INTRODUÇÃO:
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Nosso
estudo desta lição é sobre unidade racial, lingüística e divina do ser humano.
A Bíblia afirma a unidade da raça humana à medida que ensina que toda a
humanidade descende de um único casal. Essa
verdade bíblica é importante porque traz implicações em outras doutrinas
fundamentais da Fé Cristã, tais como a doutrina do pecado e a doutrina da
salvação.
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Nunca fomos parentes dos macacos, nem jamais fomos
uma ameba habitando oceanos primitivos; desde o primeiro dia de nossa
existência na terra, fomos seres humanos, dotados de intelecto, liberdade e
vontade. Somos feitura das mãos de Deus! (Sl 119.73; Ef 2.10). E não importa
quantos cientistas, filósofos e até teólogos evolucionistas do nosso tempo
afirmem o contrário, pois “seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso” (Rm 3.4).
I
– A UNIDADE RACIAL DO SER HUMANO
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Existem hoje mais de 7 bilhões de pessoas no mundo,
habitando em aproximadamente 200 países, oriundas de distintas etnias, vivendo
em diferentes culturas e sob condições sociais diversificadas; todos, porém,
descendem de um único casal humano: Adão e Eva. Não à toa, Eva é chamada de (Gn 3.20) “a mãe de todos os viventes”, e (At 17.26) de Adão é
dito que todos os seres humanos foram formados a partir dele.
1. A origem divina do ser humano. Quem
criou Adão a sua imagem e semelhança foi DEUS - Gênesis 1:26, Gênesis 1:27, Gênesis
5:1. O termo que designa o primeiro
homem, Adão (hb. adam), está associado ao termo que designa a terra vermelha
(hb. adamá). Apesar de termos a origem em Adão e essa unidade racial, somos
diferentes, somo distintos, somos diferentes, mas nossas diversidades não
anulam nossa unidade.
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Existem
diversas teorias que conspiram contra a doutrina da unidade da raça humana com
a sua origem em Deus.
O conceito da unidade da raça humana não era algo
comum entre os povos antigos. Cada cultura pagã geralmente contava de forma
mitológica sua própria versão sobre o surgimento da humanidade.
a) Os
antigos gregos, por exemplo, defendiam a teoria
do autoctonismo que dizia que através de uma espécie de geração espontânea, os
humanos brotaram da terra.
b) Tão
fantasiosas e problemáticas quanto essas mitologias antigas, são também algumas
teorias defendidas por pessoas que se dizem cristãs, mas que atacam a idéia da
unidade da raça humana. Uma das
teorias mais famosas nesse sentido é a hipótese da existência de uma raça
pré-adâmica. O teólogo Isaac La Peyrère foi o principal expoente dessa
teoria que colocava Adão apenas
como o pai do povo israelita, de modo que teria havido duas criações, primeiro
a criação dos gentios e depois a criação de Adão. Esse tipo de pensamento
poligênico chegou a ser popular em alguns círculos porque servia para
justificar comportamentos absurdos, como por exemplo, o racismo.
Valendo-se dessa visão de que não há unidade na raça humana, na Idade Média
muita gente entendia que os negros, os chineses, os indígenas, os aborígenes e
outros povos, pertenciam a uma raça inferior.
c) UMA DAS MAIORES
OBJEÇÃO A CRIAÇÃO É A TEORIA DA EVOLUÇÃO? Costuma-se
chamar de “teoria da evolução” à crença de que toda a vida na Terra descende de
um ancestral comum, chamado de LUCA, sigla para a expressão em língua inglesa,
que significa “Último Antepassado Comum Universal”.
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Quem
crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito
da evolução
1) A
evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento
do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que não
existe nenhum Criador pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo
contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram
por acaso, ao longo de bilhões de anos.
2) O
ensino evolucionista não é realmente científico.
Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências
incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer
laboratório. No entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo,
para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um
hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a
partir das formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é
uma hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas
é que pode aceitá-la. A fé do povo de DEUS, pelo contrário, firma-se no Senhor
e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas
as coisas (Hb 11:3).
3) É
inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres
viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias
espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças
surgindo dentre algumas das espécies. Não há, porém, nenhuma evidência, nem
sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente
já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apóiam a
declaração da Bíblia, que DEUS criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie”
(1:21,24,25).
4) Os
crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria da chamada evolução teísta.
Essa teoria aceita a maioria das conclusões da evolução naturalista; apenas
acrescenta que DEUS deu início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação
bíblica que atribui a DEUS um papel ativo em todos os aspectos da criação.
DEUS não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário,
é o Criador ativo de todas as coisas (Cl
1:16).
2. A unidade racial do ser humano.
O monogenismo é a doutrina que ensina serem todos os homens provenientes de um
único tronco genético. Apesar da variedade da cor de nossa pele, todos somos
descendentes de Adão e Eva Ats 17:26.
Todos
os seres humanos descendem de Adão, até mesmo Eva. A partir deste
primeiro casal é que vieram a existirem todas as outras pessoas que povoaram o
mundo até hoje. De toda raça humana só
JESUS não era e nem é descendente de Adão. Somente dois homens nasceram na
terra sem a semente do homem, sem o espermatozoide. O primeiro Adão e o
segundo Adão (JESUS).
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O pastor Claudionor usa o
termo "RAÇA HUMANA" de maneira correta como designação.
Mateus 3:7 E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu
batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Raça (grego gennema) aqui é a prole, descendentes de uma mesma pessoa. Aquilo
que nasceu ou procriou-se, a prole ou a progênie de homens.
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A seqüência dos capítulos de
Gênesis continua afirmando a unidade da raça humana.
Conforme observa Louis Berkhof em sua Teologia Sistemática, as gerações
seguintes a Adão e Eva, até o tempo do dilúvio, estiveram em ininterrupta
relação genética com o primeiro casal, de modo que a humanidade constitui, não somente
uma unidade específica no sentido de que todos os homens compartem a
mesma natureza humana, mas também uma unidade genética ou genealógica.
3. A unidade psicológica do ser humano.
O teólogo assembleiano Raimundo de
Oliveira escreveu sobre este ponto: “(…) a psicologia revela claramente
o fato de que as almas dos homens, sem distinção de tribo e nação a que
pertencem, são essencialmente as mesmas. Possuem em comum os mesmos apetites,
instintos e paixões; as mesmas tendências e, sobretudo, as mesmas qualidades,
as mesmas características que só existem no ser humano”. As reações podem ser diversas,
dependendo da educação e da cultura de cada povo, mas as bases psicológicas são
comuns. Interessante que a maneira de pecar era e é a mesma em toda
parte do planeta. Não importa a cultura, a religião, a formação acadêmica, o
país, a linguagem; o homem é tentado pelo mesmo Satanás e seus demônios e o
pecado passou a todos igualmente. Tiago
1:14,15 Mas cada um é tentado, quando
atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera
a morte.
II
– A UNIDADE LÍNGUÍSTICA ORIGINAL DA HUMANIDADE
1. A língua original da humanidade.
Um dos fatores que levaram a primeira civilização humana à depravação total foi
o monolinguismo. Entre os filhos
imediatos de Adão e Eva, inexistiam fronteiras idiomáticas, culturais e
geográficas. Eis por que os exemplos de Caim e Lameque se alastraram
logo por toda a terra.
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Na lição de hoje,
encontraremos a família noética correndo o mesmo perigo
Temendo um novo dilúvio, e recusando-se a povoar a terra, puseram-se os descendentes
de Noé a construir uma torre, cujo topo, segundo imaginavam, tocaria os céus. A
fim de impedir a degeneração da segunda civilização, o Senhor confunde-lhes a
língua levando a linhagem de Sem, Cam e Jafé a espalhar-se pelos mais
longínquos continentes.
Deste episódio, surge a
multiplicidade linguística e cultural da humanidade.
2. A confusão linguística em Babel.
Não sabemos quanto tempo se havia passado desde que Noé saiu da arca até a
construção da torre de Babel. De qualquer forma, seus filhos, Sem e Jafé, não
puderam impedir seus descendentes de cair na apostasia de Cam.
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Naquele tempo, a humanidade
ainda era monolíngue; todos falavam
uma só língua (Gn 11.1). Sobre
o idioma original da humanidade, há muita especulação. Alguns
sugerem o hebraico. Nada mais ilógico. Abraão, ao deixar a sua terra natal,
falava o arameu (Dt 26:5) que, nos
lábios de seus descendentes, sofreria sucessivas mudanças até transformar-se na
belíssima língua hebréia. O interessante é que depois do cativeiro babilônico,
os israelitas voltariam a usar o aramaico, inclusive Jesus (Mc 15:34).
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Se por um lado o monolinguismo
facultava a rápida disseminação do conhecimento, por outro, propagava com a
mesma rapidez as apostasias da nova civilização.
A diversidade de línguas no mundo originou-se de um julgamento divino sobre os
homens soberbos, o que nos leva a crer que esta não era a vontade original
de Deus, que existissem essas barreiras linguísticas distanciando o homem
do seu semelhante. As variedades de língua, cultura, valores e clãs começaram
neste ponto em Sinar, onde foi construída a torre de Babel, que quer
dizer confusão. Se não fosse pela arrogância dos homens, essa divisão
não seria necessária.
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A confusão das línguas em
Sinar deu origem a vários idiomas que, por sua vez, originaram outros idiomas
(o Português, por exemplo, não surgiu ali, mas veio a desenvolver-se milhares
de anos depois, derivando-se do Latim, que é considerada uma língua
morta, por já não haver mais um povo que a utilize naturalmente). No
entanto um dia, os povos de todas as culturas e línguas vão unir-se para
celebrar a graça manifesta pelo Filho de Deus, elevando, juntos, sua s vozes
para adorar o Cordeiro. Ap 5:13,14, Fp 2.10,11.
III
- EM CRISTO, TODOS SOMOS UM
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A unidade humana não se dá
apenas em termos raciais e lingüísticos, todos os seres humanos acham-se
ligados em Adão quanto ao pecado e, também, quanto a redenção.
1.
O pecado universal de Adão. O pecado universal de Adão e a entrada do mal neste
mundo, é uma questão que os filósofos vivem tentando explicar. Uma selvática
variedade de ideias antibíblicas tem sido apresentada através dos séculos.
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Um
desses pontos de vista é o chamado dualismo. Defendido pelos antigos zoroastrianos, e mais
tarde pelos gnósticos (que perturbaram a Igreja Primitiva) e heréticos chamados
maniqueus, esse ponto de vista tem uma longa história.
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Outro
conceito acerca da origem do mal é que ele simplesmente faz parte da finitude
humana. O pecado seria apenas
uma “negação do ser”. Essa crença tende ao panteísmo, visto que ser e
moralidade são confundidos. Se o fato de alguém ser criatura traz consigo,
automaticamente, o conceito de pecar, então, os seres humanos não têm qualquer
responsabilidade moral. O pecado seria puramente o resultado da ignorância e da
fraqueza, e o meio ambiente, o culpado pelos erros do indivíduo. As pessoas,
porém, desde a queda vêm tentando mudar a culpa do seu pecado (Gn 3.12,13).
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O ponto de vista bíblico é que o pecado se originou
no abuso da liberdade concedida aos seres criados, os que foram equipados com o
uso da vontade. Não foi Deus o criador
do mal. O mal é uma questão de relacionamento, e não algo provido de
substância. Por causa do pecado de Adão, pois, a inocência se
perdeu, a imagem divina na humanidade foi distorcida e debilitada, as pessoas
tornaram-se escravas do pecado (Rm 6), e a discórdia e a morte entraram no
mundo.
2. As consequências universais do pecado de Adão.
Enquanto estiverem em Adão, toda a humanidade está fadada à condenação eterna Rm 3:23. Talvez nenhum autor bíblico
foi tão claro quanto a solidariedade da raça humana no pecado de Adão quanto
o apóstolo Paulo, que escreveu: Rm 5:12 “Portanto,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também
a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” . A Bíblia o
afirma claramente que todos estão nivelados sob a desobediência (Rm 11:32).
3.
Em Jesus Cristo, o segundo Adão,
todos podemos ser salvos.
1Tm
1.15 Esta é uma
palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Rm
5.10 Porque se
nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Rm
6.23 Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor.
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A
salvação é para toda raça humana. Como todos somos
descendentes de Adão e o pecado entrou no mundo por ele (Rm 5.12) Assim todos pecaram. Da mesma forma o Apóstolo Paulo
demonstra que a graça salvífica veio para todos: “[...] assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos
os homens para justificação de vida” (Rm
5.18).
CONCLUSÃO: Que a
compreensão quanto à unidade da raça humana sirva para promover em nós a
virtude da filantropia, isto é, o amor pela humanidade. Afinal de
contas, independente de nossas diferenças sociais e culturais, somos todos
seres humanos, criados por Deus e necessitados da salvação.
Pr. Nilton Jorge
(22) 998746712 Whatsapp
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