quinta-feira, 11 de maio de 2023

O SACERDÓCIO DO HOMEM NO LAR

INTRODUÇÃO:

·      Deus colocou a responsabilidade sobre o homem de ser o líder espiritual do lar: o sacerdote. O sacerdote é uma espécie de mediador, ele está entre sua família e Deus. O sacerdote intercede, clama e suplica a favor de sua família.

·      Jó era um homem que tinha consciência do seu papel como sacerdoteJó 1:4,5 Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.

·      Deus outorga esse privilégio ao homemMas é o Senhor mesmo quem exige prestação de contas quanto ao que está acontecendo espiritualmente com sua esposa e filhos.

·      Quando no jardim do Éden, Deus ordenou que Adão e Eva não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão não foi enganado pela serpente, mas Eva foi enganada (1Tm 2:14). E Deus chamou a Adão para acerto de contas do que tinha acontecido ali. Deus não chamou Eva: Gn 3:9-11 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?

·      Essa é nossa responsabilidade e não de nossa esposa, mas o que mais vemos hoje são homens renegando a sua responsabilidade e jogando para cima de suas esposas o papel sacerdotal. São elas que oram, tomam decisões, educam, pagam as contas e administram os lares. É óbvio que a mulher deve participar exercendo o sacerdócio juntamente com seu marido, mas a responsabilidade maior não está sobre os seus ombros. Muitos maridos se acomodam por ver sua esposa fazendo bem o seu papel, mas não deveriam agir assim. Por melhor que seja a ajuda da mulher, o homem tem que fazer a sua parte!

 

·      Diante da sociedade, o homem é que tem a responsabilidade de representar o lar. É o que se observa quando se muda o sobrenome da esposa passando a usar o nome da família do marido. Ele assume o papel de representá-la, de cuidar e proteger a sua esposa e filhos. Mas para isso ele deve estabelecer prioridades como sacerdote do lar:

a)   Deus antes de tudo e de todos.

b)   A família antes da profissão.

c)    A esposa antes dos filhos.

d)   Os filhos antes dos amigos.

e)    A profissão antes da igreja.

f)    A igreja. 

 

·      Quais as consequências de se negligenciar o sacerdócio no lar?


ð A primeira palavra profética que Samuel proferiu foi contra alguém que ele certamente amava: o sacerdote Eli, que o criava no templo. E o que Deus disse envolvia a casa dele e sua negligência no sacerdócio familiar: 1Sm 3:13 Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os repreendeu.

ð O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvido. Deus está falando de negligência aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos, Eli não os repreendeu. Toda omissão no sacerdócio do lar sempre trará consequências sérias.

ð Davi teve problemas com vários de seus filhos, e se você estudar com calma a história dele, perceberá o quanto ele era negligente em relação a seus filhos. Adonias, assim como Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono. Mas por trás desta atitude de rebelião, a Bíblia mostra a negligência de Davi como sacerdote em sua casa: 1Rs 1:6 Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?

·      Se não quisermos sérios problemas futuros com os nossos filhos, e muito menos ver a qualidade do relacionamento deles com Deus sendo comprometida, então precisamos ser sacerdotes dedicados em ministrar e cobrir suas vidas.

 

1)             O HOMEM COMO SACERDOTE DO LAR DEVE EXERCER LIDERANÇA SOBRE SUA CASA.


·      Um dos aspectos importantes que os sacerdotes dos lares precisam aprender é a liderança baseada em princípios. Jamais esqueça que sua família é o resultado da qualidade de sua liderança. A liderança de um homem determina a qualidade de vida da sua família.

Ef 5:23 Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.  Quem nasceu primeiro? Eva ou Adão? 

1 Co 11:9 Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem.

·      Adão foi colocado na família para ser o líder, o cabeça. A Escritura declara o princípio de autoridade inequívoco: 1 Co 11:3 Mas quero que entendam que Cristo tem autoridade sobre todo marido, que o marido tem autoridade sobre a esposa e que Deus tem autoridade sobre Cristo. Percebe-se que muitos homens não assumem a posição de liderança em sua casa. Se o homem falha na sua liderança, toda a sua família pode fracassar. Afinal, o líder é o sacerdote da família, é a autoridade constituída por Deus, e essa autoridade tem a ver com sucesso administrativo, organização e proteção.

·      Os maridos devem se preocupar com a nota que Deus está dando para sua liderança. O esposo deve liderar e dirigir a viagem da família, tornando seu casamento uma bênção de Deus para a sociedade.

·      Quando o homem transfere a liderança para a esposa, ele transgride a ordem estabelecida por Deus. Nem a esposa, a sogra ou mesmo sua mãe deve liderar sua casa e sua família. No momento em que o homem se casa e estabelece seu lar, a responsabilidade da condução da casa é dele, não é dos pais nem dos sogros.

·      Isso é o que acontece quando o marido se anula. O primeiro efeito colateral que ocorre é na esposa.  E isso gera nela insegurança e essa insegurança a empurra para tentar ocupar o espaço do marido.

·      Quanto mais o marido se abdica da sua autoridade, tentando amenizar os conflitos com a esposa, tudo o que ele consegue é injetar cada vez mais insegurança nela em relação a ele. Essa insegurança, por sua vez, leva a mulher a desrespeitar o marido. Tudo o que ela queria é que o marido fosse firme com ela, e não um banana desculpe a expressão. No casamento, o ponto fraco da mulher é não se sentir segura e o ponto fraco do homem é não se sentir respeitado. A insegurança da mulher produz falta de respeito em relação ao marido, que tende a se anular ou reagir agressivamente, subtraindo ainda mais o senso de segurança da mulher.

·      Esse processo é cíclico e produz a inversão de papéis no casamento. O culpado nesse tipo de esquema “Jezabel” não é a mulher, como muitos supõem. É comum ouvirmos comentários como este: “Aquela mulher é terrível, é uma Jezabel que domina todas as coisas e manda no marido”. Porém, só existe uma “Jezabel” onde existe um “Acabe. O principal responsável pela situação é o marido que se ausentou e não teve força moral de sustentar sua autoridade e manter-se na sua posição de liderança. Sem liderança os relacionamentos no lar são corrompidos. A postura do sacerdote no lar equilibra ou desequilibra todos os relacionamentos no lar. 

·      Ao tentar suprir o que o marido deveria suprir, a mulher se torna frustrada e amargurada. É o conflito do pai gerando uma crise existencial na mãe, e os primeiros a sentirem os duros efeitos colaterais são os filhos.  


2)             O HOMEM COMO SACERDOTE DO LAR EXERCE LIDERANÇA SOBRE OS FILHOS.

 

·      É importante esclarecer que os filhos levam a consequência, e não a culpa dos pecados dos pais. Muitas vezes serão os filhos que, de alguma forma, sofrerão devido o pecado dos pais.

·      O homem como sacerdote de sua casa tem responsabilidade pela educação e disciplina dos filhos. Nenhum sucesso profissional ou ministerial justificará o fracasso na criação dos filhos.

·      O relacionamento com nosso pai é uma preparação para um relacionamento livre com a paternidade divina. O modelo de autoridade paterna é responsável em relação aos filhos pelos elementos que fundamentam a capacidade de liderança: direção, limites e segurança.


a)   Direção. O perfil do referencial do pai produz nos filhos o senso de orientação e propósito na vida, uma facilidade ou dificuldade de discernir e estabelecer as prioridades certas: a capacidade ou incapacidade de desfrutar da identidade, discernir a vocação, saber o que é e o que não é saber o que quer e o que não quer na vida.

·      Pessoas que tiveram um pai presente têm uma facilidade natural e sobrenatural de entender o propósito para qual elas existem. Facilmente, cedo na vida, elas já sabem o que serão no futuro.

·      O relacionamento íntimo com a figura paterna estabelece um referencial de orientação. Em contrapartida, pessoas que tiveram um pai ausente se sentem frequentemente perdidas e desorientadas em relação às coisas mais importantes da vida. Invariavelmente fazem uma série de tentativas vocacionais frustradas.

·      A vida emocional é desestabilizada por uma carência crônica. Lutam por alcançar a direção certa, mas sentem-se sempre deslocadas de alguma forma. Um pastor estava pregando em uma faculdade quando mencionou com toda convicção de que os alunos universitários queriam que seus pais os beijassem e abraçassem. Para surpresa dele, a plateia o aclamou seu comentário.


b)   Limites. Dos limites vem nosso quadro interno de valores. Limites estabelecem a noção de santidade moral. Uma presença sadia dos limites certos vai assegurar que faremos as escolhas corretas na vida. Este é o aspecto fundamental da formação do caráter. O caráter é o somatório das nossas escolhas. E nossas escolhas estão relacionadas com a forma pela qual assimilamos os conceitos de lei e de autoridade. Nossos conceitos de lei e autoridade têm como referencial principal o modelo de paternidade.

·      Os limites estabelecidos pelo estilo de vida do pai vão determinar o nível de proteção ou desproteção moral e espiritual dos filhos. O pai vai afirmar a consciência moral dos filhos. 

·      O homossexualismo ou lesbianismo são disfunções ligadas à figura paterna. Um dos principais motivos de lesbianismo, por exemplo, é quando o pai sonhou com um filho homem e veio uma menina. Ele trata essa menina como “o seu garoto”. Ao invés de afirmar sua feminilidade, acaba incentivando a masculinidade.

·      Não são poucos os jovens que lutam com questões de identidade sexual, até mesmo desejos homossexuais. Qual é o denominador comum desses jovens? Anseiam por um pai. O dano sofrido pelas crianças criadas num lar cujo pai é ausente, cruel ou indiferente é uma ferida aberta na vida dessas pessoas. Quando isso ocorre a mãe assume a função que seria do pai e isso gera perdição, perversão sexual e insegurança no lar.

·      Homossexualismo (vínculos sem limites). A ausência de valores e princípios morais por parte do pai e a superproteção da mãe geram vínculos sem limites. Praticamente todos homossexuais têm uma hiperidentificação com a mãe e uma carência do pai. Ele tenta suprir esse déficit do pai com outros homens, mas o que encontra é perversão e imoralidade.

·      É importante compreendermos que o homossexualismo é uma construção que envolve a combinação de uma série de fatores associados à desfuncionalização familiar e a outros fatores que o tempo não nos permite abordarmos aqui, rejeição do sexo da criança por pais, abuso ou molestação homossexual na infância, relacionamentos incestuosos entre irmãos, consagração espiritual, forte rejeição do pai. Esses são alguns exemplos. 

c)   Proteção. O senso de proteção e confiança que constrói a autoestima vem pelo perfil do pai. O posicionamento, o espírito de presença, a iniciativa e provisão comunicam segurança e descanso. A maneira como o pai desempenha a sua função no lar pode comunicar descanso e segurança aos filhos, ou produzir uma ansiedade compulsiva que estressa a alma e provoca distúrbios emocionais. O perfil do pai vai determinar o nível de segurança ou de insegurança na personalidade dos filhos.

3)             TODO SACERDOTE DO LAR DEVE TER UMA DISCIPLINA DE ORAÇÃO PELO SEU LAR.

 

·      Todo o sacerdote do lar deve cobrir os seus com oração. A Palavra de Deus nos mostra Gn 25:21 que Isaque orava a Deus para que abrisse a madre de Rebeca, sua mulher. E Deus ouviu suas orações.

·      As Escrituras ainda nos falam acerca de Jó1:5 que periodicamente chamava seus filhos para um culto e sacrificava ao Senhor em favor deles, com medo de terem pecado contra Deus.

·      O homem de Deus precisa ter um uma vida de oração voltada para cobrir e proteger a sua família. Vemos este exemplo na vida de Esdras: Ed 8:21 Então, apregoei ali um jejum junto ao Rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos, e para tudo o que era nosso.

·      Em I Samuel 30 lemos acerca de Davi e seus homens saindo para a batalha e deixando suas mulheres e crianças desprotegidas em Ziclague. Enquanto eles estavam fora, os amalequitas incendiaram a cidade e levaram suas mulheres e filhos em cativeiro. Três dias depois, eles chegaram e se desesperaram pelo ocorrido. Finalmente, se fortaleceram no Senhor e foram atrás dos seus, conseguindo resgata-los.

·      Aprendemos duas lições aqui. Primeiro que precisamos proteger os nossos familiares, cobrindo-os em oração e não permanecendo distantes deles. Segundo, que algumas vezes nos tornamos descuidados, e o inimigo pode se aproveitar de nosso descuido.

·      Mas também aprendemos junto que Deus é fiel, e mesmo quando falhamos, sua misericórdia ainda pode nos ajudar a consertar aquilo em que erramos.

·      O Sacerdócio envolve proteção. Deus nos mostrou isto em sua Palavra desde o início, com o que ordenou a Adão, no Jardim do Éden: Gn 2:15 Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar. Note que além de cultivar o jardim, o homem deveria também guarda-lo, protege-lo. Mas guardar de quem, se nem mesmo Eva ainda havia sido criada? Penso que Deus já estava indicando a Adão que Satanás, o inimigo de nossas almas, tentaria destruir o que o Senhor estava colocando nas mãos do homem. Se Adão tivesse protegido a Eva, em vigilância, bem como ministrando-lhe sobre a importância da obediência ao Senhor, provavelmente aquilo não teria acontecido. Também nós precisamos guardar e proteger nossas famílias, e isto envolve oração e vigilância, bem como a ministração da Palavra de Deus em nossos lares.

·      Muita gente fala da forma maravilhosa como Deus visitou a casa de Cornélio (At 10) com salvação e enchimento do Espírito Santo. Mas isto não aconteceu de graça. Este homem orava continuamente a Deus. E onde há uma semeadura de oração, sempre haverá uma colheita da manifestação do poder de Deus!

·      Se cobrirmos nossa casa de oração, veremos feitos grandiosos acontecendo em nosso favor, pois o Senhor SEMPRE age num ambiente de muitas orações.

·      A "correria" é um dos maiores inimigos deste tempo de oração que o sacerdote, marido e pai deve ter. E cada um deve aprender a "driblar" suas dificuldades e conseguir praticar este princípio de alguma forma. 

CONCLUSÃO:

Quando à figura do pai como pessoa presente no lar. Como sacerdote e como figura presente no cuidado dos seus, faz uma gigantesca diferença na vida da esposa e dos filhos. Por isso fica esta palavra para você homem, pai e marido: não fuja das suas responsabilidades, assuma o seu papel que Deus estabeleceu para que seu lar seja um lugar agradável de viver e para que se cumpram nele as promessas do Senhor.

Que o Senhor nos ajude a ordenar nossos passos nesta área.

Pr. Nilton Jorge (22) 998746712 Whatsapp


 

 

 

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