domingo, 5 de outubro de 2025

JOSUÉ UM HOMEM COM UMA MISSÃO

TEXTO: Js 1:1-9

INTRODUÇÃO:

  • O livro de Josué parece formar uma unidade literária, composta por um só autor, independentemente de duas ou mais fontes primárias, como alguns têm afirmado, e que foi editado e reeditado por muitos séculos. Embora a autoria humana possa ser debatida, a inspiração divina é clara. Uma observação do papel ativo atribuído a Deus, presente em todo o livro de Josué, implica que Deus não é apenas o autor dos escritos, mas também dos eventos que estão ali registrados. Ele é apresentado com aquele que toma a iniciativa dos movimentos feitos por Israel. Foi Deus quem escolheu e instruiu Josué para fazer sua obra. Foi Ele quem condenou o povo pela desobediência e o elogiou pela sua cooperação. Por todo o livro o elemento divino é certamente magnificado e o elemento humano é minimizado. Conseqüentemente, a ênfase espiritual do livro deve receber adequada consideração pelo intérprete.

  • Um aspecto do relacionamento divino com o homem evidenciado neste livro é a salvação de Deus. O próprio nome "Josué", a forma hebraica de Jesus, significa Jeová é a salvação. Assim a história redentora de Israel entrando e possuindo Canaã ilustra a experiência espiritual cristã de conflito, vitória e bênçãos nas esferas celestiais por meio do grandioso poder de Deus. Em Hebreus 4, o repouso em Canaã, depois das inúteis lutas no deserto, apresenta-se-nos como um tipo de nosso presente repouso espiritual na obra consumada de Cristo e na Sua contínua intercessão para nos capacitar a derrotar o ego e Satanás.

  • Há algumas coisas a serem evidenciadas aqui neste começo de sermão:

  1. O treinamento básico de Josué durou 45 anos, aos 85 ele sucedeu a Moisés. O elemento singular referente a Josué em seus primeiros anos é o seu coração aberto, sua disposição de ser ensinado e seu espírito humilde.

  2. Josué nasceu no Egito. Seus pais foram escravos. (as lembranças de Josué não eram agradáveis). Poderia ser morto a qualquer momento mais Deus tinha um plano.

  3. Josué teve um grande mentor e Modelo de fé, de caráter e relacionamento com Deus. Logo Josué tornou-se o braço direito de Moisés, este relacionamento começou antes da saída do Egito Nm 11:28desde jovem era auxiliar de Moisés”. Em algumas traduções diz Servo de Moisés.

  • Josué saiu do Egito como escravo, no deserto se transformou em um soldado e servo de Moisés, foi um dos primeiros a entrar na terra de Canaã como Espia e Deus lhe deu testemunho de que junto a Calebe perceveraram em seguir ao Senhor. O maior desafio de Josué não foi o de encarar os amalequitas, nem de perseverar em meio aos murmuradores no deserto, nem de crer contra a esperança diante dos desafios de conquistar Canaã, mas o de seceder a Moisés.

  • Ser o sucessor de alguém como Moisés pode tornar para algum um motivo de enxergar como Deus confia a nós posições de gigantes da intimidade e da fé ou nos paralisar diante da grandeza daqueles que foram antes de nós. Deus mesmo disse se há profetas entre vós eu falo com ele por sonhos ou visões, mas com meu servo Moisés eu falo face a face.

  • Moisés é conhecido como o libertador de Israel e conduzidor do povo no deserto até Cades-Barnea, Já Josué torna-se conhecido por fazer o povo entrar na terra da promessa e conquistá-la.

  • EM SUA ESCOLA DE PREPARO JOSUÉ APRENDEU:

a) A vencer a desobediência e a impaciência.

b) A vencer seus gigantes internos. (inveja, ciúmes, medo, insegurança).

c) A vencer os adversários externos (Refidim – Amaleque, símbolo da Carne).

d) A vencer o deserto com as tentações, murmurações, insolência, incredulidade e idolatria.

e) A perseverar (40 dias no monte, sempre a porta da tenda e 40 anos no deserto).

PRESTE ATENÇÃO NESSA VERDADE: Viver a vida em Cristo implica em atravessamos o deserto, enfrentarmos lutas, tentações, batalhas e perigos. Em toda a nossa vida temos dias de celebração e dias de choro; dias em que a nossa cabeça estava untada pelo óleo da alegria e dias em que estamos cobertos pelas cinzas da tristeza. Isso porque Deus está nos preparando para algo muito maior do que a nossa capacidade exige. Moisés meu servo é morto levanta-te, pois, agora;

  • Eu não encontro aqui Josué com grandes expectativas diante do novo posto, o lugar de Moisés, eu o vejo paralisado diante da responsabilidade de assumir aquela posição. Já se passa 30 dias de lágrimas e recordações. Eles estão vivendo a crise da perda da maior liderança que a nação já teve.

  • OBS: Deus levantou e escolheu a Josué com Moisés ainda vivo, mas só o colocou no lugar de Moisés após a sua morte. Deus é quem está fazendo aquela transição: há tres grandes absolutos nesse capítulo a serem observados no tocante aos desafios à frente:

  1. A herança de possessão sempre será miraculosa.

  2. As conquistas geográficas dependem da minha movimentação em direção a elas.

  3. A confiança de Josué está nas garantias que Deus lhe da neste capítulo.

  • A confiança de josué está alicerçadas nas promessas de Deus v.3,6. As promessas de Deus não são circunstanciais, Deus precisa que o tempo favoreça para que ele cumpra aquilo que Ele disse, Ele cumpre porque Ele é soberano e é fiel naquilo que Ele prometeu

  • A confiança de Josué estava no poder de Deus v.5. As promessas de Deus não estão firmadas em nós mas Nele mesmo, Ele mesmo é a garantia e a confirmação daquilo que Ele prometeu.

  • A confiança de Josué esta na presença de Deus, v.5-9.

TRANSIÇÃO: De um ponto de vista, todos os cristãos são vocacionados para a obra de

Deus. Assim sendo, entendemos que:

  1. DEUS NÃO CONVOCA PESSOAS PERFEITAS OU PRONTAS. Jos 1:1,2

  • Esta é uma das grandes verdades bíblicas que não podemos perder de vista. 2Cor 3:5 Não somos por nós mesmos capazes de coisa alguma, mas a nossa capacidade vem de Deus. “não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministro dum novo testamento”. (Josué é apenas servo de Moisés).

  • Não existe a pessoa pronta. Existe todo um processo de preparação para se enfrentar desafios em todas as áreas da vida humana.

  • Na obra de Deus inexiste gigantes ou super-heróis. Tudo isto é mito. O que existe são pessoas imperfeitas, que podem ser usadas por Deus caso queiram.

  • Eis uma grande verdade, antes de cruzar as froonteiras externas, precisamos vencer as fornteiras internas.

1) ninguém consegue uma liderança eficaz se em primeiro lugar não for líder de si mesmo. (Somos escravos daquilo que não dominamos).

2) Josué está desanimado, talvez receoso e temeroso diante do tamanho de sua missão. Esforçar-se e animar-se são ferramentas emocionais de alguém que valoriza a unção e a promessa que está sobre a sua cabeça. É claro que não conseguimos estar o tempo todo e todo o tempo animados e revigorados, haverá dias de cansaço, fadiga, desanimo, HAVERÁ DIAS EM QUE NÃO VAMOS QUERER LEVANTAR DA CAMA. Deus te entende, Deus só não entende a sua caverna, a sua entrega a esses sentimento. Você não é perfeito, mas também não é um desvalido, Deus escolheu você. E isso é soberania Dele.

3) Josué precisava primeiramente cruzar a mais difícil fronteira de sua vida: a fronteira do auto-conhecimento. (os 3 níveis de complexidadeOrigem, Interna, circunstancial).

Todo

  • Mesmo não sendo de ferro eu preciso vencer as estruturas do desânimo.

1. Deus é contra o desânimo v. 6,7,9. Deus falou três vezes para Josué ser forte, ter coragem e ânimo. O desânimo é contagioso. Foi por causa dele que toda uma geração de 2 milhões de pessoas morreram no deserto. Sem ânimo ninguém se levanta na crise. Sem ânimo ninguém cruza o Jordão. Sem ânimo ninguém enfrenta o inimigo. Sem ânimo ninguém toma posse da terra prometida. Sem ânimo não se restaura casamento. Sem ânimo não se evangeliza nem se experimenta o avivamento da igreja. Sem coragem, podemos ter visão que não sairemos do lugar.

  • Quem crê corre riscos. Quem confia sai à batalha em nome do Senhor. Quem crê no Senhor vence os Golias da vida. Josué ganhou tremendas batalhas, mas a maior dela foi contra o desânimo.

2. O desânimo nos impede de cruzar o nosso Jordão.

a) Há pessoas que são desanimadas por uma causa física. A mulher hemorrágica estava anêmica há 12 anos. Quando Jesus a curou, disse para ela: Tem bom ânimo. Por que? Porque ela já tinha cacuete de desanimada. Adquiriu o hábito de desânimo. Agora ela tinha que adotar outro estilo de vida. Tem gente que vive reclamando.

b) Há pessoas que precisam ser curadas do desânimo antes da cura física. O paralítico de Cafarnaum. Além de deficiente, era desanimado. Chegam os 4 amigos e dizem: Olha, nós vamos te levar até Jesus. Ah! Eu quero ficar na cama. Você vai então com cama e tudo. Chegam na casa e a multidão socada na porta e o homem diz: Eu não falei, tem muita gente. Me leva para casa. Mas eles insistem. Abrem um buraco no telhado. Os amigos têm ânimo, mas ele está desanimado. Quando chega, Jesus antes de curá-lo, diz: Homem tem bom ânimo. O que adianta Jesus curar o homem se ele iria continuar desanimado? Ele nem iria fazer festa.

3. O ânimo precisa ser cultivado no coração. O texto nos mostra que o ânimo é gerado no coração de 3 formas:

a) O que produz o ânimo é a promessa de Deus v. 6 Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento prometi dar a seus pais.

b) O que gera o ânimo é agir de acordo com a vontade de Deus v. 7 O ânimo é resultado da obediência.

c) O que mantém o ânimo é a consciência da presença de Deus v. 9 Porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares. Deus oferece a Josué uma base histórica para a sua confiança: v. 5 Assim como fui com Moisés, assim serei contigo. Deus também oferece a ele sua presença contínua e manifesta: Eu serei contigo, eu não te desampararei.

  1. PRECISAMOS DE UMA VISÃO QUE CONSTRUA FUTUROS v. 2-4

  • Josué recebeu visão clara sobre o que fazer, onde ir e a quem levar. O chamado de Deus para Josué foi claro. Deus não o estava chamando para outra coisa, senão para cruzar o Jordão e conduzir o povo à terra prometida. Aquela era a meta de Deus para a sua vida. Josué tinha absoluta certeza acerca daquilo que Deus queria da sua vida.

  • O chamado de Deus para Josué foi claro. Deus não o estava chamando para outra coisa, senão para cruzar o Jordão e conduzir o povo à terra prometida. Aquela era a meta de Deus para a sua vida. Josué tinha absoluta certeza acerca daquilo que Deus queria da sua vida.O mesmo Deus que disse que todo lugar que pisar a planta do vosso pé, delimita a geografia da bênção.

  • Deus mostra os limites da ação de Josué v. 2-3 Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés. Desde o deserto e o Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até ao mar Grande para o poente do sol será o vosso termo. Josué não deveria digirir-se à Mesopotâmia, Índia, China nem para a Europa. É importante discernir onde devemos colocar o nosso pé. O mesmo Deus que disse que todo lugar que pisar a planta do vosso pé, delimita a geografia da bênção.

  • O que você enxerga te limita, a visão de Deus te coloca no ilimitado! O futuro dentro da promessa passa por três etapas: discernimento, estabelecer e expandir e isso só acontece quando eu deixo de andar por vista e passo a andar por uma visão de fé.

  • Pega essa verdade: Uma visão deve antecipar-se as estações, isso acontece no meu espírito e não nos meus olhos. Isso é contrário a visão natural que só depois que acontece, visão não tem haver com o presente, tem haver com o discernimento do futuro. Quem tem visão está sempre a um passo na frente.

  • Quem caminha com base na visão, caminha com objetividade. Paulo disse: Uma coisa eu faço. Quem caminha com base na visão caminha com propósito.

  • Deus convoca nessa última hora homens com uma visão de conquistadores. Qual é a paixão da sua vida? O que inflama o seu coração? A visão de Deus para sua vida está relacionado com aquilo que lhe pesa no coração. Deixe de reclamar. Deixe de murmurar. Há um chamado de Deus para você. Há uma obra a ser feita. Qual é a visão de Deus para sua vida?

a) Minha paixão é pregar! Eu preguei em média uma vez por dia este ano. Preguei pouco.

b) No peito de Hudson Taylor ardia a evangelização da China.

c) John Knox sonhava com a Escócia sendo ganha para Jesus.

d) William Wilberforce sonhava com o término da escravidão na Inglaterra.

e) Spurgeon dizia para os seus alunos: Meus filhos, se o mundo os chamar para serem reis, não se rebaixem deixando a posição de embaixadores do céu.

  • Deus diz para Josué: Não to mandei eu? Por que estamos ainda acomodados? Por que ainda não colocamos a mão no arado? Por que ainda não cruzamos o nosso Jordão? Por que ainda não tomamos posse da Terra Prometida?

  • A visão de Deus nos faz enxergar propósito em todas as coisas, pois o que enxergamos é uma pequena parte do processo, mas não é o nosso destino! Quando eu ando por vista, me torno refém de minhas carências! Quando andamos de acordo com a visão de Deus, não há espaço para comparações e para inveja. A visão de Deus me dá personalidade! Eu me torno livre para dizer “não”! Será que o povo vai me aceitar afinal o líder era Moisés? As comparações estão no campo das vistas e não da visão.

  • Sabe o que fez os homens e mulheres da Bíblia viverem o plano de Deus? Dizer sim e se enxergar nele! Para elas e eles, as opiniões adversas e os desafios que ela enfrentaria não importavam!

A visão de Deus abre portas e quebra cadeias, como fez com Paulo e Silas. Eles estavam presos fisicamente, mas livres espiritualmente e, por isso, conseguiam louvar e evangelizar naquela prisão, até Deus interferir!

A visão de Deus me preserva, como fez com João em Patmos. Ali, ele teve seus olhos espirituais abertos para as revelações de Deus e escreveu o livro de Apocalipse. Peça para Deus pingar colírio dos céus nos seus olhos!

  1. RECONHEÇA E HONRE A UNÇÃO DE QUEM VEIO ANTES DE VOCÊ v.17

  • No v.17 declara a resposta do povo de Israel a Josué após a morte de Moisés, afirmando: Como em tudo obedecemos a Moisés, assim obedeceremos a ti; tão somente seja o SENHOR, teu Deus, contigo, como foi com Moisés. Por 10 vezes o capítulo 1 tras a lembrança a memória de moisés e em todas elas em uma posição de reconhecimento e honra.

  • Se bebemos da fonte hoje é porque alguém um dia cavou, se estamos colhendo hoje é porque um dia alguém arrancou os tocos e plantou sementes pra nós.

  • No grego, a palavra "honra" pode significar Timḗ, que significa valor, preço, estima, respeito, reconhecimento. A palavra timḗ está ligada à ideia de atribuir um alto valor a algo ou alguém, seja respeito humano ou a glória devida a Deus.

  • 1 Pedro 2:17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei. HONRA é a arte de reconhecer o peso das pessoas e dar a elas o devido valor e reconhecimento utilizando palavras a ações.

  1. QUANDO PRATICO A HORNA, NOVOS ACESSOS SÃO LIBERADOS v.3,4. Portas se fecham para pessoas que não têm honra!

  2. A HONRA A DEUS ABRE PORTAS DE PROVISÃO v5. Honrar a Deus com nossas vidas, recursos e obediência libera bênçãos. Pv 3:9-10 Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares. Quando honramos a Deus, Ele libera provisão e abundância.

  3. O DESPREZO A DEUS FECHA PORTAS 1 Sm 2:30 Portanto, diz o Senhor, Deus de Israel: Na verdade, eu tinha dito que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim para sempre; porém agora diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.

  4. SE QUERO SER UMA PESSOA DE HONRA, PRECISO SUBIR O DEGRAU DE GRATIDÃO, A GRATIDÃO ANTECEDE A HONRA.

  • Honra e gratidão caminham juntas. Pessoas verdadeiramente honradas não apenas reconhecem o valor dos outros, mas também expressam gratidão de forma sincera. Gratidão é um princípio do Reino de Deus que nos ensina a reconhecer a mão d’Ele e das pessoas que fazem parte da nossa jornada.

  • Myke Murdock disse: A unção que eu respeito, é a unção que eu atraio. Deus estabelece e retira homens de suas posições, mas é a unção de Deus que mantém governos. A unção é como o óleo que alimenta a tocha, quando a unção diminui, o óleo perde sua força e seu poder.

  • A unção Que eu Honrar Nela Eu Vou Prosperar! Agora compreenda que a honra deve ser algo espontâneo, de vontade própria, que possa ter um sentimento de gratidão. Ninguém pode ser forçado a honrar, pois se for, será por constrangimento e não por agradecimento, amor ou carinho.

Rm12:10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Percebe-se que é preciso existir amor, mais amor fraternal para que haja um ambiente de honra. E não uma guerra por quem fez a maior honra, ou coisa do tipo. Isso não glorifica a Deus, mais ao próprio homem, e isso é perigoso. Nada no Reino de Jesus é feito para louvar a homens e seus feitos.

A honra que estou me referindo é a admiração, o respeito, a valorização e não os presentes. É admirar o jeito com que o outro carrega algo de Deus. Celebre o que Deus faz através da vida de outros, pois um dia ele poderá fazer também através da sua vida.

Pra cada tempo há uma unção a ser liberada, o tempo de Moisés e deserto acabou, Mas Deus vai derramar sobre Josué aquilo que Moisés carregou. Você está preparado para isso?

CONCLUSÃO:

  • Deus é quem chama, desafia, dá visão, dá poder e dá vitória. Ele promete um fim glorioso, mas também estabelece os meios. Precisamos agir segundo a Palavra. Precisamos conhecer, viver e proclamar a Palavra. Há poder na Palavra de Deus.

  • Temos novos desafios na igreja, na família, no trabalho. Precisamos entender nossas limitações, ter uma visão do propósito de Deus e honrar a unção de quem veio antes. Há uma terra a ser conquista e possuída.

  • É tempo de se levantar e obedecer. É tempo de experimentar os milagres de Deus, pois quando agimos em nome de Deus e para glória de Deus, o Jordão se abre, os inimigos fogem e nós possuímos a terra da Promessa.

Pr. Nilton Jorge




terça-feira, 9 de setembro de 2025

A PROVA DE FOGO

TEXTO: Daniel 3:24-25
INTRODUÇÃO:

Sadraque, Mesaque e Abede-nego eram três jovens judeus que foram recrutados por Nabucodonosor. Eles foram levados para a Babilônia por volta do ano 605 a.C., na mesma época que Daniel e Ezequiel. Não era fácil ser jovem naqueles dias, a nação inteira estava vivendo em desobediência a Deus. Os tempos de fervor espiritual haviam se acabado com a reforma religiosa do rei Josias. Deus, portanto, por intermédio de Jeremias e Habacuque alerta o povo que um tempo de calamidades viria como a vara da disciplina divina. A poderosa Babilônia invadiu Jerusalém e levou o povo para o cativeiro. Em 606 a.C., Nabucodonozor cercou Jer usalém e saqueou o templo e levou todos os seus tesouros para a Babilônia. Levou também as pessoas ricas, jovens e bem dotadas, deixando os demais para trás. Estabeleceu Zedequias no governo, mas este se rebelou contra a Babilônia. Então, Nabucodonozor cercou a cidade até quea fome vencesse o povo dentro de suas muralhas. Depois, invadiu a cidade, incendiou o templo, quebrou os muros, forçou as jovens, matou os jovens e levou o povo para o cativeiro.

A Babilônia era o maior império do mundo. Era a senhora do universo. Nesse contexto de apostasia, mundanismo, infidelidade, desobediência, guerra e ameaça de uma invasão internacional é que Daniel, Hananias, Misael e Azarias cresceram. Uma grande lição que aprendemos com esse quarteto de Judá, é que os acontecimentos ao redor, não podem influenciar aqueles cujo coração são firmes.
No meio de uma geração que se corrompia, Eles possuía valores absolutos.
No meio de tragédias terríveis, eles não deixaram seus corações se azedar.
No meio de uma cultura sem Deus e sem absolutos morais, os quatro não se corromperam. Há um verso que amo no livro de Daniel 5:13 “és tu o mesmo Daniel dos cativos de Judá?”. Ainda permanece o mesmo?

Nas escrituras não há uma referência detalhada quanto à origem do quarteto a não ser que eram de Judá e de linhagem nobre e real . Uma observação que cabe aqui é que eles não vem de um mundo de escasses. Eles eram da corte faziam parte da realeza, estavam habituados ao estatus e grandeza, seria mais fácil alguém que nunca teve nada na vida ser mudado e influenciado quando alacança o poder. Todavia eles deixam a posição de senhores pra tornarem-se servos, e mesmo em baixo eles continuam influenciavéis, quem é você? O que te faz mudar?

Viver em um contexto babilônico era correr o de perder a fé.
O maior de todos os perigos era o risco da aculturação. Essa quando me influencia me muda.
O segundo perigo foi a mudança dos valores! Todos os quatro jovens judeus tinham nomes ligados a Deus. Daniel significa: Deus é meu juiz. Deram-lhe o nome de Beltessazar, cujo significado é: bel proteja o rei. Hananias significa: Jeová é misericordioso. Passou a ser chamado de Sadraque, que significa: iluminado pela deusa do sol. Misael significa: quem é como Deus? Deram-lhe o nome de Mesaque, que significa: quem é como Vênus? Azarias significa: Jeová ajuda. Trocaram-lhe o nome para Abednego, cujo significado é: servo de Nego.

Do verso 1 ao 5 Nabucodonosor era um homem embriagado pelo poder. Estava cego pelo próprio fulgor da sua glória. Ele não se contentou apenas em ser rei e o maior rei da terra. Ele quer ser adorado. Ele quer ser Deus. Ele quer que os seus deuses sejam adorados. Edifica uma estátua de ouro e ordena que todos os súditos a adorem. A vontade do rei era lei absoluta. Ninguém podia recusar a obedecer a suas ordens. Ele era um homem mau, truculento e sanguinário.
O passo seguinte nos versos 6 e 7 foi manifestado pela barbárie de uma religião totalitária. A religião totalitária exige a lealdade das pessoas pela força. Não conquista os corações, mas obriga as consciências. As pessoas se dobram por medo, não por devoção. E a religião do terror, não do amor.
Quando a religião se desvia da verdade, torna-se o braço da intolerância e da truculência.
Nos versos seguintes segue-se a saga da ousadia, já não era uma questão de soberba, era uma questão de principios da adoração, e Deus não da a sua glória a ninguém.
O poder dos tiranos e dos déspotas poderosos sempre encontram seus limites em pessoas fiéis a Deus
 Os três jovens hebreus provocaram uma nota dissonante no meio daquela sinfonia de servilismo. Eles se recusam a pecar. Eles são ameaçados. Distoam da multidão. São intransigentes. São inconformistas. A verdade é inegociável. Não transigem com os absolutos de Deus. Não vendem a consciência. Preferem a morte que a infidelidade a Deus. Estão prontos a morrer, mas não a pecar.
a) O v. 8-12 A acusação: ingratidão e desrespeito.Os caldeus tinham sido poupados da morte pela intervenção de Daniel e seus amigos (Dn 2:5,18). Agora eles, de forma ingrata, acusam as pessoas que lhes ajudaram, no passado, a se livrar da morte.
b) O v. 15-18A nova oportunidade e a ameaça de morte. A principal lição desse texto não é o livramento miraculoso, mas a fidelidade inegociável. Nabucodonozor tenta intimidá-los, dizendo que deus nenhum poderia livrá-los de sua mão (v. 15). Mas eles não tentam defender a reputação de Deus, procuram apenas obedecê-Lo (v. 16,17). Os três jovens dizem que Deus pode livrar, mas náo dizem que Deus o fará. Eles não são donos da agenda de Deus. Eles não decretam nada para Deus. Eles não dizem: “Eu não aceito isto”; “Eu rejeito aquilo”; “Eu repreendo o fogo”; “O rei está amarrado”. Eles não determinam o que Deus deve fazer. Nem sempre é da vontade Deus livrar Seus filhos dos padecimentos e da morte. O patriarca Jó, no auge da sua dor gritou: “Ainda que Deus me mate, eu ainda confiarei nele”. Nossa função é sermos fiéis, não administrar resultados.
c) O v. 19-27Deus transformou o instrumento de morte em instrumento de livramento. O fogo os libertou das amarras, e o quarto homem os livra do fogo.

TRANSIÇÃO: COM ESSES TRÊS JUDEUS E A FORNALHA DA AFLIÇÃO APRENDEMOS ALGUMAS LIÇÕES:

1) FIDELIDADE É UMA QUESTÃO INEGOCIÁVEL v. 12.

Esses três jovens hebreus entendem que agradar a Deus é mais importante do que preservar suas próprias vidas. O principal ensino deste capítulo não é o livramento miraculoso. Não temos dificuldade de acreditar em milagres. O principal ensino neste capítulo é que três crentes jovens são tentados a praticar o mal e recusam-se a fazê-lo. Estão dispostos a discordar de todos, ainda que isso signifique uma morte horrível. “Transigir” não é uma palavra do vocabulário deles. Eles não eram produto do meio. Eles estavam cercados de pessoas conformistas, mas eles tinham coragem para ser diferentes.
A fidelidade deles não era um negócio com Deus. Eles não são lançados na fornalha pra mostrarem-se fiéis, eles são lançados porque eram fiéis. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode nos levar para as fornalhas. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode nos levar a sermos rejeitados pelo grupo, a sermos despedidos de uma empresa, a sermos rejeitados na escola ou até mesmo a sermos mal compreendidos na família. Nosso compromisso não é com o sucesso, mas com a fidelidade a Deus.

Há muitas pessoas que conseguem o sucesso, vendendo suas consciências, transigindo com os valores absolutos. Esses moços não! Muitos jovens e muitos crentes hoje são tentados a ceder. Os cristãos são instados a se embriagarem com os seus amigos ou a perder a virgindade antes do casamento. São tentados a mentir para os pais, a ver filmes indecentes, a ficar sob luzes piscantes e curtir músicas maliciosas. O mundo tem sua própria fornalha ardente à espera daqueles que não se conformam em adorar seus ídolos.
Para muitos crentes a pressão parece irresistível. Mas fidelidade é uma questão inegociável. Quando Nabucodonozor, mandou tocarem toda a sorte de musica, diz nos o verso 12 os três estavam em pé e quando foram lançados dentro da fornalha permaneceram de pé. Satanás sempre vai tocar uma musica mais alta pra silenciar a sua adoração a Deus.

2) QUANDO TODOS OS RECURSOS DA TERRA ACABÃO, ENCONTRAMOS O SOCORRO DO QUARTO HOMEM v.24-25.

O livramento no fogo é a estratégia de Deus. Quando somos fiéis a Deus, ele tem um encontro conosco na fornalha, o lugar de calor irresistível é também o lugar de comunhão intensa com o Salvador. (O fogo da fornalha é libertador).
O quarto homem sempre vem ao nosso encontro na hora da aflição. Na hora da dor, na hora da humilhação. Ele é o Deus do livramento. É o Deus das causas perdidas. Por trás desse ataque está a intensão de silenciar a adoração a Deus.
Mt 18:20 é uma promessa universal, Jesus promete para todos aqueles que crer que ele sempre estará conosco. Se for 2 ou 3 ele promete que estará no nosso meio, agora se for um só ele não estará, mas estará ao nosso redor pra nos garantir a sua vitoria!

Jesus no meio significa proteção: Sl 46:4-5 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã.
Jesus no meio significa esperança. Na cruz do calvário a bíblia diz que o nosso mestre e salvador Jesus foi colocado no meio Jo 19:11-17 E, levando Ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota, Onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
Jesus no meio significa companhia. O Apostolo João relata em Jo 20:19 que no 1º dia da semana os discípulos estavam em uma casa reunidos, Por causa do medo dos judeus eles estavam com as portas fechadas, Mas Jesus veio se colocou no meio deles e disse paz seja convosco! Assim como o pai me enviou eu envio a vós, soprou sobre eles e disse: recebei o Espírito Santo.

Quando o quarto homem está no meio maravilhas acontecem. O v.26 diz, Então Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do meio do fogo.

Entre Deus e o Espírito Santo: Jesus está no meio,
Entre Deus e a Igreja: Jesus é o mediador,
Entre Israel e o exército de Faraó: Jesus está no meio,
Entre os 3 moços e o fogo na fornalha:Jesus está no meio,
Entre Daniel e os Leões: Jesus está no meio,
Entre dois malfeitores na cruz: Jesus está no meio,
Entre 24 Anciões no trono: Jesus está no meio,
Entre os tronos: Jesus está no meio,
Entre o pecador e o perdão: Jesus está no meio,

CONCLUSÃO:
Muitos homens de Deus já estiveram na fornalha: Abraão no Moriá; Jacó no vau
de Jaboque; José na prisão, Jó no monturo, Davi nos desertos; Daniel na cova dos leões,
Pedro no cárcere; João deportado na ilha de Patmos. Todos esses à semelhança dos três
jovens hebreus experimentaram a companhia do quarto Homem na fornalha.
O quarto Homem sempre vem ao nosso socorro quando os nossos recursos
acabam. Quando somos abandonados, quando estamos enfermos, quando a família
parece desmoronar, quando tudo parece perdido ele se manifesta salvadoramente.
Quando o quarto Homem nos faz sair da fornalha, até os nossos inimigos
precisam reconhecer a majestade de Deus e dar glória ao seu nome (v. 28). Deus nos
promove quando saímos da fornalha (v. 30).
Reaja à intimidação. Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Os jovens responderam a essa ameaça da seguinte forma: Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei.
Jesus no meio é sinônimo de vitória, de benção de unção e de poder, que nesta noite eu você possa querer Jesus no nosso meio para que a nossa vida, seja uma vida de vitória.

Pr. Nilton Jorge
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quinta-feira, 26 de junho de 2025

A VIVA ESPERANÇA DO CRENTE

TEXTO: Tt 2:13

INTRODUÇÃO

·     Depois de Paulo expor nessa epístola sobre o dever dos crentes em Cristo Jesus, ele vai oferecer a sustentação doutrinária aqui no capítulo 2:11-15. Portanto Paulo vai declarar nesses cincos versículos o fundamento teológico do conselho que acabou de dar. Ele reportará sobre a graça de Deus, o fundamento de uma vida santa.

·     Como Guisa de introdução deixe-me esclarecer algo aqui no texto: Misericórdia e graça são os atributos máximos do amor. Misericórdia é quando Deus não nos dá o mal que merecemos. Graça é quando Deus nos concede o bem que não merecemos.

·     Paulo não está apenas pretendendo que compreendamos a graça aqui como uma palavra a ser definida, ou como um atributo de Deus, mas ele a personifica em uma PESSOA.

·     Paulo utilizou a mesma palavra para dois atos da redenção, a primeira vez no verso 11 e a segunda vez no versículo 13.

ð No Capítulo 2:11 Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Observe essa expressão “Manifestou”, no grego esta palavra é epifhaneia, que significa veio à luz, irrompeu é tornar-se visível, aparecer. A palavra realmente significa “aparecer de repente e de forma visível. No grego clássico, essa palavra era usada em relação à alvorada, ao amanhecer, quando o sol transpõe a linha do horizonte e se torna visível. É interessante notarmos que o sol já existe, mesmo antes de aparecer.

ð Deus sempre foi o “Deus de toda graça”. Todavia, esta se tornou visível através do Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nós.

·     Não foi a cruz que produziu a graça, mas a graça que produziu a cruz. Por ser gracioso, Deus enviou seu Filho, e a graça se manifestou salvadora. A Graça é resumida no nome, na pessoa e na obra do Senhor Jesus Cristo. E então quando Paulo fala da manifestação da graça, ele está falando sobre a encarnação do Salvador, Aquele que veio. Então ele está falando sobre um evento histórico.

ð O outro ato da redenção está associado a volta do Senhor no verso 13, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo. Observe que Paulo utiliza duas doutrinas a primeira relacionada ao Arrebatamento como esperança da igreja e a segunda vinda como uma aparição gloriosa. O termo aparecimento aqui, Epiphanéia é um termo que especifica a volta de Cristo à Terra de modo mais direto, porque diz respeito à Sua manifestação pessoal ao mundo.

·     Junto a Epiphanéia nós temos a expressão grega Parousia literalmente quer dizer presença, chegada retorno, visita. Refere-se à vinda corporal e visível de Cristo.

ð (OBSERVAÇÃO) A palavra parousia é usada para se referir à segunda vinda de Cristo como um todo, e de eventos individuais, por exemplo, o arrebatamento, somente o contexto pode determinar qual é o tema em referência.

ð Definição bíblica para a palavra esperança é que ela é uma das principais virtudes da vida cristã: 1Co 13.13-a Agora pois permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três.

ð O dicionário define esperança como: o sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; expectativa, espera. Do ponto de vista bíblico, é a certeza de receber as promessas feitas por Deus por meio de Cristo Jesus, é uma sólida confiança em Deus. O termo deriva-se do grego elpis e significa: expectativa favorável e confiante. Já o verbo esperar significa: ficar à espera de alguma coisa ou alguém, aguardar, contar com a realização de uma coisa desejada ou prometida.

·     Nossa esperança está relacionada com o arrebatamento da Igreja, A versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo pela palavra raptus (raptar), da qual deriva Arrebatamento. Harpazo (Pronúncia: har-pad'-zo), é um verbo grego que significa tomar para si. Arrancar para cima. Agarrar com força.

·     Então esperança tem haver com a expectativa de irmos com Ele e a manifestação a realidade de virmos com Ele. Por Exemplo em Jo 14:3 Jesus promete vir na terra buscar o seu povo que está aqui na terra. Em Jo 14:3 Jesus vem PARA os seus. Em Cl 3:4 a Palavra nos declara que quando Jesus vier, nós viremos com Ele. Observe que Jesus vem COM os seus. Ora, para Jesus vir COM os seus, Ele primeiro virá PARA os seus, para levá-los para Si.

·     Também em 1Co15: 52, Jesus vem num momento (átomo, fração de um milésimo de segundo), e levará os seus para o céu. Já em Mt 24:30, Jesus ao voltar, será visto por todos os povos da terra. Essa fase de sua vinda será precedida do sinal do Filho do homem. Então, essa segunda fase será algo lento: bem diferente da primeira fase.

 

TRANSIÇÃO: A esperança como doutrina está relacionada desde a salvação dos salvos até a segunda vinda de Jesus.

 

ð A fé, a graça e a esperança estão intrinsecamente ligadas, formando um alicerce sólido para a vida cristã. Juntas, elas nos sustentam, nos transformam e nos guiam em nossa caminhada com Cristo.

·     A fé nos leva a receber a graça de Deus, a graça nos fortalece na esperança e a esperança nos motiva a perseverar na fé.

·     A fé nos capacita a viver na graça, a graça nos transforma em testemunhas de esperança e a esperança nos enche de alegria na fé.

·     A fé nos une em comunhão pela graça, a graça nos dá segurança na esperança e a esperança nos aponta para a consumação da fé. 

 

1.           A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ.

 

ð A esperança é uma expectativa favorável e confiante que se fundamenta ao que não se vê, ao futuro Rm 8:24-25 Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.

ð A esperança pode antecipar aquilo que é bom Tito 1:2 em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos, '

ð A esperança é a confiança no cumprimento de uma grande expectativa.

·     Segundo o Pastor Osiel Gomes, essa esperança neotestamentária está firmada em cinco pilares:

1) Cristo que é a fonte de nossa esperança (1 Tm 1.1);

2) Na mensagem da vida eterna (Tt 1.2);

3) Na esperança da ressurreição (At 24.15; 1 Co 15.20-23);

4) Na volta de Cristo Jesus para nos buscar (Tt 2.13);

5) Na transformação, pois seremos no futuro como Cristo é (1 Jo 3.2).

 

a)   Por meio dessa viva esperança, estamos prontos para suportar todos os dissabores. A Igreja de Cristo nunca sucumbiu às perseguições e outros desafios, pelo contrário sempre prosperou. Nunca puderam tirar de nós, a esperança gloriosa da vida eterna com Deus. O cristão que vive a bendita esperança não esboça atitude desesperadora, seja qual for a circunstância, pois não é ignorante quanto ao que vai acontecer no futuro. Muitos perguntam a razão de os crentes cantarem mesmo quando estão doentes, passando por lutas, provas; por que glorificam a Deus ainda que a situação lhe seja totalmente contrária. Na verdade, isso ele faz porque a promessa da esperança, a qual reside em seu coração, concede-lhe consolo e alegria, pois tem a certeza de que uma nova realidade espiritual logo se abrirá diante dos seus olhos, afirmando como diz o escritor aos Hebreus: Hb 10:37 Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará.

·     Saber o futuro maravilhoso e eterno que nos espera nos dá esperança e coragem para seguir adiante nesta vida, suportar dificuldades, e evitar ceder à tentação. Este mundo não é tudo o que existe. O melhor ainda está por vir.

·     O tema geral da Bíblia gira em torno do plano de Deus para a humanidade: a salvação dos pecadores por meio de Cristo. No entanto, com essa grande bênção, há promessas futuras para aqueles que decidiram entrar pela porta estreita e o caminho apertado.

 

b)  A esperança no porvir traz consolo e alegria ao crente. Muitos vivem com medo do futuro. Os cristãos se consolam e se alegram no que a Bíblia diz a respeito do futuro.

·      O que nos aguarda na eternidade com Cristo é glorioso e incomparável. Rm 8:18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. A escatologia bíblica é para gerar no crente esperança, alegria, gozo, paz, segurança, pois revela que tudo o que Deus prometeu em sua Palavra se cumprirá; foi nesse sentido que João disse Ap 1:3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

·      Segundo o dicionário consolar é aliviar a dor, o sofrimento, a aflição (de outrem ou a própria), com palavras, recompensas, promessas. Podemos notar que, na maioria das vezes em que a doutrina do Arrebatamento aparece nas páginas do NT, vem com o propósito, dentre outras coisas, de trazer consolo para a Igreja. No cenáculo, momentos antes da sua crucificação, face à tensão em que os apóstolos estavam (Jo 14:1), Jesus, de forma enfática, declara, trazendo alento para seus servos: “[...] virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo [...]”, “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”, “[…] Vou, e venho para vós [...]”.

1Tss 4:13-18 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

·      Vivemos na esperança de que brevemente tudo se cumpra, pois quem fez a promessa é fiel para cumprir. Hb 10:23 retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu. 

 

c)   A esperança do porvir é motivadora. Diante da tentação de se afastarem da verdade do evangelho, o escritor aos hebreus motiva os destinatários de sua carta, a prosseguirem na caminha cristã, exortando que eles deveriam continuar perseverantes, apesar de todo sofrimento vivido. Para tanto, cita uma das maiores promessas, que é a segunda vinda de Cristo: Hb 10.36 Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; e declara que, por ocasião desse esperado advento, os crentes fiéis estarão livres de:

a) todas as aflições e perseguições (2Co 5.2,4; Fp 3.21; Ap 3.10);

b) da presença do pecado e da morte (1Co 15.5156);

c) da ira futura, por ocasião da Grande Tribulação (1Ts 1.10; 5.9).

 

d)  A esperança do vir é segura. O Arrebatamento é uma promessa garantida pelo próprio Deus. E ainda que escarnecedores tenham surgido ao longo da história com o objetivo de negar essa verdade, sabemos que o Arrebatamento é um advento iminente. Jesus em seu sermão profético deixou certa a sua segunda vinda ao compará-la ao fato histórico vivido por Noé e sua família: Mt 24:37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.

 

e)   A esperança do salvo é uma esperança gloriosa. Em face da glória que há de ser revelada em nós, temos motivação para superar quaisquer sofrimentos: Rm 8.18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Quanto mais sofrimento, mais glória: 2Co 4:17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente. Na ocasião do arrebatamento da Igreja, experimentaremos a glorificação do corpo e os que forem fiéis receberão a coroa de glória.

 

2.           A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA DA GLORIFICAÇÃO.

 

ð Temos a esperança do dia quando seremos glorificados será um dia de grande vitória porque naquele dia o último inimigo, a morte, será destruída, conforme predizem as Escrituras: 1Co 15:25-26 Pois ele reinará até que tenha posto todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Quando o nosso corpo for levantado dentre os mortos experimentaremos vitória completa sobre a morte, que veio como resultado da queda de Adão e Eva. Então nossa redenção será completa: 1Co 15:54 … tragada foi a morte na vitória.

a)   A esperança da glorificação e a perfeição original. Temos a esperança da glorificação e o futuro recebimento de absoluta e definitiva perfeição (física, mental e espiritual) por todos os crentes. Disse Paulo: Ef 4:13 até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Na glorificação dos salvos, a expressão “à imagem e conforme a semelhança de Deus” será plenamente entendida, pois o ser humano, restaurado, elevar-se-á a um nível superior. Paulo afirma, mas a nossa pátria está no céu, de onde aguardamos o Salvador, o senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo vil à semelhança do seu corpo glorioso.

b)  A esperança da glorificação e a última etapa da salvação. Temos que entender que a natureza da salvação não se resume à justificação, mas também inclui regeneração, santificação, adoção, e, por fim, a glorificação, a glorificação é o passo final da aplicação da redenção. O apóstolo Paulo disse Rm 8:30: E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. A salvação começa com a redenção da alma, prossegue com a redenção do corpo e culmina com a glorificação do crente integral. Segundo são Pedro em 2Pd 1:4 o homem, nascido de novo, em Cristo se torna participante da natureza divina. Tal participação, no presente, é parcial, pois o homem está sujeito a fraquezas e ao pecado, mas, na glorificação, será restaurada a semelhança da imagem de Deus em seu sentido pleno: 1Jo 3:2 agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.

c)   A esperança da glorificação e o encontro do material com o imaterial. Em linhas gerais, as almas e espíritos (imaterial) dos que tiverem morrido em Cristo voltarão e serão reunidos aos seus corpos (material) naquele dia, pois Cristo os trará consigo1Ts 4:14 Se cremos que Cristo morreu e ressuscitou, também, através de Jesus, Deus trará com eles os que tiverem dormido. Jesus afirma: Jo 5.28-29 A hora vem quando todos os que estiverem no túmulo ouvirão a sua voz e sairão, os que tiverem feito o bem para a ressurreição da vida, e os que tiverem feito o mal para a ressurreição do juízo.

·     Quando a Bíblia fala que o nosso corpo será glorificado significa que o corpo será tomado pela glória de Deus, ou, como diria Paulo Rm 8:17-18 nos manifestaremos em glória e que seremos glorificados ou que a glória será revelada em nós. Agora, nesta vida, temos um corpo natural, fraco e corruptível, mas depois teremos um corpo espiritual, poderoso e incorruptível. 2 Cr 5:1-4 Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial; se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus. Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. 

 

3.           A ESPERANÇA CRISTÃ É A ÂNCORA DA ALMA.

 

·     A esperança cristã é a âncora que mantém a alma do crente firme diante dos dissabores em nossa jornada de fé.

a)   Nossa esperança como âncora. A âncora é uma pesada peça de ferro presa a uma corrente grossa que lançada ao fundo do mar mantém um navio parado e seguro. Atos 27:29 E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia. Hb 6:18-19 Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu.

·     Ela representa tudo o que sustenta e estabiliza a alma do crente em tempos de incertezas. Pelo fato de Deus ser a verdade, você pode ter segurança em relação a todas suas promessas; você não precisa indagar se Ele mudará seus planos. Nossa esperança é segura e inabalável, e está ancorada em Deus assim como a âncora de um navio se mantém firme no fundo do mar.

b)  Sem Cristo, não há esperança para o ser humano Ef 2:12 que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.

·      Há diversas esperanças na cultura humana: Religiões que expressam esperança em uma história cíclica, ciclo de nascimento, morte e reencarnação. Outros na astrologia, quiromancia, dentre várias práticas pagãs que a Bíblia proíbe. Na política, em ações revolucionárias que não passam de ilusão. Toda esperança fora de Cristo é vazia, sem sentido

·      A esperança em Cristo é segura, consoladora e com propósito. Para os que não têm Deus na vida, parece que tudo está sem controle neste mundo e que o final será triste, sem vida. Para o crente é o contrário: Deus está no controle de tudo e o final será a eternidade plena com Deus nos Céus.

c)   Mantenha firme a esperança. A Segunda Vinda de Cristo é o grande motivo para o crente permanecer firme e manter sua esperança. Para isso requer-se vida de pureza para desfrutar da promessa de ser como Jesus é 1Jo 3:2-3 quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.

·     

Os discípulos de Cristo entendiam que a sua vinda poderia acontecer a qualquer momento. Mt 25:13 Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir. Não sabemos o dia nem a hora, mas [devemos] manter a nossa esperança viva e firme.

·      A Esperança é uma âncora da alma, pois traz firmeza e solidez em tempos incertos.

 

CONCLUSÃO:

O salvo poderá enfrentar lutas e provações firmado na esperança verdadeira que é Jesus. Essa vida é provisória, sendo apenas uma parte de um todo muito maior: a eternidade com Cristo. 

·      Mantenhamos firme a nossa esperança, pois o que prometeu é fiel.


Pr. Nilton Jorge

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