TEMA:
Ex 12:1-51
INTRODUÇÃO:
·
Israel estava deixo do chicote do carrasco. Não apenas com
as costas debaixo do açoite, mas também com os pés no barro e as mãos calejadas
no trabalho. Eram 430 anos de amarga escravidão.
·
Deus
ouve o clamor do seu povo e envia o seu mensageiro com uma mensagem expressa a
Faraó: DEIXA O MEU O POVO IR.
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Faraó
endureceu o coração e oprimiu ainda mais o povo. Deus enviou dos céus dez
pragas, exerceu juízo sobre todos os deuses do Egito, quebrou o orgulho de
Faraó, fez abalar as pirâmides milenares e tirou o seu povo do cativeiro com
mão forte e poderosa.
·
O golpe final de Deus foi a matança dos primogênitos. Aquela era a
décima praga. A morte visitaria o palácio e as choupanas, pobre e ricos, velhos
e crianças. O anjo do juízo passaria à meia-noite. O único meio de salvação
daquele dilúvio de juízo era o sangue do Cordeiro. Não havia outro meio de
livramento. Onde encontrasse o sangue, passaria por cima, mas onde
não visse o sangue, o primogênito morreria inapelavelmente.
·
A
mesma noite da morte para os egípcios foi a noite de libertação para os hebreus.
Para
uns o juízo, para outros a salvação. A diferença entre o juízo e o
livramento, a morte e a vida, a condenação e a salvação foi o sangue do
Cordeiro.
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A Páscoa foi o dia da independência de Israel. A noite do
terror dos egípcios, foi a noite da libertação do povo de Deus. A mesma mão que
feriu uns, resgatou os outros. A Páscoa não apenas trouxe unidade para Israel,
salvação para os seus filhos, mas também libertação do cativeiro. Israel se
tornou livre para servir a Deus.
·
O capítulo 12 de Êxodo é talvez o mais solene e importante
de todo o Velho Testamento. Ele
registra a instituição da Páscoa. O sacrifício da Páscoa inaugura um novo
calendário: “Este mês vos será o principal dos meses…” (v. 2). A Páscoa era o começo de uma nova vida para o povo de Deus.
A partir dali deixaram de ser escravos do Egito para serem peregrinos na
direção da terra prometida. A Páscoa era o memorial de que ali
cessava a escravidão e começava uma nova vida, livre!
ð A Páscoa judaica cumpriu-se em Cristo. No Cenáculo, antes dele ir ao Getsêmani Jesus celebra a Páscoa e instituiu a Ceia. Todo simbolismo e sombra tipológica termina ali. Agora, não imolamos mais cordeiros, pois Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é o nosso Cordeiro Pascal. Ele é o Sacerdote e o sacrifício, o ofertante e a oferta.
TRANSIÇÃO: A PÁSCOA NÃO APONTA PRA O CHOCOLATE, MAS PARA O SANGUE VERTIDO, NÃO REVELA O COELHO, MAS O CORDEIRO.
1) O CORDEIRO PASCOAL FOI APONTADO NAS ESCRITURAS v. 3-4.
· A pergunta de Isaque a Abraão: Onde está o Cordeiro? Introduziu um dos principais temas do Velho Testamento, enquanto o povo aguardava o Messias. A pergunta foi respondida finalmente por João Batista: Jo 1:29 Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
·
Filipe disse para o eunuco que vinha lendo Isaías
53, que o Cordeiro era Jesus.
·
Paulo disse para
a igreja de Corinto
1 Co 5:7 que Cristo é o nosso Cordeiro
Pascal.
·
Pedro 1 Pe 1:18-20 disse que fomos remidos pelo
precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.
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João Ap 5:6 o vê no céu e Jesus lhe é apresentado
como o Cordeiro que foi morto, mas está vivo pelos séculos dos séculos.
a)
Gn 22:13-14 Jesus é o Cordeiro
suficiente para uma pessoa .
b)
Êx 12:3 Jesus é o
Cordeiro suficiente para uma família.
c)
Is 53:8 Jesus é o Cordeiro
suficiente para uma nação.
d)
Jo 1:29 Jesus é o
Cordeiro suficiente para o mundo inteiro.
2)
O CORDEIRO PASCOAL É O CORDEIRO DO
SANGUE APLICADO v. 7,12,13,21,23,24.
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Não basta saber que o Cordeiro foi morto. Não é também o
sangue do Cordeiro que livra do juízo, mas o sangue do Cordeiro aplicado. Deus
disse v. 13 Quando eu vir o sangue, passsarei por sobre vós.
·
A apropriação da expiação precisa ser pessoal Gl 2:20 Cristo me amou e a si mesmo se entregou por mim.
a) O sangue é sinal de distinção.
O que distinguia os egípcios dos israelitas naquela noite do juízo era o
sangue. Na verdade só existem duas categorias de pessoas: os que
pertencem à igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda
estão debaixo de seus pecados. O que vai
importar naquele dia não é a sua religião, suas obras, seus méritos, seus dons,
mas se você está ou não debaixo do sangue.
b) O sangue é sinal de salvação. Onde
o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o sangue lhe dizia: Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra
já está feita. Só o sangue do Cordeiro retinha a espada do juízo. Os
filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis, nem mais santos, nem mais
justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do sangue do Cordeiro
está justificado. Agora já não há mais nenhuma condenação.
c)
O sangue é sinal de segurança. O centro do Cristianismo é a cruz e o
significado da cruz é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os
nossos pecados em seu próprio corpo. O castigo que nos trás a paz estava sobre
ele. No sangue de Cristo temos segurança de perdão, de purificação.
3)
O CORDEIRO PASCOAL É O CORDEIRO SUSTENTADOR v. 8-11.
·
Aqueles que são salvos pelo sangue do Cordeiro,
alimentam-se do Cordeiro. O sangue nos livra do cativeiro e da
morte. O cordeiro nos sustenta para a caminhada rumo à Canaã celestial. Cristo
é o alimento.
a)
O conteúdo da refeição (v. 8). A refeição da Páscoa era feita
do Cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento.
ð
O CORDEIRO ASSADO NO FOGO. O nosso
Cordeiro sofreu na cruz o fogo da justiça de Deus. Cristo foi ferido e moído na
cruz.
ð
ERVAS AMARGA. Falam do sofrimento que
deixaram no Egito e das provas que teriam pela frente.
ð
PÃO SEM FERMENTO. O fermento é
símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino, hipocrisia e vida pecaminosa.
b)
A maneira de participar da refeição (v. 11). A Páscoa precisa ser comida com
pressa. Era hora de sair do Egito. Prontidão para marchar. Lombos cingidos,
sandálias nos pés, e cajado na mão. Como-lo-eis
à pressa. Deus tem pressa que você saia do Egito. Faraó quis deter
o povo:
1) Sirvam a Deus
no Egito mesmo (8:25);
2) Fiquem perto
(8:28);
3) Fiquem os
jovens (10:10,11);
4) Fiquem os
rebanhos (10:24-26).
CONCLUSÃO:
A páscoa não é apenas celebração de morte do cordeiro. A pascoa é a festa da vida. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Vivo Ap 1:18 O Apocalipse nos aponta o Cordeiro de Deus, como aquele que está vivo. Que está no trono. Que reina. Aquele diante de quem todo joelho se dobra. O Apocalipse nos aponta o Cordeiro que tem sete chifres, onipotente; que tem sete olhos, onisciente. O Cordeiro que voltará para julgar as nações.
Pr. Nilton Jorge