segunda-feira, 8 de abril de 2019

SAL E LUZ EFICÁCIA DO TESTEMUNHO (Série "O Sermão da montanha")


TEXTO: Mt 5: 13 à 16
INTRODUÇÃO:

·      Não fomos chamados apenas para usufruir dos benefícios da salvação, mas também para testemunhar do Salvador a um mundo que jaz no maligno.
·      Cl 4.5,6. "Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um."
·      Temperada com sal. Como a comida é temperada com sal, a vida do crente deve ser agradável e atraente, não insípida ou morosa, especialmente com os descrentes. No vocabulário de um cristão não deve existir palavras vulgares ou torpes (Cl 3.8).
·      Mt 5.15"Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa".
Este versículo nos chama a atenção mais uma vez sobre a eficácia do poder de Cristo em nossas vidas, é impossível está cheio do poder de Deus e não ser luz onde estivermos. Ser luz é iluminar o caminho, a mente, ser luz é mostrar esperança, mostrar que há um caminho certo e seguro a seguir, ser luz é fazer a diferença, ser desejável pela maioria, ser luz é mostrar a este mundo tenebroso que estamos seguindo a nossa caminhada em Cristo Jesus, ser luz nada mais é do que refletir a pessoa de Cristo em nós, pois só Ele é a luz dos homens. Ele é a Luz que você precisa. 
Jo 8.12; 12.46 "Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas”.

·      Iremos aprender ou reforçar o entendimento sobre a eficácia do testemunho cristão. Contudo, só será eficaz se o cristão andar em conformidade com a Palavra de Deus, sendo de fato "sal" da terra e "luz" do mundo, ou seja, fazendo a diferença onde convive.

1.             O CRISTÃO COMO SAL DA TERRA.

·      Vós sois sal. Observe que Cristo afirmou que o cristão É sal. Isso significa que todas as funções e qualidades encontradas no sal em condições de uso, devem ser encontradas em um verdadeiro cristão no sentido figurado, pois trata-se de uma metáfora.
·      O sal é um micro nutriente essencial que contém mineral de sódio e cloreto.  Era e continua sendo encontrado em grandes quantidades apreciáveis na área do mar morto. Os judeus que viviam na região norte da Palestina compravam de negociantes, servindo para inúmeros usos.
·      O cloreto de sódio (sal) não se deteriora, mas pode ser adulterado, e então perde as suas propriedades e se torna inútil, pois deixa realmente de ser sal. Em outras palavras, o sal puro não perde o seu caráter distinto, mas uma vez misturado com elementos impuros e estranhos, pode perder a sua propriedade.  O sal pode conservar a aparência de sal, mas não o seu caráter realmente, transforma-se noutra substância.
·      O sal é usado há muito tempo pelo homem. Seu uso é muito variado, pois, além de servir como tempero nas preparações dos alimentos, o sal pode ser utilizado na produção industrial (cloro, soda cáustica, vidro, alumínio, borracha, plásticos, celulose etc). Também é usado como conservante de alimentos como peixes, carnes e salames.
·      Entre outras formas de uso, destacava-se a sua função monetária nas transações comerciais. É tanto que o termo salário deriva do latim salarium, que significa “dinheiro de sal”, como parte do pagamento aos soldados romanos.

São muitos os usos e utilidades do sal na bíblia, destacamos alguns:

·       Para a condimentação da alimentação humana. Jó 6:6 e dos animais. Is 30:24
·       Para preservar alimentos de putrefação e decomposição. Ex 30:35
·       Os sacrifícios e ofertas no Antigo Testamento tinham que ser acompanhados de sal, sobretudo a dos de cereais ou manjares (Lv 2:13) e os holocaustos (Ez 43:24), simbolizando a natureza eterna da aliança de Deus com Israel. Levítico 2:13 -  E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal. Esdra 6:9 – E o que for necessário, como bezerros, carneiros, e cordeiros, para holocaustos ao Deus dos céus, trigo, sal, vinho e azeite, segundo o rito dos sacerdotes que estão em Jerusalém, dê-se-lhes, de dia em dia, para que não haja falta.
·       Por causa de seu valor medicinal os recém-nascidos eram banhados com água salgada e esfregados com sal. Ezequiel 16:4 – E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas.
·       Aliança Perpétua de sal instituída por Deus para com seu povo de Israel tinha como propósito de servir como emblema de lealdade e permanência. Número 18:19  Todas as ofertas alçadas das coisas santas, que os filhos de Israel oferecerem ao SENHOR, tenho dado a ti, e a teus filhos e a tuas filhas contigo, por estatuto perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é, para ti e para a tua descendência contigo. 2 Crônica 13:5 -  Porventura não vos convém saber que o SENHOR Deus de Israel deu para sempre a Davi a soberania sobre Israel, a ele e a seus filhos, por uma aliança de sal?
O sal entre os orientais era freqüentemente usado para a ratificação de alianças, como símbolo de fidelidade, constância e virtude. Um acordo de amizade era selado com um presente de sal que continua sendo observado até hoje pelos árabes.

Naquela época o sal se associava a três qualidades:

1.1. O sal simboliza pureza. Pelo fato de ser extraído da natureza, o sal é essencialmente puro. Os romanos diziam que o sal era o mais puro dos alimentos porque procedia das duas coisas mais puras que existem: o sol e o mar.
·      Entre os povos do oriente, o sal era usado como selo de alianças e acordos, simbolizando fidelidade e compromisso.
·      Nas ofertas de manjares no Antigo Testamento, cada sacrifício era acompanhado com um pouco de sal, com dois propósitos didáticos: compromisso e pureza.
·      O cristão é comparado ao sal. Logo, ele deve ser um exemplo de pureza e santidade (Mt 5.8; 2 Co 7.1; 1Tm 4.12; Tg 4.8). Ele deve também ser fiel no compromisso e na aliança que assumiu com o Senhor.
O sal age secretamente, sem ser percebido. A influência do cristão muitas vezes não é vista, mas experimentada ou sentida.
à Uma das características do mundo na época em que vivemos é que os níveis morais estão em descrédito. Os níveis de honra, diligência e de trabalho, de responsabilidade, moral, todos tendem a se reduzir. O cristão deve ser uma pessoa que mantém em alto nível sua pureza, sua maneira de falar, sua conduta e pensamento.

1.2. O sal simboliza preservação. O sal impedia o processo de putrefação de alimentos. O cristão exerce uma influência positiva na sociedade, impedindo a sua deterioração moral. O cristão deve ser um elemento antiséptico e purificador (Gn 18.26-32; 2 Rs 12.2). É interessante observar o uso do sal na Bíblia. Os recém-nascidos eram esfregados com sal, imediatamente após seu nascimento (Ez 16.4), com o objetivo de protegê-los de infecções.
·      O sal, porém, precisa ser espalhado e friccionado na carne para exercer a sua influência. O cristão, para influenciar, precisa sair do saleiro. Ele não deve fugir ou esconder-se do mundo, mas guardar-se da contaminação mundana (Tg 1.27).
·      Todos nós sabemos que existem certas pessoas em cuja companhia é fácil ser bons, e outras em que a companhia é fácil baixar á conduta moral. Existem pessoas que sua presença só traz obscenidades, e outras não, a presença do cristão deveria trazer pureza em qualquer sociedade que se encontre, deve ser uma pessoa que sua presença exclui a corrupção e trás um exemplo para que outros sejam limpos.

1.3. O sal simboliza sabor. O profeta Eliseu restaurou o sabor das águas de um rio em Jerico, utilizando o sal: 2 Rs 2.21-22 Então, saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte ou esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas, até ao dia de hoje, segundo a palavra que Eliseu tinha dito. O sal foi usado como elemento de restauração do sabor ou da qualidade da água. Como sal, o cristão tem uma chamada de levar uma mensagem que restaura vidas que estão mergulhadas na amargura.
·      O sal dá sabor à comida. O cristão é para o mundo o que o sal é para a comida Jó 6.6; Cl 4.6. O sal só perde o seu sabor por um processo de adulteração, contaminação ou infiltração; o sal se torna insípido em razão das substâncias estranhas que se agregam a ele. Assim também é a vida de um cristão. Se perdera capacidade de influenciar, só serve para ser pisado pelos homens (Ez 47.11).
·      O trágico é que pessoas ao entrarem em contato com alguns cristãos não sentem isto. Identificam com algo que tiram o sabor da vida.
·      INSOSSO - Desvanecer-se. Isto é, volta-se insípida. Seria tão ilógico que o cristão perdesse suas características essenciais e ainda fosse cristão, como que o sal perdesse seu sabor e ainda se a considerasse como sal e se a empregasse como tal. Se os cristãos o são só de nome, sua cidadania nominal no reino dos céus se converte numa farsa. Não são cristãos se não refletem o caráter de Cristo, não importa qual seja sua profissão de fé.

O sal que se tornar insípido perde três coisas principais:
· Perde o seu sabor.
“Se o sal for insípido, com que se há de salgar?” (Mt 5.13).
· Perde o seu valor.
“Para nada mais presta” (Mt 5.13).
· Perde o seu lugar.
“Para se lançar fora” (Mt 5.13).

2.             O CRISTÃO COMO A LUZ DO MUNDO.

·                Quando Cristo afirma que somos luz do mundo, transmite uma mensagem impactante às pessoas não convertidas e aos cristãos, pois, fala do novo nascimento Ef 5.8, se Ele é a Luz que o mundo esperava e desejava Jo 1.4, logo, para uma pessoa ser luz do mundo é indispensável que ela creia na luz e se torne filho da luz Jo 12.36, a partir desse momento o novo convertido passa a ser luz do mundo manifestando os frutos da luz (bondade, justiça e verdade) Ef 5.9 e permanecendo na Luz 1 Jo 1.7. Essas características pertencem exclusivamente ao novo homem. Considerando que o mundo jaz no maligno 1 Jo 5.19, com essas características os cristãos iluminam o mundo em que vivem, levando muitos ao encontro dessa maravilhosa Luz. 
·      João 8: 12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. 
·      Acho que você tem condições de ser humilde apesar de tudo. Você não é a verdadeira luz do mundo. Jesus é. Você é luz porque está ligado a Ele, porque O segue. Você não tem luz em sim mesmo, assim como a Lua não tem luz sem Sol, nem a lâmpada sem estar ligada à fonte de energia elétrica.

AS FUNÇÕES DA LUZ

Filipenses 2: 15 No meio de uma geração pervertida e corrupta... Resplandeceis como luzeiros no mundo.
·        Uma das funções da luz é expor as trevas e as coisas que pertencem às trevas. Há lógica no fato de as pessoas não se conscientizarem das trevas até que se acenda a luz. Precisamos imaginar as luzes de um carro repentinamente atravessando a escuridão de uma estrada isolada. A luz muda todas as coisas, tanto para o motorista como para os que andam às apalpadelas na estrada escura.
·       Há lógica no fato de Jesus ter exercido essa função quando aqui veio. Mateus nos diz que o povo que jazia em trevas viu grande luz. Mateus 4: 16. À luz da vida de Jesus, as trevas ficavam expostas, as coisas se tornavam diferentes. 
Como luz do mundo, a vida do cristão expõe as trevas pelos próprios princípios e pela maneira de viver. Mas expor a escuridão não é a única função da luz. Não pode ser um discípulo secreto, porque o secreto acaba com o discipulado, e o discipulado com o secreto. O cristianismo tem que ser visível em todo mundo.
·      Em certo sentido muito real, a luz serve de guia.
·      Quando penso na função da luz como guia, me lembro das fileiras de luzes dos dois lados das pistas de um aeroporto. As luzes mostram aos pilotos onde exatamente é a pista, onde é seguro aterrissar.
·       A luz é um guia que nos ajuda a saber a direção que devemos seguir. Quando seguimos a orientação da luz, estamos seguros. Quando, porém, tentamos aterrissar nas trevas, dirigir na escuridão, ou mesmo caminhar através de uma floresta desconhecida na escuridão, logo nos achamos em dificuldade. 
·      A luz não tem apenas a função de guiar; tem também a função de advertir.
·      É muito importante que, como cristãos, não só reconheçamos as advertências e orientações da Palavra de Deus, mas que as ponhamos em prática em nossa caminhada com Jesus.

BRILHANDO PARA DEUS 
Aqui existem duas coisas de suprema importância:

1. As pessoas têm que ver nossas boas obras. No grego existem duas palavras para bom. Existe a palavra agathós, que simplesmente defende a qualidade de uma coisa como boa; e existe a palavra kalós, que quer dizer que a coisa não é somente boa, mas é atrativa e formosa. A palavra que se usa aqui é kalós.
·      As boas obras do cristão não são somente boas, são formosas e atrativas. Há um encanto na bondade do cristão. A tragédia do muito que é considerado bom é que tem um elemento de dureza, frieza e austeridade. Há uma bondade que atrai, e uma bondade que repele. Há certo encanto na bondade cristã que a torna encantadora. 
2. Notemos que nossas boas obras atraem a atenção não a nós, mas a Deus. Este dito de Jesus é uma proibição para a bondade teatral.
Em uma conferência em que estava presente o evangelista D. L. Moody havia alguns jovens que tratavam sua fé de maneira séria. Numa noite tiveram uma vigília de oração. Quando chegaram de manhã se encontraram com D. L. Moody, que lhes perguntou o que eles estavam fazendo. Eles responderam: “Senhor Moody, veja como brilha o nosso rosto”. Moody contestou: “Moisés não sabia que seu rosto reluzia. A bondade que é consciente que chama atenção de si mesma, não é a bondade cristã”.
·      NT se opõe diretamente a três tipos de obras:
1) obras da carne Romanos 8: 3 a 10que são obras exteriores de natureza pecaminosa;
2) obras da lei Romanos 3:28; Gálatas 2:16; Efésios 2: 9, que são executadas na esperança de se obter salvação; e
3) obras mortas Hebreus 6: 1, que são as atividades de pessoas que não têm comunhão com o Deus vivo e, portanto, estão destituídas da graça.
·      Em contraste com essas obras não santificadas, o NT coloca as obras da fé. Paulo fala aprovativamente a respeito da fé que atua pelo amor. Gálatas 5:6Ele elogia a operosidade da... fé e abnegação do... amor dos tessalonicenses. I Tessalonicenses 1: 3. E parte da tarefa dele era chamar os gentios à obediência por fé. Romanos 1: 5 16: 26Paulo esclarece a distinção entre boas e más obras quando escreve que tudo o que não provém de fé é pecado. Romanos 14:23.

·      Obra da lei é aquela que é feita pelas nossas próprias forças, na tentativa de merecer de Deus algum favor ou a salvação. Por outro lado, as obras da fé fluem de um relacionamento salvífico com Jesus, recebem energia do Espírito Santo e são moldadas e suavizadas pelo amor do Pai. O cristão não pratica obras para obter a salvação, assim como a árvore não produz frutos para provar que é uma árvore. A árvore produz frutos porque está viva.


Contato com o Pr. Nilton Jorge
Telefone: (55) 22 998746712 Whatsapp


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