terça-feira, 29 de abril de 2025

OS QUATROS CÁLICES

TEXTO: Lc 22:117,18,20,42

INTRODUÇÃO:

·      A páscoa é um dos eventos mais significativos das Escrituras. No A.T ela é instituída como uma celebração solene da libertação de Israel da escravidão do Egito.

·      O capítulo 12 de Êxodo, o Eterno não só institui a Páscoa, da base a quatro bênçãos que ela proporciona: 

1.    A páscoa representou o começo de uma nova contagem do tempo.  A partir dessa data o povo deveria, e num certo sentido estava reiniciando a vida. Isso é magnífico, pois para os judeus a vida era somente opressão, humilhação e opróbrio. Deus queria lhes ensinar algo lindo: a partir deste acontecimento, eles estavam voltando ao zero, e tendo a oportunidade de recomeçar suas vidas.

2.    De escravos, foram feitos em homens e mulheres livres.  A segunda razão da alegria de celebrar a Páscoa estava no fato de que o povo seria livre. Tente imaginar: os judeus estavam confinados aos estreitos limites da terra da escravidão, e sem nenhuma condição de se moverem daquele território. Agora, por causa da Páscoa, seriam livres para andar sob a direção de Deus. Os judeus celebravam a Páscoa sob a ótica da liberdade. Como uma autêntica carta de alforria, a Páscoa proclamava liberdade aos cativos. 

3.    Foram guardados diante do juízo de Deus.  Sob o efeito protetor do sangue do Cordeiro pascal, o povo judeu foi preservado da morte que atingiu todas as famílias egípcias. A morte que fez definhar o poderio egípcio, pois desde o rei ao mais simples cidadão, bem como os animais, todos tiveram de chorar aquela noite a perda do seu primogênito, mas a família dos judeus não foi atingida. Assim, a Páscoa não comunica somente o começo de um tempo novo e a liberdade, mas também a vida guardada diante da morte.

4.    Eles tinham como destino uma terra abençoada. Para um povo que viveu tanto tempo sem uma pátria, a Páscoa prometia uma terra rica, abençoada sob o governo redentor de Deus. Assim, tendo reiniciado a contagem dos dias, experimentando a liberdade, guardados do poder destruidor da morte e indo em direção a uma terra rica, não é de admirar que a Páscoa tinha um clima de festividade indizível. Contudo, há de se observar que a celebração da Páscoa não tinha como objetivo centralizar a atenção do povo nas bênçãos que lhe foram outorgadas, mas no Deus Eterno, que era a fonte de tudo e os abençoara

·      No N.T essa festa assume um significado ainda mais glorioso, pois encontra o seu cumprimento definitivo na obra redentora de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Cl 2:16,17 Portanto, ninguém tem o direito de vos julgar pelo que comeis, ou pelo que bebeis, ou ainda com relação a alguma festa religiosa, celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Esses rituais são apenas sombra do que haveria de vir; a realidade, todavia, encontra-se em Cristo.

·      Desde a primeira Páscoa, celebrada as pressas antes do Exodo, até a última ceia de Jesus com seus discípulos, cada elemento dessa celebração carrega um simbolismo profundo. O cordeiro pascal, o sangue nos umbrais, o pão sem fermento e as ervas amargas, são sombras de uma realidade espiritual que se manifestaria plenamente na cruz.

·      A Páscoa judaica no tempo em que o Senhor Jesus a celebrou com Seus discípulos consistia de um ritual inexistente quando foi instituída por Moisés. Ela seguia uma tradição oral antiga, que não consta da Bíblia, mas na Misná escrita entre os anos 100 e 210 A.C, os exegetas rabinos editaram e compilaram incorporando os mais antigos comentários rabínicos conhecidos e posicionado na tradição pascal que temos até hoje.

ð Os participantes reclinavam à mesa, costume babilônico dos homens livres, e servos ou escravos os serviam. A cerimônia incluía abluções e determinadas orações.

·      Para comer, além do cordeiro assado, das ervas amargosas e de pães asmos (sem levedo), símbolo da aflição mandados por Moisés, havia outros alimentos cerimoniais na mesa. Água salgada ou vinagre era usada para mergulhar as ervas uma só vez, e também usavam uma mistura doce de maçãs e nozes, na qual mergulhavam as ervas e o bocado de pão antes de comer.

·      Era obrigatório beber pelo menos quatro cálices de vinho tinto misturado com água morna, símbolo de alegria e representando o sangue do cordeiro que fora sacrificado e cuja carne era comida.

·      A ordem do culto que Jesus seguiu segundo a tradição do Misná foi a seguinte:

a)   Oração de consagração da refeição antes do primeiro cálice vinho, recitada pelo anfitrião (Lucas 22:17-18).

b)   Primeira lavagem das mãos (João 13:4-5).

c)    Mergulho da erva na água salgada ou vinagre, que era então passada por ele a todos os participantes.

d)   Vinho é despejado no segundo cálice, depois de removida a comida.

e)    Seção de perguntas pelos filhos ao pai sobre o significado da páscoa, quando em família, e lembrança da história do povo desde o chamado de Abraão até a saída do Egito e a entrega da Lei.

f)    A comida volta à mesa, o pai continua a falar, explicando os elementos: o cordeiro, as ervas amargosas e os pães asmos que estavam para comer.

g)   Canto dos salmos 113 e 114, e o segundo cálice é bebido.

h)   Lavagem das mãos pela segunda vez, como ato de respeito pelo pão.

i)     O anfitrião parte um dos pães em sinal de humildade, lembrando que os pobres só têm migalhas de pão para comer. Depois dá graças reconhecendo que Deus dá o alimento, e pelo mandamento que o pão não deve conter levedo.

j)     O anfitrião dá um pedaço do pão partido, depois de mergulhado em ervas amargosas e mistura doce, a cada um dos participantes (Mateus 26:21, João 13:26, 27b e 30a).

k)   A carne do cordeiro é comida (Depois disto, o Senhor outra vez tomou pão, deu graças e deu aos Seus discípulos dizendo: Lucas 22:19 "Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim".

l)     O anfitrião despeja o terceiro cálice de vinho (Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25) e todos recitam a bênção de após-refeição, e cantam um corinho especial para o vinho no terceiro cálice, e todos bebem.

m)  Os salmos 115 a 118 são recitados, e todos bebem o quarto cálice.

n)   Encerramento com um cântico ou hino (Mateus 26:30).

·      É de se notar que as palavras do Senhor Jesus eram chocantes: "isto é o Meu corpo" e ë "este é o novo testamento do Meu sangue", e que, ao interromper a ordem do ritual, no fim, Ele estava quebrando o costume de não se comer mais nada depois de comida a carne do cordeiro. Com a Sua autoridade, Ele estava introduzindo uma comemoração inteiramente nova, aproveitando os símbolos usados na Páscoa, que representavam a Sua própria morte.

·      Os exegetas judeus observaram um detalhe interessante no livro do Êxodo 6.6,7 onde há quatro verbos que se destacam, com quatro promessas de livramento:

ð Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos TIRAREI de debaixo das cargas do Egito, e vos LIVRAREI da sua servidão, e vos RESGATAREI com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. TOMAR-VOS-EI por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o Senhor. 

ð Baseado nestas palavras de libertação do Senhor ao Seu povo, os judeus começaram a celebrar a Páscoa com quatro pequenos cálices de vinho, que recordavam e representavam cada uma destas quatro promessas que se cumpriram em sua história: tirarei, livrarei, resgatarei e tomar-vos-ei (aceitação).

·      Estes cálices não apenas relembram o Êxodo no Egito, mas também prefiguram a obra de Cristo, que os tomou na ultima ceia e reinterpretou a luz do N.T.

·      Cada cálice está ligado às grandes alianças de Deus com seu povo.

a)   O cálice da Santificação (libertos da escravidão), Aliança com Abraão, separação de um povo.

b)   O cálice da Libertação, Aliança Mosaica (libertação do Egito e a Lei).

c)    O cálice da redenção, Nova Aliança (redenção pelo sangue de Jesus).

d)   O cálice do Reino, Aliança Davídica (O reino eterno do Messias).

 

ð Na terceira e última Páscoa que Jesus celebrou com Seus discípulos Ele prioriza três ações: o jantar da Páscoa com a Ceia e o lava-pés, a oração no Getsêmani e a crucificação.

·      Em Marcos 14:12-16,é descrito que no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, os discípulos deveriam preparar o lugar para a Ceia da Páscoa. Então, Jesus disse que encontrassem um homem trazendo um cântaro de água e que já estava preparado um espaçoso cenáculo mobilado e pronto para a ceia da Páscoa. Nesta mesa segundo a tradição estavam os quatros cálices.

·      Perceba que os cálices no texto de Lucas não estão em uma ordem cronológica.

Lc 22:17: E, tomando um cálice [1]

Lc 22:20: Semelhantemente, tomou o cálice [2]

Lc 22:42: “[...} passa de mim este cálice [3]

Lc 22:18: “[...] não beberei do fruto da vide [4]

Lc 22:15 Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E disse-lhes: Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer.

v.17 Recebendo UM CÁLICE, ele deu graças e disse: Tomem isto e partilhem uns com os outros. 

v.20 Da mesma forma, depois da ceia, tomou O CÁLICE, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês. Esses dois cálices Jesus tomou com os discípulos, havia um terceiro cálice que o tomou na cruz do calvário.

·      Em Mc 10:37 Tiago e João se dirigiram com muita presunção a Jesus: Queremos que nos faças o que vamos te pedir. Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda. A resposta de Jesus, porém, soou quase grosseira: Podem vocês beber o cálice que eu estou bebendo? Esse cálice continha a ira de Deus por toda a perversidade do seu povo. Jesus estava negando aos seus discípulos um cálice que Ele sabia que não poderiam beber. O cálice tinha tal amargor que o próprio Jesus pediu para NÃO bebê-lo: Lc 22:42 Pai, se queres, afasta de mim este cálice.

·      Observe que entre o momento em que Jesus toma o primeiro cálice, por duas vezes ele deixa a profecia e promessa do quarto cálice: de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. Ou seja, haverá um último cálice, o quarto, que o Cordeiro de Deus só tomará conosco no Reino do Pai.


TRANSIÇÃO: Vamos traçar o paralelo entre os dois cálices tomados por Jesus na última Ceia da Páscoa com as quatro promessas de livramento em Êxodo 6:6-8.


1.             QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU ESTOU CELEBRANDO A JUSTIFICAÇÃO DOS MEUS PECADOS.

 

·      O primeiro cálice indicava que os israelitas foram tirados de debaixo do jugo da escravidão do Egito.Ex 6:6 Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos TIRAREI de debaixo das cargas do Egito. Aqui temos a promessa do livramento do trabalho (carga pesada) imposto por Faraó ao povo judeu durante a escravidão no Egito. O primeiro cálice nos revela que o sangue de Jesus Cristo, derramado na cruz, nos livra da ESCRAVIDÃO DO PECADO. Aqui somos santificados para nos tornarmos um povo santo e separado para Deus. Não somos mais escravos.

·      A apropriação da provisão que há no primeiro cálice é revelada claramente por Paulo em Rm 6:8-14, onde nos é ensinado que, em Jesus, recebemos a graça para não mais sermos escravos do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem DOMÍNIO sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o PECADO NÃO TERÁ DOMÍNIO SOBRE VÓS; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

·      graça justificadora e capacitadora que recebemos do sangue de jesus nos livra do domínio e jugo do pecado sobre as nossas vidas. Tt 2:11-14 A Graça se manifestou salvadora a todos os homens e nos educa a renegar as paixões mundanas, para vivermos no presente século, justa e piedosamente, cheios de boas obras.

2.             QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU CELEBRO A MINHA LIBERDADE EM CRISTO E FILIAÇÃO DIVINA.

 

·      Ex 6:6 e vos LIVRAREI da sua servidão. Esta segunda promessa da Páscoa, representada pelo segundo cálice, traz a promessa e cumprimento em Jesus Cristo de que somos livres da nossa condição de escravos, passando a filhos resgatados pelo Pai.

·      Este entendimento é desenvolvido por Paulo em Gálatas 3:23 a 4:11. Paulo explica às igrejas da Galácia que agora, em Cristo Jesus, pela fé, não somos mais escravos da lei, nem do pecado e de nenhum outro deus. Mas, em Jesus fomos resgatados e recebemos a adoção de filhos: 4:5, 6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito do Seu Filho, que clama: Aba, Pai! Rm 8:15, 16 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para vivermos, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai! O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

·      Note que seria muito importante que o povo judeu não apenas fossem livres do jugo de Faraó, mas também vivesse a nova mentalidade de filho, não mais de escravos. Assim também nós que fomos perdoados de todos os nossos pecados pelo sangue de Jesus Cristo, precisamos entender que a obra da cruz não se resume apenas no perdão, mas na filiação.

·      Segundo Cálice é o da Nova Aliança: Lc 22:20 Semelhantemente, depois de cear, tomou O CÁLICE, dizendo: Este é O cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. Não somos tribos, somos Família e reino, temos identidade não de uma nação, mas de um reino. Somos filhos desse reino por adoção.

 

3.             QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU CELEBRO O MEU RESGATE.

 

ð Ex 6:6 e vos RESGATAREI com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. A expressão resgatar aqui não tem haver apenas com arrancar de um cativeiro, mais resgatar por meio de pagamento. O pagamento aqui seria as pragas.

ð Na primeira Páscoa o povo judeu foi tirado de debaixo do jugo da escravidão de Faraó, resgatado da condição de escravos para a condição de nação dos filhos de Jeová. Mas, também, o Senhor estendeu “Seu braço forte” trazendo grande manifestação de julgamento sobre os deuses do Egito. Este fato é importante, pois o extermínio dos inimigos nos dá a segurança de que eles não mais nos “alcançarão” para nos escravizar. Jo 14:30 Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim.

·      Em João 16:8-11 Jesus ensina-nos sobre os três aspectos da nossa salvação. O terceiro está relacionado à revelação de que o Espírito Santo nos revelará a verdade do juízo do príncipe deste mundo que Jesus decretou na cruz: Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.

·      Sendo assim, quando nos convertemos a Jesus Cristo, precisamos entender que ele não apenas nos livrou do jugo (escravidão e peso) do pecado, também nos livrou da mentalidade de escravos para receber o Espírito de filiação, mas, também, a verdade de que Ele trouxe juízo sobre os espíritos que nos aprisionavam.

·      A expressão registrada em Êxodo de que ele nos resgataria com “braço estendido” é uma figura do julgamento declarado por Jesus Cristo quando estava na cruz com os braços estendidos. Rm 8:1-4 nos ensina que Deus, o Pai e Juiz, condenou na carne de Jesus o pecado. Ao estender os Seus braços na cruz, o Senhor Jesus declarou: Teletestai está consumado ou pago. Nosso resgate foi na Cruz, onde Deus julgou meus pecados em Cristo Jesus e sentenciou meus escravizadores a vergonha e derrota.

·      Para se cumprir a Escritura, Jesus disse que estava com sede. Então, deram-lhe a beber vinagre (vinho azedo). Este vinho azedo era o terceiro cálice que Jesus orou no Getsêmani, no Monte das Oliveiras, para que, se possível o Pai O dispensasse de beber.

·      Em Cl 2:13-15 Paulo nos agracia com a revelação de que, na cruz, Cristo triunfou contra os principados e potestades, publicamente expondo-os ao desprezoA cruz é o ápice das histórias de julgamento do pecado e de Satanás. Foi bem alí, na dor da expiação, que o Senhor triunfou com braço estendido.

 

4.             QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU RENOVO A MINHA ESPERANÇA DA ETERNIDADE.


Ex 6:7,8 Tomar-vos-eis por meu povo e serei vosso Deus (a expressão tomar aqui significa duas coisas tirar com força de maneira súbita e aceitação) e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o Senhor.

·      Este quarto e último cálice nos traz a promessa do cumprimento pleno da nossa salvação e libertação no Reino do Pai, quando Ele nos receberá com grande júbilo. Mt 25:34 então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. O Reino de Deus é o cumprimento pleno dos propósitos de Deus para os Seus filhos resgatados e acolhidos pela graça.

·      Lc 22:17, 18 E, tomando um cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; 18 pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. Durante a Páscoa Jesus profetizou e nos prometeu que estaria à nossa espera e que um dia, nos receberia na porta do Reino do Pai.

·      Esta é a esperança que devemos recordar com o quarto cálice que ainda tomaremos com Ele quando participaremos da grande e eterna Ceia das Bodas do Cordeiro. A morte de Jesus e a Sua ressurreição é a nossa garantia de ingresso no Reino do Pai. Lucas 13:29 Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus.

Isaías 25:6-9 diz: O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosasuma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados. Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações. Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou. Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos”.

CONCLUSÃO:

A pergunta final é inescapável: você está ponto para beber o ultimo cálice com Cristo? Se ainda não entregou a sua vida a Cristo esse é o momento, não outro cálice, não há oura chance após esse convite.

Nas bodas do Cordeiro a redenção será plenamente consumada. Assim como o povo de Israel entrou na terra da promessa, nós, que conhecemos a Jesus, o Cordeiro de Deus, e reconhecemos seu senhorio, entraremos na Jerusalém celestial, a cidade cujo arquiteto é o próprio Deus. 

Amém!


Pr. Nilton Jorge - Contatos: (22) 998746712 Whatsapp

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