quarta-feira, 1 de maio de 2024

PÁSCOA A CELEBRAÇÃO DA MORTE E DA VIDA

TEMA: Ex 12:1-51

INTRODUÇÃO:

·      Israel estava deixo do chicote do carrasco. Não apenas com as costas debaixo do açoite, mas também com os pés no barro e as mãos calejadas no trabalho. Eram 430 anos de amarga escravidão.

·      Deus ouve o clamor do seu povo e envia o seu mensageiro com uma mensagem expressa a Faraó: DEIXA O MEU O POVO IR.

·      Faraó endureceu o coração e oprimiu ainda mais o povo. Deus enviou dos céus dez pragas, exerceu juízo sobre todos os deuses do Egito, quebrou o orgulho de Faraó, fez abalar as pirâmides milenares e tirou o seu povo do cativeiro com mão forte e poderosa.

·      O golpe final de Deus foi a matança dos primogênitos. Aquela era a décima praga. A morte visitaria o palácio e as choupanas, pobre e ricos, velhos e crianças. O anjo do juízo passaria à meia-noite. O único meio de salvação daquele dilúvio de juízo era o sangue do Cordeiro. Não havia outro meio de livramento. Onde encontrasse o sangue, passaria por cima, mas onde não visse o sangue, o primogênito morreria inapelavelmente.

·      A mesma noite da morte para os egípcios foi a noite de libertação para os hebreus. Para uns o juízo, para outros a salvação. A diferença entre o juízo e o livramento, a morte e a vida, a condenação e a salvação foi o sangue do Cordeiro.

·      A Páscoa foi o dia da independência de Israel. A noite do terror dos egípcios, foi a noite da libertação do povo de Deus. A mesma mão que feriu uns, resgatou os outros. A Páscoa não apenas trouxe unidade para Israel, salvação para os seus filhos, mas também libertação do cativeiro. Israel se tornou livre para servir a Deus.

·      O capítulo 12 de Êxodo é talvez o mais solene e importante de todo o Velho Testamento. Ele registra a instituição da Páscoa. O sacrifício da Páscoa inaugura um novo calendário: “Este mês vos será o principal dos meses…” (v. 2). A Páscoa era o começo de uma nova vida para o povo de Deus. A partir dali deixaram de ser escravos do Egito para serem peregrinos na direção da terra prometida. A Páscoa era o memorial de que ali cessava a escravidão e começava uma nova vida, livre!

ð A Páscoa judaica cumpriu-se em Cristo. No Cenáculo, antes dele ir ao Getsêmani Jesus celebra a Páscoa e instituiu a Ceia. Todo simbolismo e sombra tipológica termina ali. Agora, não imolamos mais cordeiros, pois Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é o nosso Cordeiro Pascal. Ele é o Sacerdote e o sacrifício, o ofertante e a oferta.

TRANSIÇÃO: A PÁSCOA NÃO APONTA PRA O CHOCOLATE, MAS PARA O SANGUE VERTIDO, NÃO REVELA O COELHO, MAS O CORDEIRO.

1)             O CORDEIRO PASCOAL FOI APONTADO NAS ESCRITURAS v. 3-4.


·      A pergunta de Isaque a Abraão: Onde está o Cordeiro? Introduziu um dos principais temas do Velho Testamento, enquanto o povo aguardava o Messias. A pergunta foi respondida finalmente por João Batista: Jo 1:29 Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

·      Filipe disse para o eunuco que vinha lendo Isaías 53, que o Cordeiro era Jesus.

·      Paulo disse para a igreja de Corinto 1 Co 5:7 que Cristo é o nosso Cordeiro Pascal.

·      Pedro 1 Pe 1:18-20 disse que fomos remidos pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.

·      João Ap 5:6 o vê no céu e Jesus lhe é apresentado como o Cordeiro que foi morto, mas está vivo pelos séculos dos séculos.

a)   Gn 22:13-14 Jesus é o Cordeiro suficiente para uma pessoa .

b)   Êx 12:3 Jesus é o Cordeiro suficiente para uma família.

c)    Is 53:8 Jesus é o Cordeiro suficiente para uma nação.

d)   Jo 1:29 Jesus é o Cordeiro suficiente para o mundo inteiro.

2)             O CORDEIRO PASCOAL É O CORDEIRO DO SANGUE APLICADO v. 7,12,13,21,23,24.

·      Não basta saber que o Cordeiro foi morto. Não é também o sangue do Cordeiro que livra do juízo, mas o sangue do Cordeiro aplicado. Deus disse v. 13 Quando eu vir o sangue, passsarei por sobre vós.

·      A apropriação da expiação precisa ser pessoal Gl 2:20 Cristo me amou e a si mesmo se entregou por mim.
a) O sangue é sinal de distinção. O que distinguia os egípcios dos israelitas naquela noite do juízo era o sangue. Na verdade só existem duas categorias de pessoas: os que pertencem à igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda estão debaixo de seus pecados. O que vai importar naquele dia não é a sua religião, suas obras, seus méritos, seus dons, mas se você está ou não debaixo do sangue.

b) O sangue é sinal de salvação. Onde o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o sangue lhe dizia: Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra já está feita. Só o sangue do Cordeiro retinha a espada do juízo. Os filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis, nem mais santos, nem mais justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do sangue do Cordeiro está justificado. Agora já não há mais nenhuma condenação.

c) O sangue é sinal de segurança. O centro do Cristianismo é a cruz e o significado da cruz é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os nossos pecados em seu próprio corpo. O castigo que nos trás a paz estava sobre ele. No sangue de Cristo temos segurança de perdão, de purificação.

3)             O CORDEIRO PASCOAL É O CORDEIRO SUSTENTADOR v. 8-11.

 

·      Aqueles que são salvos pelo sangue do Cordeiro, alimentam-se do Cordeiro. O sangue nos livra do cativeiro e da morte. O cordeiro nos sustenta para a caminhada rumo à Canaã celestial. Cristo é o alimento.


a)   O conteúdo da refeição (v. 8). A refeição da Páscoa era feita do Cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento.

ð O CORDEIRO ASSADO NO FOGO. O nosso Cordeiro sofreu na cruz o fogo da justiça de Deus. Cristo foi ferido e moído na cruz.

ð ERVAS AMARGA. Falam do sofrimento que deixaram no Egito e das provas que teriam pela frente.

ð PÃO SEM FERMENTO. O fermento é símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino, hipocrisia e vida pecaminosa.

b)   A maneira de participar da refeição (v. 11). A Páscoa precisa ser comida com pressa. Era hora de sair do Egito. Prontidão para marchar. Lombos cingidos, sandálias nos pés, e cajado na mão. Como-lo-eis à pressa. Deus tem pressa que você saia do Egito. Faraó quis deter o povo:

1) Sirvam a Deus no Egito mesmo (8:25);

2) Fiquem perto (8:28);

3) Fiquem os jovens (10:10,11);

4) Fiquem os rebanhos (10:24-26).

Moisés não negocia, No Egito não ficará uma unha. O Egito não é o lugar para o povo de Deus permanecer.

 

CONCLUSÃO:

A páscoa não é apenas celebração de morte do cordeiro. A pascoa é a festa da vida. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Vivo Ap 1:18 O Apocalipse nos aponta o Cordeiro de Deus, como aquele que está vivo. Que está no trono. Que reina. Aquele diante de quem todo joelho se dobra. O Apocalipse nos aponta o Cordeiro que tem sete chifres, onipotente; que tem sete olhos, onisciente. O Cordeiro que voltará para julgar as nações. 



Pr. Nilton Jorge

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