TEXTO: Mt 27:22
INTRODUÇÃO:
· Depois de ser
julgado no tribunal religioso, Jesus é levado ao pretório romano para ser
julgado no tribunal político. O termo “pretório” indica o quartel-general de um
governador romano. Nos dias do Novo Testamento o império romano
dominava o mundo, as terras conquistadas se tornavam províncias de Roma, e
eram enviados homens como procuradores para controlar o território
conquistado e receber os impostos para Roma.
· Pilatos cujo
nome significa eis o homem, foi o 5° govenador da província romana da Judéia. Ele foi
enviado para a Judeia durante o governo de Tibério e exerceu o poder durante
dez anos. Era conhecido por agir em seu governo com tirania, corrupção, crueldade,
sendo citado por pelos eruditos como de natureza inflexível, obstinado e duro.
· O governador da
Judeia tinha sua residência oficial em Cesareia, mas em épocas de grandes
concentrações populares em Jerusalém, como a festa da Páscoa, quando
a população da cidade aumentava cinco vezes mais, o governador transferia a
sede de seu governo para Jerusalém.
· Jesus já saiu
sentenciado de morte do tribunal religioso, acusado de blasfêmia e sedição, mas
somente Roma tinha o poder de mandar tirar a vida de alguém, que era
prerrogativa de Pilatos o governador. O Sinédrio tinha o direito de
decretar a morte, mas não tinha o direito de executar esse decreto. Era, pois,
necessário levar Jesus à presença do governador romano, a fim de que este
confirmasse a sentença dos judeus.
Em Jo 18:29 está escrito: Assim, Pilatos, que era o governador, saiu ao encontro deles e perguntou: Que queixa têm contra este homem?
ð Quais foram as acusações hipócritas contra Jesus?
a)
Acusaram Jesus
de malfeitor
(Jo 18:30). Os acusadores inverteram
a situação. Eles eram malfeitores, mas Jesus havia andado por toda a parte fazendo
o bem.
b)
Acusaram Jesus
de insubordinação
(Lc 23:2). Disseram a Pilatos que
encontraram Jesus pervertendo a nação, vedando o pagamento de tributos a César
e afirmando ser ele o Cristo, o rei.
c)
Acusaram Jesus
de agitador do povo (Lc 23:5,14).
Eles afirmaram: Ele coloca o povo em alvoroço e ensina por toda a Judéia, vindo
desde a Galileia até aqui.
d)
Acusaram Jesus
de blasfêmia
(Jo 19:7). Eles disseram a Pilatos
que Jesus fazia a si mesmo Filho de Deus e, segundo a lei judaica, isso era
blasfémia, um crime capital para os judeus.
e)
Acusaram Jesus
de sedição
(Jo 19:12). Os judeus clamavam a
Pilatos: Se soltares este homem, não és
amigo de César. Todo aquele que se declara rei é contra César. Por inveja,
os judeus acusaram Jesus de sedição política.
Colocaram-no contra o Estado, contra
Roma, contra César. Questionaram as suas motivações e a sua missão.
· Pilatos compreende
que as acusações contra Jesus são faltas. O método usado
contra Jesus foi a conspiração. A motivação da acusação contra Jesus foi a
inveja. O conteúdo da acusação contra Jesus foi uma declarada mentira.
· Pilatos só se importou com a última acusação. Ele perguntou a Jesus: És tu o rei dos judeus? Jesus diz para Pilatos: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. O Reino de Cristo é o único reino que jamais será destruído. Ele é reino eterno. Todos os reinos do mundo vão passar. Os grandes impérios caíram. As grandes potências mundiais entraram em colapso. Mas o Reino de Cristo subsiste para sempre.
· Essa acusação foi pregada em sua cruz em três idiomas: hebraico, grego e latim. O hebraico é a língua da religião, o grego é a língua da filosofia e o latim é a língua da lei romana. Tanto a religião como a filosofia e a lei se uniu para condenar a Jesus.
·
Pilatos estava convicto da inocência de Jesus. Percebeu a
intenção maldosa dos sacerdotes. Sabia que as acusações contra Jesus eram
meramente para proteger a instituição religiosa, e não o trono de César.
O que faltou em Pilatos foi coragem para sustentar aquilo em que ele
acreditava.
·
Pilatos
constatou a inocência de Jesus três vezes.
a)
No início do
julgamento.
Quando o Sinédrio lhe levou o caso, Lc 23:4 Pilatos disse: Não
acho culpa alguma neste homem.
b)
No meio do
julgamento.
Quando Jesus voltou, depois de ter sido examinado por Herodes, Pilatos disse
aos sacerdotes e ao povo: Lc 23:14-15 Vós me
apresentastes este homem como agitador do povo; mas, interrogando-o diante de
vós, não achei nele culpa alguma naquilo de que o acusais; nem Herodes, pois o
mandou de volta a nós. Ele não fez coisa alguma digna de morte.
c) No final do julgamento. Lc 23:22 nos informa que, pela terceira vez, Pilatos perguntou ao povo: Mas que mal ele fez? Não achei nele nenhuma culpa digna de morte. Eu o castigarei e o soltarei em seguida.
· Depois de interrogar Jesus em três ocasiões distintas, Pilatos confessa aos judeus: Não vejo nele crime algum. Chegou um momento em que Pilatos temeu e até procurou soltar Jesus.
ð
Pilatos tentou descartar Jesus com meias medidas (Lc 23:16,22). Pilatos
disse aos judeus: Eu o castigarei e o soltarei em seguida. Eu vou
castiga-lo, e vocês ficaram satisfeitos. Ele estava usando meias medidas, para não tomar a decisão correta.
Nesse
castigo a vítima era despida e amarrada a uma estaca para depois ser golpeada
por diversos torturadores, até que eles ficassem exaustos ou seus comandantes
os mandassem parar.
ð
Pilatos agiu
contra a lei romana, pois, se Jesus era inocente, tinha de ser imediatamente
solto, e não primeiramente açoitado. O açoite romano era algo terrível. O
réu era atado e dobrado de tal maneira que suas costas ficavam expostas. O
chicote era uma larga tira de couro, com pedaços de ferro e ossos nas pontas.
Por esses açoites, a vítima tinha seu corpo rasgado; às vezes, um olho chegava
a ser arrancado. Esses açoites transformavam o corpo da vítima em massa sangrenta.
Alguns morriam durante os próprios açoites, e outros ficavam loucos.
Poucos eram os que suportavam o castigo sem desmaiar.
ð Foi isso o que fizeram com Jesus. A flagelação romana era executada de maneira bárbara. O suplício de Jesus nos ajuda a entender Is 53:5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por seus ferimentos fomos sarados.
· Pilatos tentou se esquivar, apelando para compaixão. Jesus é acoitado, colocam nele uma coroa de espinho cravada na carne. Vestem-no de roupas de purpuras, e leva diante da multidão, e diz: quero que saibam que não acho nele culpa alguma. Pilatos pensou que se as pessoas vissem o sofrimento de Jesus, elas teriam naturalmente compaixão. Ele cria tanto nisso, que ele insiste duas vezes com a multidão, porém sem sucesso algum.
Pilatos diz na segunda vez: Eis aqui o homem, ou seja; veja esse pobre homem tenham piedade dele e me deixem libertá-lo. Foi uma tentativa nobre mas não funcionou.
·
Então, lembrou-se de uma prática costumeira: a soltura de um prisioneiro na época da
Páscoa lembrou-se do pior homem que tinha preso, Barrabás.
·
Pilatos
tentou fazer a coisa certa (soltar Jesus), pela forma errada (a
escolha da multidão). É impossível explicar como uma multidão
escolhe seus heróis. Pilatos estava tão disposto a libertar Jesus e
ele
Propôs anistiar o pior prisioneiro e criminoso, que com certeza,
pelo caráter moral e religioso do povo judeu, eles jamais iriam preferi-lo. Pilatos estava certo, esperando que a
multidão escolhesse o “inofensivo” Jesus, mas o povo preferiu um Barrabás, um
corrupto e ladrão, assassino, um guerrilheiro perigoso, era um homicida e
tumultuador, um preso muito conhecido e odiado, um ladrão perigoso e ameaçador.
ð A escolha da multidão por Barrabás revela as escolhas do ser humano sem Deus, ilegalidade em lugar da lei; guerra em lugar de paz; ódio e violência em lugar de amor.
· Sem saída Pilatos, na madrugada daquela sexta-feira do ano 31 de nossa era cristã vira para a multidão e pergunta: Que
farei então, de Jesus, chamado Cristo? E a multidão grita, crucifica-o, crucifica-o.
· Como não tem
resposta do que fazer de Jesus chamado Cristo, Pilatos, finalmente esquiva-se
da sua decisão por Cristo, levando as mãos. Pilatos tenta jogar sobre os judeus a
responsabilidade de sua covardia. Ele manda trazer uma bacia com água e lava as
mãos. Nem toda a água do oceano pode
lavar as suas mãos. Elas estão sujas de sangue. A tradição diz que Pilatos
passou a vida toda com paranóia de lavar as mãos.
· Aqui temos a mais solene pergunta feita
por Pilatos, governador romano. Que farei de Jesus, chamado Cristo?
Ao pronunciar tais palavras Pilatos fez uma interrogação universal
que todo o indivíduo terá de enfrentar: Esta é uma pergunta
pessoal, para cada indivíduo. É uma pergunta inescapável: ninguém pode ser
neutro, todos terão de enfrentá-la, todos terão de responder a esta importante
e solene pergunta: Que farei de Jesus, chamado Cristo?
1.
COMO PILATOS RESPONDEU À SUA PRÓPRIA
PERGUNTA?
·
Pilatos cometeu
3 injustiças:
a)
Pilatos libertou a um criminoso. Entre libertar
um justo e um criminoso, ele escolheu libertar a um criminoso. Barrabás era o
preferido da multidão, e Pilatos achou melhor seguir à multidão. O escolhido
não foi o Salvador; foi um dos mais temidos criminosos.
b)
Pilatos mandou açoitar a Jesus. Ele primeiro
reconheceu a inculpabilidade de Jesus. v.
23 Que mal fez Ele? Eu não acho nEle
crime algum! A seguir, mandou açoitar a Jesus Cristo. Como pode fazer isso?
Se Jesus não é culpado, como pode Pilatos mandar açoitá-Lo? Os judeus perceberam
sua vacilação e insistiram: Crucifica a
Este, solta-nos Barrabás!
c)
Pilatos entregou a Jesus. Ao entregar
Jesus aos líderes judaicos, Pilatos O condenou à morte, e morte de cruz, a pior
morte, a morte mais horrenda e vergonhosa. Pilatos nunca mais teve paz de espírito.
Não podia mais esquecer o que tinha feito de Jesus Cristo. Isso afetou toda a sua vida, e
ele não podia mais mudar o que tinha feito. Bem que a mulher dele o
advertira. No ano 39, 8 anos após à crucifixão de Jesus, não podendo mais
suportar o remorso que carcomia a sua consciência culpada, ele pôs fim à sua
miserável existência.
Jesus
era Deus, mas eles concluíram que ele era de Satanás. O amigo dos pecadores foi
algemado pelo ódio dos pecadores. O juiz de toda a terra foi acusado perante um
filho caído de Adão. O Senhor da glória foi tratado como um criminoso vil. O
Santo foi condenado como blasfemador. Mentirosos deram falsos testemunhos
contra a verdade viva. E Ele, que era a ressurreição e a vida, foi morto nas
mãos dos homens.
2.
COMO OUTROS HOMENS RESPONDERAM À PERGUNTA?
a)
JUDAS também não sabia o que fazer de Jesus Cristo. Judas era um
homem de talentos especiais, admirado por muitas pessoas, inclusive pelos
outros discípulos.
Ele viveu com Jesus por 3 anos. Ele
pôde acompanhar o Salvador em Seus poderosos milagres, e em Suas obras de amor.
Ficou convencido de que Ele era realmente o Messias enviado de Deus. Aprendeu
muitas lições preciosas proferidas por Jesus. Mas Judas amava ao dinheiro mais
do que a Cristo e Suas lições. Ele era avarento e ladrão e não quis se
arrepender, não quis fazer de Jesus o seu Salvador.
·
Então, no final dos 3 anos, ele decidiu o que fazer
de Jesus:
ele chamou os líderes judeus e propôs entregá-Lo. Então, traiu a Cristo por 30
míseras moedas de prata.
b)
Você sabe o que
SAULO fez de Jesus? Ele perseguia a
Jesus na pessoa dos Seus seguidores. Quando ele ia pela estrada de Damasco, a
fim de aprisionar ainda outros cristãos daquela cidade, ele se encontrou com Jesus,
que lhe apareceu numa radiante luz, e ouviu estas palavras: Atos 9:4 ''Saulo, Saulo, por que Me persegues?''.
·
Nesse
momento, compreendeu que estava fazendo tudo errado, e se defrontou com a
grande questão: ''Que farei agora de Jesus? Pois até aqui, eu vinha perseguindo a
esse Jesus, a Quem Deus ressuscitou dos mortos, como Filho de Deus! O que farei
agora dEle? E Saulo perseguidor se tornou em Paulo perseguido, um
cristão autêntico, fazendo de Jesus o seu Salvador pessoal, e levando outros
milhares à salvação.
c)
O QUE A MULTIDÃO RESPODEU QUANTO A PERGUNTA DE
PILATOS?
Instigados pelos sacerdotes e
fariseus, clamavam: ''Crucifica-O!
Crucifica-O!'' E diziam mais: ''O Seu
sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!'' Onde estavam os leprosos que foram purificados? Onde estavam os
paralíticos, os coxos que se ergueram com saúde? Onde estavam os cegos que
recuperaram a vista pelo poder de Cristo? Onde estavam todos os enfermos e
endemoninhados? Muitos deles ali estavam avolumando o grito: ''Crucifica-O!''
3.
O QUE FAREMOS NÓS DE JESUS, CHAMADO
CRISTO?
·
Pilatos não sabia o que fazer de Jesus e consultou
ao povo, que o pressionava, exigindo a crucifixão do Filho de Deus.
·
Você consulta a
outras pessoas sobre suas decisões espirituais? Você deixa que
os seus parentes, amigos e vizinhos interfiram em sua opinião, e permite que
eles decidam o que você fará de Jesus? Esta é uma questão muito importante para
você deixar que os outros decidam por você!
·
Este é um assunto de vida ou morte: sua salvação
ou perdição eterna dependem da decisão sobre o que você vai fazer de Jesus
Cristo!
·
Pilatos não aproveitou a sua última oportunidade. Ele não sabia
que se ele não aceitasse a Cristo naquele momento, ele se perderia para sempre.
Pode ser que alguns aqui estejam passando pela sua última oportunidade. Ninguém
pode saber o que acontecerá amanhã!
· Pilatos não fez de Jesus o Seu Salvador, e viveu mais alguns anos, cheios de remorsos. Então, não podendo mais suportar aquela existência miserável, suicidou-se, para a sua perdição eterna, porque não fez a escolha certa. Ele desprezou a última chance de toda sua vida; ele menosprezou a maior oportunidade de sua infrutífera existência.
CONCLUSÃO:
·
Jesus morreu por você. Na Cruz do
Calvário, Ele derramou o Seu precioso sangue, morrendo por você numa infamante
e vergonhosa morte de cruz. Jesus ressuscitou para lhe dar a vida
eterna.
Para o cego, Ele é a luz.
Para o faminto, Ele é o pão.
Para o sedento, Ele é a fonte de água viva.
Para o morto espiritual, Ele é a vida.
Para o enfermo, Ele é a cura.
Para o prisioneiro, Ele é a liberdade.
Para o solitário, Ele é o companheiro.
Para o viajante, Ele é o caminho.
Para o sábio, Ele é a sabedoria.
Para o doente, Ele é o médico dos médicos.
Para o réu, Ele é o advogado.
Para o advogado, Ele é o Juiz.
Para o Juiz, Ele é a justiça.
Para o cansado, Ele é o alívio.
Para o pedreiro, Ele é a pedra principal.
Para o jardineiro, Ele é a rosa de Sharon.
Para o triste, Ele é a alegria.
Para o leitor, Ele é a palavra.
Para o pobre, Ele é o tesouro.
Para o pecador, Ele é o perdão.
Para a igreja, Ele é o noivo que
breve voltará.
·
A vida é feita de decisões. Você é escravo
da sua liberdade. Você é convidado nesta noite a tomar uma decisão.
·
A indecisão é uma decisão. A indecisão é
a decisão de não decidir.
·
Pilatos
passou para a história como um homem covarde, que tentou se esquivar de tomar a
mais importante decisão de sua vida. Ele foi convencido da verdade, mas não
teve de coragem de assumir a verdade. Ele foi confrontado por Cristo, mas a
despeito de ter conhecido a verdade, negou a Cristo e o entregou para ser
crucificado.
·
Então, sabendo agora de tudo isso, o que você fará
de Jesus, chamado Cristo?
Gostaria de recebê-Lo em seu coração? Você gostaria de recebê-Lo como Salvador
pessoal? Você gostaria de fazer de Jesus o Seu Deus e Senhor, por toda a sua
vida?
Pr. Nilton Jorge - Contatos: (22) 998746712 Whatsapp
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