segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

A UNIDADE DA RAÇA HUMANA (auxilio na E.B.D)


INTRODUÇÃO:
·      Nosso estudo desta lição é sobre unidade racial, lingüística e divina do ser humano. A Bíblia afirma a unidade da raça humana à medida que ensina que toda a humanidade descende de um único casal. Essa verdade bíblica é importante porque traz implicações em outras doutrinas fundamentais da Fé Cristã, tais como a doutrina do pecado e a doutrina da salvação.
·      Nunca fomos parentes dos macacos, nem jamais fomos uma ameba habitando oceanos primitivos; desde o primeiro dia de nossa existência na terra, fomos seres humanos, dotados de intelecto, liberdade e vontade. Somos feitura das mãos de Deus! (Sl 119.73Ef 2.10). E não importa quantos cientistas, filósofos e até teólogos evolucionistas do nosso tempo afirmem o contrário, pois “seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso” (Rm 3.4).

I – A UNIDADE RACIAL DO SER HUMANO

·      Existem hoje mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, habitando em aproximadamente 200 países, oriundas de distintas etnias, vivendo em diferentes culturas e sob condições sociais diversificadas; todos, porém, descendem de um único casal humano: Adão e Eva. Não à toa, Eva é chamada de (Gn 3.20) “a mãe de todos os viventes”, e (At 17.26) de Adão é dito que todos os seres humanos foram formados a partir dele.

1. A origem divina do ser humano. Quem criou Adão a sua imagem e semelhança foi DEUS - Gênesis 1:26, Gênesis 1:27, Gênesis 5:1. O termo que designa o primeiro homem, Adão (hb. adam), está associado ao termo que designa a terra vermelha (hb. adamá). Apesar de termos a origem em Adão e essa unidade racial, somos diferentes, somo distintos, somos diferentes, mas nossas diversidades não anulam nossa unidade.
·      Existem diversas teorias que conspiram contra a doutrina da unidade da raça humana com a sua origem em Deus. O conceito da unidade da raça humana não era algo comum entre os povos antigos. Cada cultura pagã geralmente contava de forma mitológica sua própria versão sobre o surgimento da humanidade.
a)   Os antigos gregos, por exemplo, defendiam a teoria do autoctonismo que dizia que através de uma espécie de geração espontânea, os humanos brotaram da terra.
b)   Tão fantasiosas e problemáticas quanto essas mitologias antigas, são também algumas teorias defendidas por pessoas que se dizem cristãs, mas que atacam a idéia da unidade da raça humana. Uma das teorias mais famosas nesse sentido é a hipótese da existência de uma raça pré-adâmica. O teólogo Isaac La Peyrère foi o principal expoente dessa teoria que colocava Adão apenas como o pai do povo israelita, de modo que teria havido duas criações, primeiro a criação dos gentios e depois a criação de Adão. Esse tipo de pensamento poligênico chegou a ser popular em alguns círculos porque servia para justificar comportamentos absurdos, como por exemplo, o racismo. Valendo-se dessa visão de que não há unidade na raça humana, na Idade Média muita gente entendia que os negros, os chineses, os indígenas, os aborígenes e outros povos, pertenciam a uma raça inferior.
c)    UMA DAS MAIORES OBJEÇÃO A CRIAÇÃO É A TEORIA DA EVOLUÇÃO? Costuma-se chamar de “teoria da evolução” à crença de que toda a vida na Terra descende de um ancestral comum, chamado de LUCA, sigla para a expressão em língua inglesa, que significa “Último Antepassado Comum Universal”.
·      Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da evolução
1)   A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que não existe nenhum Criador pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram por acaso, ao longo de bilhões de anos.
2)   O ensino evolucionista não é realmente científico. Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é uma hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas é que pode aceitá-la. A fé do povo de DEUS, pelo contrário, firma-se no Senhor e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas as coisas (Hb 11:3).
3)   É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças surgindo dentre algumas das espécies. Não há, porém, nenhuma evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apóiam a declaração da Bíblia, que DEUS criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie” (1:21,24,25).
4)   Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria da chamada evolução teísta. Essa teoria aceita a maioria das conclusões da evolução naturalista; apenas acrescenta que DEUS deu início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui a DEUS um papel ativo em todos os aspectos da criação. DEUS não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas (Cl 1:16).

2. A unidade racial do ser humano. O monogenismo é a doutrina que ensina serem todos os homens provenientes de um único tronco genético. Apesar da variedade da cor de nossa pele, todos somos descendentes de Adão e Eva Ats 17:26. Todos os seres humanos descendem de Adão, até mesmo Eva. A partir deste primeiro casal é que vieram a existirem todas as outras pessoas que povoaram o mundo até hoje. De toda raça humana só JESUS não era e nem é descendente de Adão. Somente dois homens nasceram na terra sem a semente do homem, sem o espermatozoide. O primeiro Adão e o segundo Adão (JESUS).
·      O pastor Claudionor usa o termo "RAÇA HUMANA" de maneira correta como designação. Mateus 3:7 E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Raça (grego gennema) aqui é a prole, descendentes de uma mesma pessoa. Aquilo que nasceu ou procriou-se, a prole ou a progênie de homens.
·      A seqüência dos capítulos de Gênesis continua afirmando a unidade da raça humana. Conforme observa Louis Berkhof em sua Teologia Sistemática, as gerações seguintes a Adão e Eva, até o tempo do dilúvio, estiveram em ininterrupta relação genética com o primeiro casal, de modo que a humanidade constitui, não somente uma unidade específica no sentido de que todos os homens compartem a mesma natureza humana, mas também uma unidade genética ou genealógica.
3. A unidade psicológica do ser humano. O teólogo assembleiano Raimundo de Oliveira escreveu sobre este ponto: “(…) a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, sem distinção de tribo e nação a que pertencem, são essencialmente as mesmas. Possuem em comum os mesmos apetites, instintos e paixões; as mesmas tendências e, sobretudo, as mesmas qualidades, as mesmas características que só existem no ser humano”. As reações podem ser diversas, dependendo da educação e da cultura de cada povo, mas as bases psicológicas são comuns. Interessante que a maneira de pecar era e é a mesma em toda parte do planeta. Não importa a cultura, a religião, a formação acadêmica, o país, a linguagem; o homem é tentado pelo mesmo Satanás e seus demônios e o pecado passou a todos igualmente. Tiago 1:14,15 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

II – A UNIDADE LÍNGUÍSTICA ORIGINAL DA HUMANIDADE

1. A língua original da humanidade. Um dos fatores que levaram a primeira civilização humana à depravação total foi o monolinguismo. Entre os filhos imediatos de Adão e Eva, inexistiam fronteiras idiomáticas, culturais e geográficas. Eis por que os exemplos de Caim e Lameque se alastraram logo por toda a terra.
·      Na lição de hoje, encontraremos a família noética correndo o mesmo perigo Temendo um novo dilúvio, e recusando-se a povoar a terra, puseram-se os descendentes de Noé a construir uma torre, cujo topo, segundo imaginavam, tocaria os céus. A fim de impedir a degeneração da segunda civilização, o Senhor confunde-lhes a língua levando a linhagem de Sem, Cam e Jafé a espalhar-se pelos mais longínquos continentes.
Deste episódio, surge a multiplicidade linguística e cultural da humanidade.

2. A confusão linguística em Babel. Não sabemos quanto tempo se havia passado desde que Noé saiu da arca até a construção da torre de Babel. De qualquer forma, seus filhos, Sem e Jafé, não puderam impedir seus descendentes de cair na apostasia de Cam.
·      Naquele tempo, a humanidade ainda era monolíngue; todos falavam uma só língua (Gn 11.1). Sobre o idioma original da humanidade, há muita especulação. Alguns sugerem o hebraico. Nada mais ilógico. Abraão, ao deixar a sua terra natal, falava o arameu (Dt 26:5) que, nos lábios de seus descendentes, sofreria sucessivas mudanças até transformar-se na belíssima língua hebréia. O interessante é que depois do cativeiro babilônico, os israelitas voltariam a usar o aramaico, inclusive Jesus (Mc 15:34).
·      Se por um lado o monolinguismo facultava a rápida disseminação do conhecimento, por outro, propagava com a mesma rapidez as apostasias da nova civilização. A diversidade de línguas no mundo originou-se de um julgamento divino sobre os homens soberbos, o que nos leva a crer que esta não era a vontade original de Deus, que existissem essas barreiras linguísticas distanciando o homem do seu semelhante. As variedades de língua, cultura, valores e clãs começaram neste ponto em Sinar, onde foi construída a torre de Babel, que quer dizer confusão. Se não fosse pela arrogância dos homens, essa divisão não seria necessária.
·      A confusão das línguas em Sinar deu origem a vários idiomas que, por sua vez, originaram outros idiomas (o Português, por exemplo, não surgiu ali, mas veio a desenvolver-se milhares de anos depois, derivando-se do Latim, que é considerada uma língua morta, por já não haver mais um povo que a utilize naturalmente). No entanto um dia, os povos de todas as culturas e línguas vão unir-se para celebrar a graça manifesta pelo Filho de Deus, elevando, juntos, sua s vozes para adorar o Cordeiro. Ap 5:13,14, Fp 2.10,11.

III - EM CRISTO, TODOS SOMOS UM

·      A unidade humana não se dá apenas em termos raciais e lingüísticos, todos os seres humanos acham-se ligados em Adão quanto ao pecado e, também, quanto a redenção.

1. O pecado universal de Adão.  O pecado universal de Adão e a entrada do mal neste mundo, é uma questão que os filósofos vivem tentando explicar. Uma selvática variedade de ideias antibíblicas tem sido apresentada através dos séculos.
·      Um desses pontos de vista é o chamado dualismo. Defendido pelos antigos zoroastrianos, e mais tarde pelos gnósticos (que perturbaram a Igreja Primitiva) e heréticos chamados maniqueus, esse ponto de vista tem uma longa história.
·      Outro conceito acerca da origem do mal é que ele simplesmente faz parte da finitude humana. O pecado seria apenas uma “negação do ser”. Essa crença tende ao panteísmo, visto que ser e moralidade são confundidos. Se o fato de alguém ser criatura traz consigo, automaticamente, o conceito de pecar, então, os seres humanos não têm qualquer responsabilidade moral. O pecado seria puramente o resultado da ignorância e da fraqueza, e o meio ambiente, o culpado pelos erros do indivíduo. As pessoas, porém, desde a queda vêm tentando mudar a culpa do seu pecado (Gn 3.12,13).
·      O ponto de vista bíblico é que o pecado se originou no abuso da liberdade concedida aos seres criados, os que foram equipados com o uso da vontade. Não foi Deus o criador do mal. O mal é uma questão de relacionamento, e não algo provido de substância. Por causa do pecado de Adão, pois, a inocência se perdeu, a imagem divina na humanidade foi distorcida e debilitada, as pessoas tornaram-se escravas do pecado (Rm 6), e a discórdia e a morte entraram no mundo.

2. As consequências universais do pecado de Adão. Enquanto estiverem em Adão, toda a humanidade está fadada à condenação eterna Rm 3:23. Talvez nenhum autor bíblico foi tão claro quanto a solidariedade da raça humana no pecado de Adão quanto o apóstolo Paulo, que escreveu: Rm 5:12 “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” . A Bíblia o afirma claramente que todos estão nivelados sob a desobediência (Rm 11:32).

3. Em Jesus Cristo, o segundo Adão, todos podemos ser salvos.
1Tm 1.15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Rm 5.10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
·      A salvação é para toda raça humana. Como todos somos descendentes de Adão e o pecado entrou no mundo por ele (Rm 5.12) Assim todos pecaram. Da mesma forma o Apóstolo Paulo demonstra que a graça salvífica veio para todos: “[...] assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm 5.18).

CONCLUSÃO: Que a compreensão quanto à unidade da raça humana sirva para promover em nós a virtude da filantropia, isto é, o amor pela humanidade. Afinal de contas, independente de nossas diferenças sociais e culturais, somos todos seres humanos, criados por Deus e necessitados da salvação.

Pr. Nilton Jorge
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