignos atuam também como agitadores da consciência humana, fazendo com que sentimentos de culpa sejam mais intensos, Zc 3: 1-5.
Os seres invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro exemplo em Jó 1: 1-12 quando o diabo fica questionando a respeito da integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista e obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero legalista.

2. Conhecer e tomar posse das armas celestiais, 2 Co 10: 4-5. As armas da nossa guerra são ofensivas e defensivas, 2 Co 6: 7. Vejamos:
a) Armas ofensivas
ð O Nome de Jesus. Fp 2: 9-10. É a arma mais poderosa contra o inimigo. Ele tem autoridade sobre os seres angelicais, sobre os homens e sobre os demônios. Jesus está acima de todo principado, e potestade, e poder e domínio, Ef 1: 20-22.
ð Oração. Ef 6: 18. Esta é a arma que nos coloca em contato direto com o mundo espiritual. A oração nos fortalece, nos capacita para conquistarmos todo o território que o diabo invadiu. Veja Mc 3: 23-29.

b) As armas defensivas, Ef 6: 13-18. 
O Senhor equipou Sua Igreja com uma armadura sobrenatural para que ela exerça domínio sobre o reino da maldade e resista às suas forças, a fim de sair da guerra sã e salva.
ð O capacete, v. 17. Paulo faz esta peça representar a salvação, possivelmente referindo-se a Isaías 59: 17. A salvação protege o homem em Cristo de ser desintegrado sob os efeitos condenadores do pecado.
ð O cinto da verdade - v. 14. A verdade é Jesus. O cristão deverá estar inteiramente ligado a Ele numa comunhão perfeita, Jo 15: 2-7. Esta armadura significa que o cristão se reveste do Senhor Jesus, assumindo a natureza moral de Cristo, Rm 8: 29.
ð A couraça da justiça - v. 14. O crente está revestido da justiça de Deus, Rm 3: 21 Sua culpa foi lançada na cruz de Cristo Ef 4: 24.
ð Pés calçados com a preparação do evangelho da paz, v. 15. Significa o estabelecimento de um alicerce espiritual firme. Assim calçados, com prontidão e disposição, aparecem os pés daqueles que cruzam desertos e terrenos montanhosos, levando as boas novas da paz, Is 52: 7-9.

III.          RECONHECENDO O EXÉRCITO DO INIMIGO 1 Pedro 5: 6-11

ð Todos estamos envolvidos numa intensa batalha espiritual. Precisamos conhecer bem quem é nosso grande adversário e quais as estratégias por ele utilizadas. Neste estudo veremos como se organiza e como age o exército inimigo de nossas almas, 2 Co 2: 11.

I - QUEM É SATANÁS, Is 14: 12-15.

a) A origem do nome. A palavra Satã é de origem hebraica e significa adversário; o termo “diabo”, porém, é de origem grega e significa acusador. Ambas revelam o terrível caráter do nosso grande inimigo. Esse ser é o líder dos demônios, Mc 3: 22. Embora conhecido como dragão, antiga serpente, diabo e Satanás, Ap 20: 2, como sendo um ser do mal e das trevas, ele teve sua origem no reino da luz. O nome do atual anjo rebelde era Lúcifer, que significa ‘portador da luz’, uma tradução do verbo usado em Is 14: 12 que quer dizer brilhante. Essa passagem tem paralelos no Novo Testamento, Lc 10: 18; Ap 9: 1; 12: 9, levando muitos estudiosos à aplicação desse título a Satanás. Ele é mencionado na Bíblia como o originador do pecado, Gn 3: 1, 4; Jo 8: 44; 2 Co 11: 3.

b) A queda de um querubim. Ez 28: 1-19, repreende severamente o orgulho do rei de Tiro, Itobaal II, mas, a certa altura da profecia, faz referências sobre-humanas, visando a outra pessoa que estaria por detrás do rei de Tiro: especificamente Satanás. E é nesse texto que Deus, através de Ezequiel, revela ao homem, nos versos 12-19, a perfeição, sabedoria e beleza originais do querubim que se tornou no diabo, bem como declara seu julgamento.

ð O que induziu criatura tão bela e perfeita a tal apostasia? Conforme o profeta Isaías, cinco motivos levaram Lúcifer à queda: 

Violenta oposição a Deus, 14: 13: ‘subirei ao céu’  desejo de dominar a morada divina; 
Auto-exaltação, 14: 13: ‘acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono’ - desejo de dominar todos os seres angelicais;
Sede de poder, 14: 13: ‘no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte’. (O Norte, na literatura dos tempos de Isaías, significava a morada dos deuses, mas não o céu dos céus, e sim o universo. Lúcifer desejou o domínio do universo.);
Desejo de glória, 14: 14: ‘subirei acima das mais altas nuvens’. Lendo Êx 16: 10 e Is 19: 1, percebe-se que “nuvem” está intimamente ligada à glória de Deus. Lúcifer desejou a glória que só pertence ao Criador, Is 48: 11; 
Mania de grandeza e subversão total, Is 14: 14: ‘serei semelhante ao Altíssimo’.
 
II - O EXÉRCITO DE SATANÁS, Ap 12: 3-4

a) Os demônios existem e Satanás é o seu líder. Satanás não está sozinho em seu domínio, nas trevas. Ele é o líder de um exército de renegados. Embora sejam criaturas de Deus, não foram criados como anjos maus. O que aconteceu foi que eles não mantiveram a condição original que o Criador lhes concedeu, porém caíram do estado em que haviam sido criados, 2 Pe 2: 4; Jd 6. Alguns demônios estão confinados, outros estão ativos no mundo, Mt 12: 43-45.

b) Os demônios e os ídolos. Paulo, em 1 Co 10: 19-20, parece entender que as deidades adoradas por Israel, relatadas no Antigo Testamento, não eram verdadeiros deuses, mas, na realidade, demônios. O apóstolo fala acerca dos ídolos como representantes dos demônios. Veja também Ap 9: 20. Esses demônios causam danos físicos, Mt 9: 33, e podem vir a possuir o corpo de homens e animais, Mt 4: 24; Mc 5: 13. É o que se chama de possessão demoníaca.
c) Os demônios se opõem a Deus. O Novo Testamento deixa claro que os demônios são seres espirituais que têm prazer em opor-se a Deus e combater Sua obra, tendo Belzebu como seu príncipe, Mc 3: 22. Eles buscam frustrar os propósitos de Deus, Ef 6: 11-12. O apóstolo Paulo ensina que eles desejam impor seu próprio sistema de doutrina, 1 Tm 4: 1-5.

III - SATANÁS FOI DERROTADO

ð Todo cristão vive entre o já e o ainda não. Que quer dizer isso? Por um lado, já somos salvos pelo Senhor Jesus Cristo e já vencemos Satanás, mas ainda não estamos totalmente livres de seus ataques. Esse é o período mais perigoso de toda a batalha espiritual. O cristão é o combatente que vive exatamente nesse período. A batalha decisiva foi travada e ganha no Calvário, Cl 2: 13-15. Mas daí até o final de toda a guerra ocorre o intervalo em que o cristão tem de mostrar sua firmeza e confiança na Palavra, Jo 16: 33, 1 Co 3: 10-15.

ð Mas, sempre temos de nos lembrar de que:
a) O inimigo está vencido. Mt 13: 19 Ele opõe-se ao Evangelho; Lc 22: 3, 2 Co 4: 4 cega e engana; Jó 1: 12 aflige, e 1 Ts 3: 5 tenta o povo de Deus. Mas Jesus já o venceu na cruz, 1 Jo 3: 8.
b) O inimigo é limitado. Ele não é onipotente, onipresente e nem onisciente, atributos unicamente divinos, Is 40: 12-15; Sl 139: 1-16; Jr 23: 23,24. 
c) Há vitória no sangue de Jesus, Ap 12: 11. Você deve, portanto, assumir sua posição de guerreiro e expulsar toda influência de Satanás de sua vida, Tg 4: 7-8; Mt 12: 25-29.

IV.          OPRESSÃO E POSSESSÃO. Marcos 5: 1-20

ð vamos analisar dois assuntos de grande interesse relacionados à batalha espiritual: opressão e possessão demoníaca.
ð São estratégias do inimigo para ir assumindo o controle da vida das pessoas.

I – OPRESSÃO.

ð Opressão é a presença de demônios em determinados ambientes e sua influência direta sobre as pessoas. Há no Novo Testamento diversas referências à opressão demoníaca, Lc 4: 18; At 10: 38. As forças do mal invadem o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que moram ou freqüentam aquele lugar, exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.
a)
Os demônios procuram nossos pontos mais vulneráveis. Com isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça, o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência, etc. Para trazer males à igreja, o inimigo procura agir com freqüência na família. E muitas abrem as portas para o tentador. Quantas que, quando se reúnem, o que mais gostam de fazer é falar mal dos outros. São lares onde as palavras são instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação.
b) A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais afetadas são as seguintes:
ð Moral, levando à mentira, prostituição, roubos, assassinatos, etc; 
ð Física, causando enfermidades e doenças.O diabo oprimiu Jó e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as enfermidades e doenças são de origem maligna; 
ð Material, levando o homem à obsessão por bens, dinheiro, cargos, etc; 
ð Espiritual, induzindo à idolatria, à prática de ocultismo. 
c) Como obter vitória? O crente que luta contra essa ação do maligno é vencedor, porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna, Sl 40: 2. A maneira que Jesus ensinou para vencermos o maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas, Mt 17: 21.

II – POSSESSÃO.

ð Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela, Mc 5: 9-13. A opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.

a) Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu, Lc 8: 27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios, vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7. No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo.
b) Tanto a opressão como a possessão podem atingir o crente. Para que isto não aconteça é necessário que as palavras que proferimos venham a constituir bênção a todos, Ef 4: 29; que confessemos a vitória, Fp 4: 3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14: 38; Lc 22: 40.

III - A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14.

ð Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida.
ð Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:
·      A força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2; 
·      A força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126: 3;
·      A força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13; 
·      A força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1 Jo 3: 22; 
·      A força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2: 3. 

  V.          OS ANJOS ALIADOS NA LUTA CONTRA O MAL Salmo 103: 17-22

ð Há aproximadamente 300 referências bíblicas sobre anjos. São criaturas de Deus que ministram a favor dos salvos, Hb 1: 14. Esses agentes celestiais proporcionam segurança e livramento aos filhos de Deus. Precisamos ter conhecimento bíblico deste assunto porque alguns místicos estão se dedicando a escrever sobre anjos, espalhando muita heresia e ensinos que não têm nenhum fundamento na Palavra de Deus.

I - QUEM SÃO OS ANJOS.

a) Os anjos são seres espirituais, sobrenaturais, criados por Deus antes de existir a terra, Jó 38: 4. Deus criou os anjos com livre arbítrio. Uma parte deles aderiu à rebelião de Satanás. Os anjos que caíram tornaram-se espíritos malignos, chamados na Bíblia de demônios.
b) Os anjos bons são numerosos, formando exércitos a serviço de Deus, Sl 68: 17.
ð Eles têm uma hierarquia. A Bíblia fala sobre diferentes classes de anjos, 1 Pe 3: 22:
Serafins Is. 6: 2-7. Querubins. Ez 10: 1-4. Arcanjo. Exerce função especial, como que liderando os próprios anjos. A Bíblia só usa o termo “arcanjo” para se referir a Miguel (cujo nome significa “quem é como Deus?”). Anjos. São os demais seres espirituais.
c) Aparições de anjos. Há muitos relatos na Bíblia sobre pessoas que viram anjos. Às vezes, apareceram em forma humana, At 1: 10. Em outras ocasiões, apareceram revestidos de glória, Dn 10: 5-6.

II - AGENTES QUE MINISTRAM A FAVOR DOS FIÉIS.

ð Os anjos são ministros de Deus na luta e defesa a favor dos que hão de herdar a salvação, Hb 1: 14 e Lc 16: 22. De que maneira convém proceder para fazer jus a essa presença poderosa?

a) Afaste-se do pecado. A vida de impureza bloqueia a ação de Deus. O profeta Isaías afirmou que, embora a mão do Senhor não esteja encolhida, nem o seu ouvido agravado, o pecado separa o homem do Senhor, 59: 1-2. Como agirão os anjos do Senhor a favor de alguém, se este vive na prática do pecado?
b) Tema ao Senhor e seja fiel. A promessa que existe no Salmo 34: 7, sobre o livramento que o anjo traz aos salvos, tem uma condição: temer ao Senhor. Essa foi a experiência dos companheiros de Daniel, Dn 3: 28. Homens fiéis terão a constante proteção de Deus. Os apóstolos foram libertos da prisão pelos anjos, At 12: 8-10.
ð Os mensageiros de Deus podem agir em nossas vidas, como atuaram na vida de muitos personagens bíblicos. Vamos reivindicar do Senhor, a cada dia, o cumprimento da Palavra, que diz: Sl 91: 11 “a seus anjos dará ordens a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”.

Pr. Nilton Jorge





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