TEXTO: Lc 22:117,18,20,42
INTRODUÇÃO:
· A páscoa é um
dos eventos mais significativos das Escrituras. No A.T ela é instituída como uma
celebração solene da libertação de Israel da escravidão do Egito.
· O capítulo 12 de Êxodo, o Eterno não só
institui a Páscoa, da base a quatro bênçãos
que ela proporciona:
1.
A páscoa
representou o começo de uma nova contagem do tempo. A partir dessa data o povo deveria, e num
certo sentido estava reiniciando a vida. Isso é magnífico, pois para os judeus
a vida era somente opressão, humilhação e opróbrio. Deus queria lhes ensinar algo lindo: a partir deste
acontecimento, eles estavam voltando ao zero, e tendo a oportunidade de
recomeçar suas vidas.
2.
De escravos,
foram feitos em homens e mulheres livres. A segunda razão da alegria de celebrar a
Páscoa estava no fato de que o povo seria livre. Tente imaginar: os judeus
estavam confinados aos estreitos limites da terra da escravidão, e sem nenhuma
condição de se moverem daquele território. Agora, por causa da Páscoa, seriam
livres para andar sob a direção de Deus. Os
judeus celebravam a Páscoa sob a ótica da liberdade. Como uma
autêntica carta de alforria, a Páscoa proclamava liberdade aos cativos.
3.
Foram
guardados diante do juízo de Deus. Sob o efeito protetor do sangue do Cordeiro pascal, o povo judeu
foi preservado da morte que atingiu todas as famílias egípcias. A morte que fez
definhar o poderio egípcio, pois desde o rei ao mais simples cidadão, bem como
os animais, todos tiveram de chorar aquela noite a perda do seu primogênito,
mas a família dos judeus não foi atingida. Assim, a Páscoa não comunica somente
o começo de um tempo novo e a liberdade, mas também a vida guardada diante da
morte.
4.
Eles tinham
como destino uma terra abençoada. Para um povo que viveu tanto tempo sem uma pátria, a Páscoa prometia
uma terra rica, abençoada sob o governo redentor de Deus. Assim, tendo
reiniciado a contagem dos dias, experimentando a liberdade, guardados do poder
destruidor da morte e indo em direção a uma terra rica, não é de admirar que a
Páscoa tinha um clima de festividade indizível. Contudo, há de se observar que a celebração da Páscoa não tinha
como objetivo centralizar a atenção do povo nas bênçãos que lhe foram
outorgadas, mas no Deus Eterno, que era a fonte de tudo e os abençoara.
· No N.T essa
festa assume um significado ainda mais glorioso, pois encontra o seu
cumprimento definitivo na obra redentora de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo. Cl
2:16,17 Portanto,
ninguém tem o direito de vos julgar pelo que comeis, ou pelo que bebeis, ou
ainda com relação a alguma festa religiosa, celebração das luas novas ou
dos dias de sábado. Esses rituais são apenas sombra do que haveria de
vir; a realidade, todavia, encontra-se em Cristo.
· Desde a primeira
Páscoa, celebrada as pressas antes do Exodo, até a última ceia de Jesus com
seus discípulos, cada elemento dessa celebração carrega um simbolismo profundo. O cordeiro
pascal, o sangue nos umbrais, o pão sem fermento e as ervas amargas, são
sombras de uma realidade espiritual que se manifestaria plenamente na cruz.
· A Páscoa judaica no tempo em que o
Senhor Jesus a celebrou com Seus discípulos consistia de um ritual inexistente
quando foi instituída por Moisés. Ela seguia
uma tradição oral antiga, que não consta da Bíblia, mas na Misná escrita entre
os anos 100 e 210 A.C, os exegetas rabinos editaram e compilaram incorporando
os mais antigos comentários rabínicos conhecidos e posicionado na tradição
pascal que temos até hoje.
ð Os participantes reclinavam à mesa,
costume babilônico dos homens livres, e servos ou escravos os serviam. A cerimônia incluía abluções e determinadas orações.
· Para comer, além do cordeiro assado, das ervas amargosas e de pães
asmos (sem levedo), símbolo da aflição mandados por Moisés, havia outros
alimentos cerimoniais na mesa. Água salgada ou vinagre era usada para mergulhar
as ervas uma só vez, e também usavam uma mistura doce de maçãs e nozes, na qual
mergulhavam as ervas e o bocado de pão antes de comer.
· Era obrigatório beber pelo menos quatro cálices de vinho tinto
misturado com água morna, símbolo de alegria e representando o sangue do
cordeiro que fora sacrificado e cuja carne era comida.
· A ordem do culto
que Jesus seguiu segundo a tradição do Misná foi a seguinte:
a)
Oração de consagração da
refeição antes do primeiro cálice vinho, recitada pelo anfitrião (Lucas 22:17-18).
b)
Primeira lavagem das mãos
(João 13:4-5).
c)
Mergulho da erva na água
salgada ou vinagre, que era então passada por ele a todos os participantes.
d)
Vinho é despejado no
segundo cálice, depois de removida a comida.
e)
Seção de perguntas pelos
filhos ao pai sobre o significado da páscoa, quando em família, e lembrança da
história do povo desde o chamado de Abraão até a saída do Egito e a entrega da
Lei.
f)
A comida volta à mesa, o
pai continua a falar, explicando os elementos: o cordeiro, as ervas amargosas e
os pães asmos que estavam para comer.
g)
Canto dos salmos 113 e
114, e o segundo cálice é bebido.
h)
Lavagem das mãos pela
segunda vez, como ato de respeito pelo pão.
i)
O anfitrião parte um dos
pães em sinal de humildade, lembrando que os pobres só têm migalhas de pão para
comer. Depois dá graças reconhecendo que Deus dá o alimento, e pelo mandamento
que o pão não deve conter levedo.
j)
O anfitrião dá um pedaço
do pão partido, depois de mergulhado em ervas amargosas e mistura doce, a cada
um dos participantes (Mateus 26:21, João
13:26, 27b e 30a).
k)
A carne do cordeiro é
comida (Depois disto, o Senhor outra vez tomou pão, deu graças e deu aos Seus
discípulos dizendo: Lucas 22:19 "Isto é o meu corpo, que por vós é dado;
fazei isto em memória de mim".
l)
O anfitrião despeja o
terceiro cálice de vinho (Lucas 22:20; 1
Coríntios 11:25) e todos recitam a bênção de após-refeição, e cantam um
corinho especial para o vinho no terceiro cálice, e todos bebem.
m) Os salmos 115 a 118 são
recitados, e todos bebem o quarto cálice.
n)
Encerramento com um
cântico ou hino (Mateus 26:30).
· É de se notar que as palavras do Senhor
Jesus eram chocantes: "isto
é o Meu corpo" e ë "este é o novo testamento do Meu sangue",
e que, ao interromper a ordem do ritual, no fim, Ele estava quebrando o costume
de não se comer mais nada depois de comida a carne do cordeiro. Com a Sua autoridade, Ele estava
introduzindo uma comemoração inteiramente nova, aproveitando os símbolos usados
na Páscoa, que representavam a Sua própria morte.
·
Os exegetas judeus observaram um detalhe interessante no livro do Êxodo
6.6,7 onde há quatro verbos que se destacam, com quatro promessas
de livramento:
ð Portanto, dize
aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos TIRAREI de
debaixo das cargas do Egito, e vos LIVRAREI da sua
servidão, e vos RESGATAREI com braço estendido e com
grandes manifestações de julgamento. TOMAR-VOS-EI por
meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que
vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar
a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o Senhor.
ð Baseado nestas
palavras de libertação do Senhor ao Seu povo, os judeus começaram a celebrar a
Páscoa com quatro pequenos cálices
de vinho, que recordavam e representavam cada uma destas
quatro promessas que se cumpriram em sua história: tirarei, livrarei, resgatarei
e tomar-vos-ei (aceitação).
·
Estes cálices
não apenas relembram o Êxodo no Egito, mas também prefiguram a obra de Cristo,
que os tomou na ultima ceia e reinterpretou a luz do N.T.
·
Cada cálice está
ligado às grandes alianças de Deus com seu povo.
a)
O cálice da Santificação
(libertos da escravidão), Aliança com Abraão, separação de um povo.
b)
O cálice da Libertação,
Aliança Mosaica (libertação do Egito e a Lei).
c)
O cálice da redenção,
Nova Aliança (redenção pelo sangue de Jesus).
d)
O cálice do Reino,
Aliança Davídica (O reino eterno do Messias).
ð Na terceira e
última Páscoa que Jesus celebrou com Seus discípulos Ele prioriza três ações: o jantar da
Páscoa com a Ceia e o lava-pés, a oração no Getsêmani e a crucificação.
· Em Marcos
14:12-16,é descrito que no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se
fazia o sacrifício do cordeiro pascal, os discípulos deveriam preparar o lugar
para a Ceia da Páscoa. Então, Jesus disse que encontrassem um homem trazendo um
cântaro de água e que já estava preparado um espaçoso cenáculo mobilado e
pronto para a ceia da Páscoa. Nesta mesa segundo a tradição estavam os
quatros cálices.
· Perceba que os cálices no texto de Lucas
não estão em uma ordem cronológica.
Lc 22:17: E, tomando um cálice [1]
Lc 22:20: Semelhantemente, tomou o cálice [2]
Lc 22:42: “[...} passa
de mim este cálice [3]
Lc 22:18: “[...] não beberei do fruto da vide [4]
Lc 22:15 Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos
reclinaram-se à mesa. E disse-lhes: Desejei ansiosamente comer esta
Páscoa com vocês antes de sofrer.
v.17 Recebendo UM CÁLICE, ele deu
graças e disse: Tomem isto e partilhem uns com os outros.
v.20 Da mesma forma, depois da ceia, tomou O
CÁLICE, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em
favor de vocês. Esses dois cálices Jesus tomou com os discípulos, havia
um terceiro cálice que o tomou na cruz do calvário.
· Em Mc 10:37 Tiago e João se dirigiram com
muita presunção a Jesus: Queremos
que nos faças o que vamos te pedir. Permite que, na tua glória, nos assentemos
um à tua direita e o outro à tua esquerda. A resposta de
Jesus, porém, soou quase grosseira: Podem
vocês beber o cálice que eu estou bebendo? Esse cálice continha a ira de
Deus por toda a perversidade do seu povo. Jesus estava negando aos seus
discípulos um cálice que Ele sabia que não poderiam beber. O cálice tinha tal
amargor que o próprio Jesus pediu para NÃO bebê-lo: Lc 22:42 Pai, se queres,
afasta de mim este cálice.
· Observe que entre o momento em que Jesus
toma o primeiro cálice, por duas vezes ele deixa a profecia e promessa do quarto
cálice:
de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o
reino de Deus. Ou seja, haverá um último cálice, o quarto, que o Cordeiro
de Deus só tomará conosco no Reino do Pai.
TRANSIÇÃO: Vamos traçar o paralelo entre os dois cálices tomados por Jesus na última Ceia da Páscoa com as quatro promessas de livramento em Êxodo 6:6-8.
1.
QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU ESTOU
CELEBRANDO A JUSTIFICAÇÃO DOS MEUS PECADOS.
·
O primeiro
cálice indicava que os israelitas foram tirados de debaixo do jugo da escravidão
do Egito.Ex 6:6 Portanto, dize aos filhos de Israel:
eu sou o Senhor, e vos TIRAREI de debaixo das cargas do
Egito. Aqui
temos a promessa do livramento do trabalho (carga pesada) imposto por Faraó ao
povo judeu durante a escravidão no Egito. O primeiro cálice nos revela que o sangue
de Jesus Cristo, derramado na cruz, nos livra da ESCRAVIDÃO DO PECADO. Aqui somos santificados para nos
tornarmos um povo santo e separado para Deus. Não somos mais escravos.
·
A apropriação da provisão que há no primeiro cálice
é revelada claramente por Paulo em Rm 6:8-14, onde nos
é ensinado que, em Jesus, recebemos a graça para não mais sermos escravos
do pecado. Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo
Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem
DOMÍNIO sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para
sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim
também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para
Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo
mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais
cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas
oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a
Deus, como instrumentos de justiça. Porque o PECADO NÃO TERÁ DOMÍNIO
SOBRE VÓS; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.
·
A graça
justificadora e capacitadora que recebemos do sangue de jesus nos
livra do domínio e jugo do pecado sobre as nossas vidas. Tt 2:11-14 A Graça se manifestou salvadora a todos os
homens e nos educa a renegar as paixões mundanas, para vivermos no presente
século, justa e piedosamente, cheios de boas obras.
2. QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU CELEBRO A MINHA LIBERDADE EM CRISTO E FILIAÇÃO DIVINA.
· Ex 6:6 e vos LIVRAREI da
sua servidão. Esta segunda promessa da Páscoa, representada pelo segundo
cálice, traz a promessa e cumprimento em Jesus Cristo de que somos livres da nossa
condição de escravos, passando a filhos resgatados pelo Pai.
· Este
entendimento é desenvolvido por Paulo em Gálatas 3:23 a 4:11. Paulo
explica às igrejas da Galácia que agora, em Cristo Jesus, pela fé, não somos
mais escravos da lei, nem do pecado e de nenhum outro deus. Mas,
em Jesus fomos resgatados e
recebemos a adoção de filhos:
4:5, 6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração
o Espírito do Seu Filho, que clama: Aba, Pai! Rm
8:15, 16 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para vivermos,
outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual
clamamos: Aba, Pai! O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus.
· Note que seria
muito importante que o povo judeu não apenas fossem livres do jugo de Faraó,
mas também vivesse a nova mentalidade de filho, não mais de escravos. Assim também
nós que fomos perdoados de todos os nossos pecados pelo sangue de Jesus Cristo,
precisamos entender que a obra da cruz não se resume apenas no perdão,
mas na filiação.
· O Segundo Cálice é o da Nova
Aliança:
Lc 22:20 Semelhantemente, depois de cear, tomou O CÁLICE,
dizendo: Este é O cálice da nova aliança no meu sangue
derramado em favor de vós. Não somos tribos, somos Família e reino, temos
identidade não de uma nação, mas de um reino. Somos filhos desse reino por
adoção.
3.
QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU
CELEBRO O MEU RESGATE.
ð Ex 6:6 e vos RESGATAREI com
braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. A
expressão resgatar aqui não tem haver apenas com arrancar de um cativeiro, mais
resgatar por meio de pagamento. O pagamento aqui seria as pragas.
ð Na primeira
Páscoa o povo judeu foi tirado de debaixo do jugo da escravidão de Faraó,
resgatado da condição de escravos para a condição de nação dos filhos de Jeová. Mas, também, o
Senhor estendeu “Seu braço forte” trazendo grande manifestação de julgamento
sobre os deuses do Egito. Este fato é importante, pois o extermínio
dos inimigos nos dá a segurança de que eles não mais nos “alcançarão” para nos
escravizar. Jo 14:30 Já não falarei muito convosco,
porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim.
· Em João
16:8-11 Jesus ensina-nos sobre os três aspectos da nossa salvação. O
terceiro está relacionado à revelação de que o Espírito Santo nos revelará a
verdade do juízo do príncipe deste mundo que Jesus decretou na cruz:
Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do
pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me
vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
· Sendo assim,
quando nos convertemos a Jesus Cristo, precisamos entender que ele não apenas
nos livrou do jugo (escravidão e peso) do pecado, também nos livrou da
mentalidade de escravos para receber o Espírito de filiação, mas,
também, a verdade de que Ele trouxe juízo sobre os espíritos que nos
aprisionavam.
· A expressão
registrada em Êxodo de que ele nos resgataria com “braço estendido” é uma figura do
julgamento declarado por Jesus Cristo quando estava na cruz com os braços
estendidos. Rm 8:1-4 nos ensina que Deus, o Pai e Juiz,
condenou na carne de Jesus o pecado. Ao estender os Seus braços na cruz, o
Senhor Jesus declarou: Teletestai está consumado ou pago.
Nosso resgate foi na Cruz, onde Deus julgou meus pecados em Cristo Jesus e
sentenciou meus escravizadores a vergonha e derrota.
· Para se cumprir
a Escritura, Jesus disse que estava com sede. Então,
deram-lhe a beber vinagre (vinho azedo). Este vinho azedo era o terceiro cálice que Jesus orou no
Getsêmani, no Monte das Oliveiras, para que, se possível o Pai O
dispensasse de beber.
· Em Cl
2:13-15 Paulo nos agracia com a revelação de que, na cruz, Cristo
triunfou contra os principados e potestades, publicamente expondo-os ao
desprezo. A cruz é o ápice das histórias de julgamento do
pecado e de Satanás. Foi bem alí, na dor da expiação, que o Senhor triunfou
com braço estendido.
4.
QUANDO EU TOMO O CÁLICE DA CEIA EU RENOVO A MINHA
ESPERANÇA DA ETERNIDADE.
Ex 6:7,8 Tomar-vos-eis por meu povo e serei vosso Deus (a expressão tomar aqui significa duas coisas tirar com força de maneira súbita e aceitação) e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o Senhor.
· Este quarto e
último cálice nos traz a promessa do cumprimento pleno da nossa salvação e
libertação no Reino do Pai, quando Ele nos receberá com grande júbilo. Mt 25:34
então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu
Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
O
Reino de Deus é o cumprimento pleno dos propósitos de Deus para os Seus filhos
resgatados e acolhidos pela graça.
· Lc 22:17, 18 E, tomando
um cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; 18 pois vos
digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que
venha o reino de Deus. Durante a Páscoa Jesus profetizou e nos
prometeu que estaria à nossa espera e que um dia, nos receberia na porta do
Reino do Pai.
· Esta é a esperança que devemos recordar com o quarto cálice
que ainda tomaremos com Ele quando participaremos da grande e
eterna Ceia das Bodas do Cordeiro. A morte de
Jesus e a Sua ressurreição é a nossa garantia de ingresso no Reino do Pai. Lucas
13:29 Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e
tomarão lugares à mesa no reino de Deus.
Isaías
25:6-9 diz: O Senhor dos
Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas
gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com
tutanos e vinhos velhos bem clarificados. Destruirá neste monte a
coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as
nações. Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor
Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu
povo, porque o Senhor falou. Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus,
em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem
aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos”.
CONCLUSÃO:
A pergunta final é inescapável: você está ponto para beber o ultimo cálice com Cristo? Se ainda não entregou a sua vida a Cristo esse é o momento, não outro cálice, não há oura chance após esse convite.
Nas bodas do Cordeiro a redenção será plenamente consumada. Assim como o povo de Israel entrou na terra da promessa, nós, que conhecemos a Jesus, o Cordeiro de Deus, e reconhecemos seu senhorio, entraremos na Jerusalém celestial, a cidade cujo arquiteto é o próprio Deus.
Amém!
Pr. Nilton Jorge - Contatos: (22) 998746712 Whatsapp
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