terça-feira, 14 de março de 2017

DONS INSTRUMENTO PARA UM REAVIVAMENTO ESPIRITUAL

1ª Cor 12:4 à 6
INTRODUÇÃO:

v HÁ 4 POSIÇÕES TEOLÓGICAS SOBRE OS DONS DO ESPÍRITO SANTO:
1-   Dons cessaram na era apostólica.
2-   Alguns Dons cessaram e outros ainda estão em evidência.
3-   Dons existem, mas não são permanentes.
4-   Todos os Dons estão em evidência e são permanentes.
*   Os capítulos 12, 13 e 14 de 1ª Coríntios devem ser lidos como uma unidade, a respeito dos dons espirituais.
ð O capítulo 12 fala que não devemos ignorar, portanto fala do que devemos saber.
ð O capítulo 13, fala da motivação que devemos ter, ou seja, o que deve me mover.
ð O capítulo 14, fala de como devemos agir, ou seja, de como devemos fazer.
*   É importante entendermos que os dons são concedidos pelo Espírito Santo com a finalidade de nos capacitar para fazermos a obra de Deus. Dons espirituais são dados à igreja para promover o crescimento espiritual de seus membros e a pregação do evangelho ao mundo.
è NO TEXTO LIDO PAULO FAZ TRÊS OBSERVAÇÕES:
*   VSs.1-3: Paulo diz que é o Espírito quem, forma a Igreja de Jesus.
*   VSs.4-11: Paulo ensina que dons são as ferramentas do trabalho do Cristão.
*   VSs.12-31: Paulo alerta da dependência de um dom para com o outro.

W   Observação: A igreja de Corinto tinha sérios problemas relacionados ao culto cristão. Um deles era sobre o uso e o abuso dos dons espirituais. Esse é um problema que a igreja contemporânea enfrenta especialmente em face da crescente influência do neo-pentecostalismo e do pentecostalismo urbano bem como o movimento carismático.
W   O pentecostalismo no Brasil se divide em três grupos distintos que surgiram em três épocas diferentes. São eles:
1.    Os pentecostais históricos (ou clássico), que surgiram na primeira década deste século (Assembleia de Deus e Congregação Cristã do Brasil).
2.    Os pentecostais da segunda geração (ou urbano), surgidos a partir da década de 50 (Quadrangular, Brasil para Cristo, Casa da Bênção, Deus é Amor);
3.    Os neo-pentecostais, surgidos a partir da década de setenta sendo a principal a Universal do Reino de Deus.

A dinâmica dos dons espirituais é um dos recursos mais poderosos que Deus providenciou para que a igreja tivesse um crescimento saudável.

·       Os dons têm um tríplice aspecto: São “charismata”, “diakonia” e “energémata” = dons, ministérios e obras. Com isso, Paulo fala sobre: Origem dos dons; o modo como atuam; a finalidade dos dons. 
è Quanto à origem dos dons = Os dons são “charismata”, manifestação concreta de “charis” graça divina. A graça de Deus é a origem de todo dom. A origem dos dons nunca está no homem, mas na graça de Deus. É errado os crentes querem distribuir os dons.
è Quanto ao seu modo de atuar = Os dons são “diaconia”, prontidão para servir. É concentrar não em mim mesmo, mas no outro. É buscar não minha auto-edificação, mas a edificação do meu próximo.
è Quanto à sua finalidade = Os dons são “energémata”, isto é, obras exteriores. A igreja é a continuação histórica da encarnação de Cristo. Somos o corpo de Cristo na terra. A finalidade do dom é a realização de alguma obra concreta, uma ajuda a alguém, a edificação da comunidade.
·       Paulo oferece cinco listas de dons espirituais: Romanos 6:6-8; 1 Coríntios 12:8-10; 1 Coríntios 12:28; 1 Coríntios 14; Efésios 4:11-13. Não há crentes sem dom nem crente com todos os dons (12:29-31). Assim como não há membro auto-suficiente no corpo nem membro sem função.
·       Alguns estudiosos classificaram os dons registrados em 1 Coríntios 12 como:
1º) Dons de Revelação ou iluminação.
·                     Palavra do conhecimento
·                     Palavra da sabedoria
·                     Discernimento de espírito 
2º) Dons de Poder.
·                     Cura
·                     Operação de milagres
·                      
3º) Dons de Inspiração.
·                     Variedade de línguas
·                     Interpretação de línguas
·                     Profecia
·       Também conhecidos como, dons de pregação, dons de sinais e dons de serviço.

v Devemos entender que o Espírito Santo é quem distribui os dons a cada um, ou seja, não existe membro do corpo de Cristo sem pelo menos um dom espiritual. O Espírito Santo é livre e soberano na distribuição dos dons. No texto temos quatro verbos chaves que ilustram essa soberania: no verso 11, Deus distribui; no verso 18, Deus dispõe; no verso 24, Deus coordena e no verso 28 Deus estabelece. Do começo ao fim Deus está no controle.

v Existem quatro tipos de dons Espirituais:
1º- Dom de Deus. A maior dádiva de Deus à humanidade é Jesus (Jo 3.16; 4.10; Rm 6.23; II Co 9.14, 15; Ef 2.8).
2º- Dons de Cristo são dons ministeriais, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (I Co 12.5,28-30; Ef 4.8,11).
3º- Dom do Espírito Santo refere-se ao Revestimento de poder do Espírito Santo (Atos 2.38,39).
4º- Dons do Espírito refere-se aos nove dons do Espírito Santo distribuído a igreja (I Co 12.8-11).

v As diferenças entre dons espirituais e talentos naturais:
1º- Um talento é resultado da genética, ou treinamento, enquanto que um dom espiritual é o resultado do poder do Espírito Santo.
2º- Qualquer pessoa pode possuir certo talento, cristão ou não cristão, enquanto que dons espirituais, apenas os cristãos que estão em comunhão com Cristo podem possuir.
3º- Tanto talentos e dons espirituais devem ser usados para a glória de Deus e para ministrar uns aos outros na edificação.
4º- Já os dons espirituais são usados apenas para o serviço espiritual no reino de Deus.
5º- Enquanto que o talento pode ser usado com o principal objetivo material.

NA BUSCA DE UM MINISTÉRIO VIVO E DINÂMICO NÃO DEVO ABRIR MÃO DE TER UM DOM AVIVADO.

1.             SÓ PODEREI FLUIR DINAMICAMENTE NO MINISTÉRIO RECEBIDO SE EU DESPERTAR O DOM QUE HÁ EM MIM. 2 Tm 1:6

·       Segundo alguns estudiosos, os dons foram apenas para os tempos apostólicos. Contudo, não há provas bíblicas, teológicas e históricas para provar essa posição 1 Co 13:10. É de extrema importância que os crentes descubram, desenvolvam e usem os dons recebidos de Deus para a edificação da igreja.

W   2 Tm 1:6 Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos. O que estava acontecendo com Timóteo?
è Paulo não apresenta detalhes, mas estava preocupado. Pelo que sentia, Timóteo precisava reavivar o dom que recebera de Deus. O verbo aqui empregado (despertar/reavivar; desperte/reavives) significa manter a chama do fogo incandescente. Para despertar seu dom, Timóteo precisava reacender o fogo que estava se apagando.
W   O que tem apagado o nosso dom, que está precisando ser reaceso? Eis quatro delas:
a)   As pressões da vida. Não tem sido fácil viver. São taxas altíssimas de impostos de um governo corrupto, não há o básicos nas áreas da saúde, da educação e da segurança, bem como com as crônicas dificuldades de alimentação e de moradia. Há uma crescente perda de acesso a bens e serviços, são salários congelados, diante de preços que continuam subindo em todas as direções. Pagar todas as contas no mês em que vencem é privilégio de poucos. Isso para não falar das batalhas no âmbito de família e religião.
·       Nestas condições, somos chamados a dar testemunho acerca do poder de nosso Senhor (v. 8). Nós, que estamos precisando de alento, é que temos que confortar os outros. Nós, que queríamos ver este poder, é que temos de falar dele. Vem destas circunstâncias parte de nosso desânimo, especialmente quando nós vemos o que o salmista viu: o ímpio prosperando (Sl 37). Ai! Como dói ver o incrédulo prosperar!
·       A pressão é enorme e, às vezes, apaga o dom. Precisamos de um altar de constância.

b)   Os sofrimentos da vida. Nosso dom se apaga quando experimentamos aquilo que consideramos o silêncio de Deus, quando oramos e não ouvimos a resposta. Por algum tempo nos consolamos com o ensino de que Deus tem o seu tempo. Depois, nos cansamos de esperar. Deus não é só para a vida religiosa, mas para a vida toda.

c)    O cansado da igreja. Por vezes, na igreja sobram línguas, para criticar destrutivamente, e faltam braços, para fazer.
·       Por vezes, na igreja sobram dedos, para apontar os erros dos outros, e faltam ombros para sustentar os que querem ficar firmes.
·       Por vezes, na igreja sobram olhos, para ver as brechas, e falta disposição, para tapar uma dessas brechas.
·       Por vezes, na igreja sobra cérebro, para discutir temas irrelevantes, e falta inteligência e criatividade, para encontrar soluções novas para um tempo novo que tem as carências de sempre. Como perdemos tempo com coisas sem importância! 
·       Por isto, e por outros fatores, há muita gente cansada de igreja, gente que logo ficará cansada de Deus, gente que logo se afastará de Deus, às vezes, irremediavelmente.
è Há gente cansada por ter feito muito e acabou sufocada pela incompreensão e pela crítica. Há gente cansada por não ter feito nada. Há gente que se cansou de sua própria acomodação. Há gente cansada de esperar atitudes coerentes.

d)   Cansado de Deus. Há gente cansada de Deus, embora raramente o confesse, porque o acesso a Ele é fácil demais. Nosso Deus está disponível 24 horas por dia. Não há qualquer exigência para se falar com Ele. Jonas falou de dentro de um peixe. Elias falou com Ele do interior de uma caverna. Moisés falou com Ele do centro de um deserto.
è O problema é que banalizamos Deus por ser Ele gracioso demais! Parece que alguns que nasceram no Evangelho sentem saudade de um tipo de vida que nunca tiveram. Há gente que veio do mundão esquecidos da sua salvação e de sua santa vocação (v. 9). Há muita gente triste com a sua salvação, por estranho que pareça. Se somos salvos e estamos cansados, é porque esquecemos que somos salvos ou porque a salvação produz tristeza em nós. Falta a muitos a alegria da salvação (Sl 51.12), alegria que produz uma adoração vibrante, alegria que produz uma vida ativa porque está cheia do dom de Deus.

2.             SÓ PODEREI FLUIR DINAMICAMENTE NO MINISTÉRIO RECEBIDO QUANDO BUSCAR UM AVIVAMENTO PESSOAL. 2 Tm 1:7 Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

·       O verso lido trás a capacitação do dom recebido. Poder, amor e moderação.
·       A palavra espírito, aqui, se refere ao sopro de Deus sobre nossas vidas, capacitando-nos para fazer aquilo que o dom de Deus necessita para se exercitar em nós.
v O ESPÍRITO DE PODER. O dom de Deus nos capacita com o poder de superar nossas próprias limitações, principalmente a limitação da covardia, do medo e da timidez. Os tímidos, inclusive no plano psicológico, precisam receber o poder de Deus para explodir. Enquanto não receberem esta dinamite espiritual, não vão sair das cavernas que são suas vidas, para os montes em que deveriam ser.  
è Muitos crentes têm medo de usar seus dons, e assim testemunhar de Deus, porque receiam o ridículo, a zombaria, a crítica, a oposição e a violência. Deus nos equipa e seu equipamento não inclui o medo.
v O ESPÍRITO DE AMOR. Este amor em nós é produtivo, no sentido que nos impulsiona para fora de nós mesmos, em direção a Deus e ao outro. 
è Os dons espirituais e o fruto do Espírito devem caminhar juntos para que a Igreja seja plenamente edificada e o nome do Senhor, glorificado (Ef 2.10). Uma árvore é identificada e conhecida mediante os seus frutos (Lc 6.44). Portanto, só viremos a aferir a espiritualidade de um crente através de suas obras realizadas mediante o fruto do Espírito e não apenas por seus dons espirituais (1 Tm 5.25).
v ESPÍRITO DE MODERAÇÃO. Temos a força e temos o amor. O que nos falta?
Falta-nos sabedoria para pôr o poder e o amor em ação.
è Ser moderado é controlar as emoções, quando devem ser controladas, é liberar as emoções, quanto devem ser liberadas. Ser moderado não é ser contido, mas ser equilibrado. Ser equilibrado não é ser fechado, fleugmático, para dentro; é ser aberto; é ser capaz de caminhar por entre os extremos.
è Moderação é ainda a capacidade que Deus nos dá para discernir o tempo e as coisas, de modo a poder decidir e agir com prudência, na hora certa e sem precipitação. 
v Em relação aos dons, há três tipos de crentes:
1)   Há os que mantém o entusiasmo do dom. Esses cristãos têm o dom, sabem que têm o dom e vivendo segundo o poder deste dom.
2)   Há os que diminuíram a força do dom. Esses cristãos têm o dom, sabem que têm o dom, mas têm mantido o fogo do dom em chama branda. Seu calor é o calor de uma estrela distante, da lua noturna, nunca do sol radiante. 
3)   Há os que permitiram que o seu dom fosse apagado. Esses cristãos têm o dom, mas já não sabem que o têm. É como se não o tivessem mais.
è Quem está com o dom aceso ore para que Deus mantenha o seu calor, como uma usina que gera energia e luz. Quem está com o dom em banho-maria ou apagado peça a Deus para seja reaceso. O crente não pode deixar que o fogo do Espírito se apague.

CONCLUSÃO:

·       O dom nos foi concedido segundo o propósito e a graça de Jesus Cristo (v. 9). Não foi algo que conquistamos e do qual podemos abrir mão. Não podemos esquecer disto. Se esquecemos, permitimos que o dom se apague. Se lembramos, permitimos que o dom continue aceso.
·       Todos somos chamados ao testemunho. Timóteo era pastor. Paulo era pregador, apóstolo e mestre (v. 11). E você, é o que?
è A maioria dos crentes não sabe quais são seus dons. Por isto, precisam ler e praticar o ensino de Paulo, como indicado em Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.4-11; Efésios 4.7-16. Nestes textos, temos várias listas, nunca exaustivas, nem conclusivas, todas para lembrar que sem o exercício dos dons não há dons. No Novo Testamento, aprendemos que os dons espirituais são os dons com que o Espírito Santo equipa o crente para seu ministério no mundo.
è Qual é o seu dom? Quais são os seus dons? O que você tem feito com ele(s)?
Se você é um crente, você tem pelo menos um dom. Trate de descobri-lo(s) e aceita-lo(s), como um dever e um privilégio.
·       O convite do apóstolo ao filho foi preciso: (v. 8) Timóteo, participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus. É como se Paulo lhe estivesse passando a tocha olímpica. Por isto, posso perguntar aos mais velhos: Que Cristianismo vocês estão passando aos mais jovens? Posso também perguntar aos mais jovens: Que disposição tem vocês para de levar a tocha do Evangelho de Cristo?
·       Precisamos nos dispor a mudar de um estilo apagado para um estilo vibrante; de um estilo dependente de si mesmo, para um estilo dependente de Deus. Como escreveu C.S. Lewis, não existe felicidade e paz independentes de Deus.
·       Ser cristão significa que somos pregadores de Deus, isto é, mensageiros de uma mensagem que não é nossa, mas de Deus. Anulamos o nosso dom, quando passamos a proclamar um evangelho, não o Evangelho. Nosso fracasso decorre em esquecermos que somos portadores do poder de Deus, não do nosso. Nossa vitória decorre em depender de Deus, nunca de nós mesmos, jamais dos valores correntes do nosso tempo.
Ser cristão significa que somos enviados a pessoas que nós não escolhemos, a pessoas que Deus escolheu. 
·       Permita-se incomodar pelo Espírito Santo, seja para ser convencido do pecado, seja para ser capacitado por Ele para ser testemunha do poder de Deus.


Se você não está usando o dom de Deus, está desperdiçando sua vida.

Contato com o Pr, Nilton Jorge
Telefones: Vivo (22) 998746712 whatzapp ou Tim (22) 981358547
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