sexta-feira, 2 de agosto de 2024

COMO LEVANTAR VOLUNTÁRIOS

TEXTO: Mt 20:28

INTRODUÇÃO:

·      Sobre voluntariado, o desafio é descomplicar para quem quer servir. Facilitar não significa que a pessoa que serve esteja apta a servir em todos os lugares. Alguns setores ou departamento na igreja vão exigir capacitação, como um conhecimento técnico, uma experiência maior, uma capacidade cristã mais profunda.

·      Quais os motivos para servir como voluntário?

a)   Porque o Reino é um lugar para todos. Todos são chamados a servir, mas a verdade é que nem todos aceitam o convite. No entanto, vale pontuar, servir continua sendo um convite para todos.

b)   Porque, quando eu me envolvo, me apaixono. Sl 100:2 Servir ao Senhor com Alegria. A alegria é o combustível para todos que assumem o serviço como estilo de vida. Precisamos encorajar a mentalidade de donos, que em geral dizem: “esta igreja é minha, esta cidade é minha, este bairro é meu, esta rua é minha”. Mudar de mentalidade exige envolvimento, ensino, encorajamento e tempo. Isso demanda uma dose de paciência.

·      A paixão vem pelo envolvimento. Infelizmente criamos uma mentalidade de oferecer cardápios em nossas instituições, principalmente quando se trata de igreja. Temos uma igreja infantil e errônea mentalidade de achar que a igreja tem a obrigação de oferecer tudo para os membros. Criamos pessoas eu saem de uma igreja para outra, na tentativa de mudar de cardápio, para ver quem oferece mais.

·      Quando a cultura do voluntariado se estabelece, saímos da mentalidade “o que a minha igreja tem a me oferecer, para o que eu posso oferecer a minha igreja”.

·      Observe que o envolvimento é o caminho mais curto para eliminar a critica.

c)    Porque, quando as pessoas praticam, se desenvolvem. Se quisermos gerar líderes saudáveis, então precisamos dar oportunidade para esses líderes se desenvolverem. A máxima para o desenvolvimento é simples, não digo que seja fácil, mais simples.

1)   Passo 1 – Eu faço, você observa.

2)   Passo 2 – Fazemos juntos.

3)   Passo 3 – Você faz, eu observo.

4)   Passo 4 – Você faz sozinho, traga alguém parra observar você fazer e eu vou levantar outras pessoas!

ð Deixe-me incluir algo necessário. Há três ingredientes no desenvolvimento de pessoas: tempo, tesouro e talento.

1.    O tempo que o líder passa com a pessoa é a chave para o sucesso. Trata-se de conectar o coração com o dela. Investir tempo não é uma questão de necessidade, mas de sobrevivência.

2.    O segundo ingrediente é o tesouro, digo isso porque é o tempo que vai ajudar a aprimorar e desabrochar a riqueza que há em cada um. Você carrega um tesouro em vaso de barro que será liberado quando você passar a servir.

3.    O tempo investido para descobri o tesouro que cada um possui culmina no ultimo ingrediente, que é colocar para funcionar os dons e os talentos da pessoa. Alguns são naturais, outros desenvolvidos e outros espirituais. Em outras palavras, o talento faz a pessoa certa estar no lugar certo.

·      É importante ressaltar que o tempo investido na pessoa fará o líder conhecer o caráter do voluntário, pois dons e talentos levam uma pessoa para o palco ou para o cenário, mas somente o caráter o sustenta lá por muito tempo.

d)   Porque nós, líderes, não podemos fazer tudo sozinhos. Ministério não pode ser centralizador. Todo líder centralizador, não forma líderes e não dá espaço para outros se desenvolverem e crescerem. Isso por enes motivos, ciúmes, medo de ser superado, zelo extremo, estar no poder, vaidade, egoísmo, etcs.

·      A cultura do nós sempre é melhor do que a cultura do eu. Em outras palavras, o plural é melhor do que o singular. Ec 4:12 Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.

·      A unidade na diversidade é uma riqueza e uma necessidade do Reino de Deus. Dar espaço para as pessoas fluírem em seus dons e talentos é perceber que cada pessoa tem valor e pode, sim, contribuir.

 

TRANSIÇÃO: Sempre haverá o lugar certo para a pessoa certa! Tem lugar para quem sabe cozinhar, cortar cabelo, fazer unhas, para massagista, professor, médico, enfermeiro, treinador de futebol, analista de sistema, fotógrafo, etc. Um dia teremos aqui na igreja o dia da beleza onde voluntários servirão, um dia de especialidades para melhor a qualidade de vida para a glória do Senhor. Como levantar e manter uma cultura saudável de voluntários?

 

1.             VALORIZE O CORAÇÃO, NÃO O TÍTULO.

 

Pv 4:23 Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.

ð Conhecer e testar o coração é o fundamento para qualquer ser humano, mas, em se tratando de servir, é o fundamento primordial. Tudo começa com um coração transformado e pronto.

ð Servir com o coração é tudo que Deus precisa, e, quando se esta alinhada com os valores do Reino, as mãos farão o que for preciso. Isso significa dizer que o ser vem primeiro que o fazer.

ð O coração determinará até onde você pode ir. O coração definirá como fazer. O coração mostrará porque fazer. O coração abrangerá o que fazer. O coração revelará porque fazer. Com o coração, tudo se transforma.

·      O coração, no lugar desconfortável sempre revelará caráter. Porque não se trata do lugar que servimos, mas, sim, das pessoas às quais servimos.

·      Quer testar o coração? Envolva a pessoa em um ambiente em que o título não faz nenhuma diferença, não custa lembrar: no céu, o maior título é o de servo, isso mesmo, simples assim!

 

2.             NÃO TENHA MEDO DE PEDIR.


·      Infelizmente, vejo muitos líderes quase implorando ou se esquivando de pedir, ou nem sequer mencionando quais são as necessidades e as pessoas que precisam de nossa ajuda. Jesus sempre foi ousado em pedir, encorajar e fazer as perguntas certas.

·      Além de facilitar, ouse pedir de forma clara e convincente, devemos permitir que as pessoas se ponham à disposição para servir em áreas que talvez você nem imaginaria que alguém ao redor se mostrasse interessado.

·      Uma palavra aos líderes: não economize em criar espaços para que todos sirvam. Não caia no erro de pôr na mão de uma só pessoa a realização de uma tarefa quando poderia abrir espaço para outras pessoas servirem.

·      Pedir passa também por questão de dependência divina. Ao afirmar eu a oba é grande e são poucos os trabalhadores, Jesus nos ensina a pedir o que não conseguimos fazer com estratégias humanas. Temos que orar pedindo voluntários para áreas específicas, temos orado por um tecladista crente, submisso, conectado com o céu e que esteja alinhado com o ministério do louvor como servo.

ð Temos orado para que Deus salve médicos, advogados, dentista, profissionais da área da saúde, empresários pra que sirvam com seus dons e talentos naturais. Se ninguém está pedindo, eu estou, envia para cá Jesus. precisamos por causa do Rota radical, por causa do Rota das águas profundas (futuro projetos da igreja).

ð Se Jesus disse para pedir, faremos exatamente isso “envia Senhor semeadores para a sua seara”.


3.             ENCORAJE E CELEBRE CONSTANTEMENTE.

 

·      Existe uma diferença entre bajular, honrar e encorajar. Se dizemos algo a uma pessoa porque ela está carente, nós a estamos bajulando, essa não deve ser a nossa motivação, mas, sim, porque ela merece e a honramos.

·      Pessoas com o coração saudável, a mente tranquila e o mundo interior bem resolvido não precisa busca honra ou reconhecimento. Mas ao receberem uma palavra de encorajamento, ficarão gratas e nunca esquecerão tal atitude.

ð A palavra que sai da minha boca tem poder. Pv 18:21 A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto.

ð Precisamos usar o poder que há em nossas palavras e expressar nossa gratidão e honrar aqueles que servem. Costumo dizer que encorajamento é um ótimo combustível para a alma. Encorajar e honrar é algo maravilhoso, e celebrar não tem preço.

 

4.             TRATE-OS COM SERIEDADE.

 

·      Seriedade pode soar como cara feia, rosto fechado, ambiente entre chefe e colaborador, mas é algo totalmente diferente. Na verdade, é tratar os voluntários trazendo-os à responsabilidade.

·      A cultura do voluntariado não é a mão de obra gratuita, portanto, não significa falta de compromisso, cumprimento de horários e metas, assiduidade e principalmente vida com Deus. Servir não é um favor que voluntário faz se trata do reflexo do caráter de Jesus.

·      A seriedade está também no fato de que você não ensina a cultura do voluntariado, e sim que você é a cultura.

 

5.             EXIJA LEVEZA E DIVERSÃO.

 

·      Tratar com seriedade não anula o fato de que deve haver um ambiente de leveza e alegria, até porque somente dessa forma criamos condições para todos servirem com alegria e excelência.

·      Sl 100:2Prestem (sirvam) ao Senhor com alegria...”. Saiba que, quanto mais descontraído for o ambiente, maior será o prazer e maior ainda a dedicação.

·      Pratique a tolerância. Nem todo mundo vai acertar sempre. Tratar voluntários como ser humano não é novidade é obrigação.

CONCLUSÃO:

ð Ter uma linguagem única é uma questão de sobrevivência e um principio imensurável:

não podemos ter mais de uma linguagem na igreja. Atos 2 é claro, todos tinham tudo em comum, temos que falar a mesma língua, desde a porta de entrada com os voluntário na recepção, passando pelos obreiros na ordem dos lugares e comunicação, passando pela mídia com vídeos de bem vindo o culto já vai começar (na tela), ministério de louvor, nossas liturgias bem ajustadas ao tema do culto.

ð A pregação tem que estar alinhada ao louvor e culto proposto, nosso alvo é edificação, adoração e evangelização.

ð Se a linguagem entre as equipes é única, isso se nota tanto na comunicação interna quanto diante do público. Todo voluntário tem que assumir um compromisso comprometendo-se diante de Deus. Esse compromisso envolve os seguintes aspectos: dependência de Deus, lealdade com a visão da instituição, submissão a uma liderança, valor do caráter e de atitudes íntegras, ética com a equipe e respeito à pessoa a quem se serve. 


Pr. Nilton Jorge

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