quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

O RIO DA PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

TEXTO: Ez 47:5

INTRODUÇÃO:

·      O texto de Ezequiel esta relacionado com a profecia messiânica para o milênio, porém podemos encontrar nele também uma referência ao propósito de Deus para seu povo, pois o texto faz um apontamento direto para a obra do Messias, entre nós.

·      Depois de Deus mostrar ao profeta Ezequiel sobre a restauração do templo no capítulo 40 ao capítulo 45, Deus o levará a uma revelação do milênio que vai do capítulo 46 ao capítulo 48, começando com a entrada triunfal de Cristo pela porta dourada que hoje está fechada e lacrada.

·      No capítulo 47 Ezequiel tem uma visão em que um anjo de Deus lhe conduz até ao templo do Senhor onde uma fonte brotava do altar, e enchia a casa saindo pelo portão principal do lado leste, para fora do templo, até atingir as regiões orientais. O anjo chama Ezequiel para seguir o curso da água e depois de aproximadamente 500 metros [mil côvados] a água já estava crescendo à altura do tornozelo. Ele anda mais 500m e a água batia no seu joelho. Depois caminha mais 500m e este rio se avolumou até a altura do peito ou lombos. Então tenta caminhar mais 500m rio adentro e percebe ser impossível porque a água já passava acima de sua cabeça e nem conseguiria nadar

·      A água ganha proporções, e produz vida a tudo que porventura entrarem em contato com ela, transformando-se em um o agente transformador. Sai do templo, cresce, torna-se rio intransponível, que por sua vez vai direto para o mar morto.

·      Há milhares de anos, surgiu no sul de Israel uma depressão enorme, de aproximadamente 80 quilômetros de comprimento por 18 quilômetros de largura, com uma profundidade insondável, que desce aos abismos da Terra. Como naquele lugar ficavam as antigas cidades de Sodoma e Gomorra, tal depressão foi causada pelo fogo e enxofre que desceram do céu. A outrora campinas verdejante da região transformaram-se em uma paisagem estéril, sem vida, e com uma altíssima concentração de sal, como nunca se viu em qualquer outro lugar do mundo.

·      O Mar Morto existe até os dias de hoje e recebe esse nome porque suas águas são salgadas, e chegam a uma temperatura de até 50º. Suas águas são grossas, pesadas demais, possuem 26% de sal enquanto, as águas do Oceano possuem 4%. Devido essa densidade, os peixes morrem instantaneamente, vegetais não existem em suas margens, não há vida lá, nem mesmo a mais resistente bactéria consegue sobreviver.

ð Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço das suas águas e, a cada ano, encolhe um metro. Ou seja: literalmente, o Mar Morto está morrendo!

ð A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do segundo século da era cristã, nos Livros Gn 14:3 e Js 3:16 aparece com o nome de Mar Salgado. 
Em Dt 3:17 e em II Rs 14:25 é chamado de Mar de Arabá. Já em Jl 2:20 e Zc 14:8 como Mar Oriental. Fora da Bíblia Sagrada, Flávio Josefo chamou-lhe Lago de Asfalto e o Talmude designou-o por Mar de Sodoma, Mar de Ló.

 

·      Em agosto de 2011 debaixo da região da Esplanada do Templo em Jerusalém, escavadeiras estavam a cavar uma nova estação ferroviária subterrânea no centro de Jerusalém quando os geólogos descobriram o maior rio subterrâneo já encontrado em Israel. É uma espécie de cânion que foi cortado pelo córrego da água durante um longo período de tempo, esse rio começa ali abaixo do templo e corre por baixo de Jerusalém até alcançar o lado leste oriental de Israel.

·      De alguns anos para cá, de maneira inexplicável, BURACOS MISTERIOSOS, com cerca de 30 metros de diâmetro por 7 de profundidade, começaram a surgir nas praias salgadas do Mar Morto e, de dentro deles, surpreendentemente, águas passaram a transbordar! Águas que, apesar de brotarem de um solo extremamente salgado, conservam-se doces e saudáveis! Estes “bolaines” multiplicaram-se, e hoje há centenas e centenas deles! E todos brotando e transbordando águas doces, com peixes e floridas e frutíferas tâmaras milenares. (Há um adagio antigo que diz: “quem planta tâmaras não colhe tâmaras”, registros históricos relatam que uma tamareira levava de 80 a 100 anos para frutificar, com os recursos e técnicas de cultivos hoje, levam entre cinco a dez anos, adiantaram o processo, porém perderam o sabor), quando a Bíblia fala da terra de Canaã de onde emana Leite e Mel, está falando de Leite de cabra ou do Jordão, e de Tâmaras que eram tão doces que pareciam mel.

·      Plantar pra próxima geração,( Samuel era uma criança no templo porém sua mãe fez para ele uma estola sacerdotal, ele era uma criança, mas sua mãe estava vestindo ele do seu propósito profético). 

·      Essa água no texto sai debaixo do altar é a mesma de Zacarias 4:8 e ela tem conexão com as águas de apocalipse 22 que saia do trono de Deus que se movia sobre toda a nova Jerusalém. Ela também está relacionada ao rio que saia do Éden de Deus e transformava em quatro braços que banhava toda a terra.

 

·      Deus ao formar o homem o colocou em um lugar chamado Éden, a palavra Éden é formada por três letras ou traços hebraico: Ain, Dalit, Nun (Ain sign: olho – Dalit sign: porta momento – Nun sign: Semente vida, delicia agradável).

·      Quando Você lê os traços hebraicos da palavra Éden, vem o seu significado: momentos em um local onde a porta se abre para a presença. Em outras palavras Éden é um lugar na terra, para o momento em que a presença de Deus é uma porta aberta para o céu. Deus pegou um pedaço do céu, colocou na terra e colocou o homem pra viver nele.

·      Então o Éden não é uma geografia física, o Jardim no Éden era, mas o Éden em si era um ambiente. Os historiadores, ambientalistas, pesquisadores, arqueólogos, não conseguem encontrar o Éden. O Éden era uma atmosfera que desceu em um local e lá o homem mantinha comunhão com Deus.

ð O que o homem perdeu foi o ambiente do céu, a atmosfera da presença. Rm 3:23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

ð No texto de Gênesis 2: 10-14, diz que o Rio que sai do Éden se divide em quatro braços, ou seja, quatro extensões. O Rio de Deus aponta para a obra do Espírito Santo de Deus que flui como um rio em nosso interior. João 7: 38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Neles nos são computados as bênçãos do Éden de Deus.

a)   A BENÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO Gn 2: 11. Pison significa “fluindo gratuitamente”, ou seja, o fluir de Deus é gratuito para aqueles que desejam. Diz também que o abdélio está por ali em abundancia. O abdélio é traduzido como pérola que é um grão de pó que foi transformado em pérola. Onde está fluindo o Rio de Deus, vidas são transformadas.

b)   A BENÇÃO DA VIDA QUE FLUI Gn 2: 13. Gion significa “correnteza forte”, ou “correnteza que arrebenta as margens”. O fato de ir para Cuxe ou seja, Etiópia, mostra o poder de vida para mudar aquilo que não podemos mudar por nós mesmos. Jr 13: 23 Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas malhas? Então podereis também vós fazer o bem, habituados que estais a fazer o mal.

c)    A BENÇÃO DA MUDANÇA RÁPIDA NA VIDA Gn 2: 14. Tigre significa “rápido”. O fato de correr para a Assíria que significa “lugar plano”, mostra ao inundar a terra, a fonte de vida abundante do Senhor.

d)   A BENÇÃO DA FRUTIFICAÇÃO Gn 2: 14. Eufrates significa “doce e fértil” ou “frutífero”. Isto quer dizer que quando eu mergulho neste Rio, torno-me frutífero diante de Deus. Não podemos frutificar por nossa própria força. Só podemos frutificar se mergulharmos neste Rio. 

TRANSIÇÃO: No texto de Ez 47 e em Zc 14:8 é um convite pra viver na plenitude do Espírito Santo. Obs: Em Zc 18:8 o profeta brada que haverá um rio que não secará nem no tempo de enchente nem no tempo de estiagem. Ele está dizendo, quem uma vida de plenitude não é temporã nem circunstancial. Não depende de bons tempos ou de tempos ruins, mas ela permanece estável, perene, produtiva em todo tempo.

·      Quais as evidencias de uma vida, cheia da plenitude do Espírito Santo?

 

1.             UMA VIDA DE PLENITUDE DO ESPÍRITO, ENTENDE QUE A VIDA PODEROSA NO TEMPLO DESEMBOCA NA VIDA FORA DELE.


·      No texto lido o rio sai do altar dentro do templo, para produzir vida fora do templo. A visão sai do cenário interno para o cenário externo. Esse é um convite para desencastelar, sair fora da caixa e viver cheio do Espírito, pleno em Deus lá fora.

·      O rio começa no templo, debaixo do altar, mas ele vai para o mar morto.

·      Os cheios da plenitude têm compromissos com o templo, tem vida de altar que flui, mas seu ministério é onde há morte.

 

2.             UMA VIDA CHEIA DA PLENITUDE DO ESPÍRITO, ENQUANTO PERMANECE MERGULHADO DEUS AGE FORA DO RIO.


·      A visão não é só externas (acontecimentos fora), ela é interna e pessoal. Exigiu do profeta envolvimento, relacionamento e confiança na ordem do anjo. Relacionamento sem envolvimento não existe, molhar os pés é dar o controle e domínio da caminhada, é sair da margem de expectador para participante da jornada dentro do rio, que vai se alongando, alargando e se aprofundando.

·      As águas do altar exige mais do que expectação, exige envolvimento (molhar os pés exige mais do que vontade, exige saída da zona de conforto, exige renúncias da vontade).

·      O profeta quando volta fica surpreso, ele percebe que houve mudanças de dentro para fora e de fora para dentro. Houve restauração e mudanças a morte morreu, Deus curou as águas da região do Arabá, a mais desolada e árida do país, porém foi irrigada e passou a produzir. Aonde as águas chegaram tudo passou a viver.

 

3.             UMA VIDA CHEIA DA PLENITUDE DO ESPÍRITO, CORRIGE NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS, COM O PRÓXIMO E COM NÓS MESMO.


O texto termina dizendo que apesar de as águas salgadas terem sido curadas, Deus vai preservar um pouco de sal em uma área das águas, para lembrarem-se da aliança.

·      Isso me faz lembrar que antes de Paulo ensina aos Efésios 5:18, antes de falar sobre o lar, os filhos, patrões e empregados no nível de relacionamento, ele ensina sobre o nível do Espírito. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.

·      A plenitude do Espírito Santo é uma ordem de Deus e uma necessidade da Igreja. É somente o Espírito Santo que nos dá aquela paciência necessária para aceitarmos e superarmos as nossas diferenças.

·      Há quatro verdades no convite a uma vida de plenitude.

1)   O verbo está no imperativo. A ordem é clara “Enchei-vos”, isso significa que não ser cheio do Espírito Santo é um pecado de desobediência. Não é uma opção, mas um mandamento. Não é uma sugestão é uma ordem.

2)   O verbo está no plural. “Enchei-vos”. A ordem é insofismável, isso significa que a plenitude do Espírito não é para um grupo seleto da Igreja, mas para todos os membros.

·      A promessa de Joel 2:28 do derramar do Espírito inclui vossos jovens e velhos, vossos filhos e filhas, vossos servos e servas. Em At 2:39 Pedro disse que a promessa é: para vós, para os filhos, para os que estão longe e a todos quanto o Senhor chamar.

3)   O verbo está no presente contínuo.

Isso significa que, a plenitude do Espírito é algo repetitivo (faz outra vez). Obs: quando Jesus ordenou aos serventes na Galiléia: enchei de aguas essas talhas, tratava de uma ordem só a eles e isso uma única vez, nunca mais se repetiria. Porem quando a palavra nos ordena, Enchei-vos do Espírito, está nos orientando que a plenitude de ontem não serve pra hoje.

4)   O verbo está na voz passiva. Isso significa que nenhum cristão pode produzir essa plenitude para si mesmo ou transferir para outro por si só. É Deus quem enche. Isso entra no campo da soberania divina.

CONCLUSÃO: Deus está convidando quem quer vir às águas?

Pr. Nilton Jorge - Contatos: (22) 998746712 Whatsapp
 

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